Já houve relatos
de Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs) avistados nos céus da Laguna.
Nos anos de
1965, 1969 e 1970 os jornais publicaram reportagens sobre estranhos objetos voadores
que aqui teriam aparecido, um deles para veranistas num fim de tarde na Praia do Mar
Grosso.
Mas bem antes já
há relatos de pescadores que avistaram estranhas aparições aéreas no lado norte
da Cabeçuda, Areal e na Barra da Laguna.
Representantes
comerciais que viajaram daqui para Florianópolis numa Kombi foram perseguidos à
noite por um objeto que emitia estranhas luzes.
O veículo em que
estavam, já nas proximidades de Paulo Lopes, chegou a ser levantado no ar por duas
vezes, conforme os relatos.
“Era em formato
de disco e de duas viseiras saíam jatos de luzes azuladas”, disseram.
Nasa vai divulgar
Esse tema sobre
discos voadores e vida extraterrestre está em alta novamente no noticiário.
A NASA
(Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço) informou há poucos dias que
vai revelar ainda neste mês de agosto, um relatório oficial sobre o tema.
A informação
veio de Bill Nelson, diretor desta Agência Espacial dos Estados Unidos.
Há relatos de
que o governo norte-americano tem naves extraterrestres intactas escondidas e
que guarda informações sobre o assunto sem que o Congresso saiba.
Relatos de avistamentos de estranhos objetos quase sempre não identificados, são comuns
pelo mundo ao longo da nossa história.
Há registros na Laguna
Na Laguna e
região sul catarinense há também registros de estranhos objetos, luzes e sons.
É o que veremos
a seguir:
Um disco
platinado, de cauda amarela na Praia do Mar Grosso
Em dezembro de
1970 era noticiado pela imprensa catarinense, jornal O Estado de
Florianópolis e jornal A Nação, de Itajaí, entre outros, que um
estranho objeto platinado tinha sido visto por um grupo de jovens veranistas na
Praia do Mar Grosso, na Laguna.
O objeto
apareceu subitamente no espaço a grande altitude no fim da tarde de sábado, 5
de dezembro. Ao sumir deixou um rastro de uma cauda amarelada.
Assim noticiou o
jornal O Estado de 8 de dezembro daquele ano, inclusive trazendo uma
chamada na capa:
|
Jornal O Estado de 8 de dezembro de 1970.
“Um
objeto estranho, de forma circular e aparentemente platinado em algumas de suas
partes, foi visto no último sábado em Laguna por um grupo de jovens veranistas
da vizinha cidade de Tubarão, por volta das 17 horas". O
objeto apareceu subitamente no Espaço, a grande altitude, mas causou estranheza
às jovens que se encontravam na Praia do Mar Grosso, a tal ponto que elas, com
certo convencimento pessoal, acreditam ter visto o que comumente se tem por
“Disco Voador”. A
primeira a observar o estranho objeto já se dirigiu, inclusive, enfaticamente
às companheiras: -Olha
o Disco, olha o Disco. Eu não acreditava, mas lá está ele, só pode ser ele. Em
seguida todas ficaram atônitas, a observar o objeto brilhar no espaço. Tinha
a forma estrelar, brilhando com intensidade ao contato com o sol. Um
material transpareceu mais ou menos perceptível: a platina branca. Mas
a visão foi por apenas alguns instantes. Num repente, o misterioso aparelho
deslocou-se, mostrando uma cauda amarelada e sumiu no espaço. As
jovens testemunhas não tiveram tempo para divulgar o fato e pediram ao jornal
para que não divulgasse seus nomes. Alegaram
que “Há muita exploração e fantasia quanto a “Discos” e nós não temos provas do
que vimos”.
| Jornal O Estado de 8 de dezembro de 1970. |
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Esferas voadoras
e rastros de chamas verdes
Em agosto de
1965 o jornal A Nação, de Itajaí publicou que em cidades do sul
catarinense estranhos objetos voadores de intensa luminosidade foram vistos:
“Em Urussanga
apareceram misteriosas esferas voadoras.
De acordo com
relatos as esferas se deslocavam a altitude de 400 metros, tomando voo vertical
em vertiginosa velocidade e deixando rastros de chamas verdes”.
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Jornal A Nação 11 de agosto de 1965. |
E continuava a
reportagem:
“Também em
Tubarão, Laguna e Braço do Norte foram vistas as estranhas esferas que deixaram
fragmentos de fogo lançados em banhados”.
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Comerciante
lagunense passa maus bocados numa Kombi com três amigos
Quatro anos
depois, em 1969, novos relatos descreviam o avistamento de estranhos objetos e
luzes, tendo como testemunhas um comerciante lagunense e seus amigos a bordo de
uma Kombi.
Tratava-se de
José Gonzales, residente na rua Gustavo Richard nº 400, no centro da Laguna.
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Jornal A Nação de 18 de julho de 1969. |
Ele contou aos
repórteres dos jornais que ele e mais três colegas, representantes comerciais,
saíram de Laguna no domingo à noite, 13 de julho de 1969, por volta das 19
horas a bordo de uma Kombi com destino a Florianópolis.
Estranho
aparelho com duas viseiras
No caminho
avistaram no céu algumas luzes estranhas que pareciam que o acompanhavam, mas
não deram maior importância.
Quando estavam
perto de Paulo Lopes foram surpreendidos com “um estranho aparelho que fazia
jorrar de duas viseiras um jato flamante de luz azulada que os paralisou
completamente”.
Prosseguindo seu
relato, Gonzales informou que “o aparelho se colocara acima da Kombi aproximadamente
uns 50 metros, onde passou a levantar o veículo e baixar por duas vezes, dando
a impressão que iria levá-lo para outro local”.
E mais:
“Todo o sistema
elétrico do carro e o motor pararam automaticamente enquanto durou a
focalização de uma luz intermitente que partia do estranho engenho”.
Duas janelas com
dois jatos de luz
Os quatro
ocupantes da Kombi disseram à reportagem do jornal A Nação que “o
aparelho tinha o formato de duas bacias uma sobre a outra, com duas janelinhas
por onde saíam dois jatos de luz paralisantes e com um brilho fantástico,
parecendo ser construído de alumínio”.
O comerciante
lagunense José Gonzales ainda informava “Que a luz em certos momentos se
parecia azulada e bastante parecida com a que apresenta o maçarico da solda elétrica,
que para ser vista tem-se que fazer uso de óculos protetores”.
E finalizava:
“O aparelho ao
se movimentar mudou de posição, isto é, ficou em sentido vertical com suas partes
amalgamadas, dando a impressão de que podia se movimentar em qualquer posição”.
Depois do grande
susto, ao chegarem a Florianópolis um dos quatro ocupantes da Kombi precisou de
assistência médica, devido a uma crise nervosa por conta dos acontecimentos.
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Objetos foram
avistados na Cabeçuda, no Areal e na Barra
Há muitos
relatos no passado sobre o avistamento de luzes e objetos nos céus lagunenses.
Muitos foram os
pescadores da região que testemunharam os estranhos fenômenos.
Conta-nos em
suas crônicas o saudoso músico e maestro Agenor dos Santos Bessa que ouviu de
muita gente sobre essas aparições.
Na falta de
denominações e de explicações lógicas, muitos pescadores atribuíam às figuras
do folclore brasileiro, como se os efeitos fossem produzidos pelo Boitatá ou a
Mula-Sem-Cabeça.
Na Ponta das
Laranjeiras, na Cabeçuda
Uma dessas
histórias era contada na década de 1960 por Manoel Luiz Ribeiro, mais conhecido
como Neco Mosquito.
Seu Neco passou
a vida toda pescando em nossas lagoas, num tempo em que não havia qualquer iluminação
pública.
Pescava
embarcado em canoas, nas Lagoas do Mirim, Imaruí, Santo Antônio, Santa Marta,
Garopaba e Manteiga.
Certa vez,
contou seu Neco a Agenor Bessa, quando tarrafeava juntamente com seu sogro Adão
no lado norte da Ponta das Laranjeiras, ali na Cabeçuda, viu dois objetos
idênticos a foguetes, mas que não produziam barulhos.
Enquanto um dos
objetos subia, soltando fagulhas, o outro descia verticalmente, lado a lado e
também soltando fagulhas.
Os dois
pescadores parentes e amigos apressaram as remadas e saíram rapidamente do
local, sem saber exatamente o que presenciaram.
No Areal e na
Barra
Outro testemunho
ouvido por seu Agenor Bessa, foi o do músico Adelaido Pires, funcionário do
Porto da Laguna, membro da Associação dos Vicentinos e músico da Banda União
dos Artistas. Pessoa de maior respeitabilidade, digna de crédito e muita
querida por todos.
Contava seu
Adelaido que certa noite tarrafeava pela beira do canal ali na região do Areal,
quando viu um facho de luz que cruzava os céus, indo de uma árvore a outra.
Além disso, produzia um estranho barulho, desconhecido.
Não temos medo!
Em outra
oportunidade, seu Adelaido com um amigo tarrafeava defronte à desembocadura do
Rio Tubarão.
De repente os
dois avistaram um objeto enorme em forma de charuto luminoso. Estava parado a
poucos metros de altura sobre um banhado, à margem direita.
Tomaram coragem
e remaram em sua direção quando seu companheiro gritou:
- Vocês não nos
assustam. Não temos medo!
Em segundos o
objeto subiu e desapareceu, aparecendo em seguida à entrada da Barra, onde
subia e descia muito rápido, fazendo ligeira curva e depois acelerando e sumindo
de vez em direção ao oceano.
E finaliza
Agenor Bessa dizendo que quando era menino (nasceu em 1908) ouviu muitas dessas
histórias nas vendas (armazéns) de Gregório de Bem, João Chico e Antônio
Araújo, lá no Ribeirão Pequeno.
"Noite oficial dos Ovnis"
As aparições
desses objetos voadores seriam a confirmação de contatos extraterrestres com a
Terra? Ou não passariam de balões meteorológicos? Aviões? Satélites? Meteoros? Ou seriam simplesmente
ilusão de ótica?
Há muitos
relatórios sobre episódios registrados por agências de inteligência. Muitos
deles sem qualquer explicação oficial.
Relatório divulgado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública do Brasil demonstra que em 2018 o Arquivo Nacional tinha, até então, em seu acervo 743 registros sobre a aparição de Ovnis em território brasileiro. São objetos que não puderam ser identificados de imediato.
Há até uma "noite oficial dos Ovnis", 19 de maio de 1986, quando cerca de 21 instrumentos foram rastreados por radares do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta).
Cinco jatos da Força Aérea Brasileira foram enviados para persegui-los, mas nenhum obteve sucesso.
Esse
desconhecimento estimula teorias e ajuda cada vez mais os objetos voadores não
identificados a serem associados a visitantes estrangeiros.