Já
escrevi aqui nestas páginas, em vários anos e administrações, sobre a realização
da chamada “Semana Cultural da Laguna”.
Não
me repito ao leitor, já estou cansado de me reproduzir aqui em tantos outros
assuntos. Se houver interesse em alguma leitura, basta clicar, por exemplo, em:
Pois
ontem, terça-feira, a menos de uma quinzena do início do evento, foi divulgada
oficialmente a programação no site da prefeitura da 33ª Semana Cultural, a ser
realizada este ano.
Programação
aqui:
Que acharam? Leram direitinho?
Novidades? Gostaram? Não gostaram?
Como se lê, não haverá - mais uma vez - nem
tomadas nem repúblicas. E nem vou entrar no mérito da questão, que o assunto dá
pano pra manga.
50 mil
reais para o Moto Laguna de inverno
A Semana é quase uma repetição em algumas
atrações de anos anteriores. Exceção da realização do encontro de inverno de
motociclistas, através do Laguna Moto Clube, entidade, é bom salientar, que
recebeu da prefeitura, via Fundo Municipal de Turismo, através do Convênio
024/2014, a importância de 50 mil reais para
realização do evento.
Nada de concurso literário, maratona
fotográfica, torneio de pesca, futebol, mostra de cinema, encontro de bandas,
corais, etc. Sequer umas rodadas de dominó.
Aliás, não há nem a participação do nosso
Coral Santo Antônio dos Anjos!
E o Boi de Mamão? E as Bandas Carlos Gomes e
União dos Artistas?
A Semana Cultural não é para resgatar a
história e tradição?
No programa divulgado também não consta a
tradicional salva de tiros às 6 da manhã, no dia 29, lá dos altos do Morro da
Glória.
Ou querem a surpresa ou esqueceram de citar.
Vivas para a homenagem ao artista plástico Richard Calil Bulos, pena que chega tão tarde, ele que tanto lutou por Laguna através de seus escritos. E pagou muito caro por isso. Mas Xaxá não gostava de homenagens, é bom que se diga. Mas exposição é sempre bem vinda.
E vivas também para o cartaz da Semana Cultural deste ano, que estampa o arquiteto, historiador, escritor e pesquisador Wolgang Ludwig Rau, responsável, junto com Salun Nacif, pela quase totalidade dos monumentos históricos da cidade (Tordesilhas, Jerônimo Coelho, Domingos de Brito Peixoto, Garibaldi...) além do projeto arquitetônico do Cine Teatro Mussi, inaugurado em 1950.
Mas a melhor homenagem que Rau poderia receber, seria a criação e inauguração de um espaço adequado, condizente, para receber sua valiosa coleção garibaldina, atualmente apertada na Casa Pinto Ulysséa.
E não deixar - jamais! - que seu acervo -
cedido em comodato - retorne ao governo do estado, via Fundação Catarinense de
Cultura - FCC, por isso ou por aquilo. Seria um absurdo!
Esqueceram a homenagem ao fundador?
E, finalmente, uma omissão imperdoável.
Alô, alô, Leonardo Pascoal, alô, alô prefeito
Everaldo dos Santos. Não há qualquer menção, no dia 29 de julho, dia do aniversário
da cidade, a uma solenidade em homenagem ao Fundador da Póvoa de Santo Antônio
dos Anjos da Laguna, o vicentista Domingos de Brito Peixoto.
Depositar, ao menos, uma corbelha aos pés da
estátua, ali defronte ao Cine Mussi, ao som do nosso hino e bandeira.
A não ser que já tenham decidido – e eu não
fiquei sabendo - que Domingos de Brito Peixoto não é mais o fundador da Laguna.
Pronto! Falei!
Bom dia Valmir!
ResponderExcluirSou um tanto suspeita em opinar sobre a fundação da cidade, até mesmo porque não resido aí há tantos anos....
Todavia, por amar tanto minha terrinha, deixo aqui a opção de se fazer um desfile popular, tal qual acontece em algumas cidades aqui do Vale, quiçá em outras que não é de meu conhecimento.
Geralmente, planeja-se um desfile temático, onde toda a história, desde a colonização, a economia, a cultura, os personagens principais, enfim, até os costumes da populaçao são retratados através da história. Há inclusive, municípios que levam à população, seus principais programas sociais, projetos educacionais, inclusive, prestação de contas através da aplicação das receitas e despesas referentes ao município. Já imagino um desfile temático contando toda a trajetória desde a fundação de Laguna, até os dias de hoje. E olha que não nos faltam historiadores e infinitas histórias a serem retratadas.
Fica a dica!
Abraços!
Maria de Fatima Martins