- O avião,
olha um avião!
Certamente gritando estas palavras é que grande parte da população lagunense avistou o primeiro “pássaro de ferro” que sobrevoou os céus desta cidade em 16
de agosto de 1920.
Foi esta a
primeira vez que Laguna viu um avião singrar em seu espaço aéreo.
Era a grande
novidade daquelas duas primeiras décadas do século XX. Muitos ainda não acreditavam na invenção do
brasileiro Santos Dumont que havia conquistado os céus de Paris alguns anos
antes com o seu 14 BIS.
Uma multidão já
pela manhã cedo se postou ao longo do cais do nosso velho porto, aguardando
ansiosa a passagem do avião.
Na verdade, um
hidravião Macchi 9 (M.9), motor Fiat 280 HP, 180 quilômetros/hora que tentava vencer a rota Rio de Janeiro-Buenos Aires.
O Macchi 9 (M.9) de 280 HP. Foto: Instituto Histórico Cultural da Aeronáutica. |
E este era
caso. Um raid lançado pelo Aero Clube
Brasileiro e pelo jornal A Noite, do Rio
de Janeiro.
O desafio consistia em completar o
trajeto acima, utilizando um único aparelho e fazendo poucas escalas.
O jornal O Albor de 20 de agosto de 1920, editado
em nossa cidade, conta historicamente como foi a passagem do primeiro avião por
Laguna:
“Às
nove e quinze do dia 16 do corrente, toda a população desta cidade, foi
testemunha de um belíssimo e inédito espetáculo, por cuja aspiração ela de há
muito vinha esperando.
É
que um hidroplano pilotado pelo tenente Aliatar Martins, e tendo como mecânico
o piloto inglês Pinder, vinha com felicidade realizando um audacioso raid do Rio a Buenos Aires e já se
achava na capital do nosso estado, desde o dia 14, onde havia realizado belas
evoluções e prometia em sequencia ao trajeto já alinhado, passar bem a pino
sobre a nossa cidade.
Sabedora
daquela alvissareira notícia, ela começou de indagação em indagação, até
finalmente o telégrafo de Florianópolis lhe dar a certeza de que a 16, às 8h e
30 minutos da manhã, o referido hidroplano havia levantado voo naquela capital,
em direção ao sul.
É
fácil imaginar-se a sugestão empolgante de que foi presa toda a população desta
cidade e todos, adultos, crianças e velhos, homens e mulheres, todos não
despregaram mais as suas vistas para o firmamento ao lado do norte, cada qual a
ser o primeiro a poder contemplar o esperado avião.
E
pouco a pouco vinham chegando notícias de sua passagem; Garopaba deu o primeiro
aviso e por fim de Imbituba cientificava-nos a sua passagem ali às 9 horas.
Por
fim, às 9 e 15 despontou nos ares da Laguna. E como se o aviador houvesse
diminuído a velocidade, para que mais demoradamente o seu aparelho pudesse ser
visto por esta cidade ei-lo o que como uma ave de enormes proporções paira
sobre nossas cabeças, majestoso, sereno, caminhando lentamente e deixando como
rastro de sua paisagem, um zumbir surdo e persistente.
Aclamações, adeuses, foguetões estrugiram por
toda a cidade, como ardentes saudações àqueles ousados navegadores das regiões
aéreas, e que os olhos atônitos de todos os lagunenses, realizavam o milenar
sonho do homem voador, que os gregos, apesar de sua adiantada civilização,
julgavam uma eterna utopia, personificada em Ícaro, cujas asas de cera
derreteram-se ao calor do sol.
Enfim, de muitos se ouvia que agora estavam
satisfeitos, pois que tinham presenciado com as suas próprias vistas, através
de uma atmosfera clara e diáfana, um navio dos ares.
Mais
alguns minutos e o aparelho, acelerada a sua marcha e voando em direção à Santa
Marta, pouco a pouco desaparecia como um ponto negro no espaço.
Votos
de feliz êxito e belíssima viagem, acompanharam de todos os lábios a bela e
formosa aeronave”.
Uma tragédia
Mesmo com os
maiores desejos dos lagunenses de êxito na viagem, os foguetes e os adeusinhos da população, este segundo voo não conseguirá seu
intento.
Por problemas
mecânicos o hidravião teve que amerissar nas águas da Lagoa dos Esteves, em
Araranguá. O local do acidente hoje pertence a Içara.
O piloto Aliatar Martins e o mecânico John Pinder com seu hidroavião na Lagoa dos Esteves.. Foto: Instituto Histórico Cultural da Aeronáutica. |
Dias depois, com
o aparelho já consertado, ao girar a hélice para dar a partida o piloto Aliatar
de Araújo Martins teria recebido um impacto do mecanismo, quebrado um braço e caído nas águas da Lagoa. Na tentativa desesperada de
salvá-lo, o mecânico inglês major John Willian Pinder vai também morrer afogado. Seus
corpos serão encontrados dez dias depois.
Serão
sepultados no cemitério local. O acidente provocou bastante comiseração e
tristeza na população catarinense e foi noticiado em muitos jornais
brasileiros.
Missas serão
encomendadas em sufrágio aos dois ocupantes.
Um triste e
trágico acidente que enlutou a todos.
Nova tentativa e o hidroavião sofre pane na Laguna
Dois meses se
passaram e outro avião tentará percorrer o mesmo trajeto. Era a terceira
tentativa.
Antes, a primeira delas coube ao italiano Antônio Luigi Locatelli, iniciada em 10 de setembro de 1919.
Mas ao pousar em Tijucas, Santa Catarina, seu avião sofreu sérias avarias num capotamento, interrompendo
definitivamente a viagem.
Desta vez um
novo aparelho, batizado como M.9 Bis, era pilotado pelo capitão-tenente Virginius
De Lamare e pelo mecânico Antônio J. da Silva Júnior.
Partiu do Rio
de Janeiro em 6 de outubro de 1920 e pousou em Florianópolis no mesmo dia, já
quase noite, proximidades da Fortaleza de Alhatomirim por causa de problemas na
aeronave. No dia seguinte foi rebocado para reparos ao estaleiro Rita Maria. O
mau tempo nos nove dias seguintes o impediu de novamente levantar voo.
Só o pode
fazê-lo na manhã de vento sul do dia 16 de outubro, precisamente às 9 horas e
30 minutos em direção a Montevidéu. “O povo apinhou-se ao longo do cais, da
Prainha ao Arataca”.
O acidente nas imediações da Cabeçuda
Com as
autoridades da Laguna avisadas por telégrafo da partida do avião de
Florianópolis, logo a população se dirigiu novamente ao cais do nosso porto
para presenciar o acontecimento.
Todos com
atenção aos horizontes do norte para avistar o aparelho. “Um grupo que se
achava nas alturas do Morro de Nª Sª do Rosário deu o alarme de seu
aparecimento pouco depois das 10 horas da manhã”.
Mas logo o
avião foi perdendo altura e amerissou nas águas da nossa Lagoa Santo Antônio
dos Anjos, imediações da Cabeçuda.
Rebocado para
o cais da Laguna para conserto, o aparelho atraiu uma multidão para vê-lo de
perto.
Era a oportunidade,
agora sim, ao vivo e a cores, para os lagunenses conhecerem de perto um avião e seus corajosos pilotos de que tanto os jornais noticiavam.
Tratava-se de
um Hidroplano Machi nº 9 (M.9), italiano, motor Fiat 280 HP, 180 quilômetros
por hora, raio de ação de 4 horas.
De Lamare era
capitão-tenente da Marinha de Guerra Brasileira, diretor do departamento de voo
da Escola Naval de Aviação, tendo servido no corpo de aviadores ingleses na 1ª
Guerra Mundial. Em suma, um herói da nossa pátria.
Os aviadores
não puderam de imediato prosseguir viagem em seu raid porque o defeito encontrado era sério e não podia ser rapidamente
consertado. Era mau funcionamento das roldanas de comando.
Hospedagem na Laguna
Recepcionados
pelas autoridades lagunenses os dois pilotos foram hospedados no Hotel Brasil
(futuro Paraíso Hotel), situado entre duas ruas, a Raulino Horn e a Gustavo
Richard.
Foram cercados
de todas as atenções, tanto que o jornal O
Albor se rejubilou “extraordinariamente ao constatarmos o alto espírito de
cordialidade e de inconteste espontaneidade de todos os lagunenses em cercar os
nossos hóspedes, em tão delicada situação, de todo o conforto possível e a
altura de nossas forças, quer moral, quer material”.
Era a então já
conhecida fama, decantada em versos e prosas, do lagunense bom anfitrião.
Tanto é
verdade que no dia seguinte não faltou banda, ora se não.
Teve banda, foguetes e discursos
No dia 17 a
Banda Carlos Gomes fez uma retreta no Jardim Calheiros da Graça, na Praça Vidal
Ramos. Dali saiu com grande número de populares em direção à frente do Hotel
Brasil e tocando dobrados e marchas, homenageou os dois pilotos que neste local
se encontravam hospedados.
Teve até
discursos do dr. Alipio Machado e certamente espocaram alguns foguetes e rojões
pelo caminho.
O piloto De
Lamare e o mecânico Silva Júnior ficaram por aqui pouco mais de uma semana, o
que prova que o defeito no avião foi bem mais sério do que se pensava.
De acordo com
Agenor Bessa em suas memórias, auxiliaram no conserto da aeronave, os
lagunenses Sebastião Guitarra, Manoel Pilão e João Delgado.
Os dois
pilotos também foram convidados para jantares e visitas aos galpões dos clubes
náuticos Lauro Carneiro e Lamego e certamente beberam a água da Carioca.
Mais alguns
dias por aqui e algum vereador iria propor títulos de cidadão lagunense para os
dois. Alguém duvida?
A despedida da Laguna
Mas a viagem
prosseguiu e no dia 25 de outubro com grande multidão novamente postada no cais
da cidade o avião levantou voo.
O jornal O Albor fala “quase toda a população da
cidade”, mas acho que exagerou. Além do mais era uma segunda-feira, início da
semana e alguém precisava trabalhar.
A não ser que o
superintendente (prefeito) Antônio Bessa tivesse decretado feriado municipal, o
que não foi o caso.
Bem, o avião
levantou voo em direção a Porto Alegre com o relógio marcando precisamente 6
horas e 50 minutos da manhã.
Mas aqui deixo
aos nossos leitores, como legítima testemunha ocular e auditiva, a reportagem
do O Albor em sua edição de 31 de
outubro de 1920, que narrou nos mínimos detalhes a histórica partida do
hidroplano:
“Logo
que amanhecera começaram os preparativos necessários.
Assim
foi o aparelho suspenso e com todo o cuidado colocado no mar, tendo os mesmos
aviadores se revestido das precauções para poderem prosseguir o seu audacioso raid.
Uma
vez flutuando sobre as águas da nossa baía, foi o aparelho, com o auxílio de
uma canoa, aproado para o sul.
O
mecânico provocou então com a manivela do aparelho a explosão do motor,
pondo-se assim o hidro em movimento, singrando a nossa lagoa até o Morro dos
Martins (Ponta das Pedras) e fazendo dali uma rápida volta.
Foi
nessa ocasião que a hélice já em aceleradas rotações impulsionou fortemente o
aparelho, que após ter lançado altas colunas d’água pelos flancos, começou a
sua brilhante ascensão.
Toda
assistência, então não podendo conter tamanha emoção ao presenciar tão
admirável espetáculo, prorrompeu em frenéticos aplausos e o aparelho, sempre em
gloriosa ascensão foi até a altura de Cabeçuda e de lá voltou em cumprimento a
esta cidade, continuando definitivamente o seu raid.
Era
de fato o sonho milenar do homem voador que tínhamos de verdade as nossas
vistas. E mais ainda, era um brasileiro, rebento deste povo tão menosprezado,
quem cortava em voos magníficos os ares lagunenses.
O
aparelho partira vitorioso para seu destino, porém conosco ficara uma ânsia
indefinida pela sorte dos seus tripulantes.
É
que o desastre que acarretou a perda das duas vidas preciosas de Aliatar e
Pinder, deixou um sulco de profundo sentimento na alma lagunense”.
E O Albor finaliza dizendo que em busca de
notícias se estabeleceu uma romaria à Estação Telegráfica da Laguna (no prédio
onde hoje funciona o Sine, entre as ruas Raulino Horn e Barão do Rio Branco).
Mas logo
chegou o telegrama do próprio De Lamare noticiando que o avião com seus dois tripulantes haviam chegado são e salvos a Porto Alegre às 11 horas e 20 minutos
daquele dia, 25 de outubro. O piloto fundeou seu aparelho no Guaíba, em frente
ao Clube de Regatas Tamandaré e uma multidão foi recepcioná-los.
Antes de
chegar a Porto Alegre, depois de deixar Laguna, o avião fez uma parada na Lagoa
de Cidreira e depois mais um pouso na Lagoa dos Patos.
Da capital do
Rio Grande do Sul o hidroplano com o piloto De Lamare e o mecânico Silva
partiram no dia 30 às 8 horas e 45 minutos. Fizeram uma parada de algumas horas
em Pelotas de onde partiram às 14 horas e 20 minutos chegando ao Rio Grande dez
minutos depois, às 14 horas e 30 minutos.
Mas os
contratempos pareciam rondar o histórico voo. Quando o aparelho estava sendo içado
por guindaste para o cais daquele porto, para manutenção, o cabo de aço se partiu e o avião caiu
de uma altura de três metros. O acidente danificou seriamente a estrutura da
aeronave, inutilizando-a.
Estava assim
encerrada a viagem, até porque o regulamento não permitia a utilização de outro
aparelho para sua conclusão.
Faltavam
apenas quatro horas para chegar a Montevidéu (808 quilômetros) e dali a Buenos
Aires apenas 239 quilômetros.
No dia
seguinte, tanto De Lamare e Silva retornaram ao Rio de Janeiro ao bordo do
navio de cabotagem Rui Barbosa, do
Lloyd Brasileiro, juntamente com o hidravião. Foram recebidos como heróis por
grande multidão.
Números
Para quem
gosta de números, o piloto De Lamare percorreu 1.398 quilômetros em seu esforço
para atingir Buenos Aires, num tempo de 9 horas e 45 minutos.
Como se vê, o maior voo feito pelo aviador De Lamare foi o de Santos a Camboriú, no percurso de 426 quilômetros, no tempo de 3 horas e 45 minutos. Em seguida vem a travessia Rio-Santos, com 2 horas e trinta e nove minutos.
Florianópolis
a Laguna, 90 quilômetros levou apenas 35 minutos; e da Laguna à Cidreira em seus
290 quilômetros a viagem foi feita em 1 hora e 40 minutos.
Não constam no
quadro acima a quilometragem de Porto Alegre a Pelotas e desta ao Rio Grande.
No dia 12 de
novembro daquele ano o piloto De Lamare deu uma extensa entrevista ao jornal A Noite, do Rio de Janeiro onde contou
em detalhes como foram os desafios da viagem.
No meio da
entrevista, lembrou-se de sua acidental parada em nossa cidade, da maneira como
foi calorosamente recebido e agradeceu:
“Devemos ao
povo da Laguna e autoridades a nossa gratidão pelos auxílios prestados e pelas
manifestações de carinho com que nos receberam”.
Hoje seria – e
tenho dúvidas se não o foi na época – uma baita publicidade para nossa terra. O
jornal A Noite era um diário de
grande circulação não somente na então capital federal, mas contava com
milhares de assinantes em todo o Brasil.
De Lamare
também narra o quase acidente num local chamado Cabeçudas, em Itajaí, onde
passaram apuros no ar.
Fala do pouso
forçado na Laguna, num local chamado Cabeçuda.
E da
coincidência no Porto do Rio Grande, quando após o acidente com o guindaste que
içava o avião e que o quebrou, descobriram nos fundos de um galpão do porto, um
armazém cuja tabuleta ostentava o nome de Cabeçuda. Era muita perseguição.
E foi assim,
complementa De Lamare, com esse nome “Cabeçudo” que o hidroplano M.9 foi
batizado, aliás, como se pode observar na foto abaixo, quando do retorno ao Rio
de Janeiro.
Marinheiros da Escola Naval de Aviação carregam o M.9 BIS (Cabeçudo). A Noite 13 de novembro de 1920. |
Enfim, o trajeto é realizado
Eduardo
Pacheco e Chaves, mais conhecido como Edu Chaves, foi o primeiro civil
brasileiro (depois de Santos Dumont) a conseguir o brevê de aviador. O primeiro
no mundo a viajar à noite. Fundador da 1ª escola de aviação no Brasil.
Em 1912 já
havia vencido o desafio de realizar o percurso São Paulo-Santos-São Paulo, a
bordo de seu pequeno avião Blériot, trazido da França, com motor de 50 HP. É
considerado pioneiro da aviação no Brasil, juntamente com Bartolomeu de Gusmão
e Santos Dumont.
Quase dois
meses depois da interrupção de De Lamare, o piloto Edu Chaves partiu do Rio de
Janeiro, em 25 de dezembro de 1920, às 8 horas 45 minutos em direção à capital
da Argentina. Seu avião era um Curtiss Oriole motor 150 HP.
Fez escalas em
São Paulo, Guaratuba, Porto Alegre no dia 28, e Montevidéu, chegando a Buenos
Aires, no aeroporto El Palomar no dia 29 às 16 horas. Levou cinco dias para vencer
o trajeto e vencer o desafio do raid.
Recebeu
inúmeras manifestações e homenagens em todo o país. Sua façanha foi comentada
na imprensa nacional e internacional.
Recebeu um
prêmio de 30 contos de réis oferecido pelo Governo de São Paulo, além do
reconhecimento em monumentos, medalhas e seu nome batizado em parques e vias públicas.
Que legal. Desconhecia por completo essa história. Abraço.
ResponderExcluirParabéns Valmir! Mais uma postagem que prende o leitor. Histórias que para mim, até então, eram desconhecidas.
ResponderExcluirValmir, sempre recuperando essas histórias que envolvem a nossa Laguna. É de se guardar. Que beleza.
ResponderExcluirAdorei essa história. Também não conhecia. Os primeiros aviões...
ResponderExcluirMuito interessante este fato em que a Laguna esteve envolvida nas histórias da aviação, justamente participando como "suporte logístico" para estes aventureiros (como eram chamados na época). Veja como são as coisas... meu sogro Luiz Nicolazzi Junior (Seo Lulu), lagunense por quase 103 anos, já que nascido em Fev/1915 e falecido em Jan/2018 várias vezes comentou comigo sobre este evento do avão pilotado pelo capitão-tenente Virginius De Lamare e, que amerisou nas águas da Lagoa Santo Antônio dos Anjos... bem perto de Cabeçudas. Nesta época meu sogro tinha de 5 para 6 anos e era um dos muitos presentes quando o avião foi içado por um guindaste a vapor, que era empregado no porto da Laguna (por este tempo em frente a cidade). Em determinado momento o Jornal O Albor estava presente e tirou algumas fotos (poucas, já que custava caro) e numa destas o meu sogro ainda garoto saiu ao lado do aparelho. Esta foto não foi publicada nas ediçôes do Jornal, mas, o Seo Bessa entregou para a família do meu sogro e ela ainda existe.
ResponderExcluirParabéns por resgatar com tanta riqueza de detalhes este fato histórico da nossa Laguna, contribuindo desta forma para que estes eventos permaneçam vivos para as próximas gerações.
Grande abraço do Adolfo Bez Filho - Joinville / SC