Às 10 horas de um domingo ensolarado, 20 de
setembro de 1964, portanto há exatos 60 anos, era inaugurado em
nossa cidade o Conjunto Educacional Almirante Lamego (CEAL), hoje denominado Escola de Ensino Médio Almirante Lamego
(EEMAL).
A solenidade
realizada há seis décadas contou com a presença do governador Celso
Ramos, além de autoridades estaduais e municipais, políticos, professores e alunos,
bandas de músicas e de uma enorme multidão que prestigiou o importante evento.
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A Escola de Ensino
Médio Almirante Lamego (EEMAL) em foto atual. |
Origem do CEAL é
o Ginásio Lagunense
O Conjunto
Educacional Almirante Lamego tem suas origens no antigo Ginásio Lagunense, que
funcionou em prédio municipal na rua Voluntário Fermiano, onde hoje está instalada a Biblioteca Municipal Romeu Ulysséa.
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Antigo Ginásio Lagunense, hoje Biblioteca
Pública Municipal Romeu Ulysséa, situada na rua Voluntário Fermiano. Origem do
Conjunto Educacional Almirante Lamego (CEAL). |
O Ginásio
Lagunense foi inaugurado em 16 de abril de 1932, com a primeira aula ministrada
pelo seu diretor e professor major reformado do Exército Manoel Grott.
Esse
estabelecimento de ensino secundário foi fundado na gestão do prefeito José
Fernandes Martins.
Em 1949 agregou
a Escola Técnica de Comércio Lagunense e um ano depois a Escola Normal Brito
Peixoto. Os dois cursos em nível de segundo grau facultavam a inscrição para os
vestibulares das universidades do país.
Promessa de campanha
Em 1960, em campanha
política ao governo do estado pelo Partido Social Democrático (PSD), o
candidato Celso Ramos visitou Laguna e um correligionário de seu partido e
amigo, major Pompílio Bento o levou a conhecer as instalações do Ginásio
Lagunense, de renome em todo o país, cujo diretor era o professor Ruben de Lima Ulysséa.
O candidato
Ramos se impressionou com as precárias instalações do prédio e de como, mesmo
assim, conseguia absorver a quantidade de alunos dos três cursos mantidos e ser referência em todo o Brasil.
Prometeu que se fosse eleito, dotaria Laguna de um moderno estabelecimento escolar.
Eleito, cumpriu a promessa
Eleito meses
depois para o mandato de 31/01/61 a 31/01/66, Celso Ramos cumpriu a promessa e
em 17 de março de 1964, pela Lei n° 3.408 o Governo de Santa Catarina encampou
o Ginásio Lagunense, criando o Conjunto Educacional Almirante Lamego (CEAL), que começou funcionando no velho prédio da rua Voluntário Fermiano.
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Governador (31/01/61 a 31/01/66) de
Santa Catarina Celso Ramos. Imagem: Wikipédia |
O CEAL recebeu
todo o acervo do antigo Ginásio, e manteve nos cargos funcionários, diretores e
professores.
O diretor e
professor Ruben de Lima Ulysséa continuou como diretor-geral do educandário,
enquanto o professor Jairo Ulysséa Baião assumia o recém-criado Curso
Científico, com a denominação de Colégio Secundário José Fernandes Martins.
O Curso Normal
recebeu a denominação de Colégio Normal Brito Peixoto, tendo como diretor o
professor Abelardo Calil Bulos; e o Colégio Comercial Lagunense (CCL), de
cursos técnicos ficou sob a direção do médico Paulo Carneiro, tendo o professor
Édio de Oliveira como vice-diretor.
O. CEAL iniciou com um
total de 600 matrículas de alunos.
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Busto do
Almirante Jesuíno Lamego da Costa (Barão da Laguna), defronte ao prédio do CEAL, inaugurado
em solenidade cívica realizada em 16 de abril de 1982. |
Criada a
Fundação Educacional de Santa Catarina, o Colégio Comercial Lagunense (CCL),
foi desmembrado do CEAL passando a ser subordinado a nova entidade educacional.
O CCL funcionará durante anos nas mesmas instalações do CEAL, mas somente no período noturno.
Já no início da
década de 1970, com a criação do Curso Núcleo Comum/Integrado assumiu como
diretor do 2° grau o advogado e professor Ronaldo Pinho Carneiro.
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Há alguns anos, nosso pesquisador e historiador Antônio Carlos Marega
recolheu algumas sementes da chamada “Árvore de Anita”, hoje desaparecida e que ficava situada no Jardim Calheiros da Graça, na Praça Vidal Ramos e plantou-as no quintal
de sua casa. Uma muda da figueira, doada pelo Marega, foi levada pela professora
Márcia Brígido e plantada no jardim defronte a hoje Escola de Ensino Médio
Almirante Lamego - CEAL, numa pequena solenidade reunindo estudantes. É a árvore
da foto. Portanto leitor, professores, funcionários e alunos, quando passarem pelo local fiquem sabendo que a figueira
plantada ali é filhota da “Árvore de Anita”. |
Com a reforma de Ensino de 1998, implantada pelo Conselho Nacional de Educação, o CEAL passou a atender somente alunos do Ensino Médio.
Através da Portaria E/0017 SED, de 28 de março de 2000, altera sua denominação e passa a ser chamado de Escola de Ensino Médio Almirante Lamego (EEMAL).
A
construção do CEAL
A área escolhida
para a construção do prédio da nova Escola estadual foi a sede e o campo de
futebol do Clube de Regatas Almirante Lamego, cujos sócios remanecentes cederam o terreno
com a condição expressa que o educandário recebesse o nome do patrono dessa
entidade social, náutica e esportiva.
A exigência foi cumprida.
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Estádio do Campo do Lamego (Clube
Recreativo e Náutico), em 1933. Foto feita do alto do Morro do Rosário. Nessa
área será inaugurado em 1964 o Conjunto Educacional Almirante Lamego (CEAL). A frente
do muro é hoje a rua Celso Ramos. Na lateral esquerda é atualmente a avenida Colombo
Machado Salles e à direita as casas do Campo de Fora, na rua Almirante Lamego. |
O CEAL em sua inauguração
ocupava uma área de 1.817m2, dispondo de 17 salas.
Os gastos com
sua construção foram de Cr$ 37.557.390,00 (Trinta e sete milhões, quinhentos e
cinquenta e sete mil e trezentos e noventa cruzeiros).
As obras do CEAL
foram iniciadas no mês de outubro de 1962 e acompanhadas atentamente por uma
comissão de alunos da União Estudantil Lagunense (UEL).
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Em 1963, em visita às obras de construção do futuro Conjunto Educacional (hoje Escola de Ensino Médio) Almirante Lamego (CEAL), uma comissão de alunos da União Estudantil Lagunense (UEL). Da esquerda p/ direita: Jorge Speek, João Carlos Pacheco, Oclândio Siqueira, Jorge Abrahão, Inezita Silva e Lúcia Baumgarten. | Na foto, da esquerda p/ direita: Odilo Afonso Lindermann Jr., Francisco Carlos Zanella Nunes, Carlos Augusto Baião da Rosa, Jorge Sidney Abrahão, Jorge Speck, Juarez Fonseca de Medeiros. De terno e gravata Pedro Floriano Jr. (Pepê), seguido por João Carlos Pacheco, Inezita K. Silva, Myrna Bianchini, Selva Salles Teixeira, Maria Adelaide Salles, Lúcia Cabral Baumgarten e Oclândio Siqueira. |
| A construção do então Conjunto Educacional Almirante Lamego – Ceal, na década de 60, sendo vistoriada pela Diretoria da União Estudantil Lagunense (UEL). Fotos acervo Oclândio Siqueira. |
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Projeto, empresa construtora e fiscalização
O projeto
arquitetônico foi do arquiteto Jaime Machado, com a construção executada pela
empresa Rizzo Ltda, sob a fiscalização do engenheiro Jacop Teixeira Tasso, da
secretaria Estadual de Viação e Obras Públicas.
Desde então o Ceal passou por diversas reformas, melhorias e ampliações
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A edificação, ao longo do tempo, foi bastante ampliada e
passou por muitas transformações, tanto internamente como externamente, além de
adaptações. Foto: Acervo do autor. |
A inauguração
Eram
pontualmente 10 horas da manhã do domingo 20 de setembro de 1964, quando a
comitiva do governador Celso Ramos constituída, como então se dizia, por
autoridades civis, militares, eclesiásticas, professores, alunos e convidados,
se dirigiram ao local que seria entregue à comunidade lagunense.
Presença de
deputados estaduais, secretários estaduais e vereadores.
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Pátio em frente ao
CEAL, já com a Bandeira Nacional hasteada, mostra a multidão que compareceu a inauguração.
Ao fundo o Morro da Glória. Foto: Jornal O Estado de 22 de setembro de 1964. |
Uma multidão se
postou defronte ao prédio, se estendendo até a rua em frente, que meses depois
receberá o nome do governador Celso Ramos.
Oradores
Vários oradores
se fizeram ouvir na ocasião, entre eles a aluna Dulce Michels; o estudante
Juarez Fonseca de Medeiros; o professor Oswaldo Ferreira de Melo, assessor de
Educação e Cultura do Plano de Metas do Governo (Plameg); o professor Ruben de
Lima Ulysséa, primeiro diretor do CEAL; o prefeito da Laguna, médico Paulo
Carneiro; e por fim falou o governador Celso Ramos.
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Jornal O Estado 23 de setembro de 1964. |
A Bandeira
Nacional foi hasteada ao som do Hino Nacional Brasileiro. Logo após a
estudante Dulce Michels apresentou uma biografia do patrono do estabelecimento, o lagunense Jesuíno Lamego (Barão da Laguna).
Pelo microfone,
vários oradores enalteceram a obra realizada, entre eles o estudante Juarez
Fonseca de Medeiros, que em nome do corpo discente congratulou o governador
Celso Ramos pela construção da obra.
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Jornal O Estado 22 de setembro de 1964. |
O aluno Juarez juntamente
com o professor e diretor Ruben de Lima Ulysséa entregaram duas lembranças ao
governador em nome do corpo discente e docente, respectivamente.
Falou o deputado
por Laguna Armando Calil Bulos dizendo que o funcionamento do CEAL era uma
prova do impulso que tomou o ensino público no estado catarinense.
Bulos, autor da célebre
frase “A Laguna de tanto ser esquecida aprendeu a não esquecer”, também realçou que
a conquista e conclusão da obra foi uma vitória do povo da “Terra de Anita” e
exemplo da pontualidade de um governante em dia com as grandes metas do ensino.
O discurso do
médico e prefeito Paulo Carneiro
Um dos oradores
mais aplaudidos daquela solenidade foi o médico e prefeito da Laguna Paulo
Carneiro.
O primeiro
mandatário lagunense, dirigindo-se ao governador, assim se manifestou em letras
poéticas, mas aproveitando a fala para dar uma beliscada nos partidos de oposição, a UDN e o
PTB.
Pelo valor histórico, é importante reproduzir o discurso neste espaço:
“Sinto
neste momento, tremenda responsabilidade sobre os meus ombros, qual seja a de
dizer da gratidão deste povo.
Sei
que neste momento todos os corações palpitam num ritmo de emotividade, como que
a se perguntarem se o prefeito vai dizer o que sentimos e que, nós o povo,
queremos que seja dito. É difícil a missão.
Dizer
da gratidão é quase impossível. Às vezes uma simples lágrima diz mais do que
seria capaz de expressar a mente humana.
Nas
minhas divagações durante a inatividade a que me conduziu uma cruel
enfermidade, eu me perguntava, muitas vezes, onde fostes buscar tanta energia,
tanta força para, em três anos e pouco de governo, construir uma obra que, além
de merecer aplausos de nós outros, os vossos amigos, merece a admiração e o
respeito daqueles que em trincheiras opostas, esperavam que nada pudésseis
realizar por Santa Catarina.
Estes,
hoje aqui em Laguna, estão ao nosso lado, ao lado dos vossos correligionários
para, neste magnífico clima de admiração e democracia vos tributar a sua
homenagem pelo muito que fizestes pela Laguna.
Eles
não regateiam aplausos. Eles vieram espontaneamente. Nós os seus amigos nos
sentimos compensados”.
Oswaldo Ferreira de Melo
em seu discurso referiu-se à importância daquela inauguração para o
aprimoramento da cultura e educação da juventude, “que irá oferecer sua
contribuição ao progresso do nosso estado”.
O governador Celso
Ramos iniciou sua fala dizendo de sua alegria por encontrar-se novamente na
velha Laguna, “e mais ainda por saber que nossas obras estão aqui sendo
reconhecidas, o que pode se perceber através da grande manifestação de apreço
com que fui recebido nesta histórica cidade”.
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Na foto superior, a multidão postada
em frente ao CEAL. Na foto de baixo o momento em que o governador Celso Ramos
corta a fita inaugural à entrada principal do estabelecimento escolar. Foto:
Jornal O Estado de 24 de setembro de 1964. |
Em seguida o
governador cortou a fita simbólica à entrada da porta principal do
estabelecimento, sob calorosa salva de palmas da multidão presente,
entrando logo após toda a comitiva e o público para conhecer o estabelecimento
escolar e suas instalações.
A Programação
continuava
A solenidade foi
rápida, porque uma hora depois, com início às 11 horas, estava marcada a
inauguração da estátua e Monumento de Anita Garibaldi, na então Praça da Bandeira
(hoje Praça República Juliana).
Para ler sobre esta solenidade clique Aqui Uma sala no
Museu Anita Garibaldi também levou o nome do governador, com descerramento de
seu retrato à parede pela primeira-dama catarinense Edith Gama Ramos.
Recursos aos
Sindicatos
O governador ainda
fez entrega de recursos a três sindicatos de nossa cidade, sendo eles o de
Trabalhadores da Indústria e Madeira; dos Estivadores; e dos Arrumadores.
Desfile escolar
E a programação
dos eventos continuou logo após, com desfile na rua Conselheiro Jerônimo Coelho
de vários estabelecimentos escolares.
Desfilaram o
Colégio Stella Maris, os Grupos Escolares Comendador Rocha, Jerônimo Coelho e
Ana Gondin, além das Sociedades Musicais União dos Artistas e Carlos Gomes que
abrilhantaram todos os eventos realizados naquela ensolarada manhã de domingo.
Almoço no Clube
Blondin e despedida
Encerrando a
programação, um almoço foi oferecido às autoridades e convidados nas dependências
do Clube Blondin, onde discursaram mais uma vez o médico e prefeito
Paulo Carneiro e o governador Celso Ramos.
Ao término do
ágape, o governador e comitiva retornaram à capital do estado.
Outra aula de história. Desconhecia tudo isso do nosso CEAL.
ResponderExcluirTexto para ser lido em sala de aula.
Parabéns Valmir
Eis uma obra importante para Laguna. Quantas gerações passaram por ali e de formaram e de tornaram profissionais por esse Brasil afora.
ResponderExcluirA gente guarda o CEAL no coração.
E tudo graças ao governador Celso Ramos. Uma época Valmir, que os políticos cumpriam as promessas feitas, a palavra tinha valor, era no fio do bigode como se dizia.
Hoje? Hoje eles mentem descaradamente e dão gargalhadas na nossa cara e nada acontece.
Muitos ainda são reeleitos pelo povo que adora sofrer porque só pensam em seus interesses imediatistas vendendo o voto.
Depois vão pras redes sociais reclamar.
Maus uma rica matéria sobre Laguna.
Isso que eu chamo de uma pesquisa porreta.
ResponderExcluirQue a direção do CEAL e professores a utilizem em sala de aula fazendo tarefas e promovendo debates.
Excelente ideia, Diana.
ExcluirAí passei minha adolescência e início da vida adulta. Conheci pessoas maravilhas e amizades que tenho até hoje. Pesquisa maravilhosa. Obrigada, Valmir.
ResponderExcluirEstudei o ginasial no CSJFM,assim estava nas nossas gravatas do uniforme,diretor professor Jairo.
ResponderExcluirDepois estudei o Colégio Comercial Lagunense,onde me formei em contabilidade.
Bons tempos e boas recordações que guardo comigo com muito carinho.
Muito obrigada a todos os professores,diretores,serventes e a todos os funcionários do colégio que estudei por muitos anos.
Gratidão a todos os mestres com carinho.
Ah... Valmir, me fizesse fazer uma viagem no tempo. Estudei no CEAL. Íamos de ônibus de Tubarão. Ah.. tempos de estudos e de paqueras, de descobertas, dos primeiros beijos roubados nos corredores, com medo do seu Jairo, do seu Ronaldo.
ResponderExcluirTempo de nervosismo pelas provas, das aulas de matemática da Natércia, da Elza, do inglês do But.
Despertasses muita saudade de um tempo bom, mas também apavorante, das temidas provas.
Que matéria legal, de pesquisa, feita com o coração, com emoção.
Vou guardar como relíquia.
Parabéns Valmir pela pesquisa e a riqueza de detalhes .
ResponderExcluirMaravilhoso documentário! Muito obrigada pela pesquisa. Tive o prazer de estudar aí e ainda mantenho algumas amizades até hoje. Senti-me voltando ao tempo. Quanta saudade! Fafá- Hoje, Blumenau.
ResponderExcluirPesquisa histórica brilhante, como sempre.
ResponderExcluirFiz o (na época chamado) Curso Primário no Stella Maris.
Depois o “Curso de Admissão” (professora Ana Maria Mendonça) e a “Primeira Série” no Ginásio Lagunense.
As Segunda e Terceira Séries já no “Ginásio Novo”, como chamávamos.
Completei meus estudos em Florianópolis, mas as melhores lembranças são as da Laguna.
Obrigado Sr.Valmir .Que aula de História! Ainda sobre o Ceal/CCL, vale lembrar que o CCL funcionou nas dependências do Ceal, no período noturno, antes da mudança para o CIP(HOJE UDESC).O diretor do CCL, era meu pai , EDSON GOMES MATTOS. Então, , por muitos anos, eu estudava no Ceal, de dia, e ia ao encontro dos meus pais(minha mãe Marlise Guedes Mattos, dava aula de História no CCL) À noite espwrá-los para ir oara casa,..morávamos na rua Almirante Lamego..Era uma época bem legal.Obrigado, Valmir.
ResponderExcluirValmir, lembranças e mais lembranças do CEAL, dos tempos do Colégio Secundário José Fernandes Martins (CSJFM), do Curso Ginasial, do Curso Científico e do Colégio Comercial Lagunense (CCL). Lá estudei, fiz amigos, adquiri educação, cultura e lições para a vida, com excelentes professores. Lá, em dois turnos, fazia o Científico e o Técnico em Contabilidade (Comercial); a Rosângela, minha esposa, igualmente, o Curso Normal e o Comercial, isso no início da década de 1970. Então, lá nós estudamos e nos conhecemos, iniciando um namoro em 1972 (2.º Técnico B, na sala do Aquário). Nesse período, além dos cuidados e da vigilância dos nossos professores, éramos monitorados pelo meu pai, Manoel Silva, que, igualmente, como bedel (Inspetor de Disciplina), fazia dupla jornada de trabalho. Tempos bons de aprendizado e formação. Bela pesquisa. Abraço
ResponderExcluirFiquei emocionado com as lembranças desse dia. Foi maravilhoso e o CEAL continua sendo referência na educação dos jovens lagunenses. No discurso que fiz em nome do corpo discente do CEAL, cognominei Celso Ramos como o. "Governador dos Estudantes ". Ao final da cerimônia, em seu discurso ele disse ser o mais honroso título que receberá. Parabéns Valmir por resgatar de forma tão brilhante parte da história de nossa cidade.
ResponderExcluirValmir... parabéns pela excelente recuperação da "memória" do nosso CEAL (Conjunto Educacional Almirante Lamego). Conforme registrado, os gestores do tradicional Ginásio Lagunense cujas instalações eram na antiga e uma das mais elegantes residências da Laguna, do século XVIII, foi adquirida pela municipalidade para servir de escola... papel que desempenhou por décadas. No início dos anos 60 e na campanha política do futuro Governador Celso Ramos, o nosso conhecido Professor Ruben Ulysséa, na época diretor da congregação do Ginásio... "alinhou" com o candidato a Governador a construção de uma "nova casa"... se ele fosse eleito, o que de fato ocorreu. Celso Ramos cumpriu de imediato seu compromisso e as obras iniciaram e foram concluídas conforme tua brilhante retrospectiva. De minha parte fui "conhecer" o Ginásio Novo em Março de 1966 quando fui aprovado no Exame de Admissão (etapa obrigatória na época), sendo que as duas professoras que me "sabatinaram" no exame oral... foram Maria da Penha Silveira (depois Pinho) e Lúcia Baumgarten (depois Filomeno), ambas excelentes profissionais e que estão firmes e fortes entre nós. Eu tinha estudado todo o primário no Colégio Stella Maris (1961 a 1964) e a quinta série no Grupo Jerônimo Coelho (1965/1965)... da mesma forma que a Irene, que efetuou um comentário anterior. Daí para frente estudei toda a etapa da ginásio e depois o científico, tendo apenas interrompido um ano para estudar no Colégio Estadual do Paraná em Curitiba - PR. Outro fato marcante na minha vida escolar e pessoal, foi ter conhecido minha mulher que estudava no Curso Normal no período da manhã e a noite fazia o Curso Comercial... e numa festa Junina para angariar fundos para a formatura, nos conhecemos já que ambos estavam "ajudando" numa barraca de quentão. Bem... mas daí pra frente já é outra história, visto que acabamos casando e assim permanecemos por 51 anos (!) e destes após residir em Florianópolis - SC, nos mudamos por questões de trabalho para Joinville - SC, onde já estamos há 45 anos... mas, sempre lembrando da nossa Laguna e como disse o cantos Pedro Raimundo na sua bela canção... Saudades da Laguna e, eu complemento... da minha época que já se perde nas brumas do tempo.
ResponderExcluirGrande abraço do Adolfo Bez Filho - Joinville - SC.