Há algum tempo, numa roda, um sujeito, comerciante dos mais conhecidos
na Laguna, ao ver chegar outro comerciante, certamente seu concorrente nos
negócios, exclamou:
- Oh! fulano, pensei que já tinhas morrido!
Silêncio constrangedor de todos os presentes pela grosseria
pronunciada.
O outro então, calmamente respondeu:
- Tu vais ver com’eu duro!
A cacofonia, claro, foi proposital. Dali a algumas semanas o tal
sujeito que tinha pensado que o outro já tinha batido as botas, morreu de repente.
Quanto ao outro, até hoje anda por aí, nas ruas da cidade, esbanjando
saúde, vivinho da silva e sempre que é solicitado conta a tal história.
- Tu vais ver com’eu duro!
É fato, aconteceu na Laguna, terra de casos raros.
***
Por
conta das obras da Ponte Anita Garibaldi, feitas pelo Consórcio Camargo Corrêa,
são centenas de trabalhadores morando em nossa cidade. Alguns deles fazem suas
refeições no próprio restaurante situado no canteiro de obras (na antiga
estação de Cabeçuda). Outros almoçam e jantam em alguns restaurantes da Laguna.
Imaginem
vocês que por conta do esforço braçal, da energia gasta, a quantidade de comida
posta no prato é grande. Quase sempre o
peso é livre. A turma precisa se alimentar. E bem.
Pois
dia desses, no tradicional restaurante Pardhal’s, um dos Buffets – em minha
opinião - mais diversificado e saboroso de nossa cidade, onde o suco e o refri
chegam em segundos e o atendimento é nota 10, sem cara amarrada, um conhecido lagunense caprichou
no prato, uma verdadeira montanha de comida. Se fosse pesado a balança teria
marcado tranquilamente mais de um quilo e meio. O “morro” era tão grande que impressionou
os presentes. A comida derramava-se pelas bordas.
Foi
quando um amigo do tal sujeito, ao observar a cena à mesa, tascou:
-
Pô! Isso é o que pode se chamar de “Prato
Camargo Corrêa”.
Pronto!
Desde o acontecido o nome pegou e um prato exagerado hoje na Laguna está batizado
com este apelido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário