terça-feira, 31 de março de 2015

IV Encontro de ex-alunos do CEAL

"A vida é arte do encontro, embora haja 
tanto desencontro pela vida"
 Como cantava o poetinha em seu "Samba da Benção".

Mergulhado em algumas pesquisas históricas, só agora, nesta terça-feira, me sento para escrever sobre o IV Encontro de ex-alunos do CEAL, acontecido no último sábado, nas dependências do Iate Clube da Laguna.

No dia, logo pela manhã, imaginei que, apesar das dezenas de confirmações no Facebook, a semana, noite e dia chuvosos impediriam a presença de muitos, principalmente os que se deslocariam de outras cidades. Engano meu.

Lá chegando, às 19h30m já nos deparamos com o salão lotado. Pessoal chegou mais cedo e já foi se aconchegando. Abraços, beijos e sorrisos sempre marcam o reencontro da turma. É praxe, tradição. 
Pessoal de Imbituba sempre presente.
Dizem os estudiosos de relacionamentos humanos, que em qualquer tipo de reunião há que se ter a chamada sinergia. É o que nunca falta no Encontro de Ex-alunos do Ceal. Desde sua primeira edição.

Dalton (Cazeca) Souza foi lembrado in memorian, ele que foi pioneiro da criação e organização do evento, juntamente com o Ary Barreiros.
E discursos mais não houve. 

Logo os músicos já executavam os hits da década de 60 e 70 e o pessoal começou a viajar e dançar.
Nosso amigo Mário Luiz Spillere da Silva, o Bau, ladeado por dois freezes (vocês constatarão nas fotos) havia se antecipado e começado a festa mais cedo. Pura animação e dança com sua camiseta estampando os Beatles. Não sossegou nem na hora da foto, que bem por isso saiu tremida. Culpa unicamente do focado, não da fotógrafa.

Surpresa da noite a presença do dr. Ronaldo Pinho Carneiro que, ao sair da sauna do Clube e ouvir o som, foi espiar. Espiou e ficou. De pé, ao balcão, emocionado em seus 80 anos, recebendo abraços e lembranças de seus ex-alunos. Ele que foi diretor do então Núcleo Comum/Integrado e do outrora 2º Grau do CEAL.

Convidados, sentamos à mesa com Flávio Brandão Delgado e sua Luísa, e a professora e ex-diretora dª Zulma Delgado.
Ótimas companhias, pelo astral e finesse. E com direito aos inspirados poemas do Flávio escritos em recortes na toalha de papel da mesa. Ganhei e guardei o meu.

Há quem alegue a não ida à festa por não constatar colegas de suas turmas. Ledo engano. Posso afirmar que cada Encontro realizado é uma caixinha de surpresas.

Neste me deparo, por exemplo, com Raquel Rosa, a filha do seu Osvaldo (tiririca) Rosa e da dª Terezinha, minha professora de inglês, de saudosas memórias. Raquel foi minha colega de turma. Eis exemplo clássico de uma pessoa em que o tempo não passou, como se diz. Ela está tal e qual, fisicamente, quando assistíamos aulas nas salas 19 e 29. Logo deu uma palhinha ao microfone, como sempre faz e gosta.
Terezinha Flor também lá esteve e se revezou no vocal. Brilhantes as duas.

Reconheço mais uma ex-colega de turma. Ela me reconhecerá? Há sempre dúvida nessa hora. Vai que nem lembre. Já aconteceu comigo e imagino que com todo mundo, não é mesmo leitor? E é chato.
Evidentemente a Julita sondou antes, discretamente, para não haver decepção.
Mas, Terezinha Graça Moreira (a filha do saudoso “seu” Osvaldo Moreira, da estrada de ferro e prefeitura, não tem? Irmã do Ari, do João...). Logo me reconhece e abre seu simpático sorriso.
Eis outro exemplo em que o tempo parece ter parado lá atrás, no pretérito. Terezinha é a mesma, fisicamente. Foi também minha colega de turma, de trabalhos em equipe, de cansativos estudos preparatórios às provas. Morava defronte ao Ceal. Hoje reside em Jaraguá do Sul. Veio especialmente para a festa.
Fica estupefata quando relembro, rapidamente, detalhes, nomes de suas antigas paqueras, de paixões platônicas e reais. Outros tempos.
-Como podes lembrar tudo isso, Valmir?
- Pois é, minha cara, depois dos cinquenta parece ser assim. Mas nem me pergunte o que almocei ontem. Hehehe.

Pouco depois, finalmente conheço pessoalmente (e ela a mim), Maria de Fátima Martins, leitora assídua aqui do Blog, sempre com seus comentários inteligentes. Lagunense, hoje moradora com sua progenitora lá em Blumenau. Confessa seu desejo em retornar ao torrão natal.
Sempre brinco e faço um teste com o pessoal daquela época, indagando se dançou no velho Clube 3 de Maio, no Magalhães. (É que alguns bobinhos negam e renegam, não sei por quê). É uma espécie de teste de fidelidade às origens.

Fátima, autêntica como é, me responde, na lata:
- Não só dancei no 3 de Maio, como no Xavante, Anita... Na minha época mandei brasa mesmo, Valmir.
Gosto de gente assim, como a Fátima, verdadeira. Rimos muito, muito mesmo.

Também abraço e beijo a Tilinha. Maria Otília Machado, de Imbituba, organizadora e batalhadora. Sem sua presença e trabalho, garanto que o Encontro não seria o mesmo.

Tem ainda o Pedro Rosa Neto, advogado, meu companheiro de república lá em Florianópolis. Quantas histórias... qualquer dia eu conto algumas.

Minha nossa! Revejo agora o texto acima e percebo que já escrevi um livro. E há ainda tanto para contar... Não me canso, mas certamente o leitor sim.

Enfim, lá pela meia-noite o pessoal começou a se retirar.
Sabe como é, foi-se o tempo da boêmia, do sereno e madrugadas. Hoje os velhinhos ainda se divertem, sem dúvida, mas alguns teimam em cochilar após às 10 da noite e logo querem uma pantufa, um bom pijama e cama mais cedo. 
Em instantes o salão foi se esvaziando, despedidas e um cheiro de saudade no ar.
E vamos a algumas fotos, que é o que interessa, não é mesmo?

Raquel, Aurora, Ambrosina...

Flávio e eu, fazendo moldura ao nosso então diretor e
 professor do CEAL, advogado dr. Ronaldo Pinho Carneiro.

Vanira e Zezinho Pacífico, Marilda e Eva.

Dª Zulma Brandão Delgado, Pedro Rosa Neto e eu.
Amigos de juventude e de república na Ilha-Capital.

Ildete, e Ilda com a filha Luíza. Mesa posterior, Rogério Floriano e Haroldo Machado Pinho.

Geraldina com o marido.

Rosalba, Aurora, Glória e o ex-vereador Ronaldo Kfouri.




Encontro com Terezinha Graça Moreira. Colegas de bancos escolares.

Pedro e sua Aline.


Terezinha Flor dando uma palhinha.

Bau muito empolgado. Não era pra menos.

Julita, Fátima Martins e Maria Otília.
Aurora, Ambrosina, Regina Maura Soares.

Leitora assídua deste Blog, lá em Blumenau, Fátima Martins.

Leda, Mylene, Fátima e Geraldina com o marido.

Ary Barreiros e o pessoal da Zimba.

Ilda, Erwin e a colega Fátima Fernandes.


Nós

Luísa Gallo e Flávio. Chiques.

Eva, Maria Otília, Paula e Vanira.

Turma animada de Imbituba. Sempre presente.
Raquel, Rogério e Haroldo Pinho. Hits anos 60/70

Ary the voice.

domingo, 29 de março de 2015

Hospital desiste do acordo que permuta terrenos com prefeitura

A diretoria do Hospital Senhor Bom Jesus dos Passos da Laguna, comunicou na manhã deste domingo, sua desistência no acordo que permuta terrenos com a prefeitura

Antes, os mais recentes capítulos
Na noite da quinta-feira, 19/03/15, a diretoria do Hospital Senhor Bom Jesus dos Passos da Laguna, em reunião com a Procuradoria do município, concordou, por unanimidade, com a proposta de compra/permuta efetuada pelo Executivo com a área de terras anteriormente doada àquela Instituição de Saúde, no Loteamento Laguna Internacional.

Postei extensa matéria aqui (em oito capítulos, inclusive com fotos), no dia 24 de março, com o passo a passo de todo o caso, portanto não vou me repetir.
No texto, alertei sobre as dúvidas e questionamentos no que tange aos aspectos de licenciamento ambiental, registro individual em cartório, etc.
Registrei também as manifestações contrárias de alguns vereadores sobre o acordo.

Em resumo, a proposta da prefeitura consistia no pagamento de R$ 400 mil, em quatro parcelas, e a doação de dois terrenos situados no Mar Grosso, um deles como pagamento de um processo judicial movido pelo Hospital contra a Prefeitura, em 2010”, em troca do lote lá no Laguna Internacional.

Tão logo souberam do acordo, vereadores como Andrey Pestana de Farias(PSD) e Dudu Carneiro(PP), alertaram membros da diretoria do Hospital sobre prováveis ilegalidades quanto à permuta nos terrenos.
Na sessão da Câmara de vereadores de quarta-feira, 25, o Projeto de Lei oriundo do Executivo com a proposta/acordo já foi lido em plenário, em pauta suplementar. Presentes na galeria a diretora do Hospital Regina dos Santos e outros membros.

Foi quando vários vereadores no plenário, utilizando-se do Grande Expediente e também nos intervalos, se pronunciaram sobre o fato, entre eles Orlando Rodrigues(PSD), Dudu Carneiro(PP), Zezinho Siqueira(PT) e Andrey Pestana de Farias(PSD).

Sinal vermelho
Os citados vereadores alertaram sobre a provável ilegalidade do acordo, o cuidado que se deveria ter e consequências jurídicas.
Só aí, ao que parece, com os alertas e comentários dos vereadores, o sinal vermelho foi aceso para alguns membros da diretoria do Hospital

Consulta ao Ministério Público
Dia seguinte, 26, às 17h, a pedido de membros da diretoria do Hospital, aconteceu reunião/consulta com o Ministério Público que contou também com a presença dos vereadores Dudu Carneiro e Andrey Pestana de Farias.
Ministério Público, através das promotoras Dra. Fernanda (Meio-Ambiente) e Dra. Sandra (Moralidade Pública) alertaram sobre a ilegalidade do ato, explanando sobre futuras consequências e sanções jurídicas e políticas aos vereadores que aprovarem o acordo, sobrando também para o Executivo e direção do Hospital.

No outro dia, 27, sexta-feira, na sessão Ordinária da Câmara, membros da Diretoria do Hospital lá estavam, conversando com os demais vereadores e explicando da explanação e alerta do Ministério Público.
E avisavam que estavam desistindo do acordo, tentando evitar com isso a futura votação do Projeto em plenário. Havia claros sinais de preocupações e nervosismos estampados em seus rostos. Não era para menos.

Comunicado do Hospital
Pois bem.
Hoje, em pleno domingo, 29, há poucos minutos, a diretoria do Hospital Senhor Bom Jesus dos Passos da Laguna postou em seu site, o seguinte Comunicado:

Por recomendação do Ministério Público, Hospital
desistiu do acordo com a PML sobre permuta de terrenos
Postada em 29/03/2015

Reunida na tarde de 27 de março, a diretoria do Hospital da Laguna decidiu voltar atrás na sua decisão de aceitar a proposta formulada pela Prefeitura para aquisição do terreno situado nas proximidades do Sambódromo.
O referido terreno foi doado ao Hospital pelo então Prefeito Célio Antônio, em dezembro/11, através da Lei Municipal No. 1.485, sendo que o prazo para venda encerra-se em maio/15. Como a Prefeitura pretende destinar a área para construção do novo Fórum, propôs à direção do Hospital o pagamento de R$ 400 mil, em quatro parcelas, e a doação de dois terrenos situados no Mar Grosso, um deles como pagamento de um processo judicial movido pelo Hospital contra a Prefeitura, em 2010. Como diversos vereadores questionaram a legalidade da proposta, a direção do Hospital, acompanhada pelos vereadores Eduardo Nacif Carneiro e Andrey Pestana de Farias, consultou o Ministério Público, que recomendou à Câmara de Vereadores a não aprovação do respectivo projeto de lei, tendo em vista sua ilegalidade.

Roteiro para bons negócios imobiliários (Parte I)

Pense no seguinte leitor: você tem um terreno pra vender. Ele está totalmente legalizado, com escritura e tal. Vamos dar um preço de mercado pra ele? Suponhamos que esteja avaliado em R$ 100 mil.
Aí certo dia aparece na sua casa um interessado.  
Ele quer comprar o seu terreno E ele está com pressa.
Faz uma oferta pelo lote. Digamos que oferece R$ 40 mil em dinheiro, em 4 parcelas mensais e consecutivas. Os outros R$ 60 mil que faltam ele oferece outro terreno, como permuta, num loteamento à beira da praia, que parece valer muito mais dos que os R$ 60 mil.

Só tem um pequeno problema. O lote não está legalizado, não tem escritura individualizada e como é na beira-mar, há que se conversar com o Patrimônio da União. Mais uma coisa: tem uns probleminhas com licença ambiental, etc. mas nada que não se possa resolver mais adiante. O pretenso comprador está bem intencionado, o problema é que ele parece desconhecer as implicâncias legais da oferta.

O que você faz?  Aceita imediatamente o negócio e assina ali mesmo os documentos? Nem para pra pensar um pouco?

Um bom negociante faz o seguinte: oferece mais um cafezinho ao pretenso comprador, fala sobre o tempo chuvoso e diz que vai meditar sobre a proposta. Precisa conversar com a patroa e coisa e tal, consultar um amigo advogado (e hoje em dia todo mundo parece ter um amigo advogado) ou um corretor também amigo, para ver as perspectivas de mercado.
- Vou pensar, finalmente você exclama, deixe seu telefone que entro em contato. Até logo.

Na manhã seguinte, ou nos dias seguintes, você vai fazer umas consultas. Dirige-se até o cartório e indaga à situação daquele loteamento. Consulta igualmente o setor da prefeitura quanto a expedição de alvarás, construções, gabaritos, etc.

Você lembra também que o terreno oferecido como parte está situado num loteamento em cima de dunas, ou restinga ou vegetação nativa, ciliar, sei lá. Faz também uma consulta à Fundação Meio Ambiente de sua cidade, à Fatma e a Polícia Ambiental. É bom se precaver. Sabe como é, o terreno pode ser residência oficial da coruja-buraqueira e é bem provável que será difícil despejá-la...

Uma chegadinha ao Ministério Público é imprescindível.
Aproveita que está na fase de consulta e também pergunta a uma ONG de baleia se construções são permitidas naquela área, se o barulho de obras em certa época do ano não pode incomodar os cetáceos em seu período de acasalamento, amamentação. Vai que...

De posse de todas essas informações, essas consultas verbais, você pensa, põe tudo na ponta do lápis, noves-fora-zero, conversa com a sua cara metade e só aí, toma a decisão em aceitar ou não a proposta.
Isso tudo você deve fazer se o terreno for particular, se ele for seu.

Agora imagine se o lote for público, envolvendo os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e entidade beneficente, sem fins lucrativos?
Multiplique, então, os cuidados por dez e as consultas verbais que você fez, passam a ser todas por escrito, em duas vias, com autenticação e firma reconhecida!

Excesso de conservadorismo, leitor? Nada disso. Chama-se precaução, cuidado, canja de galinha. Tudo para evitar futuras dores de cabeça e arrependimentos. 
Mas ainda há nos dias de hoje, por incrível que pareça, quem não tome esses cuidados.

(Continua).

quinta-feira, 26 de março de 2015

Impróprias para banho: Prainha do Farol e Mar Grosso em frente ao emissário da Casan, diz Fatma

Pois é. Aquilo que já era previsto, aconteceu. Acho até que já vem tarde, em águas de março fechando o verão. Final de temporada e de estação.
Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina – Fatma, divulgou na sexta-feira passada, 20, como é praxe semanalmente, o chamado “Relatório de Balneabilidade das Praias de Santa Catarina”. De nº 18.

Não foi surpresa que entre as praias impróprias para banho no estado constem o Balneário Mar Grosso, no trecho defronte ao emissário submarino da Casan, e também a chamada Prainha do Farol, esta última incluída em todos os Relatórios da Fatma até aqui.
Placa de advertência da Fatma: Qualidade da água: Imprópria para banho, trecho
defronte ao emissário da Casan, no Mar Grosso. Foto Elvis Palma.
Ainda em 13 de janeiro deste ano abordei o problema. Como se diz, dou um print em trecho do post publicado:

Algo precisa ser feito e urgente. Torcemos para que daqui a pouco a Fatma não detecte pontos impróprios para banho em nosso maior Balneário, o Mar Grosso. Porque tudo caminha para isso.
Afinal ligações clandestinas existem no Mar Grosso, é sabido e cheirado, e o problema vem sendo empurrado com a barriga há anos, utilizando-se do simples tamponamento das saídas com areia da praia. Na primeira enxurrada todo o esgoto vai parar nas areias e águas.
Depois não adianta xingar os meios de comunicação (e colunistas da capital) quando esses ecoarem aos quatro ventos os pontos impróprios apontados pela Fatma. E não duvidem que tem gente por aí torcendo e super interessada que isso aconteça. 
É uma vergonha deixar chegar a essa situação. E ainda querem fazer turismo assim?
Torçam. Torçam mesmo para que a situação não piore.

Para ler mais matéria sobre o assunto já postadas neste Blog, clique em:

Nesta terça-feira, 24, aconteceu reunião na prefeitura com a Confer e Casan para discutir os problemas ocasionadas pelas obras de implantação do Saneamento Básico no município da Laguna.

Na oportunidade o representante da Casan, gerente de Obras engenheiro Fábio Krieger se manifestou sobre o esgoto clandestino no Mar Grosso. Disse ele:
“Que a estatal já está tomando as providências e responde ao Ministério Público, sobre o inquérito civil em relação ao problema".
E mais. “Muitas ações envolve licença ambiental e investimento e estamos providenciando", declarou. 
Em relação ao questionamento do funcionamento do bombeamento do esgoto através do emissário submarino, foi respondido que está sendo realizado no Mar Grosso.  O sistema leva parte do esgoto do balneário para mais de três quilômetros para dentro do mar e está instalado na avenida Beira-Mar.
E agora?

quarta-feira, 25 de março de 2015

Ex-prefeito da Laguna foi atropelado

Vereador, vice-prefeito (1977-1982), e prefeito da Laguna por dois mandatos (1983-1988) e (1997-2000), João Gualberto Pereira, o popular Joãozinho, veja só leitor como é a vida, saiu da Laguna para ser atropelado em São Paulo!
Visitava, com a esposa Tânia, o famoso e tradicional Mercado Público de lá, quando um carro desgovernado o atingiu, provocando, inclusive, a quebra do fêmur, além de escoriações pelo corpo. Ficou internado lá mesmo, de molho em Sampa por dez dias, depois retornando a nossa cidade. No corpo, cicatrizes de cirurgias para incisão de platina.
O encontrei domingo passado, almoçando no Chedão, ainda claudicante, usando bengala e foi ele mesmo que me narrou o triste e lamentável episódio.
O mais incrível leitor, é que o carrinho não era qualquer veículo. João foi escolhido pelo destino, só pode, e atropelado por um carrinho de mão carregado de cerveja! Nem deu tempo de anotar a placa ou a marca da bebida, ele me disse, brincando.
Então indaguei, para descontrair:
- João, e a cervejinha pelo menos era gelada?
Não, não era.

Que a recuperação seja a mais rápida possível é o que desejamos ao amigo e ex-prefeito da Laguna, João Gualberto Pereira.

****

Num furo de reportagem, este Blog conseguiu, com exclusividade, a foto do carro que atropelou o ex-prefeito Joãozinho lá em São Paulo. Após o acidente, o motorista evadiu-se do local e deixou para trás o veículo e a preciosa carga.

IV Encontro de ex-alunos do CEAL

Realiza-se neste sábado, 28, o IV Encontro de ex-alunos do então Conjunto Educacional Almirante Lamego - CEAL, hoje denominado Escola de Ensino Médio Almirante Lamego.
O evento acontece no Iate Clube da Laguna, a partir das 19h30m, com jantar de adesão.
Quem desejar pode chegar horas antes, para um bate-papo descontraído, saudosismos mis, surpresas com aparências físicas (o tempo passa para todos, ainda bem) e aperitivos. Muitos e variados.
Estão convidados ex-alunos do tradicional Estabelecimento de Ensino, de todas as classes, cursos e anos.
Basta confirmar presença na página “Ex-alunos do CEAL”, no Facebook. Ainda dá tempo. Todos os ex-alunos estão convidados. 

terça-feira, 24 de março de 2015

Hospital aceita proposta da prefeitura para compra/permuta de terreno

Na noite da quinta-feira passada, 19, a diretoria do Hospital Senhor Bom Jesus dos Passos da Laguna, em reunião com a Procuradoria do município, concordou, por unanimidade, com a proposta de compra/permuta efetuada pelo Executivo com a área de terras anteriormente doada àquela Instituição de Saúde, no Loteamento Laguna Internacional.

Foi a maneira encontrada para tentar resolver um impasse.
O problema é que o referido imóvel no Loteamento Laguna Internacional, ainda pertence ao Hospital da Laguna para venda, até 23 de maio de 2015, por força da Lei Municipal nº 1.485/13.

Em nota postada em seu site o Hospital da Laguna explica (os grifos são meus):

“Por ignorar o fato, o Prefeito Everaldo dos Santos doou o imóvel ao Poder Judiciário Estadual para construção do Fórum. Constatado o equívoco, o Prefeito encaminhou proposta de compra do terreno à direção do Hospital, consistindo a proposta no pagamento de R$ 400 mil, em quatro parcelas, e a doação de dois terrenos situados no Mar Grosso, um deles como pagamento de um processo judicial movido pelo Hospital contra a Prefeitura, em 2010”.

Chega-se à conclusão que, o prefeito Everaldo dos Santos foi mal assessorado nesta questão ou atropelou os fatos, o que faz parte de seu estilo, na pressa em querer fazer.
E o final dessa novela parece ainda não ter chegado, até porque um novo projeto de lei elaborado pelo Executivo sobre a permuta dos imóveis será encaminhado nos próximos dias à Câmara de vereadores, para ser transformado em nova Lei Municipal.
Será aprovado? Pode ser, mas há vereadores lagunenses que não concordam com a proposta apresentada, principalmente porque os dois terrenos oferecidos pela prefeitura no Balneário Mar Grosso, situam-se no controvertido Loteamento Ravena.

Esses representantes do Legislativo lagunense, como os vereador Andrey Pestana de Farias (PSD) e Eduardo Nacif Carneiro (PP) questionam se os tais imóveis possuem escritura pública? Estão eles legalizados?

Questão ambiental
Outra dúvida, é quanto à questão ambiental das referidas áreas de terra.
O Hospital, em sua nota, diz candidamente em duas linhas:

“Após sanadas todas as dúvidas relativas a questões ambientais relacionadas aos referidos terrenos, a proposta foi aceita”.

Como assim “sanadas”? Há parecer da Fatma aprovando? Da Fundação Municipal do Meio Ambiente? Da Polícia Ambiental?
O Hospital também diz na nota expedida que a proposta foi aceita mas com as seguintes condições:

“Se a permuta das escrituras não ocorrer até final de dezembro de 2016, o Hospital passará a ter a posse definitiva do terreno próximo ao Sambódromo e que os R$ 400 mil sejam pagos em quatro parcelas mensais consecutivas”.

Há muitos questionamentos. E se esses valores (num total de R$ 400 mil) forem gastos antes? E se o Judiciário Catarinense começar a construir o prédio no referido terreno?

Mas para o leitor entender, há que se narrar desde o começo o que aconteceu. Não dá pra contar em três atos, com em algumas peças teatrais, porque o enredo foge ao padrão. 
Portanto vou narrar em breves capítulos. E com algumas fotos (da secretaria de Comunicação da PML), para melhor ilustrar. Se o leitor tiver interesse e tempo...

Vejamos:

Breve (ou não tão breve assim) retrospectiva sobre o caso:

Capítulo Iº
Em 5 de dezembro de 2011, o então prefeito Célio Antônio (PT), entrega em mãos à presidente do Hospital Senhor Bom Jesus dos Passos, Regina Ramos dos Santos, ofício comunicando a entidade sobre o projeto de lei encaminhado à Câmara de Vereadores.
O projeto tem o intuito de solicitar a autorização do poder Legislativo a doar áreas ao hospital Senhor Bom Jesus dos Passos, uma gleba de terra com 9.780,74 metros quadrados, situado na então avenida Castelo Branco (hoje João Marrronzinho), devidamente transcrita no cartório de registro de imóveis da comarca de Laguna, sob a matrícula nº 29.981, do livro 2-FB, folhas 61.
A área foi destinada ao município conforme Programa de Recuperação de Crédito (Refis).
Logo em seguida, vereadores aprovam o Projeto, que vira Lei Ordinária nº 1.485/11.

Capítulo IIº
Cinco meses depois, na tarde do dia 23 de maio de 2012, o então prefeito Célio Antônio e a presidente do Hospital, Regina dos Santos, acompanhados da direção da entidade e do Tabelionato de Notas e Protestos, assinaram o documento autorizando a doação de uma área no loteamento Laguna Internacional, no valor de R$ 950 mil.
O Hospital tinha 12 meses para vender o terreno. Conforme cláusulas do documento, os recursos da venda eram destinados para pagamento de dívidas, vencimentos com os fornecedores, pagamento de obrigações previdenciárias, aquisição de máquinas e equipamentos, também manutenção, melhorias e ampliação da infraestrutura.
Atentem para esta data, 23 de maio de 2012. Foi a partir daí, do registro, que começou a contar o prazo de um ano para venda.

Capítulo IIIº
Um ano depois, em maio de 2013, o Hospital ainda não havia encontrado comprador para a referida área. Cláusula estipulava que o valor mínimo de venda era de R$ 950 mil, como já visto.
Foi então que os neófitos vereadores Andrey Pestana de Farias (PSD) e Kleber (Kek) Lopes Rosa (PP), encaminham Projeto de Lei prorrogando o prazo para mais 2 dois para venda da referida área. Projeto é aprovado e vira Lei assinado pelo Executivo.
Logo o prazo de vencimento estendeu-se para 23 de maio de 2015.

Capítulo IVº
Em 20/01/2015, o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Nelson Schaefer Martins, recebe em audiência, o prefeito da Laguna, Everaldo dos Santos. Acompanhado por comitiva, o chefe do Executivo solicitou a instalação em nossa cidade de uma vara própria do Juizado Especial e uma vara própria da Fazenda Pública como forma de agilizar ainda mais a prestação jurisdicional na Comarca.
Visando ainda melhorar os serviços do Poder Judiciário na cidade da Laguna, o prefeito ofertou um imóvel para construção de um novo fórum, em metragem necessária ao empreendimento. A área em análise, localiza-se nas proximidades das terras doadas à Udesc, no empreendimento denominado Laguna Internacional, na praia do Gi.
Adivinha qual era a área? Leitor esperto. Àquela mesma doada ao Hospital. Eis o impasse criado.

Capítulo Vº
Na manhã de 27/01/2015, uma comitiva visitou o terreno cedido pela prefeitura para a construção do novo prédio do Fórum, da Comarca da Laguna.
A área de 9.780,74 metros quadrados, está localizada no loteamento Laguna Internacional, ao lado do terreno já doado à Udesc. 
A comitiva liderada pelo presidente do Tribunal de Justiça, Nelson Schaefer, foi recepcionada pelo prefeito Everaldo dos Santos.
A planta do novo edifício de quatro andares foi apresentada. A obra terá o custo de R$ 20 milhões. Inicialmente serão instituídos cinco varas e dois juizados. Ficou acordado um espaço dentro do novo Fórum para o Ministério Público. "Uma área privilegiada, próximo a avenida João Marronzinho que está sendo asfaltada", descreveu o prefeito Everaldo dos Santos referente à área que cedeu ao Fórum. 

Capítulo VIº
Vereador Andrey Pestana de Farias (PSD)
O assunto da doação verbal do Executivo é abordado no Legislativo lagunense. Vereador Andrey Pestana de Farias novamente apresenta Projeto de Lei prorrogando o prazo por mais dois anos, para venda da área. Vereador Rodrigo Moraes (PR), pede vistas do Projeto. Prefeitura informa que tem interesse em fazer uma permuta.
Presidente do Hospital Regina dos Santos, em carta ao vereador Eduardo Nacif Carneiro (PP) demonstra interesse em continuar com a área, portanto, em prorrogar prazo. Vereador Dudu, diante disso, na Sessão de 18/03/15, apresenta Projeto prorrogando. Mais discussões e também Projeto não é colocado em pauta pelo presidente Roberto Carlos Alves(PP).

Capítulo VIIº
Dia seguinte, 19/03/15, em caráter urgente-urgentíssimo, acontece reunião entre diretoria do Hospital e a Procuradoria do Município (como já me referi lá no começo, lembra?) que deliberou sobre a proposta da prefeitura em relação à doação de imóveis à entidade.

De acordo com o coordenador especial do gabinete, Fábio Kfouri, o Hospital concordou com a substituição na permuta de imóveis. “Anteriormente o governo municipal doaria um terreno no loteamento Laguna Internacional. Porém, com algumas ressalvas, a diretoria aceitou em trocar por dois terrenos na região do loteamento Ravena, na Praia do Mar Grosso”, explicou.

Um novo projeto de lei elaborado pelo Executivo sobre a permuta dos imóveis, será encaminhado para aprovação na Câmara Municipal.
Para o secretário de saúde Felipe Remor, esses terrenos com maior valor irão beneficiar a entidade. "Uma das áreas será para finalizar uma demanda judicial contra a prefeitura, que há anos não tinha sido resolvida".
Segundo Kfouri, a procuradoria está resolvendo as questões pendentes em relação ao loteamento no Mar Grosso junto à Secretaria do Patrimônio da União – SPU.

Capítulo VIIIº
Como vimos, agora o Projeto de Lei do Executivo com a permuta será encaminhado ao Legislativo lagunense, para apreciação. Não sei se já será lido nessa sessão de amanhã, 25.
Vamos aguardar o desenrolar dos fatos para escrever os capítulos finais.

Finais? Será mesmo?

domingo, 22 de março de 2015

Elvis Palma, o repórter-fotográfico da cidade

Ele é o olho vivo da Laguna, testemunha ocular da nossa história contemporânea. Sempre em cima do lance, captando o que acontece de bom e de ruim em nossa região. E expondo seus registros, com comentários, em sua concorrida página no Facebook, com centenas de curtições e compartilhamentos.

O começo
É funcionário público há 30 anos, com elogiável destaque em nível estadual na direção do Sine de nossa cidade, conforme dados administrativos do Ministério do Trabalho.

Se interessou por fotografia meio que ao acaso. Há alguns anos, Elvis Palma adquiriu uma pequena máquina digital para registrar as atividades do serviço.
Ao ver os resultados, tomou gosto pela arte de fotografar. E saiu por aí clicando, com seu olhar sensível, a natureza da nossa bela Laguna.
Depois, incentivado pelo amigo e fotógrafo Ronaldo Amboni, adquiriu uma máquina digital profissional, fez um rápido curso com o próprio Amboni, também ele um dos melhores fotógrafos da região, e não parou mais.

Suas fotos de botos, pescadores, surfistas, molhes da Barra, nascer e por do sol, estampadas nas redes sociais, fizeram (e fazem) enorme sucesso.
Logo, seus registros estavam nas páginas (e capas) dos principais jornais da região.
Mas Elvis foi além. E ousou. Passou a também registrar os problemas da cidade, as mazelas da população em seu sofrido dia a dia.
Seus cliques adquiriram um olhar crítico, com um chamativo verniz de fotojornalismo. E Elvis começou a estar em todas.
De um acidente na BR-101 e seus inevitáveis engarrafamentos ao lixo depositado no varandão de uma casa tradicional do Centro Histórico; do esgoto escorrendo nas areias da praia às ruas esburacadas; do lixo num terreno baldio às intermináveis obras em certos prédios públicos; da construção em detalhes da Ponte Anita Garibaldi ao aparecimento de peixes mortos em nossas Lagoas e praias; do carnaval às festas religiosas; de passeatas a encontros sociais.

Elvis a tudo registra, parecendo em certas ocasiões possuir o dom da ubiquidade.
Com o tempo conquistou uma legião de admiradores/leitores e também de valiosas fontes - de suma importância nessa área - que repassam a última, atualizam acontecimentos e por sua vez o têm como importante canal de notícias.
Elvis Palma, olho vivo na cidade.

Evidentemente que, no jornalismo, ao mostrar a realidade, sabemos os que militamos na área, angaria-se com ocasionais detentores do poder, o sorriso amarelo, a cara feia (e cara feia, diz a voz popular, é sinal de fome, principalmente se o sujeito é barrigudo) e contrariedades pela exposição de fatos e fotos que muitos deles gostariam de esconder ou pelo menos não demonstrar aos olhos da população. 
Querem só elogios, acostumados somente aos puxa-sacos, aos bajuladores de plantão. Muitos deles regiamente pagos através de publicidade ou assessorias.

Mas Elvis segue sua trajetória, expõe as vísceras do poder, tendo a certeza que está cumprindo com o seu dever de cidadão, visando à melhoria da cidade e ao bem estar da população, em busca sempre de soluções. Eis seu pensamento maior. Justo e perfeito, não é o que perseguimos?
Ah... se tivéssemos mais uma meia-dúzia de Elvis por aí...

Assim é o fotógrafo Elvis Palma, 50 anos, casado com Cristhiane, pai de Eduardo e Camile e avô coruja da linda Maria Eduarda, dois anos.

Continua teu trabalho, Elvis amigo, porque tuas fotos e comentários ficarão eternizados, enquanto certos poderosos de ocasião terão seus nomes apenas registrados nos rodapés da história.

“Eles passarão... eu passarinho...”, como nos versos de Quintana.