domingo, 31 de janeiro de 2021

Foto-Retrô

Antes que termine este mês de janeiro, não posso deixar de registrar aqui nesta página as Bodas de Crizo do querido casal Zita Medeiros Bianchini Rodrigues e Antônio Alves Rodrigues.
Foi no dia de 26 de janeiro de 1988, há exatos 33 anos, na Capela Santa Terezinha, no Mar Grosso que os dois uniram seus corações pelos laços do matrimônio, tendo como celebrante o então pároco da Matriz Santo Antônio dos Anjos, padre Antônio Gerônimo Herdt.
Bodas significa promessa e Crizo é uma cor cinza, cinza de fogo, tal e qual um grande amor que renasce a cada dia como o pássaro Fênix.
Felicidades ao casal.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Foto-Retrô

No início da década de 70, a turma não dispensava suas bikes nos passeios pela cidade. Aqui, aos pés da estátua de Anita Garibaldi, na então Praça da Bandeira.
O sino? Sim, claro, o Sino do Museu ainda estava lá e, provocado, badalava vez ou outra o passar das cinzas das horas.
Entre as ciclistas montadas em suas monaretas, Marilúcia Schiefler Lopes (Joaquim), Maria Teresa Candemil e Margareth Prudêncio.
Quem aí conhece as demais jovens?

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Faleceu Gilberto Bulos Remor

Faleceu em nossa cidade, Gilberto Bulos Remor, o Pai Gil, aos 65 anos.
Velório acontece nesta quinta-feira (21) na sala funerária Cristo Rei (ao lado do Ceal), das 15 às 17 horas e sepultamento logo após, no Cemitério da Glória.
Sentimentos aos familiares e amigos.

Filho e neto de tradicionais famílias lagunenses, filho de Nida (Naná) Janine Calil Bulos e Flávio Ulysséa Remor, irmão do Ronaldo, Paulo Roberto e Daniel, Gil foi figura marcante em nosso meio, participando de inúmeras manifestações culturais da Laguna.
Era neto de Ivone Albert e Abelardo Calil Bulos; e Noêmia Ulysséa e João Remor.
Em meados da década de 70, mais precisamente em 1974, o Babalorixá Gil com a sua Tenda de Umbanda Caboclo Guarani, da qual foi presidente, deu maior visibilidade a Festa de Iemanjá realizada nas areias da Praia do Mar Grosso, na virada de Ano Novo, na frente da Rua Tubarão (antigo Calçadão).
O evento atraía um ótimo público para a época, e contava com apresentações, cantorias (pontos) e orações de membros de outras Tendas de Umbanda  de nossa cidade, entre elas a da dona Paula Rosa. 
No final, Geraldo Ximba e João Batista Machado (João da Nadir), exímios nadadores, levavam os barquinhos ao mar com as oferendas.
Mas Gil era também eclético nas religiões, participando de procissões e transladaçoes de Santos da fé católica, missas e outras cerimônias religiosas, num verdadeiro sincretismo.

Ainda na década de 70, em 15 de janeiro de 1974, Gil juntamente com outros baluartes do nosso carnaval como João Manoel Vicente, Antônio Carlos Pinho Carneiro (Cacaio), Gilberto Pinho (Binga), Enos Kruger, Haroldo Machado Pinho (Pancho), entre outros, fundou o Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba Os Bem Amados, que revolucionou o desfile do carnaval lagunense em cores, luxo e evolução. 
E forçou outras agremiações como Xavantes e Brinca Quem Pode, que eram blocos (ou cordões carnavalescos como eram chamados) a se transformarem em Escolas de Samba.
Um pequeno bloco com esse nome havia sido criado um pouco antes, mas estava inativo. O batismo homônimo se deu  à novela famosa e de grande sucesso de Dias Gomes, transmitida em 1973 pela TV Globo.

Gil também foi o juiz (árbitro vestido de noiva, como era tradicional) nas memoráveis partidas de futebol entre os times Maiôs X Biquínis, nas areias da Praia do Mar Grosso, num evento que reunia anualmente no Carnaval jovens atletas de nossa sociedade e que marcou época. Nivaldo Mattos depois assumiu a função e bem mais tardeQuem foi juiz o guia Anselmo da Silva Joaquim, o Poliba, de saudosa memória.
Gil foi presença constante no Bloco da Pracinha desde o seu início. Quando seus problemas de locomoção surgiram desfilava sempre em cima de um caminhão ou do Trio Elétrico, com sua alegria, fantasia e miçangas. Desfilou em outras Escolas de Samba, entre elas Os Democratas. Desfilou também pela Bandinha Maluca Os Palhaços de Momo.

Lembro que na tradicional gincana anual do Colégio Comercial Lagunense (CCL), em 1977, a meu convite, Gil nos orientou sobre uma apresentação-abertura de nossa equipe do terceiro ano, sala 3º B de Técnico em Contabilidade. Sugeri o tema Iemanjá. 
Entre os alunos, Toninho Bufa (Correios), José Irani Rodrigues (cartório), Dorival de Oliveira (Tofinha), Liane Alcântara e Marilene Toscano Garcia.
Gil ensaiou a Ilza Regina Guedes Brum, colega nossa, namorada (e futura esposa) do Haroldo Pancho. Os ensaios foram na sede da Banda União dos Artistas. 
Na noite da apresentação busquei com seu Orlando um daqueles ventiladores barulhentos de pé redondo do Clube Blondin para dar mais realismo a cena. Bota realismo nisso, o troço fazia um ventão... mas pesava horrores e dava choque pra caramba, quase morremos eletrocutados, eu e um outro colega de Tubarão,  que levamos o ventilador no muque até o local do evento.
Com a trilha musical "O Mar Serenou", na voz de Clara Nunes, a nossa colega Ilza como Iemanjá entrou em cena, com comprido vestido azul claro, com brilhante tiara na cabeça e longos cabelos, abençoando o júri e o público presentes. 
"O mar serenou
Quando ela pisou na areia
Quem samba na beira do mar
É sereia"...

Depois caminhou entre recortes de tecido organza azul e branco, comprados na Casa Otto, colados com fita adesiva no piso de madeira da quadra do Ginásio de Esportes Bertholdo Werner. Os tecidos ondulavam ao sabor  do vento artificial criado, representando assim as ondas e espumas do mar. 
Arquibancadas lotadas, muitos aplausos pela apresentação, que havia sido ensaiada exaustivamente pelo Gil, com sua alegria e inteligência.
Dez. Nota dez. Ganhamos a gincana naquele ano.
Gil Bulos Remor marcou toda uma época e com sua figura e presença atravessou gerações.
Que Oxalá o proteja e o ilumine.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Os mordedores e um estranho pedido

Época de eleições – e depois delas já com os eleitos empossados - é quando surgem os mais diversos pedidos.
Os comitês vivem cheios deles, os mordedores, sempre em busca de um favorzinho.
Os tipos de pedidos são os mais variados. Do emprego para um filho que não venceu na vida ao pagamento de uma conta de luz; da passagem para Florianópolis a um bujão de gás; de um remédio a uma cesta básica.
Os pedinchões pipocam pelas esquinas no faro de qualquer político e dos locais onde eles possam estar.
Pois um candidato a vereador, me contou essa pequena história, acontecida há alguns anos.

Ele já andava meio cansado das mordidas que andava recebendo. A campanha só havia começado, mas as ferradas estavam sendo demais.
Se continuasse assim, atendendo a todos, não chegaria às eleições de 15 de novembro. Ficaria no meio do caminho. E ainda por cima meio que falido.
No sábado pela manhã, de dentro do seu carro estacionado na rua Raulino Horn,  observava o movimento. Pensava em dar uma volta pelo comércio, sentir o clima político, encontrar conhecidos, pedir alguns votos.

Súbito, batem no vidro do seu carro. Ele olha e suspira. É um conhecido mordedor da Laguna. Diariamente o sujeito levava uns trocados seus. A conta já estava ficando alta e saindo muito cara.
Sem alternativas, abaixa um pouco o vidro.
O mordedor pergunta:
- E daí vereador, tem um trocado pra mim, sabe com’é, a coisa tá difícil, tô precisando comprar umas coisinhas lá pra casa.
- Rapaz, me pegasse desprevenido, tô sem nenhum tostão na carteira, responde.
- Uns vinte conto tá bom, chefia.
- Cara, não tenho, tô duro.
 - Dez conto, então?
- Não tenho mesmo, fica pra outra vez.
- Pô... cinco conto então? Um cigarro? Tens um cigarrinho pra arranjar?
- Parei de fumar faz tempo.
O mordedor faz cara feia, mas não se dá por vencido.
- E isso aí no bolso da tua camisa, o que é?
- Ahhhh... isso é um colírio que uso pra irritação dos meus olhos.
E o pidão se abaixando um pouco e arregalando os próprios olhos com os dedos diz:
- Então faz um favor vereador, pelo menos isso, pinga ni mim, pinga...

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

O puxa-saco

 “Aquele que gosta de ser adulado é digno do adulador”.  (Shakespeare)
 
Um tremendo puxa-saco é o sujeito. 
O que mais adora é frequentar gabinetes de poderosos desejando boa sorte e bom trabalho. 
Ganha um cafezinho aqui, um copo d’água ali, belisca um salgadinho acolá. Se sair numa foto, melhor ainda.
Sempre puxando, sempre pedindo, sempre bordejando. 
Há muitos anos.
Basta ter um cargo, possuir certa “otoridade” que lá está ele,  pegajoso, lambendo as botas, contando a última, entregando conhecidos, fazendo fofoca, segredos de alcova, quem está comendo quem...
Figura manjada e das mais conhecidas em nossa cidade.
Conhece todas as sutilezas na arte de puxar, de esticar, manja da arte de bajular, sempre utilizando os mais diversos adjetivos que todos querem ouvir. 
Sempre acha graça das piadas contadas pelo "chefe", qualquer chefe e ri muito, principalmente das piadas sem graça.
E tem um papo... Mas só engana quem quer ser ludibriado, essa é que é a verdade.

Pois dia desses, nesse começo de ano, ia ele subindo as escadarias de certo centro administrativo quando encontrou, quase que esbarrou, com um vereador lagunense que ia descendo os degraus.
Rápido, disse que queria lhe falar.
O vereador, que já conhece a figura e certamente cansado dos muitos elogios, bordejos e pedidos por algum cargo, respondeu que não tinha tempo, que não podia parar porque tinha um compromisso e estava descendo.
Ele então não pensou duas vezes e respondeu, rápido no gatilho:
- Vereador, vou junto contigo porque descer com o senhor é subir na vida...

Uma figura, hors concours em originalidade esse puxa-saco.
Mas, não se enganem, daqui a pouco está em algum cargo. Sempre sorrindo, sempre cheio de planos e projetos, sempre cheio de energias positivas. 
Como sempre.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Faleceu Neno Maurício +

 
Faleceu em Tubarão, onde estava internado, nosso eterno radialista/locutor Valderli  (Neno) Maurício, aos 69 anos.
Neno Maurício. Foto: Arquivo de família.
Corpo está sendo velado desde às 8h desta segunda-feira na Sala Mortuária São Paulo da Funerária Gomsan e o sepultamento vai ocorrer às 14 horas no Cemitério da Glória. 
Neno estava doente há muitos anos, tempo em que também se afastou do rádio. Residia no bairro Magalhães.
Sentimentos aos familiares e amigos, em especial a esposa Maria Laura Nunes Machado, o filho Helder; e as irmãs Maria do Carmo, Marilda e Márcia.

Neno durante muitos anos trabalhou nos meios radiofônicos de nossa cidade, principalmente na Rádio Garibaldi, onde apresentou programas de notícias, variedades e musicais. Na Rádio Difusora apresentou o programa "Difusora Ao Meio Dia", que tinha nos trabalhos técnicos (sonoplastia), o também radialista Lourenço Fernandes.
Neno Maurício - sempre impecável - locutor mestre de cerimônias numa solenidade acontecida na década de 90 no Centro Cultural Santo Antônio dos Anjos.

   
Dono de uma bela voz, com empostação primorosa e dicção perfeita, foi locutor-mestre de cerimônias em inúmeros eventos oficiais acontecidos na Laguna. 
Transmitiu e apresentou desfiles de carnavais das nossas escolas de samba ao lado de outros bambas do rádio lagunense, como João Manoel Vicente, João Carlos Wilke, Lourenço e Celso Fernandes, Jorge Luiz de Miranda, Luiz Néri de Miranda, Paulo Cereja, Paulo Sérgio Silva, João Carlos Silveira, Vânio Santos, Waldemar Souza, Martinho Machado, entre outros.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Foto-Retrô



Na foto do início da década de 90, o ecônomo do Clube Blondin, Orlando Nunes (Marechal) de camisa listrada junto com sua equipe de garçons:
Verges Silva (à esquerda), Rosalvo Nunes (filho do Orlando), Erotildes Garcia (Tidinho) atrás do seu Orlando. Ao lado  dele de camisa azul, Valderli José Soares  (Piteira), Chiquinho Guedes (fundos à direita) e Bernardão (mão na cintura). 
Essa turma era fera nos atendimentos aos aniversários, casamentos e bailes.
Vindo de Florianópolis em visita aos familiares e amigos da nossa Laguna, sempre com uma chegadinha no clube, o saudoso Jacques Calil Bulos (agachado), amigo de todo mundo.
Foto: Geraldo Luiz da Cunha (GÊ).