sábado, 30 de setembro de 2023

Foto-Retrô

 
No centro do nosso Jardim Calheiros da Graça, na Praça Vidal Ramos, em algum ano lá de meados da década de 1970, uma amostra da nossa juventude sadia, educada e alegre da sociedade lagunense.

Fila de cima da esquerda p/direita: Edson (Bito) Remor Guedes, Cristina Amboni Nicolazzi, Paula Ricceri, Maria José Amboni, a menina Giselle Amboni e Aluísio Prudêncio Costa.
Fila de baixo da esquerda p/direita: Heloísa Prudêncio Costa, Armando Remor Mattar, Júlio Rocha de Oliveira, Mirella Ricceri (deitada de óculos), Luiz Antônio Amboni (Totonho) Nicolazzi e Maria Antônia Amboni.
Você tem dúvida ou não concorda? Reconhece mais alguém na foto? Diga pra gente nos comentários.

quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Camerata di Venezia se apresenta na Laguna nesta sexta-feira

 
Nesta sexta-feira, 29 de setembro, às 20h, no Cine Teatro Mussi, acontece o concerto da série ‘Música no Tempo’ da Camerata di Venezia.
A troca de ingresso por 1 quilo de alimento não perecível deve ser feita na Fundação Lagunense de Cultura (FLC), no Cine Mussi, no horário das 13h às 19h.
Espetáculo nesta sexta-feira (29) a partir das 20 horas no Cine Teatro Mussi.
Ingresso: 1 quilo de alimento não perecível
A Camerata é uma orquestra de cordas sediada na cidade de Nova Veneza.
Como instituição cultural, proporciona à comunidade o contato com a música orquestral, mais conhecida como música “clássica” ou música de “concerto”.
Os músicos são naturais da região e por mais de 10 anos o desenvolvimento técnico e artístico permitiu a este grupo tornar-se uma orquestra profissional e permanente.
Em 2017, os concertos profissionais ganham grande aceitação de público e crítica.
Em 2019 vem o primeiro lugar no edital de Incentivo à Cultura Elisabete Anderle do Governo do estado de Santa Catarina.
Em 2020 e 2021 foi contemplado com a Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, para turnês pela região sul do estado.
A orquestra apresenta obras de compositores referência de seus períodos históricos da música erudita, e ainda, muito pop rock e músicas de cinema. 

Serviço:
Concerto Música no Tempo
Data: 29 setembro, sexta-feira - 20h
Local: Cine Teatro Mussi
Entrada: 1kg de alimento não perecível
Evento com medidas de acessibilidade
Concerto presencial e com transmissão ao vivo em: youtube.com/@cameratadivenezia
Mais informações em: cameratadivenezia.com.br

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Sumiu a placa histórica da inauguração do Mercado Público

 Quando das obras no Mercado Público e sua entrega em 1º de fevereiro de 2020, desapareceu a histórica placa de bronze afixada na parede interna quando da inauguração do prédio em 1958 pelo médico e prefeito Walmor de Oliveira. Lá esteve durante 62 anos. Pois sumiu, ninguém sabe, ninguém viu. Vem se somar a outras placas históricas de prédios e monumentos que desapareceram com o passar dos anos. Com isso outras placas foram fixadas com “novos pais da criança”.

Na Laguna há a péssima mania de retirar as placas inaugurais de prédios públicos, praças e monumentos, quando são efetuadas obras de restauração/revitalização.
Foto da Placa em bronze do Mercado Público em 1958. Foto: Valmir Guedes Jr.
Basta uma obra para que o governante de plantão, todo vaidoso, tasque lá na parede, quando de sua reinauguração, uma placa com seu nome em letras garrafais para que fique registrado à posteridade.
É até aceitável, há que se perpetuar o momento para futuros fins políticos.
Mas o que não se pode fazer é sumir com a placa inaugural, histórica, porque traz datas e nomes da época, como um batismo do patrimônio histórico.
Acho que é uma maneira Orweniana de apagar ou reescrever a nossa memória. Ou para usar uma expressão atual, criar uma nova narrativa.

São vários os exemplos
São vários os exemplos desses sumiços. Alguns casos foram furtos, mas também nunca mais as placas foram repostas.
Cito o busto de Giuseppe Garibaldi, no Jardim Calheiros da Graça e o busto de Jerônimo Coelho, na praça do mesmo nome, que ganharam novas placas e datas com “novos nomes de pais da criança” que nada fizeram por esses monumentos.
O Monumento a Domingos de Brito Peixoto é mais um exemplo. Placas sumiram e não foram mais recolocadas ou substituídas.

A mais recente placa de bronze a desaparecer foi a do Mercado Público (foto no começo desse post), que estava afixada na parede à esquerda do corredor da entrada frontal.
Era a placa original da inauguração do prédio feita pelo médico e prefeito Walmor de Oliveira em 1958. Lá ficou durante 62 anos!
Pois sumiu, ninguém sabe ninguém viu.

Espera-se que com o Museu Anita Garibaldi não aconteça o mesmo, depois de finalizadas as intermináveis obras.

Histórico da inauguração do Mercado Público em 1958
O prefeito Walmor de Oliveira governou Laguna de 31/01/1956 a 30/01/1959. Venceu as eleições de 1955 pela coligação PSD/PTB, obtendo 3.791 votos.
Walmor de Oliveira, prefeito da Laguna de 1956 a 1959.
Uma de suas promessas de campanha foi dotar a cidade de um novo e moderno Mercado Público. O primeiro Mercado havia sofrido um grande incêndio em 20 de agosto de 1939.
Para sua concretização, uma parte da Lagoa Santo Antônio dos Anjos foi aterrada, com pequena alteração no formato do cais de granito.
Os trilhos da Estrada de Ferro já cruzavam o centro da cidade em direção ao novo Porto, transformado em Carvoeiro pelo Decreto nº 4.676, de 16/09/1939 assinado pelo presidente Getúlio Vargas, e situado quase no início dos Molhes da Barra, entre os bairros Magalhães e Mar Grosso.
Mercado Público inaugurado em 19 de janeiro de  1958 pelo prefeito Walmor de Oliveira. Foto: Bacha. Acervo: Valmir Guedes Jr.
De janeiro de 1957 a dezembro do mesmo ano, o novo prédio do Mercado Público foi erguido, com recursos do município, ao lado e mais ao fundo do antigo, cujas paredes restantes foram derrubadas 
O leitor leu bem. A construção durou APENAS UM ANO!
Bons tempos em que as obras começavam, não se arrastavam e eram logo concluídas.
Mas para isso tinha que ter pulso e ser um verdadeiro gestor. E um líder, antes de tudo.
Qualidades que hoje em dia . ..

Nos altos do Mercado foi instalada a prefeitura e anos depois a Câmara de Vereadores.
Na ocasião, discursos do prefeito Walmor de Oliveira, do secretário geral do Governo (não havia a figura do vice), jornalista José Duarte Freitas (Zeca Freitas), do presidente da Câmara de vereadores da Laguna, Henrique Bittencourt de Bona e do prefeito de Florianópolis, Osmar Cunha, convidado.
As solenidades foram abertas com a benção do padre Osni Rosembrock, vigário da paróquia lagunense.
Após, as “autoridades e convidados dirigiram-se ao Clube Blondin, onde lhes foi servido lauto almoço, oferecido pelo governo do município”.

E finaliza a matéria de capa do jornal O Albor, edição nº 2719, de 25 de janeiro de 1958, de onde retirei os dados: 

“Durante o ágape falaram os srs. Artur Teixeira e Alcides Cascais, enaltecendo e aplaudindo a meritória iniciativa do Dr. Walmor de Oliveira, e bem assim o jovem conterrâneo Norberto Ungaretti que mais uma vez  empolgou os presentes com sua oratória fluente e repassada de entusiasmo.
Apreciável, durante a festa em apreço, foi também a participação de nossas bandas musicais União dos Artistas e Carlos Gomes, que executaram vários de seus mais apreciados dobrados”.

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Foto-Retrô

 
Numa alegre comemoração lá numa noite qualquer de 1958, presenças dos músicos do Conjunto Melódico Ravena, Orgel Ávila com a então noiva (e futura esposa) a simpática Selma Fortunato (Ávila); e Hélio Dias com sua amada esposa Maria Andrade Dias (Fina). 
Aliás, as duas exímias costureiras da nossa melhor sociedade lagunense.
Local? Room/Bar do Grande Hotel, situado na rua Oswaldo Cabral, no Centro Histórico. O mesmo estabelecimento agora restaurado pela família Nunes, tendo à frente o advogado Frederico Cecy Nunes.
Mesa de fórmica e alguns cascos de Guaraná e Cerveja Antárctica ajudam a compor o descontraído cenário.
Além, é claro, aos fundos, por de trás do balcão, sempre atento, o lendário Álvaro (Alvim) Ávila, dos sempre lembrados camarões recheados, que eu - oh! dó! - não tive oportunidade de saborear.
Foi na casa de Alvim, nos altos da rua Júlia Nascimento, no Morro da Nalha (ou Analha ou Anália), que nasceu em 1946 o Clube Carnavalesco Xavante (depois Bloco e por fim Escola de Samba). 
De lá saíram seus primeiros componentes vestidos de índios para o desfile de carnaval, entre eles estava meu pai Valmir Guedes, Ibrahim Abrahão, Itanê Schneider e o baluarte e criador/fundador Remi Fermino, entre outros.
Bons e saudosos tempos.

segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Nota de falecimento+

 
Faleceu nesta segunda-feira em hospital de Tubarão, Gercino Pacheco Bonifácio, aos 83 anos, Gelson da Lavanderia, como era mais conhecido.
A Cerimônia de velório, ocorre na Sala Mortuária São Paulo da Casa Funerária Gomsan, saindo féretro às 16 horas desta terça-feira (19), para o Cemitério da Cruz.
Sentimentos aos familiares e amigos.

Biografia
Gercino Pacheco Bonifácio nasceu na Laguna em 1940, filho de Maria Evangelista Bonifácio e Martinho Januário Bonifácio.
Desde cedo mostrou gosto pela música, aprendendo com o maestro Agenor Bessa os primeiros acordes, nos primeiros anos da década de 1960.
Gercino Pacheco Bonifácio. Foto: João Carlos Wilke
Casado com Alair Rafael Bonifácio e pais de Azair, Gelson, Gélio (in memoriam), Giovani e Geovania.
Foi presidente da Sociedade Recreativa União Operária e da Escola de Samba Portela.
Foi proprietário do famoso Bar Grutinha, situado na esquina da rua Santo Antônio com Tenente Bessa e até os dias atuais, juntamente com familiares, possui uma Lavanderia em nossa cidade, situada no bairro Magalhães.
Ingressou ainda jovem na Sociedade Musical União dos Artistas tendo como professores Agenor dos Santos Bessa e posteriormente Antônio dos Reis (Cacique). Tocava trombone e contrabaixo.
Participou do Jazz Paramount, conjunto formado por músicos da Banda União dos Artistas e que abrilhantavam os bailes de carnaval nas décadas de 60/70, nos Clubes Blondin e Congresso Lagunense.
(Extraído do livro "Sociedade Musical União dos Artistas - Atravessando os Séculos", de autoria de Valmir Guedes Júnior.)

IIIº Encontro da Família Moraes

 
No último sábado (16), aconteceu na sede da AABB no Mar Grosso, o IIIº Encontro da Família Moraes.
Num clima muito alegre e de confraternização, de paz e amor, membros dessa tradicional família puderam se reunir para um bate-papo e almoço, além de muita música. Teve até karaokê com as cantoras mais afinadas.
Veio gente de vários locais do sul do estado, principalmente de Orleans. Da Laguna participou, entre outros, Maria Odécia Moraes Araújo com familiares.
Estão de parabéns todos os membros pela festa, em especial a organizadora Lívia Moraes.


        




sexta-feira, 15 de setembro de 2023

A "pedra espantalho" que existiu no Molhes da Barra

 
Quando os Molhes da Barra da Laguna estavam sendo construídos, os engenheiros se depararam com uma verdadeira pedra no caminho.
Perigosa, ela atrapalhava a navegação pelo canal. Lhe deram o nome de Pedra do Pasto.
Demorou anos, mas a formação rochosa foi retirada.

Os práticos do Porto da Laguna alertavam. Os comandantes e mestres de embarcações reclamavam.
Havia uma pedra no meio do caminho, como escreveria Drummond anos mais tarde.
Pedra do Pasto quase no meio do canal dos Molhes da Laguna em 1920. Era uma pequena formação rochosa exposta e uma parte maior submersa.

A boia na cor verde nos Molhes da Barra assinala o local onde estava situada a Pedra do Pasto. O local ainda hoje oferece perigo à navegação, por isso a sinalização.

Foto/Divulgação/PML
Na verdade, era uma laje granítica, parte exposta e parte maior submersa e situada quase no meio do canal dos Molhes da Barra, oferecendo enorme perigo à navegação.
Navios e barcos ao passarem pelo local nas primeiras duas décadas do século XX eram desviados ao largo, alguns metros para o lado norte para evitar colisões com o empecilho. 
Era naufrágio certo se não o fizessem.

Foi batizada de Pedra do Pasto
Os marinheiros até a batizaram chamando-a de Pedra do Pasto. E com essa denominação passou a ser conhecida.
Os jornais lagunenses, como os semanários O Albor e O Dever desde o ano de 1915 cobravam providências em seus editoriais.
Mas para Laguna, como sempre, tudo era demorado. Estudos eram feitos, projetos elaborados, mas não se resolvia o problema.
Em fevereiro de 1916 aqui esteve o engenheiro Augusto Fausto, chefe das Obras dos Portos e Rios de Santa Catarina.
Produziu elaborados estudos topográficos, hidrográficos e de batimetria nos Molhes.
Ao final, deu seu parecer pela arrebentação da “Pedra”, que realmente prejudicava a navegação.
Finalizados os estudos e pronto o parecer, seguiu para Florianópolis.
Mas esbarrou na falta de recursos para os serviços.
Por aí se vê que essas alegações para com nossa cidade vêm de longe.

Foi só em 1919 que o engenheiro Cândido Lucas Gaffrée, chefe das obras da Barra e Porto da Laguna de 1917 a 1925, com os próprios recursos locais se lançou à empreitada.
Fez lá seus próprios estudos técnicos e elaborou os trabalhos para solucionar o problema.
Para isso contou com os operários do nosso porto que construíram no galpão do Estaleiro, situado ao lado do Colégio Stella Maris, à beira do cais, uma balsa em forma de caixão-plataforma.
Em primeiro plano a balsa-caixão sendo construída no Estaleiro ao lado do Colégio Stella Maris. Ao fundo o Rebocador João Felipe e a lancha Costa Carneiro, ambas pertencentes ao nosso Porto.

No dia 27 de novembro de 1919, a balsa-caixão que flutuava sobre 40 boias foi conduzido pelo rebocador “João Felipe”, às cinco horas da manhã para o local, tendo sido largada sobre a Pedra do Pasto somente às 13 horas.
A balsa-caixão que foi conduzida pelo Rebocador João Felipe e depois serviu para o transporte de pedras na construção dos Molhes.
O artefato marítimo visava facilitar o broqueamento da laje, onde nos orifícios se introduziria as bananas de dinamite.

A "pedra espantalho"
Mas o serviço demorou por conta da movimentação no porto e outros contratempos e somente em 18 de abril de 1920, foi que o jornal O Albor noticiou: 
“Foi arrebentada no dia 15 do corrente, às 10 horas da manhã, com uma carga de dinamite de 380 quilos aproximadamente, a célebre Pedra do Pasto que vinha servindo de espantalho aos navios que demandavam à nossa Barra”.
Jornal O Albor de 18 de abril de 1920.
O engenheiro Cândido Gaffrée, cujo nome há pouco tempo, injustamente, foi retirado de uma via no bairro Mar Grosso pelos nobres vereadores lagunenses, recebeu muitas felicitações pelo trabalho realizado com sucesso.
“Obra exclusiva de sua reconhecida inteligência e árduo trabalho”, elogiou o jornal O Albor em sua já citada edição.
Ainda à noite uma banda de música (teria sido a Carlos Gomes ou a União) e muitas pessoas de sua amizade foram até a sua residência (aquele palacete na subida do morro, hoje pertencente à família Daux-Mussi) para cumprimentá-lo pelo êxito da empreitada.

Um operário mergulha em apneia
Mas além de Gaffrée mais dois nomes merecem o registro da história.
O primeiro foi o operário lagunense Athanázio Ferreira Feijó, “que arriscando a própria vida, fez todo o serviço sem o auxílio do aparelho de escafandro”.
Quer dizer, fez os trabalhos de perfuratriz na rocha para introdução do explosivo em mergulho livre, sem equipamento de respiração, em apneia, como se diz no linguajar técnico.

O segundo funcionário que mereceu distinção e louvores foi o também lagunense Luiz Correia, telegrafista de aparelhos Morse e Budot, que era empregado da Comissão de Melhoramentos do Porto da Laguna.
Foi encarregado pelo engenheiro Gaffrée de construir um cabo submarino que estabelecesse comunicação com a Pedra do Pasto, visando sua arrebentação.
E a ordem foi para utilizar material existente em nosso comércio e de baixo custo.
Correia nunca vira um cabo submarino, nem sabia como fazê-lo.

Um cabo submarino construído em vinte dias
Tratou de estudar e em vinte dias o projetou e o executou, auxiliado por mais oito operários.
O cabo ficou pronto com 200 metros de comprimento, com vários condutores, sendo um para servir como telefone, dois para arrebentar a pedra e um sobressalente.

Agora vejam sua criatividade e tecnologia aplicada: 
O mencionado cabo foi alcatroado (alcatrão) em toda a sua extensão, depois isolado com algodão embebido numa composição de cera virgem, alcatrão, óleo de linhaça e sebo.
Feito isso, depois de seco, deram uma nova mão de alcatrão, cobrindo-o com uma mangueira de meia lona, também embebida na mesma composição do primeiro isolamento.
Uma vez seco foi o cabo coberto com arame, sobre o qual foi dada uma terceira mão de alcatrão.
Uma trabalheira danada, convenhamos.
Mas funcionou direitinho e o êxito foi completo. E a Pedra do Pasto foi removida.
Até hoje uma boia na cor verde assinala o local, que ainda oferece perigo devido ao assoreamento e ao nível do mar que desceu bastante, passados todos esses anos.
Mas foi esse obstáculo explodido lá em 1920 o responsável durante os anos das décadas posteriores, pela malfadada lenda da pedra que atravancava a entrada da Barra da Laguna, tornando-a impraticável.

Faz a cama e deita na fama
O encalhe nos Molhes um ano e seis meses depois do navio "Laguna", em 24 de outubro de 1921, nas proximidades do local, contribuiu para aumentar a lenda. 
O acidente, como ficou provado posteriormente, foi causado pela arrebentação do gualdrope da embarcação que, desgovernada, encalhou nas pedras do costão da Ponta da Barra.
Mas, como diz o ditado, faz a cama e deita na fama. 
A tal pedra é uma lenda que perdura até hoje, por incrível que pareça.
O então deputado estadual Armando Calil Bulos da tribuna da Assembleia Legislativa discursou em 1963 dizendo:
"A pedra à entrada da Barra da Laguna é inventada. É uma pedra política que não se conseguiu remover da ingenuidade de muitos".

O Molhe Sul em forma de tenaz
Anos depois, já na década de 1940, contrariando os primeiros estudos feitos pelo capitão Francisco Calheiros da Graça, deram continuidade ao Molhe Sul e o fecharam em forma de tenaz em direção ao Norte.
Aí sim, comprometeram de fato o acesso ao Porto da Laguna pelo seu canal de navegação aos navios de maior calado e tamanho, devido, principalmente à curva e ao banco de areia que se formou. Canal que nunca mereceu uma dragagem regular.
Mas essa é outra história, outro capítulo dos Molhes e Porto da Laguna que vou abordar em breve.

quarta-feira, 13 de setembro de 2023

Lagunense será mediadora de Roda de Conversas

 
A lagunense Isabel Lameira foi convidada e será a mediadora da Roda de Conversas com o tema “A Elegância e o Estilo de Vida na Idade Maturi”, promovida pelas idealizadoras do Programa Melhor Longe Viver, Xênia Honório (Educadora) e Joana Beatriz (Psicóloga), de Brasília (DF).
A dinâmica e inteligente Isabel é graduada em Relações Internacionais; e Designer de Moda pela Unisul e idealizadora do “O Paraíso das Damas”, empresa de Consultoria de Moda e Estilo para Longevidade em Santa Catarina, desde 2009.
A Roda de Conversa vai acontecer nesta quinta-feira (14/9) das 19h30m às 21 horas.




terça-feira, 12 de setembro de 2023

Monumento ao Trabalhador pede socorro

 Da série: Como são tratados os nossos monumentos:

O grandioso Monumento ao Trabalhador, situado entre os bairros Magalhães e Mar Grosso, está precisando urgente de manutenção e melhor iluminação.
Suas esculturas precisam de limpeza com detergente neutro, além de um "banho" de cera de carnaúba.
O zinabre toma conta do bronze.
É impossível que ninguém da atual gestão observe o péssimo estado desse monumento em homenagem aos Trabalhadores do carvão e que foi inaugurado no começo de 1944.
Aliás, a homenagem foi também ao presidente Getúlio Vargas, que havia assinado em 1939, através de Decreto, a criação do Porto Carvoeiro da Laguna.

Se não atendem os apelos que aqui venho fazendo quanto à manutenção dos nossos monumentos históricos, pelo menos atendam o vereador líder do governo de vocês na Câmara, Luiz Otávio Pereira.
Pois o citado vereador apresentou no último dia 21 de agosto o Requerimento nº 0496/2023, solicitando à Fundação Lagunense de Cultura a revitalização e recuperação do Monumento ao Trabalhador, ressaltando como o local é importante atrativo turístico da cidade.

Alô, alô Fundação Lagunense de Cultura, alô, alô Secretaria de Turismo.

segunda-feira, 4 de setembro de 2023

Foto-Retrô

 
A foto é de dezembro de 1969, no palco do Cine Teatro Mussi. Cerimônia de Colação de Grau da primeira turma do Curso Científico do Conjunto Educacional (hoje Escola de Ensino Médio) Almirante Lamego (Ceal), inaugurado em 20 de setembro de 1964 pelo governador Celso Ramos, com discurso de saudação feito pelo aluno Juarez Fonseca de Medeiros.
Da esquerda p/direita:
Professores: Jairo Ulysséa Baião, Ruben de Lima Ulysséa (diretor), Sérgio Martins Nacif e Maria Isabel Bellaguarda.
Alunos: José Paulo Lopes, Pedro Paulo Mendonça Mendes, Volnei Carvalho da Rosa, Jair Souza, Juarez Fonseca de Medeiros e Antônio Fernandes Salles da Rosa.

sexta-feira, 1 de setembro de 2023

Mais um retrato do abandono

 
Da série: Como são tratados os nossos monumentos:
Monumento em 1º/09/2023
No exemplo de hoje, trago o Monumento ao Boto Pescador, inaugurado na entrada dos Molhes da Barra em 2015, bancado com recursos de medida compensatória do Consórcio Ponte Anita Garibaldi.
Na foto acima o estado em que ele se encontra. Falta manutenção, limpeza e pintura. O coitado perdeu a cor, está desbotado, além dos ferros demarcatorios enferrujados.
Mais um exemplo de desleixo, de abandono, de descaso. Como falar em turismo, se não fazem nem o básico? Vergonha que a série "Turistando Laguna" não mostra.
Isso que o local é um dos mais visitados pelos turistas.
Comparem:
Com o Monumento em 2015 quando foi inaugurado:
Monumento em 2015 quando da inauguração.
O boto da espécie Tursiops Truncatus, ou boto-tainha, como também é conhecido, foi declarado Patrimônio Natural do Município da Laguna pela Lei nº 521/97, de 1997.

Enquanto isso só falam em rua coberta, mirante de vidro, e agora em empréstimo de R$ 14 milhões, etc.
E dá-lhe desfiles e festas!