quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Entre o novo e o antigo – “Retrospectar do Patrimônio”

 
Recebo do professor da Udesc, Douglas Heidtmann Júnior, Arquiteto e Urbanista, o livro  de sua autoria “Retrospectar do Patrimônio”.
É uma obra, no dizer do autor, que fala sobre arquitetura e urbanismo, através do percurso vivenciado em Experiências na Educação Superior, no caso a Udesc no município da Laguna.
Ele ressalta: “É o modo que encontramos para compartilhar nossa alegria em ser parte, juntamente com estudantes e colegas, da história de Laguna, que é, segundo seu próprio hino, cidade “das belezas sem par, deste céu, deste mar, destas praias sem fim”.

O autor
Douglas Emerson Deicke Heidtmann Júnior é Servidor público docente da Udesc na Laguna, é Arquiteto e Urbanista (UFPel-2002) Mestre em Arquitetura e Urbanismo (UFSC-2007) e Doutor em Engenharia Civil (UFSC-2013).
É atuante na área de Preservação, Conservação e Recuperação do Patrimônio Histórico e Cultural, leciona nas disciplinas de Representação Gráfica, Técnicas Retrospectivas e Projeto de Intervenção no Patrimônio, além de coordenar o Laboratório de Preservação do Patrimônio da UDESC, na Laguna (Labppat).

Quatro capítulos
O livro está dividido em quatro capítulos. O primeiro demonstra o desenvolvimento das disciplinas ministradas pelo professor e seu relacionamento com Laguna, principalmente seu centro tombado;
O segundo capítulo apresenta as iniciativas de Extensão, por meio do Programa de Extensão Comunidade Retrô: Mediadores do Patrimônio, institucionalizado desde 2012, junto à Udesc e à comunidade lagunense;
O terceiro capítulo traz uma síntese dos resultados de pesquisas do professor desenvolvidas desde 2013, que possibilitou a captação de bolsas de iniciação científica para que estudantes se tornassem pesquisadores;
O quatro e último capítulo apresenta a experiência das visitas técnicas e uma reflexão sobre as contribuições do Retrospectar à formação dos estudantes às suas vidas profissionais.

Rau como arquiteto
Inserido no capítulo três, consta uma interessante e rica apresentação e análise de Wolfgang Ludwig Rau como projetista de inúmeras construções, entre elas os Edifícios Zahia, Dias Velho e das Secretarias, em Florianópolis; Cine Teatro Marajoara, em Lages; e o Cine Teatro Mussi, na Laguna.
Rau, que muitos conhecem somente como o grande pesquisador, historiador e escritor da saga de Anita Garibaldi.
O livro estampa dezenas de fotos, desenhos, croquis, gráficos e quadros demonstrativos que enriquecem ainda mais a obra de Douglas Heidtmann Júnior.
Parabéns ao autor pela obra e agradeço o exemplar recebido em mãos.

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Pedro Raymundo em vinil

 
Sou presenteado pelo amigo Marcos Silveira com o LP Vinil de Pedro Raymundo “Adeus Mariana”, uma raridade produzida pela Chantecler em 1982. Disco “no plástico”, como se diz.
Originalmente “Adeus Mariana” foi gravada em disco 78 rotações em 1943 pela Colúmbia e Continental. Nele está incluída a valsa "Saudade de Laguna".

Quando muita gente já dava o vinil como obsoleto, fás pelo mundo continuaram com o seu consumo.
E o que tinha virado apenas símbolo de nostalgia, de retrô dos amantes da música, voltou com muito mais força do que os CDs que o destronaram.
As vendas dos discos em vinil vem crescendo a cada ano em média 15%, obrigando artistas da atualidade a gravar nesse formato e gravadoras a reeditar antigos discos e álbuns.

Lembrando que o lagunense Marcos Silveira possui em Balneário Camboriú a concorrida Loja Orbis Vinil – Artes e Entretenimento, situada na avenida Atlântica, nº 1720, Maxim Galeria Comercial.
 Só posso agradecer ao Marcos pelo afetuoso presente que comporá meu acervo.

terça-feira, 29 de agosto de 2023

Os Ulysséa Rollin em dois momentos

 
Amigo Eduardo Ulysséa Rollin em quatro fotos em momentos distintos, com uma diferença temporal de 42 anos, tiradas exatamente nos mesmos ângulos em sua casa na rua Santo Antônio, no Centro Histórico, com seu irmão Daniel Ulysséa Rollin e a mãe Leda Ulysséa Rollin.
As mais antigas são de 1981, ainda os dois alunos trajando uniformes da Escola Básica Jerônimo Coelho.
As outras duas fotos, obviamente, na sequência, são atuais.
Confira:

Ontem
Hoje

Ontem

Hoje

segunda-feira, 28 de agosto de 2023

1 milhão de acessos

 
Nesta segunda-feira (28/8) à tarde, este Blog ultrapassou 1 milhão de acessos, conforme demonstra a aba “visualizador de páginas” inserida à direita na versão para web.
Um marco, sem dúvida, o que me incentiva a continuar contando histórias da nossa terra e sua gente, relembrando acontecimentos, além de publicar vez ou outra, algumas notícias e fotos da atualidade.
Esclarecendo que este Blog não é um portal de notícias.
Conforme os números demonstram, há muita gente que curte este espaço.
Agradeço de coração a todos os amigos leitores, entre eles os que assiduamente e carinhosamente deixam seus comentários logo abaixo dos posts.
Continuemos.

domingo, 27 de agosto de 2023

Café Colonial da Mamãe Bebê foi um sucesso!

 
Mais uma vez, e como sempre acontece, foi um sucesso o Café Colonial da Associação Mamãe Bebê, realizado na tarde deste domingo no Centro Cultural Santo Antônio dos Anjos.
Momentos agradáveis, alegres, boa música, sorteios de brindes, doces e salgados à vontade.
Parabéns às Voluntárias da Associação Mamãe Bebê por todo o árduo trabalho e amor em benefício ao próximo.
Mestre de cerimônias foi o radialista Celso Fernandes e cobertura fotográfica de Elvis Palma.




Presidente reeleita da Associação Mamãe Bebê, Maria Helena Parente e Sônia Zanini fundadora da Associação.





Presidente Maria Helena Parente e o mestre de cerimônias, radialista Celso Fernandes.







Vereador Eduardo Nacif Carneiro esteve presente ao evento.

Vereador Kleber Lopes Rosa -Kek-, prestigiou o Café Colonial da Mamãe Bebê. Aqui com a presidente Maria Helena Parente.






sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Gritos e choros misteriosos que assustaram Laguna

 

Não se sabe o dia e ano em que tudo começou.
Foi numa noite, quebrando o silêncio, quando toda a cidade ouviu gritos idênticos a um bebê chorando. Só que os choros e gemidos vinham do alto, dos céus. Os mais corajosos saíram às ruas em busca da origem.
No início nada foi avistado e nas noites seguintes os ruídos assustadores se repetiram. O que seria?

   
Esta é uma história que atravessou gerações, contadas pelas famílias lagunenses.
Era um tempo das rodas de conversas de nossos pais e avós, quando as famílias ainda se reuniam nas salas das casas e não havia a hipnotizadora televisão e muitos menos, é claro, viciantes celulares.

Luzes bruxuleantes
Casas somente iluminadas por luzes provenientes de fracas lâmpadas ou de bruxuleantes velas e/ou lamparinas que jogavam no ar, além do cheiro de cera e querosene, assustadoras sombras nas paredes.
Estava pronto o cenário ideal para os contadores de histórias.
E quanto mais assustadores os fatos narrados, mais provocavam exclamações de pavor, principalmente entre nós crianças que a tudo ouvíamos, curiosas, atentas, sentadas pelos cantos ou atrás das portas, escondidas.
Quem dormiria depois de ouvi-las?

O porto da Laguna ainda estava localizado no centro da cidade. Em nosso cais aqui chegavam e daqui partiam navios para Florianópolis e também para  o Rio de Janeiro, então Capital Federal.
E nesse mesmo centro, hoje chamado de Histórico, moravam centenas de famílias com suas extensas proles.

Choro e gemidos vinham do alto
Não se sabe o dia em que tudo começou.
Era início de outono e uma friagem chegava do Sul fazendo com que todos se recolhessem mais cedo às suas casas. As estreitas ruas da cidade Juliana ficavam desertas a partir das 18 horas.
Foi numa noite, quebrando o silêncio, quando toda a cidade ouviu gritos idênticos a um bebê chorando.
O choro e gemidos vinham do alto, dos céus. Os mais corajosos saíram às ruas em busca da origem.
No início nada foi avistado e nas noites seguintes os ruídos assustadores se repetiram. O que seria?

Especulações 
Daí começaram as especulações por parte do povo. 
Havia quem acreditasse se tratar de uma alma penada ou de uma criança que tivesse morrido sem ser batizada.
Houve quem dissesse que era uma bruxa a bordo de sua vassoura, assustando os moradores.
Era próprio de crendices daqueles tempos. Orações e promessas foram feitas pelos mais crentes. Velas foram acesas nos oratórios.
Passadas algumas noites, alguns moradores postados nos parapeitos de suas janelas ou por trás das vidraças distinguiram a sombra do que parecia ser um enorme pássaro.
Ele voava do Morro da Glória ao Morro da Matriz, atrás da igreja e depois até ao Morro do Campo de Fora, fazendo com que os moradores daquele bairro também se assustassem.
Pouco tempo depois o grande pássaro retornava pelo mesmo trajeto com seus gritos, choros e sinistros pios que só eram ouvidos à noite.

Durante o dia nada era visto nem ouvido 
Os mais entendidos e letrados diziam pelos cafés, bares, boticas e barbearias, tratar-se de alguma ave desconhecida, migratória, perdida de seu bando e que teria sofrido alguma perturbação e ficado por aqui, voando somente à noite, de um morro a outro, confusa. 
Mas ninguém sabia sua origem, nem do que se alimentava.
Ornitólogos e passarinheiros antigos da cidade foram chamados e consultados, mas todos desconheciam a existência de tal ave.
Não constava de suas enciclopédias.

Grupos de rapazes foram formados para percorrerem durante o dia as matas dos morros em busca do pássaro. Arapucas foram armadas. Mas ninguém conseguiu avistá-lo nem capturá-lo.
E na cidade silenciosa, continuavam os voos, pios e o choro de bebê recém-nascido vindos do alto, juntamente com enorme sombra que se projetava fantasmagórica nos vidros de janelas e telhados.

Preso na armadilha. Ou fugiu
Há dois finais para essa história. Não se sabe qual deles é o verdadeiro.
Contam que alguns membros do Clube Recreativo Almirante Lamego, cuja sede ficava situada nos fundos do hoje Ceal, na rua Willy Strack, teriam preparado uma armadilha, deixando a porta aberta à noite com uma lamparina acesa em cima de uma mesa.
O pássaro, em meio à escuridão, atraído pela luz, entrou no recinto e a porta foi rapidamente fechada por uma pessoa que ficou aguardando por de trás.
Foi colocado numa gaiola, mas a ave não mais emitiu sons e nem se alimentou e por isso teria morrido.
Outra versão é que o pássaro teria sido realmente aprisionado na gaiola, mas misteriosamente no outro dia quando o pessoal chegou à sede do clube para fotografá-lo, e abriu a porta, a gaiola estava aberta e ele tinha sumido.
Ninguém nunca soube explicar o ocorrido.
Mais um mistério nessa história.

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Pássaro-Lira
Hoje, graças à internet fica-se sabendo que provavelmente era um Pássaro-Lira proveniente da Austrália. Como chegou à nossa região é mais um mistério.
No Zoológico de Taronga, situado em Sidnei, naquele país, um exemplar dessa ave surpreendeu a todos imitando perfeitamente um choro de bebê.
Funcionários desconhecem como o pássaro aprendeu a imitar o som já que o zoológico esteve fechado durante toda a pandemia.
Eis o vídeo:

terça-feira, 22 de agosto de 2023

Foto-Retrô

 
Em 1963, em visita às obras de construção do futuro Conjunto Educacional (hoje Escola de Ensino Médio) Almirante Lamego (CEAL), uma comissão de alunos da União Estudantil Lagunense (UEL).
Da esquerda p/ direita: Jorge Speek, João Carlos Pacheco, Oclândio Siqueira, Jorge Abrahão, Inezita Silva e Lúcia Baumgarten.
Foto extraída do livro "em cantos da alma", de autoria do escritor  Oclândio Siqueira.
O Ceal será inaugurado em 20 de setembro de 1964 pelo governador Celso Ramos, com saudação feita pelo aluno Juarez Fonseca de Medeiros.

segunda-feira, 21 de agosto de 2023

Associação Mamãe Bebê realiza o tradicional Café Colonial

 
O tradicional Café Colonial realizado pelas voluntárias da Associação Mamãe Bebê será no próximo domingo 27 de agosto, a partir das 16 horas, no Centro Cultural Santo Antônio dos Anjos.
Foto: Elvis Palma/Divulgação
Como sempre, uma tarde agradável, boa música, doces e salgados à vontade, além de sorteios de brindes.
Os ingressos no valor individual de R$ 60,00 estão sendo vendidos pelas Voluntárias.
Desejamos sucesso mais uma vez.

sexta-feira, 18 de agosto de 2023

Eu vi um político lagunense gargalhando!

 
Foi  ainda na terça-feira, nas proximidades da nossa Rodoviária.
No outro lado da rua, na calçada, um político lagunense gargalhava numa roda com mais duas ou três pessoas.
Ria o riso escancarado, debochento e debochado de quem se acha acima dos mortais, no inatingível Olimpo e das costas quentes, da proteção.
E ria! Como ria esse político lagunense.
Ria mostrando os trinta, trinta e dois dentes afiados, em quem não se pode confiar, como já cantavam Os Titãs.
Falava alto e pelo que se ouvia, estava muito feliz e contava uma piada sobre empréstimo. E ria em sua certeza nas vitórias garantidas nas eleições do ano que vem.

Eu vi - repito sem cessar - um político lagunense gargalhando.
Gargalhava os acertos políticos, os esquemas, as trapaças do sempre levar vantagem em tudo. 
E ria o riso dos conchavos de gabinetes, dos acertos de bastidores, da imensidão das trevas.
Ria o riso cínico dos ímpios.

Transeuntes passavam, observavam e desviavam-se rapidamente da rodinha, não sem antes, alguns deles, lançarem olhares bovinamente de respeito, de puxa-saquismos, de interesses.

Leitor deste Blog, leitores que me acompanham nesta página. Eu vi!
Juro que vi um político lagunense rindo impunidades às dezenas, preparando-se às eleições do ano que vem, traçando metas, pregando mentiras, inventando promessas.
E ria o riso hipócrita e mentiroso dos indecentes, dos que fazem pouco caso dos semelhantes, dos que somente estão no mundo para sugar, para trapacear, para mentir, para roubar.

Meninos, eu vi e acho que vocês também viram:

O clientelismo.
A traição.
O fisiologismo.

Meninos eu vi. 
Eu vi, como já cantava o Chico:
 
“Meninos, eu vi a cidade enfeitiçada,
eu tive medo, eu vi a escuridão.
Eu vi o que não quis”.

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Amigos para sempre

 
Num encontro de amigos no dia do aniversário da Laguna, em 29 de julho, no Jardim Calheiros da Graça de tantas histórias e romances, tendo ao fundo o Chafariz e a igreja Matriz, as presenças elegantes de:
Rogério Coelho e Idalécia Moreira, Ildete Vieira, Adolfo Bez e Magali Nicolazzi, Silvio Barbosa de Castro e Almerinda Guedes, Adolfo Silva e Rosângela Queiroz, Margareth Bastos, Ana Elisa Nunes e Marilda Aguiar Prates.

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Câmara aprova empréstimo de R$ 10 milhões

 
Em segunda votação na sessão da noite de hoje (14), os vereadores lagunenses aprovaram o Projeto de Lei nº 0041/2023, enviado pelo prefeito municipal, que autoriza o Executivo lagunense a contratar Operação de Crédito no valor de R$ 10 milhões junto à Caixa Econômica Federal no âmbito do programa Finisa.
O Projeto foi aprovado por 9 X 3. O presidente só vota em caso de empate.
Eis o placar com o resultado e os nomes dos votantes:

Na mesma sessão, minutos antes, os vereadores rejeitaram por maioria duas emendas apresentadas pela vereadora Deise Daiana Xavier Cardoso (MDB). 
Uma delas incluía parágrafo tornando obrigatório a aplicação dos citados recursos nas pavimentações da avenida Giocondo Tasso, em Cabeçuda; rua José Antônio Pedro, em Caputera; e o trecho 1 da Praia do Sol e acesso à Itapirubá.

"Cheque em branco", diz vereadora 
A vereadora justificou sua emenda dizendo que, nos moldes do projeto aprovado, é entregar um cheque em branco ao prefeito, que poderá aplicar os recursos onde bem entender, em outras obras, inclusive as que estão em andamento e até pagar juros de dívidas já existentes, ressaltou a vereadora.
Trocando em miúdos, a vereadora emedebista, até por questão de transparência e garantia, queria o dinheiro carimbado para ser aplicado única e exclusivamente nas obras citadas e somente inseridas originalmente pelo Executivo na justificativa do projeto, o que não torna obrigatória a aplicação.
Os vereadores não aceitaram a argumentação.

Mais um dívida como herança
Eis mais um empréstimo para o contribuinte lagunense pagar e que vai ficar de herança para os próximos gestores administrarem.
Será que existe liquidez para arcar com essas dívidas? Qual a capacidade de endividamento da prefeitura? Existe contrapartida do município? Se positivo, de quanto será? Qual é o comprometimento, inclusive da folha de pagamento?
Qual é atualmente a arrecadação do município? Sabe-se que, por conta da redução populacional da Laguna,  conforme o censo do IBGE, o Fundo de Participação do Município (FPM) também será reduzido em 10% ao ano a partir de 2024. Quais os reflexos? 
Os encargos sociais estão sendo recolhidos em dia? Qual a arrecadação mensal com o ISS do pedágio?
Enfim, são muitas indagações que merecem esclarecimentos, mas o próprio convite para o secretário municipal de Finanças comparecer à Câmara, também foi rejeitado por maioria em sessão passada.
Assim fica difícil.

terça-feira, 8 de agosto de 2023

Objetos voadores não identificados (Ovnis) já foram avistados nos céus da Laguna

 
Já houve relatos de Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs) avistados nos céus da Laguna.
Nos anos de 1965, 1969 e 1970 os jornais publicaram reportagens sobre estranhos objetos voadores que aqui teriam aparecido, um deles para veranistas num fim de tarde na Praia do Mar Grosso.
Mas bem antes já há relatos de pescadores que avistaram estranhas aparições aéreas no lado norte da Cabeçuda, Areal e na Barra da Laguna.
Representantes comerciais que viajaram daqui para Florianópolis numa Kombi foram perseguidos à noite por um objeto que emitia estranhas luzes.
O veículo em que estavam, já nas proximidades de Paulo Lopes, chegou a ser levantado no ar por duas vezes, conforme os relatos.
“Era em formato de disco e de duas viseiras saíam jatos de luzes azuladas”, disseram. 

Nasa vai divulgar 
Esse tema sobre discos voadores e vida extraterrestre está em alta novamente no noticiário.
A NASA (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço) informou há poucos dias que vai revelar ainda neste mês de agosto, um relatório oficial sobre o tema.
A informação veio de Bill Nelson, diretor desta Agência Espacial dos Estados Unidos.
Há relatos de que o governo norte-americano tem naves extraterrestres intactas escondidas e que guarda informações sobre o assunto sem que o Congresso saiba.
Relatos de avistamentos de estranhos objetos quase sempre não identificados, são comuns pelo mundo ao longo da nossa história.

Há registros na Laguna
Na Laguna e região sul catarinense há também registros de estranhos objetos, luzes e sons.
É o que veremos a seguir:

Um disco platinado, de cauda amarela na Praia do Mar Grosso
Em dezembro de 1970 era noticiado pela imprensa catarinense, jornal O Estado de Florianópolis e jornal A Nação, de Itajaí, entre outros, que um estranho objeto platinado tinha sido visto por um grupo de jovens veranistas na Praia do Mar Grosso, na Laguna.
O objeto apareceu subitamente no espaço a grande altitude no fim da tarde de sábado, 5 de dezembro. Ao sumir deixou um rastro de uma cauda amarelada.
Assim noticiou o jornal O Estado de 8 de dezembro daquele ano, inclusive trazendo uma chamada na capa: 

Jornal O Estado de 8 de dezembro de 1970.

 “Um objeto estranho, de forma circular e aparentemente platinado em algumas de suas partes, foi visto no último sábado em Laguna por um grupo de jovens veranistas da vizinha cidade de Tubarão, por volta das 17 horas".
O objeto apareceu subitamente no Espaço, a grande altitude, mas causou estranheza às jovens que se encontravam na Praia do Mar Grosso, a tal ponto que elas, com certo convencimento pessoal, acreditam ter visto o que comumente se tem por “Disco Voador”.
A primeira a observar o estranho objeto já se dirigiu, inclusive, enfaticamente às companheiras:
-Olha o Disco, olha o Disco. Eu não acreditava, mas lá está ele, só pode ser ele.
Em seguida todas ficaram atônitas, a observar o objeto brilhar no espaço.
Tinha a forma estrelar, brilhando com intensidade ao contato com o sol.
Um material transpareceu mais ou menos perceptível: a platina branca.
Mas a visão foi por apenas alguns instantes. Num repente, o misterioso aparelho deslocou-se, mostrando uma cauda amarelada e sumiu no espaço.
As jovens testemunhas não tiveram tempo para divulgar o fato e pediram ao jornal para que não divulgasse seus nomes.
Alegaram que “Há muita exploração e fantasia quanto a “Discos” e nós não temos provas do que vimos”.

Jornal O Estado de 8 de dezembro de 1970.

 
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Esferas voadoras e rastros de chamas verdes
Em agosto de 1965 o jornal A Nação, de Itajaí publicou que em cidades do sul catarinense estranhos objetos voadores de intensa luminosidade foram vistos:
“Em Urussanga apareceram misteriosas esferas voadoras.
De acordo com relatos as esferas se deslocavam a altitude de 400 metros, tomando voo vertical em vertiginosa velocidade e deixando rastros de chamas verdes”.
Jornal A Nação 11 de agosto de 1965.
E continuava a reportagem: 
“Também em Tubarão, Laguna e Braço do Norte foram vistas as estranhas esferas que deixaram fragmentos de fogo lançados em banhados”.
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Comerciante lagunense passa maus bocados numa Kombi com três amigos
Quatro anos depois, em 1969, novos relatos descreviam o avistamento de estranhos objetos e luzes, tendo como testemunhas um comerciante lagunense e seus amigos a bordo de uma Kombi.
Tratava-se de José Gonzales, residente na rua Gustavo Richard nº 400, no centro da Laguna.
Jornal A Nação de 18 de julho de 1969.
    Ele contou aos repórteres dos jornais que ele e mais três colegas, representantes comerciais, saíram de Laguna no domingo à noite, 13 de julho de 1969, por volta das 19 horas a bordo de uma Kombi com destino a Florianópolis. 

Estranho aparelho com duas viseiras
No caminho avistaram no céu algumas luzes estranhas que pareciam que o acompanhavam, mas não deram maior importância.
Quando estavam perto de Paulo Lopes foram surpreendidos com “um estranho aparelho que fazia jorrar de duas viseiras um jato flamante de luz azulada que os paralisou completamente”.
Prosseguindo seu relato, Gonzales informou que “o aparelho se colocara acima da Kombi aproximadamente uns 50 metros, onde passou a levantar o veículo e baixar por duas vezes, dando a impressão que iria levá-lo para outro local”. 
E mais:
“Todo o sistema elétrico do carro e o motor pararam automaticamente enquanto durou a focalização de uma luz intermitente que partia do estranho engenho”.

Duas janelas com dois jatos de luz
Os quatro ocupantes da Kombi disseram à reportagem do jornal A Nação que “o aparelho tinha o formato de duas bacias uma sobre a outra, com duas janelinhas por onde saíam dois jatos de luz paralisantes e com um brilho fantástico, parecendo ser construído de alumínio”.
O comerciante lagunense José Gonzales ainda informava “Que a luz em certos momentos se parecia azulada e bastante parecida com a que apresenta o maçarico da solda elétrica, que para ser vista tem-se que fazer uso de óculos protetores”.
E finalizava:
“O aparelho ao se movimentar mudou de posição, isto é, ficou em sentido vertical com suas partes amalgamadas, dando a impressão de que podia se movimentar em qualquer posição”.
Depois do grande susto, ao chegarem a Florianópolis um dos quatro ocupantes da Kombi precisou de assistência médica, devido a uma crise nervosa por conta dos acontecimentos.

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Objetos foram avistados na Cabeçuda, no Areal e na Barra
Há muitos relatos no passado sobre o avistamento de luzes e objetos nos céus lagunenses.
Muitos foram os pescadores da região que testemunharam os estranhos fenômenos.
Conta-nos em suas crônicas o saudoso músico e maestro Agenor dos Santos Bessa que ouviu de muita gente sobre essas aparições.
Na falta de denominações e de explicações lógicas, muitos pescadores atribuíam às figuras do folclore brasileiro, como se os efeitos fossem produzidos pelo Boitatá ou a Mula-Sem-Cabeça. 

Na Ponta das Laranjeiras, na Cabeçuda
Uma dessas histórias era contada na década de 1960 por Manoel Luiz Ribeiro, mais conhecido como Neco Mosquito.
Seu Neco passou a vida toda pescando em nossas lagoas, num tempo em que não havia qualquer iluminação pública.
Pescava embarcado em canoas, nas Lagoas do Mirim, Imaruí, Santo Antônio, Santa Marta, Garopaba e Manteiga.
Certa vez, contou seu Neco a Agenor Bessa, quando tarrafeava juntamente com seu sogro Adão no lado norte da Ponta das Laranjeiras, ali na Cabeçuda, viu dois objetos idênticos a foguetes, mas que não produziam barulhos.
Enquanto um dos objetos subia, soltando fagulhas, o outro descia verticalmente, lado a lado e também soltando fagulhas.
Os dois pescadores parentes e amigos apressaram as remadas e saíram rapidamente do local, sem saber exatamente o que presenciaram.

No Areal e na Barra
Outro testemunho ouvido por seu Agenor Bessa, foi o do músico Adelaido Pires, funcionário do Porto da Laguna, membro da Associação dos Vicentinos e músico da Banda União dos Artistas. Pessoa de maior respeitabilidade, digna de crédito e muita querida por todos.
Contava seu Adelaido que certa noite tarrafeava pela beira do canal ali na região do Areal, quando viu um facho de luz que cruzava os céus, indo de uma árvore a outra. Além disso, produzia um estranho barulho, desconhecido. 

Não temos medo!
Em outra oportunidade, seu Adelaido com um amigo tarrafeava defronte à desembocadura do Rio Tubarão.
De repente os dois avistaram um objeto enorme em forma de charuto luminoso. Estava parado a poucos metros de altura sobre um banhado, à margem direita.
Tomaram coragem e remaram em sua direção quando seu companheiro gritou:
- Vocês não nos assustam. Não temos medo!
Em segundos o objeto subiu e desapareceu, aparecendo em seguida à entrada da Barra, onde subia e descia muito rápido, fazendo ligeira curva e depois acelerando e sumindo de vez em direção ao oceano.
E finaliza Agenor Bessa dizendo que quando era menino (nasceu em 1908) ouviu muitas dessas histórias nas vendas (armazéns) de Gregório de Bem, João Chico e Antônio Araújo, lá no Ribeirão Pequeno.

"Noite oficial dos Ovnis"
As aparições desses objetos voadores seriam a confirmação de contatos extraterrestres com a Terra? Ou não passariam de balões meteorológicos? Aviões? Satélites? Meteoros? Ou seriam simplesmente ilusão de ótica?
Há muitos relatórios sobre episódios registrados por agências de inteligência. Muitos deles sem qualquer explicação oficial.
Relatório divulgado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública do Brasil demonstra que em 2018 o Arquivo Nacional tinha, até então, em seu acervo 743 registros sobre a aparição de Ovnis em território brasileiro. São objetos que não puderam ser identificados de imediato.
Há até uma "noite oficial dos Ovnis", 19 de maio de 1986, quando cerca de 21 instrumentos foram rastreados por radares do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta).
Cinco jatos da Força Aérea Brasileira foram enviados para persegui-los, mas nenhum obteve sucesso.
Esse desconhecimento estimula teorias e ajuda cada vez mais os objetos voadores não identificados a serem associados a visitantes estrangeiros.