sábado, 28 de fevereiro de 2015

Nota de falecimento+

Foto feita em 13/12/14, no IIIº Encontro
de ex-alunos do Ceal.
Faleceu hoje em nossa cidade, em sua casa, vítima de infarto, Dalton José de Souza, aos 56 anos (o filho do “seu” Cazeca e dª Yolanda, não tem?). Funcionário aposentado do INSS, onde exerceu o posto de agente do órgão previdenciário em nossa cidade.

Corpo está sendo velado na sala mortuária da funerária Santo Antônio dos Anjos (ex-Cine Roma).
Sepultamento neste sábado, 28, após missa de corpo presente às 9:00 na Matriz.

Sentimentos aos amigos e familiares, irmãos, esposa Raquel, filhos, noras e netos.

***
Ainda em dezembro estivemos juntos na IIIº Confraternização de ex-alunos do Ceal, do qual foi um dos criadores e organizadores, juntamente com o Ari Barreiros.
Dalton sempre bonachão, colocando apelidos em todo mundo, rindo muito de tudo, festeiro, era um gozador nato, e amigo dos amigos. Coração grande.
No Facebook, há poucos dias, ao desejar felicidades pelo aniversário de casamento de uma prima, escreveu:

"Quando se vive na plenitude de dias felizes, a vida passa muito rápido".

Mas não precisava ser tão rápido assim, né meu caro? 
Mas o Grande Arquiteto é quem manda e sabe a hora da chamada.
Que descanse em paz, alegrando os céus.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Estreia Babilônia, a novela

A nova novela da TV Globo, no lugar de Império, estreia mês que vem. No papel de uma das vilãs, Inês, interpretada por Adriana Esteves.

"Babilônia" (soa de alguma forma familiar para você?) é o nome da novela escrita por Gilberto Braga, João Ximenes Braga e Ricardo Linhares, que substitui "Império" no horário das 21h da TV Globo.
Com previsão de estreia para 16 de março de 2015 e direção de Dennis Carvalho.

O casal protagonista é formado por Camila Pitanga e Thiago Fragoso. A morena será moradora da comunidade e seu par romântico um advogado idealista que vai lutar contra injustiças.

Casal gay
Como não poderia deixar de ser, há o núcleo gay da novela, para combater a homofobia, dizem os diretores. Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg, vejam só, duas lendas do teatro e televisão, formarão um casal de lésbicas do folhetim: duas mulheres de 80 anos que vivem um casamento.
Outro casal gay será interpretado por Marcos Pasquim (que esteve aqui no carnaval deste ano, meio que de última hora, lembra?) e o ator Marcelo Mello Jr. Os dois farão um par romântico, com Pasquim (Carlos Alberto) fazendo de tudo para esconder sua orientação sexual, principalmente de seu filho, que será homofóbico.
Isso já foi explorado em novela anterior, não é mesmo? Nada se cria, tudo se copia.

Três vilãs
Uma das vilãs da história, Beatriz, será interpretada por Glória Pires. É uma ninfomaníaca que se livra dos homens depois de seduzi-los. Ela terá uma rivalidade ferrenha com outra malvada, Inês, vivida por Adriana Esteves. E Deborah Evelyn também dará vida a uma megera, uma mulher dominada por seu desequilíbrio emocional.

Dennis Carvalho afirmou que a intenção da novela é mostrar a honestidade dos personagens e como eles lidam com as injustiças.
"A bandeira a ser levantada pela novela será a da dignidade e a da honestidade, por meio dos personagens da Camila e do Thiago", pontuou.

Honestidade e dignidade, tão em falta hoje no país.
Babilônia.

O diretor também disse que a trama está focada na ambição do ser humano, suas fraquezas e angústias, que geram discórdias e enfrentamentos.
"A novela trata dos conflitos dramáticos de inveja, de ciúme, de conquista e de ambição dos personagens de Glória Pires, Adriana Esteves e Camila Pitanga. São estas três mulheres que carregam a história", completou.

Ainda no "time do mal", Bruno Gagliasso também vai encarnar um grande vilão, um cafetão que vai transformar a personagem de Sophie Charlotte em uma prostituta de luxo.

A novela recebeu esse nome por causa do Morro da Babilônia, que fica na Zona Sul do Rio de Janeiro, região onde é ambientada a trama.

Ninfomaníaca, cafetão, desequilibrada, prostituta, gays, homofobia, megeras, vilãs, ambição, angústia, inveja, ciúme, injustiças, honestidade, dignidade. A vida como ela é, no dizer de Nelson Rodrigues.

Como se vê, nada de inovador, nada de diferente, tal e qual a tantas outras novelas ultimamente da TV Globo. Aliás, alguém ainda assiste novelas?

Mas a vida real é mesmo sempre assim?

Por que não novelas com enredos de vida de gente que estudou com dificuldade, que se formou trabalhando de dia e pegando dois, três ônibus até tarde da noite? 
Por que não a história de um operário? Ou de um presidente de empresa que galgou degraus dentro dessa empresa? 
Por que não a história de uma médica que presta assistência a necessitados no interior do país? 
De gente que anonimamente faz caridade por esse Brasil afora? 
De uma professora de mísero salário que ajuda a formar o amanhã do país? 
De um técnico de saúde, de um enfermeiro, convivendo diariamente com inúmeras dificuldades, além da dor e morte?

Nada disso, simplesmente porque isso não dá ibope. Infelizmente.

***

Onde ficava a Babilônia?
A novela Babilônia certamente fará referência à babilônia metafórica, àquela situada na Mesopotâmia, hoje Iraque. Uma cidade onde ficava uma das sete maravilhas do mundo, Os Jardins Suspensos da Babilônia, não tem?
Digamos que hoje seria um ponto turístico obrigatório constante em qualquer folder ou vídeo de divulgação mundial.
A Torre de Babel.

Não confundir Babilônia com Torre de Babel. Esta foi muito antes e reza a lenda que era uma torre (prédio) que os homens edificavam para chegar até os céus. Mas o Deus hebraico Javé não gostou da concorrência. Desceu e, digamos que impediu a empreitada, rasgando o contrato de licitação, proibindo termos aditivos e trancando verbas, principalmente quando descobriu que havia pagamentos de comissões por fora.

Além disso misturou a linguagem da época, criando com isso uma grande confusão onde ninguém compreendia mais ninguém. 

Logo, a palavra Babel virou sinônimo de balbúrdia, onde todos davam ordens e ninguém entendia.

A cidade babilônica teve papel importante na história de toda a Mesopotâmia, era o centro político, econômico, de decisões e chegou a ser capital do império. Uma espécie de República Juliana, sabe?

Mas por culpa de péssimos governantes com o passar dos anos se transformou em ruínas, buracos, esgoto a céu aberto e matos pelas ruas. Monumentos desleixados e até o seu famoso Jardim foi abandonado. O povo reclamava mas os governantes diziam que estava tudo bem, tudo ótimo, que nunca antes tinham sido realizadas tantas obras.
Ao final a cidade foi dissolvida como província.

P S: Como diz o final da sinopse, praxe em toda obra de criação, de ficção, qualquer semelhança da cidade de Babilônia com outra qualquer será mera coincidência.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Bloco do Barulho: mantendo nossas tradições

O Bloco do Barulho, que vem crescendo a cada ano, mantém as nossas tradições culturais e folclóricas. Tradições nos últimos anos tão ausentes da programação oficial.

Os foliões do Bloco, maioria formada por casais, com seus abadás, reúnem-se toda segunda-feira de carnaval, na Praça Souza França, no bairro Magalhães.
Com uma nova diretoria, diz seu vice-presidente Luiz Antônio Fernandes (gastão), que os componentes do Bloco do Barulho apostam em fazer diferente.
Este ano, trouxeram a bateria da Escola de Samba Xavante, para apresentação.

Em seguida o grupo folclórico Boi de Mamão da Ponta das Pedras fez sua brincadeira, encantando a todos no local, principalmente as crianças.
Silvério de Jesus deu uma palhinha fazendo suas imitações de Ney Mato Grosso.
Foi servido camarão ao bafo e churrasco aos foliões que adquiriram a camiseta.

Tudo isso acompanhado de marchinhas de carnaval, contando também com as músicas do saudoso Orlando Ribeiro como fundo musical. A satisfação do público foi imensa.

Tudo terminou com o tradicional desfile do bloco pela Av. Getúlio Vargas, até  o Monumento aos Trabalhadores e voltando à Praça. Sempre ao som de marchinhas e acompanhado pela bicharada do Boi de Mamão.

Ano que vem a festa será no dia 8 de fevereiro e todas as atrações deveriam ser incluídas na Programação Oficial de Carnaval – o que não aconteceu este ano - até para uma divulgação que traga um público bem maior do que já comparece ao local.

Bloco do Barulho, eis uma agremiação carnavalesca que mantém e enaltece nossas tradições. Nossos parabéns à toda diretoria e foliões.
Alguns registros:






sábado, 21 de fevereiro de 2015

Requerimentos dos vereadores Andrey e Orlando solicitando explicações ao prefeito são solenemente rejeitados em votação na Câmara

Nunca se viu isso antes na história política da Laguna, pelo menos que eu me lembre.
Diversos Requerimentos dos vereadores Andrey Pestana de Farias e Orlando Rodrigues (PSD), solicitando informações e esclarecimentos ao prefeito Everaldo dos Santos, foram rejeitados na Primeira Sessão Ordinária do Legislativo Lagunense, realizada ontem.

Explico. Depois de dois meses de recesso, aconteceu ontem, sexta-feira, a primeira sessão Ordinária da Câmara de Vereadores da Laguna em 2015.
Ausências dos vereadores Kléber (Kek) Lopes da Rosa (PP) e Valdomiro (Macho) Barbosa de Andrade (PMDB), que justificaram suas faltas alegando já ter outros compromissos. 
Pois agora.

Prefeito esteve presente na abertura dos trabalhos e discursou falando muito (como sempre) em transparência e realizações, além de dizer que projeto de reforma administrativa será enviado pra Casa Legislativa na próxima semana. Desejou um bom relacionamento entre o Legislativo e o Executivo neste ano de 2015.

Vereadores Orlando Rodrigues e Andrey Pestana de Farias apresentaram inúmeros Requerimentos ao Executivo. Postos em votação, os Requerimentos foram simplesmente rejeitados pela maioria dos seus pares. Seis votos contra cinco.

Senta e levanta
Na rejeição, criou-se uma cena até certo ponto inusitada, com seis vereadores não aprovando e, para tanto, seguidamente sentando/levantando inúmeras vezes, cada final de leitura em que todos os edis eram chamados pelo presidente da Casa para darem os seus votos.

E foram tantos senta e levanta (parecia até um antigo anúncio de calça que não perdia o vinco, lembra?), que o próprio vereador Orlando, um dos autores dos Requerimentos, certamente indignado com as repetidas rejeições, solicitou em certo momento que a votação fosse feita em bloco, para não causar tanto esforço físico aos colegas. 

O que foi negado pela presidência da Mesa, alegando impedimento do Regimento. E o senta/levanta se estendeu por muitos outros minutos, num exercício aeróbico fora de hora.
O pedido de voto nominal também foi rejeitado, mas deverá constar em ata, conforme pedido à presidência da Mesa.

Os Requerimentos dos vereadores Andrey e Orlando simplesmente solicitavam informações, esclarecimentos e documentos ao chefe do Executivo Lagunense.
Aliás, uma das maiores atribuições do vereador é fiscalizar os atos do Executivo.
É para isso que os eleitores, entre outras tarefas, os elegem como seus representantes. Uma verdade que parece esquecida por alguns. 

Entre os inúmeros Requerimentos – e que foram rejeitados - estavam:

1)    Convocação da engenheira Cristina da Prefeitura para explicações sobre um suposto BO sobre fatos nas obras da Escola do CAIC;

2)    Cópias de processos de licitação do aluguel de veículos leves;

3)    Fornecimento de prestação de contas do carnaval 2014 e processos de licitações do referido evento;

4)    Prestação de Contas de entidades que se beneficiaram com subvenções nos anos de 2013 e 2014. Aproximadamente R$ 1 milhão;

5)    Cópia de Contratos, editais de iluminação pública e cópias das licitações e relatórios com arrecadação mês a mês da Cosip;

6)    Prestação de Contas do Réveillon 2015, empenhos e Notas Fiscais;


7)    Informações sobre recursos e prazos do PAC das Cidades Históricas (Este, Requerimento do vereador Andrey), que justificou: Perdeu-se o dinheiro ou não? Projetos foram enviados/aprovados? O prazo era de doze meses. Foi prorrogado? Era em etapas, conforme amplamente divulgado, primeiro a iluminação pública, depois reforma dos clubes, etc.;

8)   Relação dos moradores que contribuíram com valores ou de outra forma para aquisição de coqueiros na orla do Mar Grosso. Vereador Eduardo - Dudu - Carneiro (PP), em discussão sobre o Requerimento, acrescentou que sobre os canteiros no início do Iró aos cuidados dos condomínios e que foram retirados, existe um documento oficial que dá cessão de uso aos condomínios;

Etc. Etc. Etc.

O vereador Orlando Rodrigues (que já esteve à frente por um ano e meio da secretaria de Obras e Saneamento nesta gestão, será que quer voltar?) protestou contra a votação contrária de seus pares, dizendo que não aprovar os Requerimentos é não permitir que haja transparência. E fez um apelo aos que estavam votando contra, dizendo: “Acho um absurdo votar contra requerimentos de informações de vereadores”.

E desabafou textualmente:
“Bloquear informações ao Poder Legislativo é formar um escudo em torno da administração, não permitir que as coisas sejam transparentes. V. Excias. não estão defendendo o prefeito. O prefeito gosta das coisas transparentes. (...) Que cada um que vota contra defenda porque está votando contra, explique seu voto. Votar contra por votar contra é um absurdo...”.

Ninguém se manifestou.

Votaram contra os Requerimentos apresentados: vereadores Roberto Carlos Alves (PP), Patrick Mattos de Oliveira (PSB), Thiago Alcides Duarte (PMDB), Rogério Medeiros (PMDB), Rodrigo Luz de Moraes (PR) e Wilson Elias Vieira (PSDB).


Votaram a favor aos Requerimentos, e portanto permaneceram sentados, os vereadores Orlando Rodrigues (PSD), Andrey Pestana de Farias (PSD), Eduardo (Dudu) Nacif Carneiro (PP), Antônio da Silva (Bombeiro) (PR) e José Luiz Siqueira (PT). 

Assista na íntegra a citada Sessão:



sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Laguna está em segundo lugar no pior retorno de ICMS

Laguna, em 2014, ficou em segundo lugar com o mais baixo retorno do ICMS entre os municípios de Santa Catarina. R$ 197,16 por habitante.
No ranking, vejam só, estamos perdendo para Pescaria Brava e Imaruí, que ficaram em sexto e sétimos lugares, com R$ 250,05 e R$ 260,72, respectivamente.
Entre os 295 municípios, Tubarão, por exemplo, está em 262ª posição.
Dados foram divulgados ontem pela Secretaria do Estado da Fazenda.
Jornal Diário do Sul desta sexta-feira traz matéria de Litiane Klein sobre o assunto. Leia:

***

Cá pra nós. Com um retorno de ICMS desses; fim do ISS no mês de maio da construção da Ponte, como vai ser daqui em diante? De onde virá a arrecadação para tocar a máquina municipal?

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

João Vicente hospitalizado

O decano do rádio lagunense, João Manoel Vicente, encontra-se internado há vários dias nos Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão. Seu estado inspira cuidados, já que recupera-se de uma delicada cirurgia para retirada de um tumor na bexiga.

Façamos uma corrente de orações pelo seu pronto restabelecimento.

Deyvisonn no Porto.

O ex-vereador Deyvisonn da Silva de Souza, e candidato derrotado à prefeitura de Pescaria Brava em 2012, não foi contemplado com a nomeação para o comando da 19ª Secretaria Regional da Laguna.
Em compensação foi nomeado como o novo administrador do Porto da Laguna.

São os chamados acordos políticos costurados em gabinetes, onde o povo, claro, sempre fica de fora.
Ou como diz a voz popular: quem tem padrinho não morre pagão.

Conseguirá levantar a situação precária do Terminal Pesqueiro Lagunense e sua mal fadada fábrica de gelo? 

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Não esqueçam

Terça-feira de carnaval de 2016, vai cair no dia 9 de fevereiro, uma semana antes em relação a 2015.
E os dias, a gente sente, passam muito rápido.

Que os dirigentes das Escolas de Samba da Laguna, presidente de Fundação Lagunense de Cultura, secretário de Turismo e representantes políticos se organizem cedo, montem um organograma de datas, contatos e prazos com acompanhamento, para o retorno do Desfile das Escolas de Samba da Laguna ano que vem.
Sem mudanças e entendimentos variados de prestações de contas e certidões negativas de última hora.

Se acontecer mais um ano sem o desfile das Escolas de Samba, nossa tradicional festa ficará apenas nas recordações de velhas fotos em álbuns empoeirados.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

No batuque do samba – Ainda há esperança

Eis que, na última sexta-feira pela manhã, como todos os anos o fazem, alunos, professores, funcionários e direção da Escola de Ensino Médio Almirante Lamego - CEAL, surgem nas ruas, vindos da concentração em frente ao tradicional estabelecimento escolar, na rua Celso Ramos.
Com uma pequena bateria composta por músicos da Sociedade Musical União dos Artistas, o pessoal caiu na folia. Confetes, serpentinas, apitos e marchinhas. É o chamado "Projeto carnaval alegre - Paz sustentável".
Rei Momo Rochinha e a Rainha do carnaval estiveram presentes.
E o silêncio modorrento da cidade, a quietude que pairava entre os casarios, o vazio de nossa maior festa, foram quebrados pela batucada que, desde ao longe, já vinha arrastando muitos populares pela Praça República Juliana e ruas Raulino Horn e Gustavo Richard. 
E a melancolia foi deixada pra lá.

Lojistas e funcionários vinham até a porta dos estabelecimentos comerciais cantando e dançando, turistas caiam no samba e a alegria, o sorriso por alguns instantes, tomaram conta do Centro Histórico. Até o Rei Momo (sem a coroa) e a Rainha do Carnaval apareceram.
Professores e funcionários presentes, fantasiados, criando o clima de carnaval.
 
Diretor do CEAL Danilo Prudêncio Costa
não deixou o samba morrer.
Com tão pouco, muito pouco mesmo, estava de volta o nosso clima de carnaval.
E aí a gente percebe – coisa que os ditos governantes ainda não se tocaram ou não querem nem saber – que com simplicidade e criatividade se faz a festa.
Mas para isso tem que gostar verdadeiramente de carnaval.

Parabéns aos diretores, professores, funcionários do CEAL e músicos da União dos Artistas, que anualmente não deixam morrer a chama de nossa maior festa.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Não deixem o carnaval lagunense morrer - Desabafo

Nas semanas que antecederam estes dias de carnaval, o clima de festa na Laguna era morno, gelado mesmo.
Não era para menos.
Sem o tradicional Carnaval das Escolas de Samba e seu pré, a população não entra no ritmo.
E se sente ausente, triste, traída e alijada de uma festa só sua, tão aguardada e que atravessa gerações.
Não tenham dúvidas que demonstrará sua insatisfação na primeira oportunidade, através das urnas.

A cidade sem o batuque e sem qualquer tipo de ornamentação carnavalesca nem de longe lembra a nossa Laguna de outrora. 
E cá pra nós. Basta tão pouco para fazê-lo. Uma Banda União dos Artistas e Carlos Gomes aqui e ali tocando pelas ruas; a Bandinha Maluca - Palhaços de Momo acolá, numa praça; apresentações do Boi de Mamão; cidade ornamentada, embandeirada com temas carnavalescos.
À exemplo do que é feito nos Centros Históricos de Olinda, Recife, Salvador, Ouro Preto, Rio de Janeiro... como cansam de mostrar as imagens nos canais de televisão.

Quanto custa isso? Nada, uma mixaria perto dos milhões gastos com o chamado carnaval de praia.

Mas para que isso sempre se realize, há que se ter à frente de órgãos públicos, gente que entenda do nosso verdadeiro carnaval e queira, de fato, fazê-lo. Apoiá-lo e não deixá-lo morrer.
Pena que há governantes que parecem não entender essa insofismável verdade.

Não entendem talvez - entre outros motivos - porque nunca saíram em Escolas de Samba e jamais acompanharam os preparativos da nossa maior festa. 
Uns se dizem populares, mas são somente populistas. O que é bem diferente.

Não sabem o que é um galpão, uma montagem de adereços, a feitura pelas madrugadas de uma fantasia, o ensaio de uma bateria. Ou a estrutura de um carro alegórico.
Gente que ignora totalmente a história do carnaval lagunense e seus inúmeros protagonistas, ao longo de gerações.

Carnavalescos abnegados, de gente simples e honrada, artistas, operários de todas as idades, das mais diversas profissões. 
Carnavalescos que ao longo dos anos deram suas vidas - e tantos já se foram e moram na nossa saudade - e seus talentos, suas horas de folga e seu pouco dinheiro para fazer com que Laguna fosse conhecida lá fora pelo seu carnaval e que, no fundo, só queriam se divertir e alegrar o povo.

Essas gerações de nomes, de famílias que fazem e fizeram o verdadeiro carnaval lagunense, ficarão imortalizadas na história e bem por isso sempre merecerão as nossas homenagens e reconhecimentos.

Enquanto outros por aí,  já saíram e vão sair apenas no rodapé dessa mesma história.

“Eles passarão”, já versava Mário Quintana em seu “Poema do “Contra”.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Arquibancadas no carnaval

As arquibancadas para o público assistir o desfile de carnaval, instaladas na rua Jerônimo Coelho, eram bem simplórias.
Sempre ao lado delas ficavam pequenos palanques destinados às autoridades, convidados e jurados.
Nesta foto dos arquivos de João Carlos Wilke, podemos observar no lado direito, sentado o seu Benjamim Nicolazzi; um degrau acima e ao lado, o médico e ex-prefeito da Laguna dr. Paulo Carneiro, entre os que pude reconhecer, afinal a foto é de 1960.

No centro da foto, separados por pequena cerca, imagino que sejam os jurados. E bandeirolas a enfeitar o local. Mas o povo se divertia.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Passarela do carnaval VI

Não sei se o leitor concorda comigo, mas o pulmão do desfile de carnaval da Laguna ficava nas ruas XV de Novembro e Raulino Horn.
A rua Jerônimo Coelho podemos dizer que era o coração e onde aconteciam as apresentações, os julgamentos pelo público e júri, o posicionamento nos palanques das autoridades.
Ali se decidia quesitos e se mostrava à imprensa (principalmente rádios) os valores individuais e coletivos da agremiação. O brilho da fantasia, os carros de mutação e depois alegóricos, o samba, a harmonia da bateria. Havia sempre um clima de tensão no ar, de preocupação das diretorias e de componentes para que nada saísse errado, pra que tudo corresse as mil maravilhas.

Já nas ruas XV de Novembro e Raulino Horn o clima era um pouco mais descontraído, relaxado. Não que a responsabilidade da apresentação fosse diferente ou menor. Não é isso.
É que naqueles trechos cada Escola já havia passado pelo crivo dos jurados, as notas haviam sido dadas, então o pessoal se soltava mais. Sempre senti isso. Até por parte das baterias das Escolas de Samba. O ritmo era mais contagiante, o repique do tamborim era mais alto, o surdo era mais forte, sei lá.

Além disso, nessas duas ruas o povão se concentrava mais – até porque são estreitas, com ínfimas calçadas -, e o vai-e-vem dos casais de namorados e das paqueras eram constante. Quantos namoros não foram iniciados por ali, na troca de olhares?

As duas vias tornavam-se verdadeiras passarelas das Escolas de Samba, dos mascarados, da Bandinha Maluca que levava e trazia a criançada em louca correria, e das mais diversas fantasias individuais. Um multicolorido e criativo desfile popular.
E uma imagem que sempre permaneceu: mães com crianças ao colo sentadas no meio-fio e nas soleiras das portas dos estabelecimentos comerciais, até de madrugada.

E havia os bares e restaurantes em suas mais variadas épocas e que marcaram fases. Café Tupi, Érika Bar, Brigitte Bar, Monte Carlo e a inesquecível Miscelânea. Sem falar da Pizzaria Chedão, que começou, em meados da década de 70, nos fundos do terreno onde hoje se situa o prédio do Banco do Brasil (ex-Besc).
E a Rádio Difusora na rua XV de Novembro; e a Rádio Garibaldi, na rua Raulino Horn.
Sem falar das sinucas do Macuco, e do Nonô.

Hoje diríamos, usando um termo atual, que as duas ruas eram ponto de encontro e de passagem das mais variadas tribos.
***


Eis a rua XV de Novembro no carnaval do ano de 1974. Administração Francisco de Assis Soares/Venâncio Luiz Vieira.
A ornamentação da festa era feita em colunas de madeira cobertas com plástico colorido e iluminadas. Material (plástico com desenhos) adquirido em metro em São Paulo pelo seu João (salame) Martins, Antônio de Pádua (moela) Heleodoro de Souza e o Dorival de Oliveira (Tofinha). E depois montado aqui em nossa cidade.
O tema daquele ano foi desenhos infantis de Walt Disney. Caixas em madeira contornadas por lâmpadas comuns e coloridas.

À esquerda o letreiro luminoso da Panificadora Imperatriz, do seu Archimedes de Castro Faria. Ali ficava o forno e nos fins de bailes, nas madrugadas de sábado para domingo, mediante algumas moedas recolhidas entre a turma, os padeiros nos forneciam pães quentes para o desjejum, que íamos degustar nos bancos do jardim, contando como foi a noite com aquele broto (hoje seria gata).

Logo em seguida, sobre a marquise, no andar superior, outro letreiro, o da Rádio Difusora, cujos estúdios já estavam funcionando ali, vindos do antigo prédio, na mesma rua, esquina com a Duque de Caxias.

À direita, prédio na cor amarela, onde funcionava no térreo a tradicional Miscelânea do seu João Urbano, e suas seis portas.  (Ou seriam sete?). Quem não apreciou seu sorvete de uva ou o picolé de butiá? Quem não comprou uma bala de goma, uma azedinha, chita, Jujuba, um chocolate, um pirulito Zorro, um chiclete Adams antes das sessões do Cine Mussi ou Roma?
Quem não ficou encostado às suas portas somente vendo “a banda passar”? Ou buscando meigos e interessantes olhares nem sempre correspondidos?

À direita, mais ao fundo o Bar Érika, do seu Aurélio Schneider, ponto de encontro para o aperitivo e a cerveja gelada.


Esta é uma foto noturna da mesma rua e ângulo. Pertence aos arquivos do radialista e colunista do jornal O Correio, João Carlos Wilke.
A data já é outra, bem anterior. É do carnaval de 1966, primeiro ano da administração de Juaci Ungaretti, um dos prefeitos que mais cuidou da imagem carnavalesca da cidade e que melhor decorou as ruas do carnaval lagunense.


Início (ou fim, como queiram) da Rua Raulino Horn, no carnaval de 1974. Ornamentação com desenhos infantis, como já falei. Note que a mão era inversa da atual, com os automóveis estacionados à direita de quem vinha. O primeiro é um Gordini.


À direita, a placa do restaurante Nice e mais à frente, letreiro do Paraíso Hotel. Aqui iniciava o trajeto do pré. Ou finalizava o desfile oficial dos Blocos e depois Escolas de Samba.

Passarela do carnaval V

Vamos recuar um pouco mais no tempo.
Encontro em meus arquivos uma foto datada de 1962, da rua Raulino Horn, onde se realizava o desfile de carnaval (e também o seu pré). Para ampliar, como sempre, basta clicar sobre a foto.

O desfile oficial começava no início da rua Conselheiro Jerônimo Coelho (com formação na rua Osvaldo Cabral), contornava a Praça Vidal Ramos, o Jardim Calheiros da Graça, descia pela estreita XV de Novembro e virava à direita na Raulino Horn, terminando (dispersão) na Praça da Bandeira, hoje Praça República Juliana.

Ufa!... e isso tudo era feito sem desafinar, sem “atravessar” o samba, com carros alegóricos desviando de galhos e fios, e passistas sambando sobre paralelepípedos.

O pré era no sentido inverso, começando na Praça e virando à esquerda na XV de Novembro com dispersão na Praça Vidal Ramos.


Tudo isso passou, como tudo passa, e hoje são imagens e lembranças que fazem parte de um passado nas folhas do livro da memória, cada vez que o folheamos.

Mas voltando à foto, eis a Raulino Horn, a rua do carnaval como era chamada. Note a ornamentação (Shangai) e as tradicionais cordinhas separando o público.
À esquerda uma parte da placa da Instaladora Rádio Elétrica, do seu Aliatar Barreiros; em seguida a placa circular da Galeria Gigante; à direita, o restaurante Brasília, que não lembro (nem podia, tinha dois anos de idade), mas que ficava ao lado do Café Tupi, e aonde mais tarde vai se instalar a Panificadora Imperatriz, de Archimedes de Castro Faria.

Mas adiante, observando, vemos uma passarela suspensa. É sobre ela que quero falar.
A ideia foi do gerente da Rádio Garibaldi, radialista João Manoel Vicente, que me contou que criou um fato novo para disputar a audiência com a coirmã e concorrente, a Rádio Difusora, instalada na esquina do Jardim, entre a Duque de Caxias e XV de Novembro, onde hoje é a Pizzaria Chedão e, por isso mesmo, melhor posicionada nas transmissões da folia.

A Rádio Garibaldi, cujo proprietário era o ex-prefeito da Laguna e então deputado estadual Walmor de Oliveira, tinha seus estúdios (veja a placa luminosa sobre a marquise) instalados sobre a sinuca do Macuco (ao lado do restaurante e bar Monte Carlo). No local hoje funciona a loja By Chelo Surf Shop.
João Vicente criou então, essa passarela de um lado ao outro da rua, com os locutores e comentaristas da emissora sentados numa posição superior para a transmissão do desfile.
Um sucesso!

Carlos Araújo Horn, que conhece tudo sobre o rádio lagunense, há tempos postou um testemunho aqui – quando ainda comentava neste Blog, depois sumiu, vai saber o motivo - sobre esse assunto.

Dizia ele: “Realmente o carnaval naqueles tempos tinha uma animação invejável. As emissoras de rádio faziam que o nosso carnaval tido como o melhor do Estado, se transformasse totalmente em relação aos dos dias atuais. A Rádio Difusora anteriormente à inauguração da Rádio Garibaldi, fazia com que o povo participasse da folia, quer no pré como no tríduo de momo. Reportagens eram feitas diretamente do Blondin, Congresso, Anita, 3 de Maio, Ideal, 7 de Setembro, Atlântico. Programas dirigidos iam ao ar em diversos horários movimentando a população. Por outro lado, as gravadoras lançavam anualmente no mínimo um LP com músicas próprias ao carnaval de cada ano. As bancas disputadamente vendiam livretos com as letras dessas marchinhas e sambas”.

E continuava Horn:
“O apresentador do programa “Reis da Folia”, que tinha como prefixo o frevo Vassourinhas, fazia com que o povo participasse indicando o melhor do carnaval. Com a chegada da Rádio Garibaldi as coisas ficaram mais acirradas e cada estação procurava levar ao público o que era melhor, fazendo com que o ouvinte “visse” o que estava acontecendo como se estivesse à frente da televisão. Era incrível, pois cada locutor, comentarista, enfim, pensava antes de falar para não comprometer a credibilidade de cada estação e cada uma procurava dar de si o melhor”. 

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Passarela do carnaval IV

Esta foto foi publicada na coluna do Munir Soares, no jornal A Crítica, em 1999. Mas certamente é uma foto da década de 80. Até porque o desfile foi transferido para a rua Gustavo Richard em 1988, governo de João Gualberto Pereira, não esqueçamos, inclusive com a derrubada e retirada do antigo prédio da rodoviária.

Tomo a liberdade de reproduzi-la aqui.

Pelo ângulo, foi feita da janela superior do Clube Congresso Lagunense. 
Devido a abrangência da foto, eis um dos melhores registros, que eu conheço, do desfile de carnaval das Escolas de Samba da Laguna na rua Jerônimo Coelho. 

Mostra os integrantes de uma Escola de Samba (qual será?), além do amplo público. A ornamentação da passarela continuava sendo em caixas de madeira cobertas com plástico. Sem falar do enquadramento da igreja matriz, ao fundo.

Passarela do carnaval III

Esta foto, do início da década de 80, em preto & branco, feita da matriz Santo Antônio dos Anjos em direção ao começo da concentração da rua Jerônimo Coelho, com a máquina fotográfica rente ao chão, mostra bem a ampla passarela do samba, com seus paralelepípedos históricos, da velha cidade, como na canção do Chico.

Nela, o público posicionado nas calçadas laterais, atrás de cordinhas, sentados no meio-fio, em bancos de madeira, cadeiras de praia e até cadeiras em fórmica tomadas emprestadas à cozinha, aguardava o desfile da Escola de Samba do coração.

Passarela do carnaval II

Fiz esta foto com minha Kodak Instamatic 54X, em fins da década de 70, ali pelo ano de 78,79, não lembro bem. A bobina colorida da Kodak saía tão caro... assim como a revelação também.
Posicionei-me defronte ao Clube Congresso. Passava vinte minutos do meio-dia, como assinala o relógio da matriz.

Já não havia mais o tablado, a chamada passarela em madeira, como se pode observar. À direita, defronte ao Banco do Brasil, o palanque reservado às autoridades e jurados.
As arquibancadas metálicas para o público estavam lá. Uma novidade. No meio delas e também à direita, no fundo da foto, as cabines para as duas rádios, Difusora e Garibaldi. Sem falar na ornamentação da rua Jerônimo Coelho em caixas de madeira forradas de plástico com desenhos, dependuradas em fios de arame. E os simplórios holofotes instalados em postes de eucalipto.

A gente era pobre mas era limpinho, sabe?

Passarela do carnaval I

Rua Conselheiro Jerônimo Coelho. Passarela do carnaval, com seu tablado elevado em madeira, onde os Blocos (e depois as Escolas de Samba) passavam e se apresentavam.

Ao fundo, o palacete de João Tomaz de Souza. Edificação que em 1968 foi derrubada para construção daquele feioso caixote do Banco do Brasil, num dos maiores erros (crimes) arquitetônicos que se produziu no Centro Histórico da Laguna. O carrinho de pipoca, claro, também era tradicional. Lá no alto do Morro da Glória, a torre repetidora da TV Piratini (TV Tupi) já se fazia presente.

Recordar é viver

Esta semana e até meados da semana que vem, vou trazer aqui algumas fotografias e comentários do carnaval lagunense de outrora. Ruas tradicionais do carnaval, blocos e foliões. Mas vou procurar não ir tão longe no tempo e ficar pelas décadas de 60,70 e 80.
Eram outros tempos, dirá alguém. E é verdade. Mas vai servir para mostrar que Laguna era mais simples e com menos recursos fazíamos – e nossos administradores de então, também – uma ótima festa que ficou conhecida em todo Brasil.

Chove nesta quarta-feira na Laguna. Chuva miúda, a chamada molha-bobo. As ruas do centro estão desertas, silenciosas. Não há nenhum clima de carnaval. Pelo menos do carnaval do samba no pé, o tradicional, das cabrochas, do repique, da bateria, das fantasias. O carnaval das Escolas de Samba. Daquele carnaval que tanto conhecemos em nossa infância e juventude. Carnaval de gerações.
E sem o pré-carnaval, Bandinha Maluca, Boi de Mamão, e o desfile das Escolas, a festa morre um pouco a cada ano. Sem falar nas transmissões das nossas emissoras de rádio, com comentários de radialistas, carnavalescos, sambistas e ouvintes esquentando os tamborins.
Saudades das Lojas A Popular, do seu Batista, e Americana, do seu Ibraim Abrahão, tocando marchinhas e vendendo fantasias...

O carnaval chamado de praia, dos Blocos, sobrevive e a cada ano cresce cada vez mais, com seus mais variados ritmos. Mas bem poderia conviver harmoniosamente com o tradicional das Escolas de Samba, afinal, foi por ele que tudo começou.

Enfim, tomara que nossos representantes, autoridades e carnavalescos não deixem o samba morrer. Que não seja mais uma tradição a fazer parte do “Laguna já teve”. E já tivemos tantos...

Ficamos então, a partir de agora, com algumas fotografias - amareladas e desbotadas pelo tempo é bem verdade -  mas que sobrevivem na memória de quem as viveu. 

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Revista Saber edição nº 9

Já circulando na cidade, a edição nº 6 da Revista Saber, trazendo em matéria de capa, o carnaval da Laguna, com a história das cinco atuais Escolas de Samba de nossa cidade, Xavante, Brinca Quem Pode, Vila Isabel, Democratas e Mocidade Independente, além de muitas fotos.  Lembrando que este ano, pela vez segunda, não teremos o desfile das agremiações.
A publicação ainda traz um texto do neto Felippe Buffara Fretta, sobre o seu avô, o saudoso Felippe Buffara, “o folião das Arábias”; e também a origem do Bloco Rosa, do Bloco da Pracinha e do Pangaré.
Ao Rodrigo Bento, diretor editorial, nossos parabéns pela Revista.

Para saber mais, visite o site:

Lulu Nicolazzi - Um século de vida

Aniversariando hoje seus 100 anos de vida, “seu” Luiz (Lulu) Nicolazzi Júnior.
O lagunense reside na capital do estado e é um exemplo de vida para todos nós, sempre com muita garra, exercendo os mais diversos ofícios como taxista, marceneiro e fiscal de estradas e formando uma grande família. Com sua alegria e conversa sempre contagiou a todos. 
Na antiga Praça da Bandeira (hoje República Juliana) em sua residência, promovia rodas de samba, ainda hoje lembradas.
Comemoração da importante data foi no último sábado, ao lado de familiares e amigos.

Daqui deste espaço mandamos um grande e forte abraço ao seu Lulu, extensivo aos seus filhos Cleusa Nicolazzi Garcia, Neusa Nicolazzi Correia, Luiz Carlos Nicolazzi, Maria Luisa Nicolazzi Gallo, Terezinha Nicolazzi Brown e Magali Nicolazzi Bez, netos, bisnetos, tataranetos e demais familiares.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Várias peças e mobiliários do Museu Anita Garibaldi ainda não retornaram ao prédio

O Museu Anita Garibaldi foi fechado ao público em 24 de março de 2010, com as obras de reforma e revitalização iniciando somente em 17 de agosto do mesmo ano. Os trabalhos levaram cerca de dois anos. Foi entregue novamente à população e visitantes em 28 de julho de 2012.
Por conta dos serviços, o acervo do Museu foi realocado em vários locais, como os altos do Mercado Público e o antigo Ginásio Lagunense.

Desconheço se foi efetuado algum tipo de inventário naquela época.
Ao retornar ao prédio original, muitos estranharam a ausência de inúmeras peças e móveis. E várias delas voltaram deterioradas e/ou quebradas. Ou nunca retornaram.

A verdade é que o Museu Anita Garibaldi hoje em dia não é mais nem sombra do que foi no passado. Um Museu eclético, criado por lagunenses, tendo à frente o juiz de Direito João Tomaz Marcondes de Matos, que angariou junto às famílias tradicionais da cidade, através de doações, um rico e variado acervo.

O Museu Anita Garibaldi era lotado de peças e móveis de época que o tornavam rico justamente pela variedade e diversidade. Era seu diferencial, justamente por não ser temático.

Hoje, as duas salas ao Norte no andar térreo da edificação estão vazias e a chamada reserva técnica é mínima. Há uma profusão de painéis e muitas das etiquetas de identificação com os dados das peças, desapareceram.
Por exemplo: Onde está o livro de atas contendo a sessão da Câmara de Vereadores de 29 de julho de 1839, que proclamou a República Juliana?

Falta limpeza, manutenção e tíquetes de cobrança
Outro problema que se verifica é a falta de limpeza no prédio e acervo. Os expositores estão sem cadeados de segurança; e, PASMEM, a cobrança de ingresso (R$ 5,00) é feita sem qualquer tipo de controle como recibos ou tíquetes. Além disso o elevador interno está quebrado e há muitas lâmpadas queimadas.

Várias peças e móveis não retornaram
Há ainda peças e móveis que até os dias atuais não retornaram ao Museu Anita Garibaldi.
Algumas delas, por incrível que pareça, podem ser encontradas ainda hoje depositadas numa das salas da Biblioteca Pública Romeu Ulysséa (antigo Ginásio Lagunense).
Vejam:

Pia e peças em porcelana de diversas procedências.

Console com tampo de mármore.

[
Expositores diversos e vazios.

Sofá de palhinha, com assento destruído, que precisa de restauro.

Antiga carteira escolar do Grupo Escolar Jerônimo Coelho, inaugurado em 1912. Gerações de estudantes sentaram neste móvel, que possui na parte superior um orifício onde era depositado o vidro-tinteiro.

Cômoda.


Todo esse material tem de retornar ao Museu Anita Garibaldi urgentemente, pois é patrimônio do povo lagunense. Aliás, de todo o povo brasileiro, afinal Laguna é tombada pelo Patrimônio Nacional.

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Para ler mais sobre o Museu Anita Garibaldi, veja o que já escrevi a respeito neste Blog:




http://valmirguedes.blogspot.com.br/2012/09/o-museu-anita-garibaldi-foi_17.html