Os maiores responsáveis pela detonação do leito da então avenida Castelo
Branco (hoje João Marronzinho), foram os caminhões transportando toneladas de blocos
de pedra para as obras do Molhe Sul.
As obras de restauração da citada avenida deveriam ter sido cobradas do
Consórcio, como forma de compensação ambiental ou através da Justiça. Não o
foram.
Mas se até as obras do Molhe Sul ficaram a desejar e se o próprio Procurador Federal Celso
Três as questionou...
Fujo ao tema. O que eu quero dizer é que a avenida Castelo Branco
ficou abandonada durante anos. A administração passada somente tapou um buraco
aqui outro acolá.
O atual prefeito Everaldo dos Santos, quando candidato prometeu a
recuperação da via. Sabia de antemão que não haveria dinheiro para uma grande
obra, até porque teria que contar com verba do governo do estado, elaborar e aprovar projeto, transformar, através da Assembleia Legislativa, uma via municipal em
estadual, etc. Custo disso tudo: R$ 12 milhões. Há dinheiro no cofre do governo
do estado?
Ninguém pediu tanto, o lagunense é humilde em suas reivindicações. O que
os eleitores queriam – e turistas e veranistas - era simplesmente a recuperação
da via.
Se o prefeito Everaldo ouvisse as pessoas certas, gente que lhe apoiou,
queria o seu bem e da Laguna, gente sincera e não puxa-sacos, teria pensado e decidido diferente, desde janeiro deste ano. Nesta situação mostrada e em outras várias surgidas
ao longo desses nove meses.
Explico.
Se seguisse conselhos dos verdadeiros amigos, teria contratado uma
empresa, através de licitação e recuperado, a exemplo do que foi feito na
avenida Colombo Salles, toda a malha viária das duas pistas da avenida Castelo
Branco. Em mais ou menos noventa, cem dias de governo, tudo estaria pronto, com
base de brita colocada e compactada, areia, retirada e recolocação das lajotas. Pintava o meio-fio, plantava algumas palmeiras, amendoeiras, "napoleões" e flores nos canteiros centrais, tascava poderosa iluminação com lâmpadas de sódio e Pronto! Básico, be-a-bá, arroz com feijão. E poderia dizer: Fiz o que em muitos anos ninguém fez. Calava a boca de meia-dúzia.
Bastava isso e o leito daquela avenida ficava recuperado. Até porque tão
cedo não mais teremos transporte de rochas pelo local.
E teria amplo e eloquente discurso, dizendo aos microfones de radialistas
sempre muito empolgado$, que recuperou, conforme prometido, a avenida Castelo
Branco (João Marronzinho).
Recuperou, salientaria e repetiria uma, duas, três vezes, babilonicamente, mas que queria mais, sonhava em fazer uma avenida moderna, de primeiro mundo, com
iluminação assim, com canteiro assado, etc e que iria lutar por isso durante todo seu mandato. Iria a capital do estado, a Brasília, ao cafundó do Judas se fosse
preciso em busca do dinheiro para a obra... Clac, clac, clac, muito bem, ele
merece, Viva.
Afinal, leitor, em ordem de importância, cá pra nós, o que era mais
primordial? A Praça Seival ou a avenida Castelo Branco, que foi promessa de
campanha?
O prefeito Everaldo dos Santos preferiu a Praça, onde gastou R$ 721.630,81 e
que poderia ser construída posteriormente. Como perguntaria Silvio Santos: É dinheiro ou não é?
Só agora, neste início de setembro é que alguém se tocou lá na prefeitura
e resolveu recuperar o leito da avenida João Marronzinho, até porque será muito
feio, repercutirá muito mal, iniciar a próxima temporada de veraneio com a
avenida esburacada do jeito que está. Um ano depois e nada? Perguntaria quem adentrasse a Laguna. Se já não bastassem os buracos no restante da cidade...
Leito da avenida sendo recuperado. Bastava fazer isso no início da administração. Pra que complicar? |
De acordo com o secretário de Obras, Orlando
Rodrigues, em release enviado, toda a parte direita (sentido Calistrato Muller
Salles – Praia do Iró) da avenida João Marronzinho será refeita no prazo de 45
dias. “Se o tempo continuar firme, a primeira etapa ficará pronta em breve”,
afirma.
Sendo assim, se a obra continuar, mais 45 dias e a parte esquerda
da via também pode ser recuperada. Fácil, rápido e não precisava todo o
desgaste havido nesses últimos meses.
Mas o prefeito Everaldo dos Santos preferiu o
caminho mais longo, penoso e difícil.
Fazer o quê? Por decisões equivocadas assim há
sempre um preço a pagar, principalmente político.
Fica a lição.
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