Recebo das mãos do
Luiz Lauro Pereira Jr., o Laurinho, filho do Lauro Pereira e da dª Geninha, não
tem? Duas obras de grande valor e que ainda não possuia em minha biblioteca.
Desde já agradeço ao Laurinho pela lembrança.
O livro “Barcos do Brasil”, editado pelo Iphan
em 2011, que reproduz a exposição do mesmo nome, que reuniu 89 modelos de
embarcações tradicionais brasileiras que fazem parte da Coleção Alves Câmara
Século XXI.
A confecção de
réplicas na escala 1:25 dos “barcos do Brasil” foi iniciada em 2005 pelo Museu
do Mar, com o incentivo do navegador Amyr Klink e o apoio do Iphan. Três dos
melhores modelistas navais do Brasil foram contratados para a missão.
Diz o presidente
do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, que “Carlos Heitor Chaves, Cnny Baumgart e Luiz Lauro Pereira Jr., podem ser
considerados três dos melhores e mais experientes modelistas navais
brasileiros, profundos conhecedores da história e dos detalhes construtivos dos
barcos tradicionais brasileiros”.
Os trabalhos
desses três, mais o do artesão Cilfarney de Oliveira, que confeccionou os
personagens – marinheiros, pescadores, mestres, timoneiros, remadores, em
escala – comporam o Projeto Barcos do Brasil, lançado pelo Iphan em 2008.
A outra publicação,
é o 1º Seminário do Patrimônio Naval
Brasileiro, composto pelos anais do primeiro seminário do gênero a
realizar-se no Brasil e que aconteceu em março de 2005, em São Francisco do Sul
–SC, que possui, como vocês sabem, o Museu Nacional do Mar.
Em 168 páginas
traz dezenas de fotos e artigos sobre o tema, como “Métodos empíricos na
construção naval”, de Armando de Senna Bittencourt; “Viagens de reconhecimento
dos barcos tradicionais brasileiros”, de Dalmo Vieira Filho; “Embarcações do
Maranhão”, de Luiz Phelipe Andrés; “Projeto de pesquisa sobre o patrimônio
naval brasileiro”, de Edson Fogaça; “Piperis, almadas, jangadas”, de Nearco
Araújo; “A nova coleção Alves Câmara”, de Carlos Heitor Chaves; “Navegando no
modelismo”, de Conny Baumgart; “O restauro da canoa Luzitânia”, de Carlos
Eduardo Ribeiro; e “Resgate das embarcações tradicionais regionais”, de Luiz
Lauro Pereira Júnior.
O lagunense Luiz
Lauro, em dez páginas, aborda a Canoa de Convés, embarcação histórica, típica
das Lagoas Santo Antônio dos Anjos, Mirim, Imaruí e rios Tubarão, Capivari, Rio
D’una, todas pertencentes ao complexo lagunar. Características, dados
históricos, relatos e fotos, são trazidos pelo Luiz Lauro.
A canoa de convés
foi utilizada na navegação de cabotagem entres as cidade da Laguna, Tubarão,
Gravatal, Jaguaruna, Imbituba e Imaruí. A produção agrícola das pequenas
propriedades agrícolas rurais do interior era escoada para ser negociada no
cais do mercado público lagunense. Até o final da década de 70 ainda existiam
alguns exemplares, diz Luiz Lauro, porém nas décadas posteriores desapareceram
por completo.
Luiz Lauro Pereira
Jr. É um apaixonado por barcos e desde cedo estuda seus modelos, procurando
conhecer e reproduzir com fidelidade cada detalhe dos barcos históricos que
modela.
Constrói seus modelos em casa, nos momentos de
folga do trabalho como funcionário da Companhia Catarinense de Águas e
Saneamento (Casan).
Sua coleção, com
mais de 30 embarcações, levou dez anos para ser confeccionada e está em
exposição permanente no Museu Nacional do Mar, fundado em 1993, em São
Francisco do Sul, e sediado nos antigos armazéns do Hoepcke daquela cidade.
São Miniaturas que se encarregam de mostrar
como eram as embarcações de diferentes povos ao redor do mundo. Uma beleza!
Luiz Lauro tem um
sonho. Seu
grande desejo é conseguir um espaço para expor sua obra na cidade natal da
Laguna, onde nasceu e vive.
Eis uma sugestão
para os nossos governantes, Fundação Lagunense de Cultura, Secretaria de
Turismo, Iphan, para quando for inaugurado o famigerado Memorial Tordesilhas, há muitos anos em obras.
***
Faz parte da
memória sentimental de muitos lagunenses, a canoa de convés. Lembro-me, década de 60, 70, de dezenas dessas canoas lado a lado ali nas docas do cais. O
movimento era intenso em descarregar os produtos das zonas produtoras e também em embarcar produtos
manufaturados do comércio local. E para isso dezenas de carroças e carrinhos de mão disputavam
serviços, com seus tipos populares.
Simplesmente maravilhoso o trabalho do Lauro. Há uns 4 anos fomos conhecer o Museu do Mar e logo na entrada encontramos obra e biografia do conterraneo. Fiquei emocionada e orgulhosa. Ótima reportagem, Valmir! Aproveito para desejar um Feliz Natal! Fatima Barreto.
ResponderExcluirSou artesão naval e o pouco do que aprendi devo as esses grandes modelistas, na qual tive a grande oportunidade de estudar com alguns e de estar bem próximos de obras de outros por quase três meses e juro que um dia deixei aquele magnifico museu para trás, mais ele nunca saiu de mim!
ResponderExcluirPrecisaria entrar em contato com o Sr. Luiz Lauro Pereira Jr. por um trabalho, teria como me ajudar, me pasando.o seu telefone de contato e ou pedir para ele me ligar.. ? grato
ResponderExcluir048.99972.4764 Victor Hugo Oliveira Silva - Florianópolis.
Grande artesões, embarcações maravilhosas, perfeitas. Parabéns a todos os participantes do projeto Museu do Mar de São Francisco do Sul-SC e ao Iphan preservando história e artistas de nosso país.
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