sexta-feira, 1 de junho de 2012

A diferença entre ser e estar

Sempre acho engraçado quando um sujeito que está num cargo político bate no peito e afirma pomposamente que é - por exemplo - secretário da pasta tal, é chefe de tal setor ou é diretor de uma escola.
O verbo é conjugado errado.
Num cargo político o cara sempre está, nunca é.
Porque bastam os ventos mudarem de direção – e como mudam - que de uma hora pra outra o sujeito é defenestrado de sua mesinha.
E o pé na bunda muitas vezes é humilhante.

Quantos a gente conhece por aí que faziam e aconteciam, dizendo-se protegidos por tal autoridade, ou um vereador, deputado? Quantos se achavam “imexíveis” e de repente ficaram sozinhos, abandonados à própria sorte pelo protetor?

A história nunca muda. Basta um sujeito qualquer assumir um cargo para rapidamente transformar-se, abandonar os verdadeiros amigos, virar um ditadorzinho de araque, covardemente gritando com os mais fracos, agredindo verbalmente subordinados, principalmente colegas mulheres.

Aliás, não fosse à indicação político-partidária, muita gente não ocuparia cargo. Na iniciativa privada não se criaria.
Por que capacidade não é somente ter Q.I (quem indica).
Um verdadeiro líder para comandar uma equipe, necessita, além de conhecimento da área, discernimento, entendimento, carisma, compreensão e poder de convencimento através do diálogo, da persuasão. Tem que cativar seus colegas. Porque eis o que verdadeiramente são: colegas. E não serviçais.
O que mais a gente vê por aí são chefetes aos berros, se impondo descontrolados, achando que assim atingirão seus objetivos.
No grito ninguém leva. Já ouve quem apostasse nisso. E se deu mal.

Um comentário:

  1. Boa noite Valmir!
    Muito conheço esse fato.É sempre assim. Por aqui não é diferente. Época de eleição é uma verdadeira briga de foice. Ninguém quer perder a teta.Infelizmente alguns nos deixarão, pois apresentam habilidade para "esterem" no cargo. Outros, infelizmente, no desespero acabam atirando pra tudo que é lado. Se ao menos enquanto estavam ocupando seus cargos comissionados tratassem de estudar... Ano que vem tudo muda...
    Maria de Fatima Martins

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