Aguardando
para atravessar a rua, observo um sujeito caminhando apressado pela calçada da rua Raulino Horn.
Um
conhecido lhe chama alto pelo nome.
Ele
então responde que estava com pressa e não podia parar para conversar.
O
primeiro insiste, já meio de longe:
- Mas a onde tu vais assim
com tanta pressa?
O
sujeito sem parar de caminhar, pergunta:
-
Pra onde tu achas que corre um velho?
E
sem esperar ele mesmo responde, já ofegante, fazendo uma careta de dor:
- Estou correndo pra
farmácia, lógico.
***
Outra
historinha que já contei aqui, mas sempre vale repeti-la:
Suspirando e gemendo
Venho
pelo calçadão da rua XV de novembro (se é que aquilo pode se chamar de
calçadão). À minha frente, a alguns passos, dª Zulma Sant’Anna, vocês todos
conhecem, uma das batalhadoras da Casa da Sopa e do Centro Espírita Fé, Amor e Caridade, não tem?
De
repente, com um grande suspiro, dª Zulma senta-se rapidamente numa das cadeiras
de plástico ali existente na parte externa de uma lanchonete.
Preocupado,
pensando que ela podia estar sentindo algo, logo perguntei:
- Algum problema dª Zulma, posso ajudar?
Ela
rapidamente, com um sorriso estampado responde:
- Nada não meu filho, obrigada, está
tudo bem. É que velho não pode ver uma cadeira vazia que vai logo sentando,
gemendo e suspirando.
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