Há
alguns anos, numa roda social em Florianópolis, o saudoso professor,
desembargador Dr. Norberto Ulysséa Ungaretti, ao ser apresentado a uma pessoa
de minhas relações - um parente - ao apertar sua mão, reclamou e ensinou
imediatamente a esse parente – e eu fui testemunha - que a mão do
interlocutor, do próximo, deve ser apertada com entusiasmo, calorosamente.
É
um gesto - ministrou ele - que demonstra calor humano, sinceridade, fraternidade, amor. Não se deve
estender a mão languidamente, morna, sem vontade, como muitos o fazem. Isso
demonstra desinteresse, frieza, egoísmo e indiferença com o próximo.
Minutos
depois, em meu ouvido, sempre muito verdadeiro e sincero, Ungaretti segredou que eu tomasse cuidado com a tal pessoa
de minhas relações, porque ela demonstrava até na própria aparência e conversa, ser falsa, calculista, vingativa. E perigosa!
Obviamente
- o leitor deve imaginar - não gostei da observação, até porque se tratava de
um parente meu... Quem gosta de ouvir a verdade? Mesmo assim não demonstrei
contrariedade.
Não acatei seus conselhos, tolo que sou. Deixei-me
levar pelos sentimentos afetivos, pelo coração ingênuo, que
quase sempre tudo estraga, porque sem o uso conjunto da razão.
Pois
bem. Hoje, passadas muitas luas, com atos e fatos acontecidos na vida da gente,
constato que o Dr. Norberto tinha inteira e sobeja razão naquele conselho e palavras inspiradas. Terá sido pelo mundo espiritual?
Sábio
ele. Burro eu.
Aprendi a lição?
POR AQUÌ, GAÙCHO ALÈM DE APERTAR A MÂO COM FORÇA E ENTUSIASMO, TAMBÈM MANDA OLHAR FIRME NOS OLHOS, ENCARANDO O[a] ASSIM NOTARÀ E TRANSMITIRÀ A SINCERIDADE RECÌPROCA.
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