Sábado aconteceu o V Encontro de ex-alunos do
CEAL. Programação começou pela manhã, com visita às dependências do
estabelecimento escolar que tanto marcou a vida de gerações.
Diretor atual do CEAL (hoje denominada Escola de Ensino Médio Almirante Lamego), Danilo Prudêncio da
Costa, recebeu os ex-alunos que a todo instante relembravam episódios de suas
vidas escolares. Na sala 29, a emoção tomou conta de alguns ao narrarem
passagens marcantes. Muitos deles, por exemplo, não adentravam ao CEAL há mais
de 40, 50 anos.
Coroando a visita, um café foi servido aos
presentes.
À noite a festa foi nas dependências do Laguna
Tourist Hotel. Primeiramente o jantar, através de um bem servido buffet.
No restaurante o clima alegre e amigo ia
contaminando a todos, como sempre acontece nos Encontros, através de beijos, abraços e palavras
afetuosas. Reencontrar o pessoal é tudo de bom. E há sempre novos rostos chegando, gente que vem participar da festa movida pela curiosidade, pelos
elogios que ela recebe e pela divulgação nas redes sociais e nas conversas,
na propaganda boca-a-boca. E também no afã de reencontrar um(a) antigo (a) conhecido(a) dos bancos escolares.
E muito espocar de flashes, muito flashes, que as
estrelas da noite somos nós, em nossos efêmeros quinze minutos de fama, de que
tanto falava Andy Warhol.
Ari Barreiros, Maria Otília Machado, Erwin
Teixeira e Aurora de Oliveira Remor, se desdobravam nas atenções, sempre querendo agradar
a todos. Contratempos acontecem, mas o intuito é sempre aprimorar o Encontro e
suas as mais variadas atrações. Estão de parabéns pelo esforço e dedicação.
Rolou até, vejam só, um leilão saudosista, com
raros LPs em vinil da década de 70 sendo disputados. Um pequeno frasco de perfume
almíscar selvagem também entrou na roda. Hummm.
Logo após, em pequenos grupos reunidos (Já faz tempo, eu vi você na rua,
cabelo ao vento, gente jovem reunida... como compunha Belchior e cantava Elis. Mudaram as estações. E os cabelos? Quanta diferença! Não balançam mais ao vento) o pessoal seguiu para
a Boate do Hotel para a grande atração tão aguardada da noite.
Integrantes do The Claytons já estavam a
postos esperando o pessoal. Antes, um “Parabéns a você” pelos 48 anos de fundação
do Conjunto, da nossa querida e vizinha Zimba, cantados por todos e puxado pelo Ari
Barreiros.
João Rosa, dos Claytons, se emocionou e
agradeceu o carinho dos presentes.
E os primeiros acordes de velhas canções
começaram, arrancando assovios, gritos e aplausos da turma.
Beatles, Rod Stewart e grandes sucessos de
Raul Seixas, Roberto Carlos, Erasmo, Tim Maia...
Na pista muitos bailavam, empolgados.
“I don’t
Want To Talk About It”, de Rod Stewart arrancou suspiros e fez muita gente
dançar mais juntinho, apertadinho, sabe?
(...)
I don't wanna talk about it
How you broke my heart
If I stay here just a little bit longer
If I stay here won't you listen to my
heart?
Oh, my heart
(...)
Eu não quero conversar sobre isso
De como você partiu meu coração
Se eu ficar aqui mais um pouco
Se eu ficar aqui você irá ouvir o meu coração?
Meu coração.
Eu não quero conversar sobre isso
De como você partiu meu coração
Se eu ficar aqui mais um pouco
Se eu ficar aqui você irá ouvir o meu coração?
Meu coração.
A execução de Let It Be, dos Beatles, emocionou e tenho certeza que muitos viajaram ao passado, num
tempo que não volta mais. Ou retorna sempre, nas lembranças nunca esquecidas. Nas esperanças nunca perdidas e sempre renovadas.
(...)
And when the night is cloudy
There's still a light that shines on me
Shine until tomorrow, let it be...
E quando a noite está nublada,
Há ainda uma luz que brilha em mim,
Brilha até amanhã, deixa estar.
Lá fora o nosso tradicional vento nordeste
soprava forte, as ondas das Praias do Gi e Iró reverberavam suas forças urrando
contra as pedras e areias.
Ao longe, lá na Praia de Itabirubá, dezenas
de pequenas luzes piscavam na distância, qual estrelas mergulhadas num céu
escuro. No mar em frente, na linha do horizonte, um navio passava todo alumiado
levando cargas e marinheiros com seus sonhos de novos portos, embarques, desembarques e amores.
Lá pelas 3 e meia da manhã muitos ainda
dançavam. Outros, já meio que esgotados, acho eu, ou quem sabe curtindo o
momento e as canções, fechavam os olhos, absortos em imagens do pretérito.
Ou até mesmo cochilavam, afinal os velhinhos
se divertem, mas nas nossas idades já também cochilam.
Aos poucos o salão foi se esvaziando. Despedidas
e um misto de saudade e quero mais.
E cada um de nós segue, com suas escolhas próprias, trajetórias de vida, destinos...
Ainda ecoavam em nossos ouvidos, à saída, os versos da canção "Andanças", dos compositores Danilo Caymmi/Edmundo Souto/Paulinho Tapajós, gravada por Beth Carvalho:
Vim, tanta areia andei
E cada um de nós segue, com suas escolhas próprias, trajetórias de vida, destinos...
Ainda ecoavam em nossos ouvidos, à saída, os versos da canção "Andanças", dos compositores Danilo Caymmi/Edmundo Souto/Paulinho Tapajós, gravada por Beth Carvalho:
Vim, tanta areia andei
Da lua cheia eu sei
Uma saudade imensa
Uma saudade imensa
Vagando em verso eu vim
Vestido de cetim
Na mão direita, rosas
Vou levar
Na mão direita, rosas
Vou levar
Olha a lua mansa (me leva amor)
Se derramar
Ao luar descansa
Meu caminhar (amor)
Meu olhar em festa (me leva amor)
Se fez feliz
Lembrando a seresta
Que um dia eu fiz (por onde for quero ser seu par)
Se derramar
Ao luar descansa
Meu caminhar (amor)
Meu olhar em festa (me leva amor)
Se fez feliz
Lembrando a seresta
Que um dia eu fiz (por onde for quero ser seu par)
(...)
Até o próximo “Encontro”.
Bom dia Valmir!
ResponderExcluirCertamente correu tudo conforme eu havia previsto!
Fico feliz pela confraternização de todos vocês, e, embora eu não estivesse aí,
certamente por alguns momentos imaginava o que estaria acontecendo...
Saudades, nostalgia, boas lembranças, enfim, tempos muito bem relembrados.
O meu carinho a todos vocês e quem sabe na próxima estarei aí nesse maravilhoso evento.
Maria de Fatima Martins
Te esperamos no próximo Encontro, Fátima. Não podes faltar.
ExcluirValmir consegue, com maestria, captar a sensibilidade presente! Mais uma vez relata com extrema beleza detalhes do nosso encontro. Obrigado Valmir. Parabéns pela matéria que é mais uma jóia resultante do que foi esse dia 2 de maio de 2015
ResponderExcluirAgradeço as palavras, mas só mostrei a realidade.
ExcluirParabéns pelo dom da escrita, Valmir! Conseguiste retratar fielmente o enfoque dos nossos encontros em todo o seu romantismo e emoção. Os colegas que por algum motivo não puderam comparecer, certamente farão uma viagem no tempo ao lerem cada palavra colocada , tamanha é a riqueza de detalhes com que descreveste as atividade da nossa programação. Muito obrigada!!!
ResponderExcluirA gente é que agradece pela organização. Estava impecável. Já aguardamos o próximo Encontro.
ExcluirA arte do encontro nas belas e sinceras palavras do caríssimo boguista. Flávio
ResponderExcluirAgradeço os momentos agradáveis que passamos juntos naquela noite, os risos, as piadas e as lembranças. Um abraço, extensivo a Luíza. E boas férias.
ExcluirSe me emocionei no encontro, emocionei-me novamente aqui, ao ler estas palavras que bem descrevem os momentos que juntos passamos. Grande abraço!
ResponderExcluirNós, eu e a Julita, é que agradecemos os momentos, as horas de conversas e divertimento junto com vocês.
ExcluirLindo! Voltei no tempo... Me emocionei... No próximo quero poder estar com vocês...
ResponderExcluirFátima, vai estar com certeza junto a nós, todos juntos numa grande confraternização, de lembranças, música e felicidade. Um abraço.
ExcluirVamir, parabéns pelo texto, tão bonito quanto nosso nosso encontro.
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