No sábado, dia 18 último, foi inaugurada a nova Unidade Básica de Saúde do bairro Esperança. Serão 880 famílias da comunidade atendidas. O investimento é de R$317.261,46, recursos do estado e do município.
A unidade do bairro Esperança fica na rua Victor Meirelles, ao lado da Casa Lar.
Pois bem. Costumamos dizer em jornalismo que uma foto vale mais que mil palavras. Nada mais verdadeiro.
Para um bom observador, muitos fatos podem ser constatados nas entrelinhas de uma fotografia, que sempre dizem muito, basta o observador ter olhos de ver.
Pois ainda semana passada, dentre as dezenas de fotos enviadas à imprensa, juntamente com releases pela secretaria de Comunicação Social da prefeitura da Laguna, duas chamaram a minha atenção e versam sobre a inauguração da Unidade de Saúde referida acima.
Observe leitor e tire suas conclusões que, obviamente, podem não coincidir com a minhas:
Nela podemos constatar na dita solenidade, conjuntamente, além, lógico, do primeiro mandatário Everaldo dos Santos, quatro vereadores do finado (será para todo o sempre? Ou ressuscitará de vez em quando?) “grupo dos sete” descerrando a placa inaugural do prédio.
Roberto Alves (PP) (o presidente do Legislativo lagunense), Wilsinho Vieira (PSDB), Patrick Mattos (PSB) e Zezinho Siqueira (PT). São personagens que só agora começam a participar vivamente de atos e inaugurações do Executivo.
Os outros dois vereadores na cena são Kleber Kek (PP) e Rogério Medeiros (PMDB) do também extinto (será?) grupo dos seis.
Ao fundo Nazil Bento Jr., o secretário da 19ª Secretaria Regional da Laguna.
Na foto, as ausências do secretário de Saúde Luiz Felipe Remor (incrível que tenha ficado fora do flash neste registro, já que gosta tanto...) e da vice-prefeita Ivete Scopel que nem compareceu ao ato. Logo ela, tão ligada e querida aos movimentos sociais e comunitários.
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2) Já a segunda foto é mais uma análise filosófica de minha parte da chamada efemeridade do poder.
Veja leitor: em primeiro plano, à esquerda (bem à esquerda por sinal), “discostas”, observando da calçada a solenidade, a ex-secretária de Saúde Tanara Cidade de Souza, a idealizadora da construção da Unidade em sua gestão, que findou em 31 de dezembro do ano passado. A obra somente agora foi concluída.
A linguagem popular em seus adágios diz, neste caso acertadamente, que “papagaio come milho periquito leva a fama”. Ou outra variante tipo a “sopa não é para quem faz, mas pra quem toma”.
Ótimo para nós contribuintes que assim não vemos a descontinuidade de obras, tão comuns em sucessivos governos por esse Brasil afora, que não as finalizam e as transformam em elefantes brancos, num grande desperdício de dinheiro público.
Mas a segunda foto contém ainda outro ensinamento, às vezes esquecido por tantos neófitos da política em seus deslumbrados mandatos e gestões.
O registro mostra como tudo em nossas vidas é transitório, tênue, fugaz. Quem hoje detém a caneta do poder na mão e dita ordens em seus cargos, amanhã pode ser mero espectador de atos e fatos alheios, em seu retorno a simples condição de cidadão.
É a chamada gangorra do poder, ora por cima, às vezes por baixo. Da planície ao planalto e deste novamente à planície.
Porque tudo é passageiro.
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