Fomos
assistir ao filme "Álbum de Família", em cartaz nos cinemas.
A
produção, baseada no livro e peça premiada já recebeu prêmios antes mesmo de
ser lançado. Bendict Cumberbatch ganhou o prêmio de Artista Britânico do Ano no
Bafta. Já no Hollywood Film Festival, Julia Roberts levou o prêmio de Melhor
Atriz Coadjuvante, e os atores Meryl Streep, Julia Roberts, Ewan McGregor,
Chris Cooper, Abigail Breslin, Benedict Cumberbatch, Juliette Lewis, Margo
Martindale, Dermot Mulroney, Julianne Nicholson, Sam Shepard, Misty Upham
receberam o prêmio Ensemble Of The Year.
Álbum
de Família é dirigido por John Wells (A Grande Virada) e produzido por George
Clooney (que produziu também Argo e Tudo Pelo Poder).
Meryl
Streep faz uma mãe megera adoentada (Violet Weston) que destila todo seu veneno
em cima das três filhas que lhe visitam para o funeral do pai, que acabara de
se suicidar.
A
amarga Barbara (Julia Roberts), a cordata Ivy (Julianne Nicholson) e a patética
Karen (Juliette Lewis) são as vítimas preferidas, mas sobra para todo mundo,
cunhado, sobrinho...
O
papel de Meryl Streep choca seus fãs e chega a ser assustador com suas
verdades infernais. Ela bebe, fuma (têm um câncer na boca – metáfora?), e diz o
que pensa.
Meryl
Streep e Julia Roberts duelam o tempo todo (no cartaz as duas aparecem no chão,
na tentativa da filha em fazer a mãe abandonar as pílulas). As palavras são
cortantes, ásperas, rancorosas e o duelo - você sente a todo instante - já passa a ser entre as duas atrizes. Em busca
do Oscar?
Podres
são revelados de toda família, os golpes são da cintura para baixo e a todo
instante surpresas se sucedem, arrancando exclamações da plateia (pelo menos na
sessão que fomos).
Nada
sobra da reunião familiar. São pessoas infelizes que fazem questão de infligir
suas infelicidades as outras. Semelhanças com algumas que a gente conhece, às vezes tão bem perto?
Nada de família feliz de porta-retratos, de fotos em colunas sociais em jornais, em facebooks, como uma congregação que se apoia num ideal, como a gente costuma ver por aí, hipocritamente. É briga de pau e pedra verbal, hecatombe nuclear dizimando amores-próprios, personalidades e qualquer vestígio de união. O final não poderia ser diferente. Mais eu não conto.
Nada de família feliz de porta-retratos, de fotos em colunas sociais em jornais, em facebooks, como uma congregação que se apoia num ideal, como a gente costuma ver por aí, hipocritamente. É briga de pau e pedra verbal, hecatombe nuclear dizimando amores-próprios, personalidades e qualquer vestígio de união. O final não poderia ser diferente. Mais eu não conto.
Não
sei se ainda haverá tempo do filme concorrer na Academia deste ano, mas Meryl Streep
bem merece a indicação para seu 18º Oscar e de uma quarta vitória. E Julia Roberts também está excelente em sua interpretação.
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