(...) “O eleitor garante,
ao eleito, excelente salário, inúmeros benefícios adicionais, possibilidade de
empregar todos os parentes e ainda, dependendo do nível de canalhice de cada
um, acesso a negociatas que fariam corar os Irmãos Metralha.
E o que o eleito garante
ao eleitor? Nada. Isto é um fato comprovado ao longo de muitas décadas de
campanhas eleitorais: a grande maioria do que é prometido, não é cumprido.
Muitas vezes prometem uma coisa e entregam outra. Deveriam obedecer às vontades
do eleitor que representam (afinal, trata-se de uma democracia representativa,
pois não?), mas facilmente mudam de patrão. E passam a representar quem lhes
permite acesso a verbas públicas, esquecendo quem os elegeu.
Mas o pior de tudo, em
anos eleitorais, é aquele rame-rame chato: “votem com consciência, votem
limpo!” Como se o eleitor pudesse adivinhar o canalha que se esconde atrás de
sorrisos cheios de implantes de porcelana. Como se o pobre do eleitor fosse
capaz de fazer o que a Justiça não conseguiu, que é identificar os bandidos que
se candidatam para roubar mais, melhor e com imunidade parlamentar”.
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