No baile das
bonecas e concurso de marchinhas do Bloco da Pracinha, na quinta-feira de carnaval (27/02), prefeito
Everaldo dos Santos tão logo começou a discursar, foi vaiado por muita gente. Um
grande apupo na Praça Souza França, no Magalhães (maior colégio eleitoral do
município, lembre-se), que o levou a largar o microfone e ir embora, seguido
pelo seu secretário de Comunicação Celso Fernandes.
Eis um sinal de
alerta que as coisas não vão bem, por mais que o prefeito receba elogios vindos
de alguns assessores, vereadores, radialistas e jornalistas.
Pode ser sazonal?
Pode. Pode ser no calor dos acontecimentos, das mudanças no carnaval do Bloco
da Pracinha e do não desfile das Escolas de Samba? Pode, pode. Tudo pode.
Mas um apito deveria
soar na cabeça do prefeito e de seu staff, afinal com um pouco mais de um ano
de administração receber tamanha desaprovação de centenas de populares, é uma
demonstração que tem alguma coisa errada. E não se trata mais de palavras de
reprovações em redes sociais, como facebook ou em blogs.
A cara feia já está
chegando às praças, prefeito Everaldo!
Além de alguns
vereadores, vai ficar também refém do povo?
E como subir em
palanques nas eleições vindouras? Como pedir votos para candidatos de seu
partido?
Quais são as causas? Certamente atos e fatos acontecidos que estão de
encontro aos interesses dos munícipes.
E acrescento e já
escrevi aqui: ruídos na maneira de comunicar essas mudanças.
As mudanças implementadas - muitas delas positivas, sem dúvida - têm que chegar mais rápido à população. Problemas serem esclarecidos
antecipadamente, respostas e soluções sem demora.
No caso, se o Bloco da Pracinha foi ajudado pela prefeitura ou por patrocinador, deve-se mostrar
essa ajuda. E mostrar abertamente, com transparência. Se foi acordado com Ministério
Público as alterações de roteiros, caminhões, som, etc., os chamados ajustes de conduta em
documento assinado pelos participantes, que se mostre isso. Não chamar a
responsabilidade para si em tudo que acontece.
Mudanças já,
prefeito Everaldo, em algumas atitudes, assessores, pensamentos, formas de
fazer e de comunicar. Os discursos parecem não convencer mais. A eleição já
passou há muito tempo.
Muitos políticos já
entraram nessa e encerraram suas carreiras mais cedo do que pensavam. Ou não
galgaram cargos eletivos mais elevados. Os exemplos estão aí, é histórico. Não
subestime a voz rouca das ruas e praças. Ela sempre diz algo.
Mudanças rápidas, urgentes,
porque há um trecho na linha da caminhada política em que não há mais como
reverter o que acaba consolidado.
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