segunda-feira, 21 de maio de 2018

Iphan apresentou duas opções para o caso do Sino do Museu

No seminário realizado semana passada, o Iphan da Laguna elaborou e apresentou um parecer técnico sobre o caso do Sino do Museu Anita Garibaldi
No documento, elaborado por Liliane Monfardini, a não substituição do sino é enfatizada, frisando que o contrário irá ocorrer uma caracterização de um falso histórico.

Diz ainda o documento, de acordo com o site da prefeitura,  "que o objeto roubado possui um valor simbólico para a população lagunense. O sino não se trata de um bem tombado, pois não fora mencionado em nenhum momento no processo de tombamento".
"A instalação de um novo sino, semelhante ao anterior induz ao esquecimento do roubo do sino, que deve ser reconhecido e lembrado por todos como uma ação educativa, sobre a perda de bem com valor simbólico e afetivo, que remetia aos usos e atividades cotidianas do passado", afirmou a técnica do Iphan.

O Iphan apresentou duas opções:
1 – deixar a sinaleira vazia pelo impacto visual que ela causa, de sensação de perda. Instalar na lateral da sineira uma placa com a informação sobre a história do sino, sua função no período colonial e que, atualmente, o espaço da sineira está vazio em memória do último sino roubado.
2 – mas, se realmente, a população acha necessário incluir um novo sino, que o mesmo seja uma obra composta por outro material e desenho, com data de fabricação, de maneira a deixar claro para qualquer visitante, que se trata de um novo sino em substituição ao anterior. Uma placa informativa sobre este novo objeto e o fato ocorrido sobre o roubo do sino.

Não entendi a afirmação de que o sino não é um bem tombado. Pode até não ter sido explicitado, ou não constar em documento, mas se o prédio o foi, por que a sineira e o sino não o seriam? Não fazem parte do conjunto, assim com as telhas e aberturas?

Aliás, muita gente não sabe, mas o edifício, considerado um dos mais importantes da arquitetura luso-brasileira no sul do Brasil, foi tombado como Patrimônio Histórico Nacional em 5 de março de 1954, sendo um dos relatores do documento o poeta Carlos Drummond de Andrade. 

A segunda opção que o Iphan apresentou sobre o caso do sino coincidiu com a mesma sugestão que apresentei aqui dia 14 último, dias antes do tal seminário. Simples questão de bom senso, penso eu.

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