Muitos dos problemas de uma cidade são remotos, de muitos anos, de muitas administrações e que não foram resolvidos porque problemas estruturais, culturais ou de difíceis realizações e soluções.
Outros são muito presentes, surgidos no dia a dia da vida da cidade, da população.
Muitos desses problemas precisam de investimentos, de vultosas somas, elaborados projetos e tempo para serem resolvidos. Outros bastam um pouco de boa vontade, criatividade e inteligência para solucioná-los.
O poder é embriagante já disse alguém (em alguns casos o poderoso vive como de porre com o poder).
O sujeito toma-se de um bastão poderoso - passageiro - mas real. A tinta de sua caneta decide destinos, cala consciências, cria amigos e inimigos.
Bem por isso o poderoso de plantão passa a ser adulado por áulicos que lhe rodeiam, como também por alguns formadores de opiniões.
Muitas vezes se cria um misto de um conto de fadas de Lewis Carrol, vivendo-se como Alice numa cidade das maravilhas, inverossímil; ou de um Pinóquio, de Carlo Collodi, com seu nariz de pau sempre crescendo em suas mentiras e promessas e na busca de tornar-se um menino de verdade.
Ah... se muitos dos desenhos pudessem virar realidades...
Esquecem esses governantes que são eleitos e pagos pela população para trabalhar por ela, dar condições sócio-econômicas para uma vida melhor. “Há quem muito foi dado muito será cobrado”, (Lucas XII: 47-48). Eis uma das inúmeras verdades das escrituras.
E quem não quer melhores condições de vida, ruas calçadas e limpas, lixo recolhido, iluminação pública? Uma cidade apresentável, bonita e desejável e dotada de todas as condições de uma verdadeira “pólis”?
“A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte”... já cantavam Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Marcelo Brito em Os Titãs.
É o retorno puro e simples dos impostos e taxas que recolhemos e dos salários que pagamos aos governantes.
Continuo obstinado pelo bem de Laguna e só por Laguna. Não consigo entender porque o poder entorpece até as mentes mais sadias, guardadas as exceções. Talvez possa passar a imagem de demagogia, mas já tive a oportunidade de deter poder em mãos e, simplesmente, continuei e sai como entrei, ou seja, um simples mortal. Será tão difícil tentar fazer apenas aquilo que seja melhor para Laguna? Será que é difícil dar um soco na mesa e dizer que as coisas vão ser diferente? Será que ainda vamos ver algum governante que chegara ao poder e proibira a contratação de parentes? De negociatas? De politicagem? Será que do alto dos meus 33 anos, ainda terei a oportunidade de ver alguém governar Laguna pensando apenas no bem dela? Sem pensar em ganhar mais e mais e o resto que se exploda? São tantos os questionamentos, que, com a democracia da internet posso fazer aqui mas garanto-lhe, Mestre, faria estas mesmas perguntas em qualquer roda de cientistas políticos, filósofos, doutores, políticos, enfim, qualquer um que queira pensar um modo de governo que fuja a regra dos 10% a mais para o bolso de alguém. Claro que não posso generalizar e não devo, mas, sinceramente, estas raras exceções deveriam começar um levante em prol de um poder de governo que honre o desejo de seu povo. Seria difícil?
ResponderExcluirFabrício lastimo tua ausência do Blog e ainda penso que vais re-pensar teu afastamento. A verdade que aprendi nesses anos todos é que muitos gostam das críticas, mas não do crítico. Há também lei-tores por aí que querem somente ver o circo pegar fogo, mas eles bem longe, enquanto “trabalham” suas nomeações, patrocínios e negócios. Decepção todos nós temos, na vida, na política. Com amigos, parentes, cidade, estado, país... e também damos lá nossas decepções, ninguém é infalível.
ResponderExcluirContinuo daqui, em meu estilo digamos mais diplomático, já não tão juvenil, impulsivo, preservando o peito das baionetas, sem ser mestre de ninguém, pelo contrário, aprendendo sempre, e continuando, até porque, como canta o Chico: "Aqui na terra tão jogando futebol, tem muito samba, muito choro e rock na roll...