Sou
um admirador confesso do jornalista e escritor Eduardo Bueno. Tenho suas obras,
principalmente a excelente Coleção TerraBrasílis, pela Editora Objetiva,
composta de quatro volumes. Há outros em preparação.
Eduardo
Bueno é gaúcho, tradutor, jornalista e escritor, nascido em 1958. Na redação do
jornal Zero Hora recebeu o apelido de Peninha, em homenagem ao repórter do
jornal A Patada, criação de Walt Disney.
Seu
estilo de escrever é vibrante, mesclando minúcias do Brasil colonial com o
clima aventureiro. Possui uma biblioteca com mais de 4 mil volumes sobre a
história colonial das Américas e descobriu um filão ao escrever sobre a
história do Brasil, tema que já havia abordado na elaboração de fascículos para
os jornais Zero Hora e Folha de São Paulo.
Numa
entrevista a revista Isto É, afirmou
que a maior mentira ensinada pelos livros tradicionais de história do Brasil, é
que ela tenha sido mansa, pacífica e feita por grandes homens.
Seus
livros vendem muito bem e são adotados por escolas.
Eduardo
Bueno é minucioso pesquisador, com a vantagem para o leitor e outros pesquisadores, de que enumera e cita as fontes
onde foi buscar as datas, nomes, curiosidades e demais informações. Faz o o que é certo. E mostra para
o leitor as diversas versões, opiniões, contradições. Até porque para escrever sobre fatos históricos há que se ter como
base, documentos, fontes primárias e uma vasta bibliografia. Lida, relida e consultada.
Alguns pesquisadores-escritores neófitos podem trabalhar conjecturas sobre isso e aquilo. Mas não passam disso: conjecturas. Até porque de muitos dados não se tem certeza e grandes historiadores que nos antecederam divergem entre si sobre muita coisa.
Para
escrever e falar sobre o Brasil Colonial (incluindo aí, a Província de Santa
Catarina com suas Desterro, Laguna, São Francisco do Sul e Planalto
Catarinense) há que se ler muito Francisco Adolfo
deVarnhagen e Affonso Taunay. Capistrano de Abreu é obrigatório, além de Sérgio Buarque de Holanda.
Estes somente pra começar. Sem falar nos nossos, Lucas Boiteux, Oswaldo
Rodrigues Cabral, Pe. João Leonir Dall'Alba, Walter Piazza e outros tantos, e mais recentemente João Carlos Mosimann.
Além de consultas e leituras de coleções, arquivos empoeirados,
jornais e documentos. Queimar pestanas em bibliotecas, horas e horas. Se
dedicar realmente ao tema pesquisado e não trabalhar com algumas suposições
baseadas no “achismo”.
Do contrário é reunir algumas informações pescadas aqui e
ali, inclusive em rápidas consultas nos Googles da vida, e propor teses. E muitas vezes sem o devido
crédito a quem chegou antes. E foram muitos.
Veja
algumas capas de livros da Coleção TerraBrasílis e resumos das obras feitos
pela Editora Objetiva:
Volume I – “A
VIAGEM DO DESCOBRIMENTO”:
“Entre na caravela de
Cabral. Circule por entre soldados e marujos, pilotos árabes e astrólogos
judeus, intérpretes hindus e nobres lusitanos. Descubra o que comiam e quanto
ganhavam esses homens. Viaje com eles por mares temptestuosos e calmarias
enervantes. Saiba que forças políticas e econômicas moviam a esquadra que
chegou ao Brasil, mergulhando no mundo da Escola de Sagres e do Infante D.
Henrique – um herdeiro dos Cavaleiros Templários”.
Volume II – “NÁUFRAGOS, TRAFICANTES E DEGREDADOS”:
“São personagens
impressionantes da nossa história: os náufragos, traficantes e degredados que
chegaram ao Brasil logo depois da descoberta do país, em 1500. Foi uma saga de
incríveis aventuras, até agora pouco conhecidas – o que aumenta o fascínio em
torno do período mais nebuloso na história da conquista do país”.
Volume III – “CAPITÃES DO BRASIL”:
“Que homens receberam os
imensos lotes da nova colônia portuguesa? Por que foram eleitos donatórios e
que missão, realmente, viriam a cumprir? A saga dos primeiros capitães do
Brasil, entre 1530 e 1550, revela o jogo de poder e ambição da Coroa
Portuguesa, e seu projeto para a colonização daquele vasto território na margem
oriental do Atlântico, virtualmente abandonado desde a descoberta por Pedro
Álvares Cabral”.
Volume IV - “A COROA, A CRUZ E A ESPADA”:
“Neste
volume, Bueno traça um panorama impressionante dos primórdios da América portuguesa.
Resgata a história da criação do Governo Geral, descreve a construção da cidade
de Salvador e a fundação de São Paulo, terminando sua narrativa com a terrível
morte do bispo Sardinha, devorado pelos indígenas da nação Caeté, em uma praia
deserta da Paraíba”.
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