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Dia do Fico em 9 de janeiro de 1822. Dom Pedro aclamado no Paço Real no Rio de Janeiro pela decisão
de ficar no Brasil. Pintura J. B. Debret |
Senhor. A fala com que V. A. R. (2) se
dignou proferir nesta Corte – Como é para bem de todos e felicidade geral da
Nação, estou pronto, diga ao povo que fico – com estas Augustas palavras
anunciou e fixou V. A. R. a paz, e felicidade perpétua neste vasto Reino do
Brasil, foi atalhar os males e perigos que estávamos sacrificados com a ida de
V. A. R. para Portugal, foi finalmente rasgar o véu de melancólicas ideias dos
ânimos já abatidos, e sucumbidos a milhares de desgraças.
É impossível, Senhor, descrever o júbilo e prazer
que se apoderou de nossos corações com esta notícia nesta pequena porção de
habitantes desta Vila; uns e outros são testemunhas de tantos regozijos.
Por estes tão gloriosos motivos é que esta Câmara,
e mais autoridades representativas deste Povo, como órgão do mesmo vão por meio
desta felicitar-se e congratular-se com V. A. R.
Dignando-se a acolher os nossos votos mais
agradecidos e sinceros, de servidão, respeito e obediência a V. A. R.
A preciosa vida de V. A. R. Deus a conserve por
muitos anos, Vila de Santo Antônio dos Anjos da Laguna em vereança de 3 de
fevereiro de 1822 – O juiz Ordinário Albino José da Rosa, o vereador Antônio de
Souza Pereira, o vereador José Gomes de Carvalho, o vereador Miguel Marques
Rabello, o procurador José Pinto de Magalhães, Pedro Pires Salgado,
capitão-mor, o vigário da Vara Manoel Fernandes Cruz, o vigário da Igreja
Jerônimo Francisco Coelho (3), o sargento-mor José Joaquim de Magalhães
Fontoura, o escrivão Rafael Mendes de Carvalho".
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