sexta-feira, 23 de junho de 2023

O injustiçado primeiro marido de Anita

 
Ela ainda não era Anita. Seu nome de batismo era Ana Maria de Jesus Ribeiro, conhecida como Aninha. Aninha do Bentão, como seu pai o tropeiro Bento Ribeiro da Silva era conhecido.
Aos quatorze anos casou com Manoel Duarte de Aguiar. Casamento arranjado, de conveniência. O amor vem depois. O de Aninha não veio e teria durado quatro anos. 
 Mas, o que aconteceu com o casamento afinal? Como foi a relação conjugal? Manoel Duarte foi o grande culpado pelo término? 
Tudo o que se sabe são conjecturas, suposições, quimeras.
O pessoal inventa, imagina, cria arquétipos. Se diz na linguagem literária que são licenças poéticas de autores. Mas há quem acredite em tudo o que é contado.

O primeiro casamento
Já órfã de pai, em seus 14 anos Aninha se casou às onze horas da manhã de um domingo, 30 de agosto de 1835 com Manoel Duarte de Aguiar. Matrimônio na igreja Santo Antônio dos Anjos assinado pelo vigário Manoel Ferreira da Cruz.
Testemunhas? João Joaquim Mendes Braga e Antônio Duarte de Aguiar. O primeiro foi padrinho de Aninha. O último, irmão do noivo.
Saliente-se que a certidão de casamento foi descoberta em 1907 pelo historiador Henrique Boiteux no livro quinto dos “Atos Matrimoniais da Diocese da Laguna”.
Dizem que Aninha se arrumou para as núpcias na casa ao lado da igreja pertencente ao professor Anacleto Mendes Braga e de sua irmã Ana Mendes Braga, os dois solteiros e irmãos de seu padrinho. Hoje ali funciona o Museu Casa de Anita.
Igreja Matriz no século XIX, ainda sem as duas torres construídas em 1894 por Marcos Gazola e Batista Uliano.
À esquerda na foto o antigo cemitério e à direita a casa do professor Anacleto e de sua irmã Ana Mendes Braga, onde Ana de Jesus Ribeiro se preparou e festejou seu casamento, conforme o historiador Saul Ulysséa.
Vestido branco alugado, sapato, véu e grinalda. Era de praxe moças pobres, principalmente as do interior recorrerem a d. Ana Braga para em sua casa se arrumar e festejar, diz Saul Ulysséa em seu Livro “Coisas Velhas”.
Esse historiador lagunense também salienta que obteve um testemunho de como eram as vestes da noiva e seus sapatos:
 
“A saia era de filó azul muito claro, tendo de espaço em espaço umas tiras escuras, estreitas, estampadas. Entre as tiras uns pontinhos bordados a retrós preto, mercerizado.
Era todo ele de pequenas pregas e muito rodado.
O corpete da mesma fazenda, guarnecido de barbatanas formando um bico na frente.
Mangas compridas com grande fofo nos ombros.
Saia e enfeite eram sombreados com fazenda azul.
Os sapatos de camurça branca, simples, liso com um tufozinho de seda branca na frente e salto não muito alto e redondo”.
E foi o mesmo Saul Ulysséa quem disse – e depois repetido por muitos outros autores - que Aninha ao sair da igreja, um sapato, por ser muito folgado, escapou-se de seu pé, o que seria considerado mau agouro.

Um casamento comum
Na falta de capelas e igrejas no interior do município era na igreja Matriz da Laguna que se efetuava a maior parte dos casamentos.
Casamento comum na época. Nossas avós, bisavós e tataravós casavam-se nessa faixa etária E logo também engravidavam de extensa prole. Dez, doze, quatorze filhos. Ou até mais. Uma escadinha. Era normal. A mortalidade infantil também era alta.
Foi o caso do matrimônio de Aninha. Casamento arranjado, certamente pela mãe Maria Antônia de Jesus, de conveniência para melhorar a situação financeira da família.
Manoel foi um arrimo. Como muitos matrimônios acontecidos em famílias tradicionais ou não. Como ainda hoje em certos segmentos, castas. Arranjados para manter ou aumentar a fortuna.
Jovens prometidas desde cedo, ainda crianças. O amor vem depois, dizem as mães casadoiras, interesseiras. Às vezes o amor não vem.
O de Aninha não veio e teria durado quatro anos. Como viveu o casal que não teve filhos? Ninguém sabe. Não ficaram registros à posteridade.
Mas, o que teria acontecido com o casamento afinal? Tudo o que se sabe são conjecturas, suposições, quimeras.
O pessoal inventa, imagina, cria arquétipos. Há autores que descrevem verdadeiras ficções. Se diz na linguagem literária que são licenças poéticas de autores. Há quem acredite em tudo o que é contado.
Afirmações sem qualquer base. Muitas delas preconceituosas como o fato de Manoel ser sapateiro. Profissão das mais dignas, honradas. E na época bem valorizada.
Os artesãos ganhavam muitos bons réis consertando botas, botinas, sandálias e tamancos, esses em sua maioria conforme tradição açoriana trazida d'além mar.
Sapatos para sinhás-moças e senhorinhas eram um luxo. Importados. Da França, em sua maioria. Só uma elite usava.
O povo? Bem, o povo andava descalço, inclusive crianças, pescadores e escravos.
Mas voltemos ao Manoel.
 
Quem era Manoel Duarte de Aguiar
Sem dúvida foi personagem meteórico na vida de Anita. Dele não há fontes primárias e/ou mesmo testemunhais. Nem mesmo um desenho.
Sabe-se que era filho legítimo de Francisco José Duarte e de Joaquina Rosa de Jesus, ela natural da cidade de Desterro. Autores dizem ter sido Duarte de Aguiar marítimo, mas não há comprovação.
Como foi o relacionamento deles dois?  Aninha e Manoel? Ninguém sabe.

Reacionário, ciumento, alcóolatra e feio. Será?
Há autores que dizem ter sido Manoel “caladão e austero” e que gostava de pescarias noturnas e cachorros.

Foi Ruben Ulysséa quem disse que o “pacato” Aguiar era chamado pela alcunha de “Manoel dos Cachorros”. O apelido pegou e demais autores e historiadores só repetiram.
Algum problema nisso? É depreciativo apreciar uma boa pescaria? Ou gostar de cachorros?

O emérito pesquisador e escritor Wolfgang Ludwig Rau em sua obra afirma que Manoel era “acanhado com pessoas estranhas” e que “cedo começou a demonstrar em casa o seu caráter conservador e ciumento”. “Era reacionário a todas as novidades”. “Apoiava o poder constituído, monárquico”.

Outro autor, Ivo d’Aquino diz que Aninha se queixava para o padrinho e mãe que o marido Manoel “dera para beber”.

Saul Ulysséa em seu livro “Coisas Velhas” afirma que Manoel “pouco tempo depois de casado, deixou-se levar pelo abuso do álcool, aumentando naturalmente o aborrecimento ou talvez o desgosto de Anita”.
E mais: “Quando em Laguna entravam os farrapos ou pouco tempo depois, o marido de Anita, que era legalista, se retirou da Vila e se foi juntar às forças legais, talvez em consequência da falta de felicidade no lar”.

Já Ruben Ulysséa escreveu: “O casamento não tinha expressão para a pobre Anita. Jamais amara o sapateiro, jamais a ele se prendera pelo coração”.

Walter Zumblick em seu “Aninha do Bentão” narra que o casamento durou... 
“Um ano, se tanto, foi quanto durou o mesmo, ainda que já tivessem lá as suas rusgas conjugais antes disso. (...) Ele, o marido, cada vez mais enclausurado, mais encaramujado, no seu ciúme, no seu silêncio, nas suas intransigências, ensimesmado e resmunguento”.

E realçou Zumblick:

“Introvertido e quase sempre absorto e perdido em cismas, Mané Sapateiro, como era mais conhecido, morava dentro do seu mundo. Um mundo descolorido, difícil, solitário”. 
Outro autor afirma que Manoel não era viril, portanto, não houve relacionamento sexual entre o casal e por isso – vejam só o torto raciocínio! – não tiveram filhos. E ainda:
Que Manoel não ostentava beleza física, um eufemismo para dizer que era feio. Há até quem afirme que ele agredia a esposa! 

Em busca de um culpado
Coitado do Manuel Duarte de Aguiar!
Sobrou para ele toda a culpa pelo fim do casamento. E ainda foi chamado de reacionário, cismático, resmunguento, ciumento, bebum, de feio e que não dava no couro, no máximo fazia uma meia-sola com Aninha. Logo ele, um sapateiro. 
Baseados em que essas afirmações? Onde esses dados foram apurados? Quem foram as testemunhas desses acontecimentos?
Puras conjecturas, achismos e meras deduções buscando motivos para explicar a ruptura matrimonial. 
Digamos que é um arquétipo, maneira de tentar justificar a atitude de Ana de Jesus em abandonar seu primeiro marido, e partir para seu romance com seu grande amor Giuseppe Garibaldi e entrar para a história.

Cabral diz: Deixou porque se apaixonou por outro. E ponto final!
Oswaldo Cabral no prefácio de “O Perfil de uma Heroína Brasileira”, de Rau, ao meu ver foi cirúrgico e quem mais abordou acertadamente essa questão quando diz: 

 “Não faz sentido pensarem os nossos historiadores do passado (e alguns do presente), que para ser uma heroína, para se ter ingresso na imortalidade, para se figurar no Panteão da História é imprescindível atestado de boa conduta, folha corrida, carta de antecedentes ideológicos, atestado de vacina, CPF e outros documentos que nos situam no tempo e espaço”.

E sublinha Cabral:

Anita deixou o marido, abandonou-o porque se apaixonou pelo aventureiro de bela estampa, audaz, que lhe prometia (e lhe deu...) uma vida fora da obscuridade da Carniça ou do Passo da Barra. E está acabado o assunto”.

E finaliza Cabral:

           “Dentro das regras aceitas pela sociedade, não há justificativa que sirva, nem mesmo a de descarregar sobre os ombros do pobre Aguiar a responsabilidade do ato da esposa, imaginando-o – e apenas por conjecturas – um tolo, um molerão, um incapaz.
Quando uma mulher se dispõe a abandonar o marido, ainda que ele seja o maior homem da paróquia, ela o faz... Justamente as que teriam justificativa para fazê-lo são as que nunca os largam...”.

Perfeito e coorente raciocínio do nosso saudoso e ilustre historiador lagunense Oswaldo Rodrigues Cabral!

A verdade é que muitos autores dão asas as suas imaginações, inventando fatos, ressaltando pormenores que provavelmente nunca aconteceram. Criam cenas que ficam bem no papel, no palco e nas telas, mas que não correspondem à verdade da história.
E há quem leia, assista e acredita piamente em todas as afirmações.
A sociedade sempre procura um culpado quando há qualquer tipo de separação, ruptura, inclusive em negócios. Faz parte da índole humana encontrar um responsável pelo que não deu certo, pela falha, pelo erro cometido. A culpa sempre é do outro.
Machado de Assis já dizia que "gasta-se o ferro com o uso, quanto mais o amor".
Aos 18 anos, em 1839, Aninha conheceu o ruivo italiano Giuseppe, um dos líderes da Revolução Farroupilha. Apaixonou-se. E entrou para a história como a Heroína de Dois Mundos. Isso todo mundo sabe. Livros, filmes, séries de televisão e peças teatrais narram toda a saga, principalmente o romance. Dá mais ibope.
E como Aninha virou a heroína Anita e se destacou merecidamente na história, põe-se a culpa da ruptura do seu primeiro casamento no pobre Manoel Duarte de Aguiar, ao meu ver um grande injustiçado nessa história toda.

Quem poderia esclarecer não o fez
Enfim. Quem do Manoel poderia falar não falou. Nem Anita nem Garibaldi.
Em suas memórias ditadas a Alexandre Dumas instado pelo autor a clarear uma passagem onde Manoel aparecia, Garibaldi disse: 

“Se algum erro foi cometido, por ele somente eu devo responder. E um erro teve lugar se, ao enlaçaram-se, dois corações dilaceraram a alma de um inocente.
Mas ela está morta, e ele, vingado. Onde foi-me dado a conhecer a dimensão da culpa? Lá, nas embocaduras do Eridan, no dia em que, esperando para disputá-la com a morte, eu segurava convulsionado o seu pulso, sentindo-lhe os últimos batimentos; no dia em que eu inspirava o seu hálito fugidio; em que eu colhia com os meus lábios a sua respiração ofegante; e em que eu beijava, oh, luto!, lábios desfalecidos; e em que cingia, oh, dor!, e em que chorava as lágrimas do desespero”.

Alexandre Dumas registra que “Esta passagem é intencionalmente coberta pelo véu de um enigma. A prova disso é que, após tê-la lido, reportei-me a Garibaldi: “Leia isto, caro amigo, esta passagem não me parece clara”. Ele o fez e, passado um instante, suspirou e respondeu-me: “Isto terá de ficar assim”.

Quer dizer, quando Garibaldi poderia esclarecer sobre o primeiro marido de Anita e até desancá-lo mostrando sua real faceta, preferiu a omissão, inclusive ressaltando que era ele um inocente, o que depõe a favor do Manoel.
Se ele fosse um bêbado, um ausente, um marido ciumento e até violento porque Garibaldi não o demostrou?

Paulo Markun em seu livro “Anita Garibaldi – Uma Heroína Brasileira” ressalta que o primeiro casamento de Anita sempre foi um tabu. E que os descendentes dela até a década de 1970 desconheciam o fato.
Diz Markun que na primeira versão das memórias de Garibaldi, em 1850, publicada em inglês por Theodore Dwight, o general se recrimina por ter tirado Anita de seu lar, dizendo que lamentava tê-la “levado de sua pacífica cidade natal para cenas de perigo, fadiga e sofrimento. Rezei por perdão, ao refletir que cometera o pecado de tê-la tirado do seu lar”.

Qual o destino de Manoel?
Mas, afinal, o que foi feito do Manuel Duarte de Aguiar? Isso ninguém sabe. Qual seu destino? Como foi sua morte? Seu nome simplesmente desapareceu na poeira dos tempos.
Eis outro enigma nessa história toda. Novamente os diversos autores preferiram as conjecturas, as deduções do destino de Manoel Duarte de Aguiar, mesmo porque não foram encontrados pelos pesquisadores e historiadores que se debruçaram sobre o tema, qualquer documento ou comprovação.

Markun diz que é um mistério a localização de Manoel quando do encontro de Anita e Garibaldi.
“Teria sido preso e morto pelos homens de Garibaldi? Saíra da cidade com as tropas imperiais? Abandonara Anita? Estava entrevado no hospital de campanha?”.
E ressalta: “Cada história tem seus defensores e seus críticos, sem que haja qualquer informação documentada sobre o paradeiro de Manoel Duarte de Aguiar”.

Ruben Ulysséa registra: “Talvez Aninha não tivesse lamentado quando, pouco antes da chegada das forças de Canabarro, a Guarda Nacional foi chamada às armas e Manoel Duarte foi mobilizado. Pouco tempo depois ele seguia com as tropas retirantes do coronel Vilas Boas para o Morro dos Cavalos onde, segundo consta, pereceu, sem nunca mais ter voltado à Laguna”.

Lindolfo Collor em sua obra “Garibaldi e a Guerra dos Farrapos” informa que Manoel “Tomou posição ao lado dos legalistas, ou mais exatamente, não tomou posição alguma: deixou-se ficar onde já estava. Para que mudar? De política não entendia nem queria saber”.
Com a entrada dos revolucionários e os editais conclamando à Guarda Nacional, “lá se fora o sapateiro rumo do quartel; e dali, com a fuga de Vilas-Boas para o Morro dos Cavalos”.

O incansável pesquisador Rau buscou em livros de óbitos de várias localidades o registro da morte de Manoel, nada tendo encontrado.
É um enigma para pesquisadores e historiadores o destino de Manoel Duarte de Aguiar, o primeiro marido de Ana Maria de Jesus Ribeiro, que se tornou posteriormente com toda a glória a nossa Anita Garibaldi, Heroína de Dois Mundos.

sábado, 17 de junho de 2023

Gente em Destaque

 
     Numa foto especial aos pés do andor do nosso padroeiro e defronte à Matriz, vigário paroquial padre Itamar Faísca Nunes (à esquerda) ao lado do nosso historiador e pesquisador Antônio Carlos Marega. Foto: Elvis Palma.

Sempre se apresentando na night, em barzinhos, festas de casamentos e aniversários, cantando e tocando grandes sucessos, o músico lagunense Gero Perito. É show!

Professora e diretora aposentada Zulma Brandão Delgado com o filho advogado Flávio Henrique Brandão Delgado apreciando a saborosa culinária da nossa região. Aqui provando ostras gratinadas.
Aliás, dª Zulma é considerada master-chef em sua cozinha, sempre criando novos pratos e sabores.

Lúcia Baumgarten, filha dos saudosos Walter Baumgarten Júnior e Yvone Cabral Baumgarten, aqui com os filhos Guilherme e Letícia tendo como cenário a Cidade Maravilhosa, agora divide seu tempo entre Florianópolis e Laguna. Sempre uma presença agradável e um papo inteligente.

Nosso eterno radialista lagunense Luiz Néry Miranda recebeu e já está lendo o livro “Sociedade Musical União dos Artistas – Atravessando os Séculos”, de minha autoria.
Diz ele lá de Joinville, onde reside, que está adorando as histórias da nossa centenária Banda.

Adolfo Silva com sua amada Rosângela como fazem todos os anos, prestigiaram as festividades do padroeiro Santo Antônio dos Anjos, vindos lá de Joinville.

Ex-vereador lagunense e escritor Oclândio Siqueira e sua Adelina (à direita na foto) vindos de Florianópolis onde residem, são presenças obrigatórias na Festa de Santo Antônio dos Anjos. Recém chegados de viagem às cidades históricas de Minas Gerais aqui estiveram ao lado dos sobrinhos e amigos Maria de Fátima Siqueira Duarte e Edson Gaspar Costa.

Lenira Amboni Nicolazzi comemorou seus 80 anos de feliz idade ao lado dos filhos Beto, Cristina e Luiz e de pequeno grupo de amigas no Restaurante Chedão, ela que é uma das baluartes filantrópicas da Associação Voluntária Mãe Bebê.

Dentre os novos irmãos da Irmandade do Santíssimo Sacramento e Santo Antônio dos Anjos anunciados na Santa Missa Solene do dia 13 de junho está Gustavo Teixeira Barzan Filho, um jovem do bem,  aqui ao lado de seu pai Gustavo Barzan em foto aos pés do nosso Padroeiro. Foto: Elvis Palma.

Maurício Baumgarten Baião é outro irmão que ingressou na Irmandade de Santo Antônio dos Anjos neste mês em honra ao padroeiro. Filho do saudoso professor e diretor Jairo Ulysséa Baião e da professora Amélia Baumgarten Baião. Foto: Elvis Palma

Ronaldo Luiz de Souza, o conhecido Babá, também foi convidado e ingressou na Irmandade do Santíssimo Sacramento e Santo Antônio dos Anjos. Filho dos saudosos Selma e Nelson João de Souza (Dedinho). Foto: Elvis Palma

Destaque para os atuantes integrantes da Irmandade Santo Antônio dos Anjos: Manoel Liones Adriano, Victor Baião Pereira, Danilo Prudêncio da Costa e Marcos Vinícius. Foto: Elvis Palma

Rita de Oliveira Medeiros e José Waldir Oliveira deixaram São José e passaram a residir na Laguna, terra natal dela. Se emocionaram na Transladação do Padroeiro, e também revendo inúmeros amigos.

Em recente viagem à Itália, Solange e Paulo Sérgio Remor conheceram os principais pontos turísticos, dentre eles, é claro, a Fontana di Trevi em Roma.
Aliás, o querido casal aqui esteve vindo da capital do estado, para prestigiar as festividades em honra ao nosso padroeiro.

Sempre prestigiando os eventos da nossa cidade, os amigos Sidnei Soccas Ribeiro, ele o presidente de Honra da Sociedade Musical União dos Artistas e Mário José Cabral Mendonça Cabral.

Lagunense Carlos Augusto Baião da Rosa buscando em suas viagens por lugares exóticos.
Em Ametista do Sul, no vizinho Rio Grande do Sul, curtiu a culinária e uma caipirinha no Restaurante Subterrâneo Belvedere, situado numa antiga mina. Baião aprovou e recomenda o passeio.


sexta-feira, 16 de junho de 2023

Que feio, prefeito!

 
Prefeitura anunciando pomposamente para domingo (18) a Corrida 10 Milhas de Anita, com saída e chegada da Praça República Juliana, no Centro Histórico. 
Apoio da Secretaria Municipal de Turismo e Lazer.
Mas um aviso: que os corredores, turistas e visitantes tomem cuidado e desviem do entulho de lixo depositado na escadaria do Museu fechado;
Dos cavaletes quebrados e abandonados na rua Pinto Bandeira (das cozinhas);
 e muito cuidado para não se machucar ou até quebrar a canela ou perna com os gradis das calhas quebradas na praça República Juliana.
Que feio, prefeito!

quinta-feira, 15 de junho de 2023

MDB lagunense promove ato de filiação

 
O Movimento Democrático Brasileiro, MDB da Laguna, promove Ato de Filiação de novos membros do partido.
O evento está marcado para este dia 15 de junho (quinta-feira) às19h15min tendo como local os salões do Clube Carnavalesco Xavante, no Magalhães.
Presenças de lideranças estaduais do partido, assim como deputados estaduais e federais.
De acordo com Thiago Duarte, presidente municipal do partido, serão centenas de novos filiados. 
Alguns deles irão surpreender o mundo político lagunense.
Se é que ainda exista algo que cause surpresa ao eleitor.

PS: Evento foi cancelado em virtude do aviso da Defesa Civil de fortes chuvas na região. Uma nova data será marcada.

terça-feira, 13 de junho de 2023

Novos Irmãos da Irmandade

 
Na Santa Missa Solene em honra a Santo Antônio dos Anjos realizada nesta terça-feira (13), foram anunciados os novos irmãos da Irmandade do Santíssimo Sacramento e Santo Antônio dos Anjos:

·       Andrino Jeronço da Silva Júnior

·        Eduardo de Bem Aurélio

·        Erlon da Rosa Fonseca Costa

·        Fabrício Silva Vieira

·        Gustavo Teixeira Barzan Filho

·        Marlon Barbosa Camilo

·        Maurício Baumgarten Baião

·        Ronaldo Luiz de Souza

·        Teobar Maurício de Souza

·        Tiago Medeiros Zelindro

Festeiros de Santo Antônio dos Anjos 2024

 

Padre assistiu de camarote

Busto do padre Manoel João - Laguna - SC - Foto: Valmir Guedes Júnior

Até o padre Manoel João Luiz da Silva assistiu de camarote aos shows da Festa de Santo Antônio dos Anjos.
Busto do padre Manoel João - Laguna - SC - Foto: Valmir Guedes Júnior
Para ficar no clima da festa junina alguém tascou um chapéu de palha na cabeça do busto do padre Maneca, como era chamado carinhosamente pela população, o primeiro sacerdote lagunense que aqui exerceu suas funções por 57 anos, de 1854 a 1911.
 

O show da Ave de Rapina

 
Sempre é muito bom rever a Banda Ave de Rapina que deu um show na noite de sábado (10) no palco externo da Festa de Santo Antônio dos Anjos. A galera cantou e dançou junto os sucessos da década de 80.
Apresentação da Banda Ave de Rapina na Festa de Santo Antônio dos Anjos em 10 de junho de 2023. Foto: Valmir Guedes Júnior
A apresentação especial do grupo foi de emocionar e de arrepiar ao relembrar os grandes sucessos como Sons, Baladas e Blues, Sem Frescura, Própria Luz, Suicida, Verdade Oculta e Girassóis da Rússia, entre outras. Neste ano a Banda comemora seus 39 anos de existência.
Joãozinho Rodrigues com sua voz e performance no palco, Jair Foss (teclados), Samir Dias Abrahão (baixo), além de Jekson Foss (percursão), Eduardo Paes e Alexandre Macuco (bateria), Erika Foss (saxofone), Giovani Cardoso (trompete) e Brayane (back vocal). 
Participações especiais de Jorge Eduardo Garcia (bateria) e Nando Les Paul (Fernando Faria) (guitarra solo), no lugar do Marcelo Carneiro, que não mais participa. Devido a outro compromisso profissional anteriormente assumido, o músico Gero Perito não pode participar.

Giracca e Roger: Unificando Fronteiras

 
Na noite de terça-feira última (6), no palco externo da Festa de Santo Antônio dos Anjos, ao lado da Matriz a violinista Iva Giracca e o acordeonista Roger Corrêa apresentaram o espetáculo duo instrumental Unificando Fronteiras.
Iva Giracca e Roger Corrêa na Laguna. Foto: Tóia Oliveira
O show busca diversificar e integrar novos públicos a gêneros identificados com a cultura latino-americana, como a milonga e o chamamé. “São temas com linguagem universal, que utilizam elementos da improvisação e da música de concerto, com a novidade de uma instrumentação pouco desbravada, que une a beleza e a emoção do violino e da gaita ponto”, explica Roger Corrêa, também autor das canções.
Em suas redes sociais Iva, que é spalla da Camerata Florianópolis, agradeceu a presença de todos, ressaltou que foi a terceira das dez apresentações previstas em cidades catarinenses e que ficaram muitos felizes e saudosos: “Que centro lindo, que festa fantástica, mais de 300 anos de festa”.

Lá estivemos para prestigiar e felicitar os dois artistas pela bela apresentação, além de adquirir o CD devidamente autografado com as músicas apresentadas.


quarta-feira, 7 de junho de 2023

Médico lagunense foi homenageado

 
O Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM-SC) promoveu em Florianópolis no último dia 2 de junho a entrega de Diploma do Mérito Médico.
O homenageado Dr. Sílvio Barbosa de Castro, ao centro. Foto: Hermínio Nunes/ Divulgação/CRM
Entre os agraciados está o médico lagunense Dr. Silvio Barbosa de Castro.
O diploma é um reconhecimento a profissionais que completaram 40 anos de atividade ininterrupta sem qualquer sanção por ato contrário à ética e que tenham atuação relevante na promoção da Medicina.
Dr. Sílvio e esposa Almerinda.
A esposa Almerinda Guedes Castro bastante feliz e orgulhosa pela homenagem estava ao seu lado,  acompanhando o evento.
Médicos de diversas regiões do estado receberam a homenagem. Foto: Hermínio Nunes/Divulgação/CRM
“A entrega do mérito médico é muito gratificante e emocionante. São colegas que nos orgulham e que contribuíram ativamente em prol da medicina catarinense”, disse o presidente do CRM-SC, Eduardo Porto Ribeiro.
Parabéns ao Dr. Sílvio por mais esta conquista que muito orgulha a todos nós e a sua terra natal.

segunda-feira, 5 de junho de 2023

Vera Fischer recepcionada pelos Festeiros de Santo Antônio dos Anjos

 
A catarinense de Blumenau Vera Fischer foi eleita Miss Brasil em 1969.
No ano seguinte foi convidada pela Comissão de Festeiros de Santo Antônio dos Anjos para visitar Laguna.
Aqui chegou no sábado, 12 de abril de 1970 em seus 18 anos e foi festivamente recepcionada.
Fez um tour turístico pela cidade, posou para inúmeras fotos, inclusive defronte à imagem do padroeiro e à noite no palco do Cine Teatro Mussi apresentou-se ao povo lagunense.
Festeiros de Santo Antônio dos Anjos em 1970, da esquerda p/direita: Osmar Lopes, Gonçalo da Silva Barbosa, Vanise Costa Siqueira, a Miss Brasil 1969 Vera Fischer, Litinha, Glorinha Roberge Medeiros, Pároco da Matriz Padre Claudino Biff e Luiz Paulo da Fonseca Carneiro (representando seu progenitor Dr. Paulo Carneiro).
É uma rara foto que recebeu as bênçãos de Santo Antônio dos Anjos da Laguna. Certamente clicada à época pelo Ibrahim Bacha.

Logo após, Vera Fischer foi homenageada com um jantar festivo promovido pelo Lions Clube e Rotary Clube de nossa cidade, tendo como cenário o Clube dos Cem no Mar Grosso (hoje Laguna Praia Clube).
Depois participou de um baile no Clube Blondin, onde desfilou toda sua beleza e elegância com seu vestido de gala e o traje típico usado no concurso no ano anterior.
No domingo os Festeiros de Santo Antônio dos Anjos apresentaram suas despedidas e agradecimentos, oferecendo um almoço nos salões do Clube Congresso Lagunense.
Vera Fischer foi hóspede do Hotel Renascença e levou daqui vários presentes ofertados pelos promotores do convite e da visita.
Seguiu viagem para Blumenau onde foi participar do Concurso Miss Santa Catarina realizado poucos dias depois.
Cá para nós, deve ter ido embora feliz pela recepção, mas exausta pela maratona de poucas horas, com desfiles, almoços e jantares.
Vera Fischer em 1969. Foto: reprodução
Fischer dali em diante entrará para o mundo artístico, participando de inúmeros filmes e novelas, sempre com grande sucesso.

Algumas curiosidades:

·      Os personagens da foto foram festeiros de Santo Antônio dos Anjos naquele ano, menos o Luiz Paulo da Fonseca Carneiro, que está ali representando seu progenitor, o Dr. Paulo, que era o festeiro oficial e estava adoentado; 

·      Havia ainda outros festeiros que não apareceram nesta foto, como Sady Abrahão e Maria Aparecida Waterkemper; 

·      A Transladação naquele ano saiu tradicionalmente do Magalhães, da Igreja Nossa Senhora dos Navegantes; 

·      Lita, ou Litinha como é conhecida, pernambucana, - não consegui obter o sobrenome- era esposa do americano Terence Hoover (Téri) que veio para Laguna na década de 60 e dedicou-se ao ramo de pescado, tendo montado uma indústria de beneficiamento.  
·        Vera Lúcia Berndt Fischer, seu nome completo, nascida em 27 de novembro de 1951, catarinense de Blumenau, Miss Brasil 1969, foi convidada para participar da Festa de Santo Antônio dos Anjos. Era de praxe sempre uma personalidade, uma autoridade ser convidada para o evento. Às vezes vinham no próprio período do evento, em outras antecipavam, dependendo das agendas; 

·        Naquela época, os festeiros vestiam um traje a cada Trezena. Um luxo!; 

·        Osmar Lopes, Gonçalo da Silva Barbosa, Vanise Costa Siqueira e Padre Claudino Biff, já são falecidos, de saudosas memórias; 

·        Padre Claudino Biff veio para Laguna e assumiu como vigário em 16/01/1966. Mas já era sacerdote-coadjutor desde agosto de 1965. Afável, bondoso, temperamento calmo e paciente. Batizou e casou toda uma geração de lagunenses. Foi o sacerdote da minha 1ª Comunhão. A seu pedido foi exonerado do cargo por pretender fazer um curso de Sociologia na França. Lembro-me do rebuliço que essa atitude causou e das dúvidas levantadas. Assumiu em seu lugar, em 04/05/1975, Padre Antônio Gerônimo Herdt, que era então o vigário-coadjutor.