segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Foto-Retrô

 

Formandos – Turma de 1969 do Curso de Auxiliar de Escritório do Colégio Comercial Lagunense –CCL, juntamente com professores do então tradicional estabelecimento escolar.
Entre eles podemos citar da esquerda p/ direita, sentados: Édio de Oliveira (diretor), Sérgio Martins Nacif, Péricles Pedro Faria,  Saul Baião (então prefeito da Laguna), Cleusa Horn de Araújo, Maria de Lourdes Barros e Igor Ivanov.
Entre os alunos, em pé: Antônio de Pádua Heleodoro de Souza, Manoel Silva (funcionário do CCL), Ariosvaldo Moreira e Domingos Carvalho da Rosa.
Os leitores reconheceriam mais alguém?

sábado, 21 de novembro de 2020

Morre a madrinha lagunense do samba, Glorinha Barreto Pegorara

Sepultada em nossa cidade na manhã deste sábado (21), no Cemitério da Irmandade do Santíssimo Sacramento e Santo Antônio dos Anjos, Maria da Glória Barreto Pegorara, aos 80 anos, numa cerimônia restrita a familiares.
Foi a 25ª morte na Laguna causada por complicações em decorrência do coronavírus. 
Glorinha Barreto Pegorara. Foto: Álbum de família
A “Glorinha”, como era carinhosamente conhecida, nasceu na Laguna, altos da Ponta da Barra em 14 de agosto de 1940, filha de Braz da Silva Barreto e Custódia Madalena e teve nove irmãos.
Ainda criança foi morar no Ribeirão Grande com seus pais e na adolescência retornou, primeiramente residindo no Campo de Fora e depois em definitivo no bairro Magalhães.
Trabalhou em nosso comércio e na década de 70 formou-se no Magistério no então Conjunto Educacional Almirante Lamego (CEAL).
Logo depois ministrou aulas na, hoje extinta, Escola Giocondo Tasso no bairro Mar Grosso, onde atualmente está instalada a sede do 4° Batalhão da Polícia Militar.
Depois ingressou no quadro de funcionários do hoje extinto Colégio Comercial Lagunense (CCL), a convite do diretor do estabelecimento escolar, Édio de Oliveira.
Por sugestão do próprio diretor ali montou um Regional Musical, chamado "Banda Furiosa" com seu marido Sidnei Pegorara e colegas do Colégio, entre eles Antônio Souza (Catarina), Orgel Ávila e o seresteiro Manoel Silva.
O grupo se apresentou em muitos eventos e festas pela cidade.
Glorinha começava ali uma carreira musical que a levou a ser reconhecida como a “madrinha lagunense do samba".
De voz aguda, interpretava repertório variado, de Noel Rosa a Clara Nunes, passando pelos sambas de sucesso de Beth Carvalho, Alcione,  Nelson Gonçalves e seus boleros, além de todo tipo de canção popular.
Na década de 1980, a convite do radialista João Manoel Vicente tornou-se intérprete de sambas enredos da Escola de Samba Os Democratas, uma novidade na época para nossa cidade, uma mulher  puxadora de samba, passando também com sucesso pela Escola de Samba Os Bem Amados.
Em 2011 na XXXª Semana Cultural da Laguna Sidnei e Glorinha foram homenageados e participaram, juntamente com Geraldo e Berlinda, da atração "Nos tempos da Seresta".
Mas foi na Escola de Samba Mocidade Independente que se consolidou, atravessando os anos em nossos carnavais.
É de se registrar também a criação do “Regional da Glorinha”, como era mais conhecido, alegrando os bailes de carnaval da S.R. 3 de Maio, no bairro Magalhães, na parte térrea do prédio, quase sempre na boate ou no salão da churrascaria. A apresentação fazia um diferencial de público que pulava no salão do primeiro andar. 
Lembro-me de uma cena inesquecível. Acho que em meados da década de 80, o Brasil saindo do regime militar, com os anistiados desde 1979 retornando. 
A Glorinha com seu Regional começam a cantar "O Bêbado e a Equilibrista", de Aldir Blanc e João Bosco, o hino da anistia, como ficou conhecido. 
A canção, em completo contraste com as alegres marchas-ranchos como "Mamãe eu quero" e "Índio quer apito", e que tais, executadas na parte de cima do Clube 3 de Maio, arrancou emoções e lágrimas de todos nós que estávamos ali reunidos, cantando todos juntos, numa outra vibe como se diz hoje.
"Caía a tarde feito um viaduto
E um bêbado trajando luto
Me lembrou Carlitos.."

Além das apresentações nas noites dos bares do Balneário Mar Grosso e aniversários e outras comemorações em residências de amigos, o Regional da Glorinha chegou a tocar no Palácio da Agronômica, em Florianópolis, no governo de Pedro Ivo Campos; e também do governador Paulo Afonso.
Sidnei e Glorinha Barreto Pegorara. Foto de 1998: Valmir Guedes Jr.
Glorinha foi casada com o “cirurgião-estético-capilar” Sidnei Pegorara, falecido ano passado e deixa os filhos Denise e Sidnei Júnior e os netos Guilherme e Ana Clara.
Sentimentos aos familiares e amigos.
O samba está triste. E todos nós.

domingo, 15 de novembro de 2020

Os 13 vereadores eleitos na Laguna - Os suplentes e os não eleitos - Votos

 Votaram para vereador 25.771 eleitores, sendo 24.197 válidos (93,89%); 875 nulos (3,40%); e 699 brancos (2,71%). 
  1. Kleber Roberto Lopes Rosa (Kek) (PSL): 1.128
  2. Patrick Matos de Oliveira (da Nega) (MDB): 958
  3. Gustavo dos Santos (PSL): 946
  4. Deise Xavier Cardoso (MDB): 899
  5. Hirã Ramos (MDB): 889
  6. Rhoomening Rodrigues “Pingo” (PSDB):  865
  7. Jaleel Farias (PSDB): 784
  8. Luiz Otávio (Tavinho) (PSL): 717
  9. Edi Goulart Edinho (PSD): 633
  10. Anderson Silveira (Maninho da Barra) (PSDB): 563
  11. Nádia Tasso Lima (DEM): 468
  12. Eduardo (Dudu) Carneiro (PSL): 341
  13. Professor Rodrigo Bento (PL): 326
Suplentes
Vitor Elibio (MDB): 613
Rodrigo Moraes (MDB): 580
Wilsinho (PSDB): 548
Fátima Duarte (PSDB): 484
Sargento Sandro (PSD): 410
Maria José (MDB): 378
Gabriel Martins (PSDB): 359
Professor Ronaldo Boca (PSD): 347
Luiz Filipe Morcego (DEM): 340
Adriana do Carmo (PSL): 334
Antônio de Pádua (Didi) (PL): 319
André da Rádio (PSL): 307
Zezinho Siqueira (MDB): 280
Jairinho do Porto (PSL): 272
Tomaselli (PSDB): 271
Piter Flores (PL): 262
Renato Borges (PSL): 231
Matheus Foss Cazeca (PL): 231
Osmar do Gás (PSDB):  218
Waldir Sant’Ana Jr. (Waldizinho) (PL): 210
Karmensita Rocha Cardoso (PSD): 201
Professor Henrique (PSL): 177
Erivelton Veto (PSL): 175
Fredd Amandio Barbosa (DEM): 159
Babalu (PSDB): 158
Gladi Prestes (PSL): 149
Elvis Palma (PSL): 147
Dener Vieira (DEM): 142
Janaina Caetana Cardoso (DEM): 130
Francini Rafael Albino (PL): 129
Marcos Chaveiro (PL): 127
Chico do Xavante (MDB): 126
Sabrina Feliciano (PSL): 125
Filippe Bento (PSD): 122
Daniel Euzébio (PL): 109
Professora Lisdelize (PSD): 100
Fábio da Farmácia (PSL): 97
Denis (PSDB): 96
Carla Cavalcante (PSD): 95
Toninho das Excursões (MDB): 87
Professor Gesso (DEM): 87
Elilda de Souza D'Espíndola (PL): 82
Emerson Diecks (PL): 82
Nasser Rabah (PSD): 76
Nanci Martins Sabino (PL): 75
Socorro Leite (PL): 71
Thays Reis (PL): 69
Leandro Zabot (DEM): 62
Elias Vieira (PSD): 59
Dilmara Fernandes (MDB): 59
Carla Oliver (DEM): 55
Volnei Cardoso da Rosa (DEM): 53
Marcinha Barreto (DEM): 53
Elizete Conciliadora (PSL): 51
Professora Olga Júlia (PSL): 49
Júlia Guedes (PSDB): 34
Jorginho Bonifácio (DEM): 31
Lu Vieira (PSL): 31
Adolfo Ceara (PSD): 29
Luciana Paschoal (PSL): 29
Nelson Ulysséa (PL): 24
Gorete do Telo (MDB): 22
Helen Mendonça (PSDB): 19
Mário Santiago Caemerer (PSD): 18
Sargento José (PL): 16
Sonia Costa (PSD): 16
Dani Godoy (DEM): 11
Valdecir Paraná (PSD): 9
Valdomiro Macho (MDB): 9
Professor Gelson Araújo (PSL): 6
Luiz Felipe (PSL): 3
Amauri Vigilante (PSDB): 1

Não eleitos
Dr. Wagner Zoppellaro (Republicanos): 320
Fabrício Idalino (Cidadania): 213
Edgar Teixeira Zinho (PT): 197
Chaveirinho (Republicanos): 196
Andressa Silveira (Cidadania): 150
Pedroso (Republicanos): 139
Dra. Maricelia (PT): 123
Mário Alano (Republicanos): 118
Stalone Duarte (Republicanos): 95
Jorge Luiz Freitas (PRTB): 87
Celio Damiani (PSC): 85
Nauro O Gaguinho (PT): 77
Carlos Martins (PT): 69
Rosa Maria (PRTB): 63
Carla (Republicanos): 62
Vinicius Gomes (PRTB): 62
Alesandra Cândido (PRTB): 57
Rosi Julião (Cidadania): 56
Roberto Bombeiro (Cidadania): 55
Sargento Teixeira (Cidadania): 54
Duarte do Sindicato (PT): 51
Paulista Segurança (PSC): 47
Bruno Espíndola (Cidadania): 46
Alison Araújo (Cidadania): 43
Leonardo O Arquiteto (Solidariedade): 42
Stela Oliveira (Cidadania): 41
Claudemir Mingo (PRTB): 38
Fátima Elias (PSC): 37
Cesinha (Republicanos): 34
Ana Silveira (PSC): 28
Andresa (PT): 27
Jonata (PSC): 26
Solange Pereira (PSC): 23
Ale do Coco Verde (Republicanos): 21
Jaison Alves (Republicanos): 20
Inez da Silva (PT): 19
Gitielen Costa Cândido (Republicanos): 18
Valdety (Solidariedade): 18
Rose (PSC): 16
Pacheco Guia (PRTB): 16

Samir Ahmad é o novo prefeito da Laguna

 O empresário Samir (KiLojão) Azmi Ibrahim Muhamad Ahmad (PSL), 54 anos, foi eleito prefeito da Laguna para o mandato 2021-2024, com 8.147 votos (34,56%).

Seu vice é o atual vereador Rogério Medeiros (PSDB). Ambos foram eleitos pela coligação "Laguna pode mais", formada pelos partidos PSL/PSD/PSDB/PRTB.

Aptos a votar na Laguna: 34.550 eleitores.
Comparecimento: 25.771 (74,59%)
Não compareceram (abstenção): 8.779 (25,41%).

Votaram para prefeito 25.771 eleitores, sendo 23.572 válidos (91,47%); 1.248 nulos (4,84%); e 951 brancos (3,69%). 

2) Mauro Vargas Candemil (MDB): 7.476 (31,72%)
3) Petterson Crippa (DEM): 5.049 (21,42%)
4) Evandro Farias (PL): 1.892 (8,03%)
5) Paulinho da Magapavi (Solidariedade): 787 (3,34%)
6) Gilberto Sousa (PSC): 221 (0,94%)


quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Foto-Retrô

 
Seleção lagunense de Futebol de Salão que representou Laguna nos Jogos Abertos em 1980:
Leca Barzan (técnico), Ricardo, Genésio, Lauro, Walter Possenti, Marcos Faria  Ferreira, Walter Carneirinho, Edson Oliveira (Pampo), Gelson Pacheco (Bizorro) e Nem Chede.

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Dakir Polidoro e A Hora do Despertador

Dakir Nilton Polidoro foi um grande comunicador do rádio catarinense.
Na década de 50 criou e apresentou na Rádio Difusora da Laguna a partir das seis da manhã, o programa “A Hora do Despertador”, que logo se tornou um campeão de audiência. 
Um verdadeiro programa de utilidade pública. Utilizava-se de sinos, despertadores e outros barulhos estridentes para despertar os ouvintes sonolentos, além de seu conhecido bordão: “Tá na hora... vamos levantar... tá na hora...”

Aqui Dakir casou-se com Ayêsha na nossa igreja matriz, abençoados pelo padroeiro Santo Antônio dos Anjos. Seu primogênito nasceu lagunense. Dakir foi também professor de Educação Física no Ginásio Lagunense.
Depois regressou a sua terra natal, Florianópolis, prosseguindo com seu programa através da Rádio Diário da Manhã; posteriormente o apresentou por quatro anos na Rádio Guarujá. Depois retornou à Rádio Diário, onde das seis às sete da manhã o apresentou ininterruptamente até o ano de 1988, quando se aposentou do rádio.
Graças à popularidade alcançada pelo programa foi eleito por três vezes vereador em Florianópolis, assumindo a presidência da Casa Legislativa e por duas vezes interinamente a prefeitura. Anos depois, sua filha Joyce foi morar na Laguna, funcionária da Agência do INSS de nossa cidade. Seus filhos Renata, Luíza e Hélio Polidoro passaram grande parte de suas vidas na terra juliana, onde estudaram na Fundação Bradesco. Hoje adultos já formados. 


Em março de 1996, para o meu Jornal Tribuna Lagunense, entrevistei por duas horas o radialista Dakir Polidoro em sua residência, na Ponta de Baixo, em São José, na Grande Florianópolis.
Em março de 1996, entrevistei Dakir em sua casa na Ponta de Baixo, em São José.

Esta entrevista foi reproduzida no livro “Dakir Polidoro – A Hora do Despertador”, do jornalista Moacir Pereira, lançado em 2009 pela Editora Insular.
No prefácio da obra, o lagunense Norberto Ulysséa Ungaretti que atuou com Dakir também como vereador em Florianópolis escreveu:
“A cidade inteira ouvia o programa. Dakir acordava as pessoas e as mantinha cativas até o final do horário. Na véspera, à noite, o último noticiário, ou a edição noturna do “jornal falado”, que nenhuma emissora dispensava, ia ao ar pelas 21 ou 22 horas. Depois, só no outro dia, com Dakir Polidoro, o qual, assim, é quem noticiava, em primeira mão, tudo o que ocorrera no final da véspera e na madrugada do dia que começava, inclusive os falecimentos, além, é claro, de reportar os fatos do dia anterior”.
(...) “Dakir Polidoro deu tudo de si ao rádio e do rádio recebeu tudo o que de melhor a vida lhe proporcionou”.

Eis a entrevista que fiz com Dakir, com alguns acréscimos, correções e atualizações:
Dakir nasceu em Florianópolis, na Figueira da rua Francisco Tolentino, em 12 de fevereiro de 1928, filho de Basilício e Iracema Polidoro. Casado com Ayêsha Velozo Leite Polidoro, que conheceu em nossa cidade, ela vindo do Acre, em visita ao cunhado, o delegado Otto Mariath.
O casal teve oito filhos: Jorge, Júlio César, Jeanette, Jadna, Joyce, Jéferson, Juarez (este nascido na Laguna) e Polidoro Júnior, locutor e comentarista esportivo. 

“Bom-dia Brasil. Na Laguna seis horas da manhã”
Assim o locutor Dakir Nilton Polidoro começou o seu programa inaugural “A HORA DO DESPERTADOR”, pela ZYH-6, Rádio Difusora da Laguna.
Era um sábado frio de 31 de julho de 1954, relembrou Dakir na entrevista:
 “Quando foi criado, o programa começava com muito barulho de xilofones, buzinas, além de despertador. Era um importante serviço aos madrugadores em geral. Com o meu programa – pioneiro no Sul do Brasil – o pessoal já saía de casa sabendo das coisas. Trazia boa música, notícias fresquinhas, previsão do tempo, mensagens de paz, quem nasceu, quem morreu...É isso que o pessoal queria saber”.
"Tá na hora, vamos levantar, tá na hora...", foi outro bordão que usei".

O começo
Dakir Polidoro iniciou sua vida profissional aos 17 anos, transmitindo e apresentando no Cine Ritz, em Florianópolis, o programa para crianças “Show Crédito Mútuo Predial”, das 10 da manhã ao meio-dia. “A Hora da Petizada” foi outro programa, tendo como parceiro o ator Waldir Brasil.
Em 1948 atuou por pouco mais de três meses na Rádio Guarujá, quando foi contratado para trabalhar na Rádio Difusora da Laguna.
Ele contou:
“Quem me levou para lá em 1951 foi o Hélio Kersten da Silva. Fui substituindo outro grande radialista, já falecido, o Edgard Bonassis, que estava na Difusora há algum tempo, mas que teve que voltar porque ficou doente. A Rádio Difusora, nessa época, comandava todo o sul do estado e tinha uma grande audiência. Comecei fazendo comercial e depois passei a ter um programa de auditório”. 

Surge “A Hora do Despertador”
E continuou:
“A Rádio Difusora abria só às 10 da manhã e eu achava que se podia também lançar um programa mais cedo. Então, logo depois de meu casamento, ocorrido em 1954, surgiu a ideia de lançar um programa bem cedo, a fim de despertar o pessoal.
No início, a direção da Rádio relutou um pouco, tinha gente que me chamava de maluco, mas o programa acabou saindo. E arrombou, como se diz por aí.
Dakir Polidoro (à direita), com Luiz Napoleão, nos estúdios da Rádio Difusora- ZYH-6

Foi uma época de ouro do rádio. Nelson Almeida era o proprietário da Difusora, que possuía uma excelente equipe de profissionais. Lembro-me do Paulo Quaresma, Luiz Napoleão, Hélio Kersten da Silva, Edgar Bonassis, os irmãos Ambrozini, o Luiz e o Agostinho, Walmor Silva, Nilton Prado Baião, Agilmar e Aryovaldo Huáscar Machado, Júlio Marcondes, Carlos Cordeiro Horn, Sinval Barreto, Murilo Ulysséa, Aliatar Barreiros, Manoel Silva, Emanuel Maiato, Custódio Ezequiel, Izália Viana, Ivone Rosa da Silva, Valmir Guedes, Alceu Medeiros e Pompílio Pereira Bento, estes dois últimos quando o PSD comprou a Rádio.
O operador de transmissor João Corrêa, do Wilfredo Silva, que inclusive peço que leves e lhe entregue uma medalha que recebi em seu nome como 1º sonoplasta do programa. Havia tantos outros, mas não recordo no momento.
Transmiti muitos jogos de futebol, principalmente do Flamengo X Barriga Verde, ao lado de Luiz Napoleão e tendo como comentarista o saudoso Júlio Marcondes.
1951 - Dakir Polidoro (ao centro) narra o jogo Flamengo X Barriga Verde, ao lado de Luiz Napoleão e Júlio Marcondes (à direita na foto) no Estádio do Lamego (hoje a Escola Ceal).

Fiquei quase cinco anos, quase dois anos apresentando o programa na Difusora, depois fui contratado pela Rádio Diário da Manhã. Mais tarde fui para Guarujá por quatro anos e retornei à Rádio Diário, onde apresentei o programa, ininterruptamente, até 1988, das seis às sete da manhã”.
Com uma singela canção colocada pelo sonoplasta, Dakir anunciava em seu programa os produtos e preços das feiras-livres e do Mercado Público: 

“De manhã bem cedinho ela vai,
Arrastando as sandálias no chão
Vai, faceira
Levando a cestinha de compras na mão 

Me sinto bem! Me sinto bem!
Sempre que vejo a morena faceira,
Quando ela vem, quando ela vem,
Carregadinha de compras da feira”.

As maiores autoridades brasileiras compareceram ao seu programa na capital do estado. Dom Hélder Câmara, Juarez Távora, Jânio Quadros e Carlos Lacerda, são alguns nomes.

Dakir nos estúdios da Rádio Diário da Manhã. Acervo: Rádio Difusora da Laguna.

Graças à popularidade de “A Hora do Despertador”, Dakir Polidoro foi três vezes eleito pelo PSD vereador em Florianópolis, sendo o mais votado em duas oportunidades. Foi prefeito interino da Capital em 1964.
Teve forte participação na vida associativa e sindical, fundando e presidindo o Sindicato dos Radialistas de Santa Catarina; fundou também e integrou a direção da Casa do Jornalista, juntamente com Alírio Bossle e outros. 

Duas emoções
No rádio, Dakir lembrou duas grandes emoções:
A primeira uma notícia alegre: ao noticiar o nascimento na Laguna do primeiro filho (Juarez), em 12 de outubro de 1954, no mesmo ano em que o programa surgiu.
A segunda emoção, uma notícia triste, foi o acidente aviatório em 1958, que vitimou Nereu Ramos, Jorge Lacerda e Leoberto Leal. “Esse programa fiz sem dormir”, recordou.
Ao finalizar a entrevista, Dakir Polidoro confessou um sonho: “Tive um grande sonho em minha vida, que não chegou a ser concretizado. Era ser piloto da Força Aérea Brasileira-FAB. Cheguei até a tirar o brevê na Laguna, mas a vida me levou para outros caminhos, mesmo assim sou piloto civil e oficial da reserva da FAB. Se tivesse continuado, hoje estaria rico. Ou morto”.
Dakir de microfone em punho, na transmissão de cargo do governador Ivo Silveira para o lagunense Colombo Machado Salles, em 15 de março de 1971.

Se o Brasil perdeu um piloto, ganhamos todos nós um grande radialista que fez história e escola na vida de gerações, trazendo alegria, entretenimento e informação a milhares de lares, nas ondas do rádio.
Dakir Polidoro morreu aos 74 anos de idade em 23 de janeiro de 2002.
Em sua homenagem, em dezembro de 2004, a Câmara de Florianópolis criou o Prêmio Dakir Polidoro de Imprensa. A premiação é concedida anualmente aos profissionais de imprensa que militam nos meios de comunicação da Capital do estado.
No mesmo mês e ano o tradicional Largo da Alfândega, em Florianópolis, recebeu o seu nome.
É nome de rua no bairro Campeche na capital do estado.