Na tarde desta quinta-feira (30), o secretário estadual
de Saúde, Vicente Augusto Caropreso, esteve reunido em nossa cidade com o prefeito
Mauro Candemil e diversas outras autoridades.
Na pauta, os problemas enfrentados pelo Hospital
Senhor Bom Jesus dos Passos e sua paralisação a partir de hoje, com somente os serviços de urgência e emergência funcionando.
Hospital Senhor Bom Jesus dos Passos. Foto: Elvis Palma/Divulgação |
Prefeitura vem repassando em dia e falta certidões negativas de débitos, informa prefeito
Ao se pronunciar o Prefeito Candemil mencionou os diversos problemas que
o Hospital de Caridade Senhor Bom Jesus dos Passos vem enfrentando e que desde
o ano de 2010 aguarda a implantação da UTI.
O prefeito lembrou ainda que muitos repasses não são feitos
à entidade pela falta de CND's – Certidões Negativas de Débitos, disse que a
Prefeitura vem repassando rigorosamente em dia os valores conveniados, um na
ordem de R$ 75.000,00 para pagamento da hora plantão dos médicos e
outro na ordem de R$ 19.000,00 para o pagamento do médico anestesista.
Portanto, frisou o prefeito, a questão da paralisação não é de responsabilidade
do município, pois, em todos os momentos que a administração foi procurada,
tentou da melhor forma possível auxiliar a entidade. “Precisamos saber qual a
real situação do hospital, pois ao que tudo indica, é uma questão de gestão",
concluiu o prefeito.
“Começar do zero, medidas enérgicas e intervenção”, sugere presidente
do sindicato dos médicos
O Presidente do sindicato dos Médicos da Região da Laguna, Odimar Pires Pacheco sugeriu que deva haver uma ampla reformulação no
Hospital e se necessário for, começar do zero. "É momento de se tomar medidas
enérgicas".
Pacheco diz que o correto é que haja uma interversão e que se faça de
imediato uma auditoria para verificar todas as causas do problema.
“Má gestão e necessidade de auditoria”, diz vereador
O vereador Osmar Vieira (PSDB) tem a mesma opinião e alegou que
se trata de má gestão e, sem dúvida, é necessário que o hospital seja ahospital. “Sabemos
que os recursos municipais são repassados, só não sabemos a que fim se destina”
concluiu.
“Quem não entende do negócio “saúde”
tem que sair fora”, diz secretário
Após ouvir atentamente todos os presentes, o secretário de Estado da Saúde, Vicente Augusto
Caropreso, como exemplo, citou dois hospitais de sua cidade, Jaraguá do Sul. Segundo
ele, um tem plena gestão e não apresenta nenhum problema, porém o outro caminha com muita dificuldade, da mesma forma que o Hospital da Laguna.
"A diferença está exatamente na administração, pois quem não entende do
negócio “saúde” tem que sair fora, é necessário atuar, enxugar a máquina e
administrar de verdade, com pouco gasto e bom atendimento". E frisou o secretario: "O negócio da
medicina deve ser tratado como um verdadeiro negócio. De nada adianta ter um
elefante branco inoperante, é preciso saber quais alas deverão estar abertas e
identificar qual a potencialidade do Hospital".
O secretário se propôs buscar alguns recursos para o próximo
ano, sem mencionar valores, porém salientou que essa sangria deve ser atada e
para isso disponibilizará sua gerente de gestão a fim de potencializar a
entidade e identificar os problemas através de uma auditoria, sem isso, o problema
continuará se arrastando.
UTI é inviável para Laguna
Ao finalizar, o secretário de Saúde foi questionado sobre a UTI e sem pestanejar disse que a
abertura da Unidade de Terapia Intensiva será como dar um tiro no escuro. "Essa
UTI é inviável para o município".
Casos de urgência e emergência serão
atendidos
O presidente do sindicato dos Médicos, Odimar Pacheco lembrou
que o sindicato tomou todas as providências e informou os demais hospitais da região,
o Corpo de Bombeiros, juízes e promotores sobre a paralisação do hospital da
Laguna.
Garantiu o presidente que os casos de atendimento aos pacientes já internados continuarão com seus respectivos atendimentos, assim como também os casos de urgência e graves. Os demais casos serão encaminhados aos hospitais da região.
Fonte: PML
Garantiu o presidente que os casos de atendimento aos pacientes já internados continuarão com seus respectivos atendimentos, assim como também os casos de urgência e graves. Os demais casos serão encaminhados aos hospitais da região.
Fonte: PML
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