quarta-feira, 4 de outubro de 2023

Venceu o Miss Laguna, mas era de Imbituba. Houve protestos

 Em 1959 marcou época em nossa cidade o concurso Miss Laguna com seu desfile no Clube Blondin e escolha da vencedora. O evento foi bastante comentado durante muito tempo.
Isso porque uma das concorrentes era de Imbituba, mas representava a Capitania dos Portos de nossa cidade.
Com sua beleza, charme e elegância a moça da vizinha cidade conquistou os jurados e saiu vencedora, tornando-se Miss Laguna 1959. Merecidamente.
Houve críticas e protestos por parte de torcidas organizadas.
Mas não houve choro nem vela e o resultado foi confirmado.
Mas alguns dias depois tudo mudou.

Quer saber toda a história? Então se acomode, se aconchegue no sofá e vamos a leitura, que o texto é meio longo, mas penso que interessante.
Tudo começou assim...

Um assunto dominava as conversas na Laguna após o carnaval daquele ano de 1959.

Era o concurso Miss Laguna marcado para ser realizado em nossa cidade no mês de maio.
A expectativa era grande para saber quem seriam as candidatas que disputariam o certame.
Internamente, as diretorias de vários clubes lagunenses escolhiam nomes de senhoritas de nossa sociedade para representar com suas belezas, elegâncias e charmes a mulher da nossa terra.
E que pudessem, claro, com esses atributos, serem vitoriosas no concurso.
O evento era promovido pelo Clube Blondin e também visava arrecadar recursos financeiros para custear a construção da cancha de futebol de salão a ser construída nos fundos daquela tradicional sociedade recreativa.
Um mês antes todas as mesas já estavam vendidas, ingressos esgotados para a grande noite. Um programão, como se dizia. 

Finalmente o sábado tão esperado
E o sábado, 9 de maio de 1959 chegou. Os poucos salões de beleza da cidade ficaram lotados. Também houve quem fizesse sua própria maquiagem. Costureiras  e costureiros trabalharam arduamente para aprontar todas as encomendas.
Os salões do clube Blondin estavam lindamente adornados, toalhas de linho sobre às mesas e castiçais davam um toque romântico.
Para isso foram divulgados pela primeira vez os nomes das concorrentes e suas representações. Aplausos, muitos aplausos. 
Era mestre de cerimônias o colunista social da capital do estado, Zury Machado.
Seis senhoritas concorriam ao título. Eram elas:
As candidatas a Miss Laguna 1959 na passarela do Clube Blondin, em seus nomes de solteiras: 
Da esquerda p/direita: 
Maria Odécia Moraes ((representando o Cordão Carnavalesco Bola Branca)
Leda Cotrim (representando a Capitania dos Portos da Laguna)
Maria da Graça Remor (representando o Clube Blondin)
Solange Martins Nacif (representando o Clube Congresso Lagunense)
Ana Maria Mendonça Mendes (representando o Cordão Carnavalesco Bola Preta) e
Mércia Bárbara Rodrigues (representando o Clube de Natação e Regatas Almirante Lamego).

(No final desta matéria, com exclusividade para este Blog, leia o testemunho sobre o concurso de duas das participantes.)

Antes do desfile e baile, ali pelas vinte e duas horas correu um Bingo com mais de dez sorteios, com prêmios ofertados por empresas comerciais da Laguna.
Jornal O Albor de 9 de maio de 1959.
Logo após, um conjunto musical intitulado Prata da Casa, formado, entre outros, por Álvaro Alano, Ricardo Brandl, Jairo Siqueira, Manoel Bessa, executou vários sucessos.
Isália Viana também se apresentou ao piano e Luiz Paulo Carneiro no acordeom.
Os casais foram para o salão e entre mil rodopios dançavam valsas, boleros, marchinhas e sambas-canções.

A grande atração da noite

Passado cerca de uma hora foi anunciado o início da grande atração da noite: 
O Concurso Miss Laguna.
Por duas vezes as candidatas desfilaram mostrando belos modelos de vestidos confeccionados por profissionais da linha e da agulha de nossa cidade e também de outros municípios.
Luxo e elegância que provocaram novamente muitos aplausos. 
Não, não houve desfile com maiô Catalina.
A maior torcida vinha de membros/foliões do Cordão Carnavalesco Bola Branca, que aplaudiam entusiasticamente sua representante; e também de sócios do Clube Congresso Lagunense para sua candidata.
As duas eram as preferidas e muita gente achava que uma delas seria a vencedora.
O representante do Cordão Carnavalesco Bola Branca, professor Agenor Brum apresenta Maria Odécia Moraes, candidata da agremiação.

Maria Odécia desfila com seu traje de passeio. Ao seu lado, à esquerda, aplaudindo, a também bonita Deyse Werner Salles, futura primeira dama do estado (governador Colombo Machado Salles (1971-1975).

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O então presidente do Clube Congresso Lagunense, advogado e futuro prefeito da Laguna Saul Ulysséa Baião, apresenta Solange Martins Nacif, candidata dessa tradicional sociedade recreativa lagunense

A candidata Solange Martins Nacif, representando o Clube Congresso Lagunense.

Eram as preferidas, mas não foi o que aconteceu.

Recolhidas as cédulas dos doze jurados e feito o escrutínio, foi escolhida vencedora a candidata Leda Cotrim, representante da Capitania dos Portos da Laguna.
O resultado trouxe críticas e protestos oriundos de alguns membros das torcidas organizadas masculinas, o que provocou ligeiro mal estar entre os presentes. 

No Rio de Janeiro também houve protestos
Mas alguém acha que protestos só aconteciam por aqui? Que era a Laguna sendo Laguna, como até hoje se diz?
- Nã-nã-ni-na-não!
Um ano antes, por exemplo, em junho de 1958, num Maracanãzinho lotado também houve vaias à candidata vencedora.
Era Adalgisa Colombo que em seus 18 anos, Miss Botafogo, foi eleita Miss Distrito Federal. O Rio ainda era a capital. Depois Adalgisa vai ganhar como Miss Brasil. Mas isso é outra história.
Então, protestos sempre existiram.

Tentaram impugnar o resultado
Mas voltemos à nossa cidade. Na hora tentaram até impugnar o resultado do concurso lagunense, alegando que a moça era natural de Imbituba, logo não nascida na Laguna e por isso não poderia ter participado do concurso.
Era o atrasado bairrismo se manifestando.
E sem razão de ser. O município de Imbituba havia sido emancipado pela segunda vez da Laguna em 21 de junho de 1958, com sua instalação em 5 de agosto de 1958, separando-se oficialmente da Laguna em 6 de outubro de 1959, portanto cinco meses depois do concurso Miss Laguna.
Além disso, o regulamento nada falava sobre o local de nascimento. Não proibia a inscrição de candidatas residentes ou nascidas fora do município. Bastava representar um clube, associação ou uma entidade lagunense.
E Leda Cotrim, com sua simpatia, beleza e elegância foi declarada Miss Laguna 1959.
E visivelmente emocionada, demonstrou pelo microfone seus sentimentos de alegria e reconhecimento por ter feito jus em tão empolgante e honroso título que acabava de lhe ser conferido.
E desfilou mais uma vez na passarela, com serenidade, mostrando todos os predicados para ostentar o título, o cetro e a faixa da mais bela representante da Laguna.
A Miss Laguna 1959, Leda Cotrim, em toda sua beleza e charme , trajando um vestido balonê, must da época.
Houve saudações à eleita feitas pelo médico Paulo Carneiro, por Osny Veiga, 1º secretário do Blondin, assim como pelo presidente do Clube, médico Abelardo Calil Bulos que dirigiu palavras de congratulações à vencedora.
Logo após, o baile recomeçou, prosseguindo quase até ao amanhecer.

A renúncia

Mas... nos primeiros dias da semana seguinte uma notícia correu pela cidade. 
Ela dizia que a vencedora Leda Cotrim havia desistido, renunciado ao título. Sua faixa já havia sido até devolvida, estando depositada numa emissora da cidade.
De fato, certamente magoada pelo episódio, pelas críticas, a Miss eleita devolveu a honraria.
O colunista Zury Machado que havia apresentado o evento, registrou o fato em sua coluna no jornal O Estado de 15 de maio seguinte: 
Coluna Zury Machado noticia a renúncia ao titulo - Jornal O Estado de 15 de maio de 1959.
Com isso, houve quem quisesse e dissesse na Laguna que, quem deveria assumir a faixa foi quem tirou o segundo lugar no concurso, no caso Maria Odécia Moraes. Mas ela não aceitou o título.
Muitos de seus amigos a partir dali até brincavam quando ela passava na rua, chamando-a de Miss Laguna, de fato e de direito. Mas Odécia levou apenas na brincadeira os gracejos.
Mais uma história acontecida na Laguna. 
Direto do túnel do tempo.

E quem foi a miss estadual e a nacional?

Diversas outras cidades catarinenses também escolheram suas representantes.
Mas naquele ano de 1959 os Diários Associados, de Assis Chateubriand, que foram criadores e promotores do certame, por um motivo ou outro não o realizou em solo catarinense.
Uma jovem blumenauense, Ivone Baumgarten foi proclamada Miss Santa Catarina em um evento no Marabá Clube, no mês de maio. Recebeu a faixa das mãos de Carmen Erhardt, Miss Santa Catarina 1958 e futura esposa do cantor Gregorio Barrios.
E finalmente, em 23 de junho daquele ano aconteceu no Rio de Janeiro o concurso nacional Miss Brasil.
A vencedora foi Vera Ribeiro, representante da Cidade Maravilhosa.
A representante de Santa Catarina não se classificou entre as cinco finalistas.

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Maria Odécia relembra

A candidata Maria Odécia Moraes, filha dos saudosos dª. Armelinda Durante Moraes e de Alcides (Cid) de Oliveira Moraes, relembra para nós nos dias de hoje alguns momentos do concurso:

“Eu tinha apenas 15 anos na época, era muito tímida, muito ingênua até, quando fui convidada para representar o Cordão Carnavalesco Bola Branca no Concurso Miss Laguna.

No início não queria, nem meu pai, mas o pessoal acabou convencendo com alguns argumentos. Diziam que o concurso era local, só para nós. Claro que não era bem isso, quem ganhasse teria que participar do concurso estadual e se fosse vencedora iria para o Miss Brasil.
Quando meu nome foi lançado houve algumas resistências por não pertencer e nem meu pai, ao quadro de sócios do Clube Blondin ou do Congresso. Vê como havia certo preconceito, afinal dançávamos era nos Clubes 3 de Maio e no Anita Garibaldi.
Mas enfim. O pessoal me achava bonita, era alta e diziam ter qualidades para participar.
Fui ensaiada por madame Joseph Bischop, cujo marido tinha vindo trabalhar numa draga holandesa em nosso porto.
Quem confeccionou meu vestido foi a costureira Dolores Moraes. Lembro que era azul, todo plissado, muito bonito.
Naquela época a gente usava muito pó de arroz Cashmere Bouquet, esmalte Cutex. Eu adorava o sabonete Cinta Azul e o perfume de madeira do Oriente.
Eu lembro que fiquei muito nervosa naquele dia e não lembro de muitos detalhes, até porque a gente ficava nos camarins se aprontando.
Sim, sim, havia torcida. Também diziam que duas candidatas tinham preferência. Eu, como representante do Bola Branca; e a Solange Nacif como representante do Clube Congresso Lagunense. Diziam que uma das duas iria ganhar. E criou-se toda uma expectativa na cidade.
Lembro que o Blondin estava lotado naquela noite. O desfile primeiramente foi individual e depois em conjunto, na passarela. Não desfilamos de maiô.
Minutos depois quando saiu o resultado houve algumas reclamações, principalmente por parte de alguns moços que protestaram contra o resultado.
Mas a Leda Cotrim foi de muita elegância e não perdeu a classe, ficou no salto, como se diz, e desfilou vitoriosa e ainda agradeceu quando recebeu a faixa. No final foi muito aplaudida.
Em mim me deu até um alívio porque se ganhasse eu sabia que teria que viajar para concorrer no concurso estadual e eu era muito tímida e acho que meu pai também não deixaria, afinal eu tinha apenas quinze anos, como já falei.
Enfim, isso foi no sábado e logo no começo da semana seguinte correu a notícia que a vencedora tinha renunciado ao título, à vitória e até devolvido a faixa que teria ficado depositada nos estúdios da Rádio Difusora.
Certamente deve ter saído magoada do episódio, mas essas coisas acontecem em concursos, tem sempre os que ficam descontentes, até em concursos de Miss Brasil e Miss Mundo já houve protestos pelos resultados.
Enfim, depois disso o pessoal começou a dizer que como eu tinha tirado em segundo lugar, com uma diferença de um ponto apenas, que devia assumir o título, mas nunca aceitei e levava na brincadeira.
O pessoal na rua, entre eles o Aládio Fortunato e o Antônio Viana eram os que mais brincavam comigo quando eu passava me chamando de Miss, Miss Laguna, primeira e única, essas coisas. Mas sempre levei na brincadeira.
Mas até hoje muitos daquela época lembram disso, dessa história.
Depois parece que naquele ano não houve o concurso em nível estadual.
Enfim, é isso que eu me lembro”.

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Solange Nacif  relembra
A candidata Solange Nacif, filha dos saudosos dª. Sueli e Salun Nacif, também relembra para nós alguns momentos do concurso:

“Eu tinha apenas 18 anos na época e era considerada uma moça alta com meus 1,67cm de altura e bonita.
Fui escolhida para ser a candidata pelos diretores do Clube Congresso Lagunense, entre eles o presidente daquela sociedade que era o meu cunhado Saul Ulysséa Baião, casado com minha irmã Sônia, e que iria ser futuro prefeito da nossa cidade.
Lembro que quem confeccionou os meus vestidos foi o costureiro Galdino Lenzi, de Florianópolis, muito famoso e conceituado já naquela época.
Eram dois trajes, um para a apresentação, um balonê na cor rosa que dava um ar romântico e delicado ao visual. Era a grande novidade em moda naquele ano.
 O outro era um vestido com alça, bem justo na cor verde que realçava muito o meu corpo. Um luxo!
Não tivemos desfile com maiô. Imagine! Nossos pais nem iriam permitir uma coisa dessas, além do mais Laguna era uma cidade muito conservadora. Acho que nem nós candidatas aceitaríamos.
 Quem fez o meu penteado foi a cabelereira Dionê e a maquiagem era a gente mesmo quem elaborava usando base, rímel, batom.
O pessoal dizia que eu era uma das favoritas para vencer o concurso. Mas as outras candidatas não deixavam nada a desejar.
O Blondin estava lotado naquela noite, era um grande acontecimento social que atraiu toda a alta sociedade lagunense. Havia muita torcida organizada presente.
Havia o pessoal dos clubes Blondin, Congresso, Almirante Lamego, além dos foliões do Bola Preta e Bola Branca.
O mestre de cerimônias foi o colunista social Zury Machado que chamava as candidatas para o desfile, dava algumas informações pessoais e sobre os trajes usados.
Não lembro de haver algum tipo de protesto à vencedora Leda Cotrim. Algumas pessoas questionaram foi por ela ser de Imbituba e não nascida na Laguna, mas como tu me dizes, não havia nada no regulamento que proibisse.
Disseram que houve interesse político no resultado, não sei. Passados tantos anos não lembro os nomes dos jurados.
Foi uma festa muito bonita e depois teve o baile e a gente dançou até quase ao amanhecer, embalados pelo Conjunto Prata da Casa que tinha o Álvaro Alano, o Ricardo Brandl, o Jairo Siqueira, entre os componentes.
É o que me lembro, afinal faz muitos anos”.

14 comentários:

  1. Que legal. Mais uma matéria sensacional. Não sabia disso. E ainda trouxe entrevistas com duas candidatas. A nossa Laguna tem histórias...
    Matéria digna de um grande jornal. Ou um livro.

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  2. Que relatos maravilhosos.
    Adorei os vestidos. Com certeza um acontecimento que ficou marcado na memória de cada uma. Todas com uma beleza única e porte de miss.
    Parabens pela rica matéria Valmir
    Isabel Lameira

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  3. Adorei saber dessa história. Elas eram bonitas sim, sem retoques, sem preenchimento labial, sem ser bombadas, sem preenchimento com ácido, sem harmonização.
    Beleza pura.

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  4. Adorei esta matéria, lembranças da nossa amada Laguna, da nossa infância, e por muitos anos cheguei a pensar que Maria Odecia tinha sido a escolhida neste grandioso dia. Nunca soube deste entrevero. Legal!!!

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  5. Selma Fortunato Avila. Quantas saudades destas épocas,realmente éram concursos muito esperados pela belezas de nossas candidatas,todas muito lindas, Maria Odécia foi uma jovem muito linda.

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  6. Sensacional! Imaginem o reboliço.... Candidatas nota 10! Ótima matéria.

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  7. Geraldo de Jesus05/10/2023, 06:55

    Valmir, a história é boa mas a maneira que tu contas faz a diferença, nesse estilo coloquial, como se estivesse conversando com o leitor, vai passando um filme na cabeça da gente , como se a gente estivesse dentro das cenas. E essas fotos antigas e raras ajudam bastante. Muito bom mesmo. É tipo um roteiro. Não é elogio gratuito, interesseiro, é o que eu vejo.

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    1. Concordo em tudo!!! Parece que a gente esteve naquele momento!!!!

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  8. Edison de Andrade05/10/2023, 07:17

    Belezas naturais como Deus criou. Cada qual com seus biotipos, suas alturas, seus sorrisos naturais. Um tanto só de maquiagem, pó de arroz, um batom, como uma delas disse. Maquiagem feita em casa mesmo.
    Tão ao contrário de hoje com mulheres iguais e se achando, massificadas com seus bicos de pato Donald, seus dentes super brancos, super Omo, paralelos na base de lente de contato, tipo antigas dentaduras, suas bochechas de Fofão.
    Não há necessidade disso, pra que fazer isso, mulheres?
    Pena que o desfile não teve os famosos maiôs Catalina. Seria um colírio para nossos olhos já cansados.

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  9. Valmir, fatos notáveis ocorridos na nossa Laguna somente são alcançados pelos, digamos, mais novos, por intermédio dos teus escritos. A exemplo, dos teus livros, pelo conteúdo da tua mais recente obra dedicada à União dos Artistas, que inspira a leitura de uma sentada só.
    Apesar das vicissitudes narradas, a beleza feminina foi a vencedora no concurso, destacada a das duas primeiras colocadas e, igualmente, a das duas lagunenses favoritas. Afinal, a voz do povo é a voz de Deus.
    O mais fascinante e agradável - como o vinho que se aprimora com o passar dos anos -, é ter o depoimento atual dessas duas representantes da beleza feminina da Laguna, Maria Odécia Moraes e Solange Martins Nacif, elevadas à categoria de beldades à época, trazerem os seus depoimentos com tanta jovialidade e encanto.
    Lembrando que, quem foi rei, ou melhor, para o caso, rainha (miss), nunca perde a majestade, vai daqui o meu respeito e admiração a elas, de quem, em 1959, tinha apenas 5 anos de idade. Parabéns!

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  10. Carlos Baião da Rosa05/10/2023, 13:33

    A festa esteve ótima até o comportamento deselegante de alguns.
    Uma vergonha, embora as candidatas não tivessem culpa.

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  11. Juarez Fonseca de Medeiros05/10/2023, 13:35

    Todo esse ti-ti-ti eu acompanhei de perto ouvindo os comentários. Alguns de concordância com o resultado, outros de indignação. Mas deu o que falar. Laguna em ebulição. Parabéns Valmir pela reportagem que preserva a memória de nossa Laguna.

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  12. Valmir... mais uma excelente matéria sobre a Laguna, com foco num evento social que é parte da nossa rica história. Assim, creio que tudo já foi dito nos diversos comentários, mas, gostaria de registrar que pelo menos neste aspecto a nossa Laguna não é a "terra do já teve", pois, a beleza da Mulher Lagunense se renova a cada geração, como podemos facilmente comprovar.
    Grande abraço do Adolfo Bez Filho - Joinville / SC.

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  13. Obrigada por mais este maravilhoso relato. Imagino a alta sociedade lagunense em sua grande noite de gala. Parabéns a todos!!! Fatima, ali da Pracinha. Atualmente, aspirante à Rainha da Terceira Idade....

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