07 outubro 2024

Quem emBARCA na BARCA 2024?

 


Quem emBARCA na Barca 2024?
Autor dos Versos (Quadrinhas): Valmir Guedes Júnior
Desenho da Barca: Marega

Atenção:
Barca com lotação esgotada!
Todos os tripulantes e passageiros 2024 estão a bordo.

A Barca está no cais
Pintada e embandeirada
Toda pronta pra partir
Levando a marujada

A embarcação é bonita
Revestida nos costados
Traz seu nome bem na frente
A "Barca dos Derrotados”

Passou 6 de outubro
Por todos tão esperado
Muitos não se conformam
É com o triste resultado

A Barca está lotada
Na Lagoa quase afunda
Nela vai gente bonita
E também cara-de-bunda

Foram cinco candidatos
Querendo a tal prefeitura
Só um ganhou a parada
Ficaram quatro na amargura

Candemil todo prosa
Cantou vitória primeiro
Ficou no meio do caminho
É um velho marinheiro

Mauro de comandante
Lembrava os tempos do LIC
Pesado como um trator
Levou o MDB a pique

Mauro Vargas Candemil
Pensando ser o tal
Vai esperar a Barca
No porto da Capital

 A combativa Deise
Se atrasou para a viagem
Deve estar lá na Figueira
Aplicando a maquiagem

Empresário Adilson Paulino
Passou um mês na Europa
Diz que vai voltar pra lá
E desta vez não tem mais volta

A Barca já está pronta
Com vela e motor revisados
Célio diz que vai recorrer
E sobe com Nauro abraçados
 
O empresário Nasser Rabah
Dizia ter muita tarimba
A Barca vai deixá-lo sozinho
No cais do porto da Zimba
 
Lukinhas que é do Farol
Estava todo faceiro
Foi escolhido pra Barca
Na função de faroleiro

 Professor Boca reúne a turma
E quer todo mundo um atleta
Nilsinho Coelho vai pra esteira
E Matheus Cazeca pra bicicleta

Babalú saiu do estaleiro
E fiscal da Barca foi eleita
Confere a entrada de todos
Qualquer coisa ela peita
 
Na turma da cozinha vai
Um mestre-cuca cozinheiro
O Waldyzinho está pronto
No preparo do tempero

O Vanildo chegou logo
Ao Disk, ninguém precisou ligar
Trouxe frango bem assado
Para a turma se esbaldar

Fábio Cereja vem apressado
Porque trabalha o dia inteiro
Na Barca será nomeado
Como Mestre-Confeiteiro

A candidata Cristiane Belmiro
É Bolera renomada
Traz dez bolos pro café
E uma torta confeitada

A Barca vai fazer
Um pit-stop na marra
Pra pegar o Jairinho do Porto
E a Gerusa Card na Barra

Com roupinhas de grumetes

Sobem as mulheres a bordo

São as elegantes “barquetes”

Desfilando a bombordo

 

 Sibelle Effting as recepciona

E organiza um bailete

Sobem no barco a Cristina Vieira

A Márcinha Barreto e a Valdety

Keli Oliveira, Fran e Deisinha 
Estão todas no convés
Mais Thaís Lima  e Danielle Martins
Eita! Que esse baile está dez

 Fernanda Nobre, Fabiana, Nígia, Dirlene e Custódia 

Gastaram foi muito sapato
São passageiras da Barca
Junto com a Cintia Honorato

A Barca tem salão de beleza
E Isamara comanda com sucesso
Pra turma feminina e seu visu
Faz escova, mechas, luzes e reflexo
 
Soraia Wust, Dani Lopes e Iane
Vão as três todas em pé
Além de segurarem no colo
Os gatos da Maria José 
 
Nádia Tasso vem trazendo
Sua bandeira da Solpra
Sozinha e em silêncio
Vai sentada na popa

 Rosinete não se elegeu
Não é fácil, eu concordo
Na Barca vai servir
Como enfermeira de bordo

A doutora Chris Nunes
É a psicóloga da Barca
Quem não passar na consulta
Fica em terra e não embarca

Pache é médico da Barca
Vai receitar muito Doril
Aos enjoados do mar
O remédio é o Plazil

Jadson Fretta trouxe seu Bloco
Costela de Eva & Adão
Será uma grande festa na Barca
Com muito samba e pé no chão

Do Bloco Skentaí
Já chegou Kiko Leal
Com isso a Barca virou
Um alegre carnaval

Na fila da grande Barca
Está o irmão Luizinho
Logo atrás e falando alto
O Serginho Turco e o Marcelinho

Já subiram no convés
Celhinha e a Karlinha
Antes delas já estavam
O Kleitinho e o Cezinha

Sobem na Barca mais quatro
É o Ninha e o Nino
Mais a Zeza e o Zezo
Querem saber qual destino

Marcelo Vargas e Vitor Serafim
São pescadores guerreiros
Na Barca também serão
Dois ótimos marinheiros

Pastor Gladi reúne os fiéis 
E põe todo mundo a orar
Pede proteção a Jesus
Pra viagem em alto-mar

Everaldo de Tequilas
Queria ser vereador
Será ecônomo na Barca
E Gustavo Damiani o vendedor

Silvio, Ed. e Alzira
É tudo bom professor
Mas o eleitor lagunense
Não deu o devido valor

Havia mais professores
Em busca de uma vaguinha
Lisa Bucci, Dani Godinho e Fabrício
Seguem todos pra Barquinha
 
Léo de Bem é agricultor
Cuida de plantação
Ainda procura os votos da Madre
E também do Ribeirão

Zelindro, Rodrigo, Egidio, Jaison e Daniel
 São cinco atentos vigilantes
Eles fazem a segurança da Barca
E também dos tripulantes

A secretária da Barca
É a Laurinda Morena
Com a turma do PDT reunida
Lá do convés ela acena

Claudemir que é o Mingo
É um ótimo carpinteiro
Sobe na Barca indagando
Qual será o roteiro

Quem é do mar não enjoa
Diz o adágio popular
Por isso o Kfouri Neto
Já reservou seu lugar
 
Chega o André Foguinho
Sua votação foi mal
Traz um molinete nas mãos
E vai pescar marimbau

Samuka que é Samuel
Na carga é bom motorista
Dirige o guindaste da Barca
Ou então vira maquinista

É preciso muita tinta
Para a Barca conservar
Ilson Correto se oferece
Para o serviço empreitar

 Denise, Maricelia e Rudinete
Começam na Barca a cantar:
“Se eu fosse um peixinho e soubesse nadar
Eu tirava uns votinhos do fundo do mar”

E o Trio Parada Dura continua:
“A Barca virou por deixar ela virar
Foi por causa do Celinho
Que não soube remar”

O candidato Freddy Amândio
Queria na Câmara sentar
Já comprou até banquinho
Pra na Barca viajar

Everaldo que é liso
Como bagre ensaboado
Teve seu dia de bobeira
Entrou em barco furado

Com os votos do bairro Progresso
Patrick da Nega se achava eleito
Terminada a apuração dos votos
Tomou uma invertida de jeito

 Gustavo Santos conversava
Com todo mundo na rua
Ficou em silêncio depois
Com a verdade nua e crua

Os pescadores Marcelo e Licério
Na Barca ficavam a falar:
-Gente, vamos embora
-Pra nunca mais voltar

O candidato Diego Baron
Chega apressado num bote
Quer entrar logo na Barca
Pra pegar um camarote

Lá vem o Eurico
Metido a gostosão
Mas o povo todo sabe
Que perdeu a eleição

A Gestora Rosane Duarte
É pessoa de fino trato
Sendo filha de portuário
Já conhece bem um barco

Na grande fila do cais
Está a Pati do Bizorro
Também ela aguarda a vez
De entrar no emBARCAdouro

Regina Cardoso e Roberto Rodrigues
São filiados ao Republicano
Depois deles sobe na Barca
Márcio dos Santos que é Tucano

Quando a Barca apitou
O povo reunido sorria
Ao ver a Andréia Cascaes
Com a “Rede” pra pescaria

Nossa Barca é bem eclética
Mas indaga de onde a turma veio
Adriana do Carmo é de Guarulhos
E Luciane Teixeira de Esteio
 
Felippe May é de Braço do Norte
Professor Gesso de Floripa
Eliz Veronez de Nova Veneza
Todos os três apoiaram o Crippa
 
Adriano Gaúcho é de Cruz Alta
Sônia Oliveira é Carioca
Escolheram Laguna pra morar
E pelo jeito não tem mais volta

Lá da Cabeçuda
Chegou mais um tripulante
Se chama Ary Barreiros
E embarcou como aspirante

Sobe na escada da Barca
O Nonô do Bananal
Resmunga e vai se queixando
Que sua votação foi mal

Tem ainda Rodinei Machado
Empresário renomado
Terá que dar mais desconto
Pra aumentar o faturado

Em cima da Cesta da Gávea
Lezo olha o horizonte
Ele busca bem ao longe
Os votos de ontem-ontem

Cléber Siqueira já chegou
Sem conversar com ninguém
Diz que tem enjoos no mar
E o balanço não faz bem

Tomaselli não esperava
Mas a surpresa sempre vem
O eleitor do Magalhães
Não o elegeu também

Quem também sobe na Barca
Logo após a última corrida
É o motorista Rodrigo Uber
Que se apressa pra partida


Zoppellaro também perdeu
Mas com isso eu concordo
Afinal a tripulação da Barca
Precisa de dentista a bordo

Santo Antônio sempre ajuda
Qualquer Barca a navegar
Marco Antônio vai pedindo
Para um porto atracar

Zenonzinho Neto é engenheiro
Competente e diplomado
Mas se não chegar a tempo
Vai ter que seguir a nado

 

Peterson Nascimento
Fala em problemas de causa e efeito
E se a Laguna não der jeito
A culpa é do prefeito

 

Gilberto Pinho grava um vídeo
E aconselha o pense e repense
De cima do passadiço da Barca
Grita bem alto: Lagunense!

E quando a noite vier
E muita saudade chegar
Maurício Oliveira o poeta
Para a turma irá declamar

Com 30 votos na mochila
Sobe o Neném Madalena
Reclama muito o coitado
Mas o eleitor não teve pena

Depressa chega o Rabinho
Não sabe onde sentar
Procura um lugar lá no meio
Pra tentar se enfiar

Júlia Guedes, Sibele, Sandro e Bigode 
Com Píter, Barzan, Vanderlei e Michel Bento estão comovidos
Do cais se despedem dos amigos da Barca falando:
-Não fomos, mas poderíamos ter ido

Fotógrafa oficial da Barca

É a Grasi Vieira

mandou todo mundo sorrir

e clicou a turma inteira


Tripulação reunida

Muita gente fazendo farra
Se na Barra a Barca virar
Todo mundo se agarra

A Barca está de saída
Não sabemos onde vai
Mas o povo reunido
Grita em coro: Só Levai!

Pula a Barca na Boca da Barra
Mas logo navega serena
Tem gente que até se agarrou
No mastro liso da Mezena
 
Aos passageiros da Barca

Bom descanso e regresso

E que no ano de 2028

Todos tenham mais sucesso!


Boa Viagem!


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Histórico da origem da Barca

    Há quem afirme que a ideia da "Barca dos Derrotados" teria começado em 1950, aqui na Laguna, no programa "Picadeiro Político", apresentado por Nelson Almeida, um dos fundadores da Rádio Difusora.
Depois das eleições daquele ano, Nelson teria dado funções numa fictícia Barca aos candidatos não eleitos, enquanto ao fundo o sonoplasta tocava demorado apito naval de despedida. 
Desde então, sempre após as eleições em nossa cidade, o pessoal costuma dizer que os não eleitos vão pegar a Barca.
Evidentemente, deduzo que a expressão é por ser a nossa cidade marítima, portuária. 
E despedidas no cais do nosso porto sempre foram constantes, gravadas em nossas memórias afetivas, sentimentais, atravessando gerações.
Mas a história da barca para os que não se elegem, também é conhecida em Imbituba, Itajaí e Florianópolis, onde teria chegado mais tarde, oriunda daqui, e também se tornado tradição.

Os desenhos e os versos

Depois surgiram os desenhos. Quem muito se utilizou dessa técnica em nossa cidade foi o saudoso jornalista Richard Calil Bulos, o Xaxá. Ele recortava as carinhas dos santinhos, desenhava os bonequinhos em seu estilo naif e os colava numa grande ilustração de um barco. 
A arte pop virava até capa de jornal!!! 
Heitor Parente (pai), já falecido, nas décadas de 70/80 surgiu com os versinhos. Umas quadrinhas tipo pé-quebrado, mas sempre rimadas. Depois o repentista e trovador Pião Catarinense continuou por alguns anos.
O igualmente saudoso Munir Soares em suas colunas dos jornais, em seu tradicional estilo, também trazia sua barca desde meados da década de 70. Um sucesso!
Nas eleições de 2016 e 2020 andei me aventurando com as quadrinhas rimadas. Cria daqui, copia dali, altera acolá. O pessoal gostou.
Os novos versos desta eleição do ano de 2024 estão publicadas acima. Abrangem todos os candidatos. 
É bom lembrar que foram cinco à prefeitura com seus vices e mais de uma centena a vereador.

Uma mera brincadeira

E a Barca é isso. Uma brincadeira, claro. Um pouco de humor nesses tempos sisudos e de polarização que estamos vivendo. 
São versos sem qualquer tipo de ofensa aos candidatos.
Ao final, desejamos a todos eles parabéns pela participação democrática e sucesso no próximo pleito. 
Que tenham muito mais votos e consigam se eleger no futuro.
Para não entrar na Barca.


06 outubro 2024

Os 13 vereadores eleitos na Laguna, os Suplentes e os não eleitos

          

      Total de eleitores: 36.442
      Total de votos: 28.041 (76,90%)
      Abstenção: 8.421 (23,10%)
      Votos válidos: 26.117 (97,39%)
Voto para legenda: 701 (2,61%)
Votos nulos: 567 (2,02%)
Votos em branco: 656 (2,34%)

      ELEITOS

               1.    Anderson Silveira (Maninho da Barra) (Podemos): 1.512

2. Valdomiro Barbosa de Andrade (Macho) (MDB): 1.284

3.    Edi Goulart Nunes (MDB): 1.143

4.    Rhoomening Rodrigues “Pingo” (MDB):  957

5.    Fernando Mendonça (Fernandinho da Saúde) (PP): 939

6.    Jaleel Laurindo Farias (PSD): 912

7.    Vitor Elibio Oliveira (MDB): 813

8.    Cleosmar Fernandes (MDB): 806

9.    Tanara Cidade de Souza (PT) 644

10. Hirã Floriano Ramos (PL): 599

11. Eduardo (Dudu) Nacif Carneiro (Podemos): 585

12. Luiz Otávio (Tavinho) Pereira (PL): 487

13. Gabriel Carvalho Martins (Gabrielzinho) (PL): 487


SUPLENTES

PATRICK MATTOS DE OLIVEIRA (PATRICK DA NEGA) (PP): 827
EVERALDO DOS SANTOS (MDB): 769
GUSTAVO CYPRIANO DOS SANTOS (MDB): 744
GILBERTO PINHO LAGUNENSE (PC do B): 589
ADRIANA DO CARMO (PP): 561
PROFESSOR RONALDO BOCA (Podemos): 547
WAGNER ZOPPELLARO (MDB): 477
NADIA TASSO LIMA (Podemos): 454
ZENON FAÍSCA NETO (PSD): 431
JAIRINHO DO PORTO (PL): 383
MATHEUS FOSS CAZECA (PL): 374
PETERSON NASCIMENTO (PC do B): 355
LISA BUCCI (PC do B): 348
MARIA JOSÉ (MDB): 317
POLICIAL RODRIGO ROSA (PL): 304
ANDREA CASCAES (DA REDE) (PL): 301
KICO LEAL DO SKENTAÍ (Podemos): 286
FABRICIO IDALINO (Podemos) 263
JOSÉ PAULO RAMOS (ZEZO) (PT): 255
LICERIO LAUREANO (PL): 235
WALDYZINHO SANT'ANNA (PL): 206
FERNANDA NOBRE (PL): 206
GERUSA CARD (PSD): 159
IANE PACHECO (MDB): 139
CRISTIANE BELMIRO NETO (CRIS DA BOLATERIA (MDB): 138
MANDATO COLETIVO VOZES DE LAGUNA (PT): 137
ROSANE DOS SANTOS DUARTE BORGES (PL): 135
CHRISTIANE SOUZA NUNES (CRIS NUNES) (PT): 108
ALZIRA MACHADO MARTINS (PROFESSORA ALZIRA) (PSD): 101
GRASI VIEIRA (PL): 93
JADSON DE OLIVEIRA FRETTA (PSD): 89
EURICO ALVES DE OLIVEIRA (PP): 81
RODINEI MACHADO (PL): 76
PATRICIA SILVEIRA PACHECO SILVA (PATI DO BIZORRO (PP): 73
MAURICIO OLIVEIRA (PSD): 68
ANDRE FERNANDES GABRIEL (ANDRÉ FOGUINHO) (PSD): 57
ARY BARREIROS (PT): 51
PROFESSORA DANI (Podemos): 41
MARCINHA BARRETO (PL): 39
PROFESSOR SILVIO EUCLIDES (PT): 37
CLEBER SIQUEIRA (PSD): 37
DANIELA LOPES NASÁRIO (DANI LOPES) (MDB): 26
DIRLENE LUZ (PSD): 26
PASTOR GLADI (PSD): 25
CLAUDEMIR RABELO MARTINS (CLAUDEMIR MINGO) (PV): 24
KARLA NUNES (KARLINHA DA SAÚDE) (PSD): 24
FRAN RAFAEL ALBINO (PSD): 22
DJALMA MACHADO (DJALMA RABINHO) (PT): 21
SORAIA WUST (MDB): 17
KLEITON ALEXANDRINO DE ANDRADE (KLEITINHO) (PSD): 11
THAÍS LIMA (Podemos): 8
SÉRGIO LUIZ DE SOUZA (SERGINHO TURCO) (PT) 6
KELLY AMORIM DE SOUZA (BABALU) (Podemos): 6
SONIA DA COSTA OLIVEIRA (PV): 4
SANDRO JOSÉ DA SILVA (SARGENTO SANDRO) (MDB): 1 (Desistiu)

NÃO ELEITOS

DR. FERNANDO PACHE (União): 528
ALEXANDRE TOMASELLI (PSDB): 359
MARCELINHO ESCOLINHA CETEC (União): 264
ANA CELIA DOS SANTOS SILVA (CELHINHA) (PDT): 241
FABIO CEREJA (PSDB): 235
DIEGO ZELINDRO (Republicanos): 203
FREDDY AMANDIO BARBOSA (PRD): 181
NONÔ DO BANANAL (União): 156
IRMÃO LUIZINHO (Republicanos): 146
LÉO DE BEM (Republicanos): 135
NINO AURÉLIO (Republicanos): 118
CUSTÓDIA MARIA DE OLIVEIRA PIRES (PRD): 116
DIEGO BARON (União): 95
VANILDO DISK FRANGO (PSDB): 93
MARCELO VARGAS (PSDB): 74
CELSO ANDRADE (União): 69
ROSINETE ENFERMEIRA (PRD): 67
NETO KFOURI (PRD): 52
CINTIA PEDRO HONORATO (União): 52
VITOR SERAFIM (PSDB): 49
GUSTAVO DAMIANI (PRD): 46
ZEZA (Republicanos): 37
REGINA XAVIER (Republicanos): 32
NENEM MADALENA (União): 30
MARCO ANTÔNIO (União): 28
MARCIO DOS SANTOS (PSDB): 28
ROBERTO RODRIGUES (Republicanos): 27
NINHA (União): 25
FABIANA (PRD): 23
DANIELLE MARTINS (Cidadania): 23
FILIPPE MAY (Cidadania): 23
EGIDIO CIDADE (Republicanos): 22
VALDETY GARCIA (PSDB): 21
ADRIANO GAUCHO (PDT: 20
LEZO (PSDB): 20
ISAMARA DELFINO (PSDB): 20
DEISINHA (União): 19
FELIPE GAINET VIEIRA (PROFESSOR GESSO) (PRD): 18
CRISTINA VIEIRA (União): 16
CÉSAR LUCAS CLAUDINO (CEZINHA) (PRD): 14
JAISON ALVES (PRD): 14
SIBELE EFFTING (Republicanos): 13
KELI CORDEIRO DE OLIVEIRA (PSDB): 8
LAURINDA SILVA PONTES (MORENA) (PDT): 7
DANIEL DA SEGURANÇA (PDT): 6
NIGIA TAVARES (PRD): 6
ELIZ VERONEZ (União): 6
ILSON CORRETO (PDT): 4
SAMUKA FERNANDES (Republicanos): 2
LUCIANE TEIXEIRA (PDT): 1
RODRIGO UBER (PDT): 1
PROFESSOR ED. (PRD) 0

Preto Crippa é o novo prefeito da Laguna

  Peterson Crippa (PL), 45 anos, foi eleito prefeito da Laguna para o mandato 2025-2028, com 12.046 votos (46,18%).
Seu vice é Leandro Bento (PSDB). 
Ambos foram eleitos pela coligação "Por Laguna", formada pelos partidos PL/PSDB-Cidadania/PRD/União e Solidariedade.
Total de eleitores: 36.442
Total de votos: 28.041 (76,90%)
Abstenção: 8.421 (23,10%)
Votos válidos: 25.141
Votos nulos: 980 (3,49%)
Votos em branco: 976 (3,48%)
Anulados jub judice: 944

1) Petterson (Preto) Crippa (PL): 12.046 (46,18%)

2) Mauro Vargas Candemil (MDB): 9.376 (35,94%)

3) Deise Xavier Cardoso (Republicanos): 3.552 (13,62%)

4) Célio Antônio (PT): 944 (3,62%) (Anulado sub judice)


5) Jorge Nasser Rabah (PDT): 167 (0,64%)

05 outubro 2024

Histórias de eleições que se perderam no tempo (Parte II)

          Milagre na Estiva
A eleição estava quente na Laguna em 1988. Carreatas, visitas aos correligionários, muito cafezinho e sola de sapato para percorrer ruas e visitar as comunidades.
E comícios. Muitos comícios sendo realizados.
O vento nordeste açoitava toda a região naquele novembro. Muitos dias sem chover e por conta do salitre, aconteciam muitas interrupções na energia elétrica.
Na Estiva, o comício estava lotado naquela noite de sábado. O povo se aglomerava defronte ao palanque montado ali no morro da igrejinha.
Discursava empolgado o candidato a vereador, advogado e presidente do Clube Blondin, saudoso Jayson Prates Silva.
Bem no meio da palavra, microfone em punho, faltou luz e se fez silêncio. A turma exclamou o ohhhh de sempre quando isso acontece. 
E esperou.
Jayson não perdeu a deixa e aos gritos para ser ouvido por todos disse que era de bom tom nessas ocasiões, quando faltava luz, quebrar uma taça de cristal. Era um gesto de fé e esperança no futuro, uma antiga simpatia.
- E é batata! Fazendo isso, quebrando vidro, a luz sempre volta, finalizou Jayson.
E dizendo isso, na falta de uma taça de cristal, pegou um copo com água de um sujeito que estava ao lado e com os pés quebrou o vidro no assoalho do palanque.
Pois no mesmo instante a luz voltou a iluminar a todos e o som retornou.
-Aleluia, aleluia, é um milagre, gritou a multidão.
Pelo sim, pelo não da eficácia da simpatia, Jayson Prates foi eleito vereador pelo PDT naquela eleição. 
E foi muito bem votado na Estiva.

Os pedinchões
Época de eleições é quando surgem os mais diversos pedidos aos candidatos.
Os pedinchões pipocam pelas esquinas no faro de qualquer político e dos locais onde eles possam estar.
Renato Borges de Oliveira era mais uma vez candidato a vereador na Laguna, mas já estava cansado das mordidas que andava recebendo. A campanha só havia começado, mas as ferradas estavam sendo demais.
Se continuasse assim, atendendo a todos, não chegaria ao dia eleições. Ficaria no meio do caminho. E ainda por cima falido.
   No sábado pela manhã, de dentro do seu carro estacionado na rua Raulino Horn, o candidato a vereador observa o movimento. Pensa em dar uma volta pelo comércio, sentir o clima político, entregar uns “santinhos”.
Súbito, alguém bate no vidro do seu carro. Ele olha e suspira. É um conhecido mordedor da Laguna.
Sem alternativas, abaixa um pouco o vidro da janela.
O mordedor pergunta:
- E daí vereador, tem um trocado pra mim, sabe com’é, a coisa tá difícil, tô precisando comprar umas coisinhas lá pra casa.
- Rapaz, me pegasse desprevenido, tô sem nenhum tostão na carteira.
- Uns vinte conto tá bom, chefia.
- Cara, não tenho, tô duro.
 - Dez conto, então?
- Não tenho mesmo, fica pra outra vez.
- Pô... E um cigarro? Tens um cigarrinho pra arranjar?
- Parei de fumar no mês passado.
O mordedor faz cara feia, mas não se dá por vencido.
- E isso aí no bolso da tua camisa, o que é?
- Ahhhh... isso é um colírio que uso para meus olhos.
- Então faz um favor vereador, pinga ni mim, pinga...

03 outubro 2024

Histórias de eleições que se perderam no tempo (Parte I)

Em tempo de eleições muitos fatos acontecem no calor dos debates, das campanhas, dos comícios. Acusações de todo tipo vêm à tona, assuntos da vida particular são esmiuçados.
O jogo jogado é muito pesado e às vezes utilizar-se desses artifícios pode se tornar uma faca de dois gumes.

Mas também em eleições se sucedem fatos pitorescos, engraçados. São histórias que marcam gerações e depois, como na vida, alguns protagonistas passam e somem com as brumas do tempo.
Mas sempre há alguém a registrar, relembrar e contar para outro alguém. Quem conta um conto aumenta um ponto, diz o adágio popular.
E rir ainda é o melhor remédio, como dizia uma velha seção da Revista Seleções.
Pois bem, das inúmeras histórias pitorescas que conheço da política acontecidas na Laguna, trago duas delas hoje e mais duas no próximo sábado.
Que elas sirvam para quebrar um pouco esse clima meio bélico, judicializado, polarizado, com troca de acusações que estamos vivendo nestas eleições.
E fica o desejo para que no próximo domingo, dia 6, o voto do eleitor lagunense seja o mais consciente possível.

Prefeito, lembras de mim?
Na história a seguir, obviamente troquei o nome, acrescentei e omiti alguns detalhes. Mas a cena aconteceu de fato há muitos anos, no tempo em que os bichos falavam, como antigamente se dizia. Ainda se diz?
Pois um sujeito ganhou a eleição para prefeito da Laguna. Vaidoso como ele só, encomendou um terno para sua posse que aconteceria no primeiro dia do ano seguinte.
Quando chegou a data, o clube estava lotado. Correligionários, cabos eleitorais, amigos, familiares, empresários, autoridades de diversos escalões presentes. Até o padre compareceu ao evento.
Hino executado, o candidato eleito foi chamado para assinar o livro de posse como prefeito.
Ao passar todo posudo pelo corredor, todos se levantaram em respeito, com alguns o cumprimentando entusiasticamente com apertos de mãos e abraços.
Na primeira fila uma senhora também se levantou e logo disse:
-Tião, Tião, lembras de mim, sou eu a Mariquinha!
O prefeito a olhou rapidamente, mas desviou logo o olhar, fazendo cara de paisagem, de pouco caso. Não a reconheceu ou fingiu não a reconhecer, nunca se soube. Passou direto.
A mulher, percebendo o desprezo disse em alto e bom som para todos ouvirem:
-Agora és prefeito, finges não lembrar mais de mim, ingrato. Esquecesses do passado, agora não lembras nem queres mais a minha pomba!
Foi um auê, um constrangimento geral. Depois ouviu-se muitas risadas e gargalhadas no salão.
Nos dias seguintes era só o que se falava no mercado público, nas boticas e cafés da Laguna. E à mesa nos lares, afastadas as crianças da sala.
E desde aquele dia da posse, o prefeito passou a ser conhecido pela oposição e nas conversas ao pé de ouvido como:
Tião... Tião Pombinha!

Um coelho na cartola
Eleição de 1982. O vereador eleito Antônio Pedro dos Santos, mais conhecido como Nico Coelho, era candidato à presidência da Mesa Diretora da Câmara.
Eleição apertada, disputadíssima. Feitas as contas, Nico Coelho para fazer maioria e ser eleito presidente, dependia do voto de um só vereador.
O problema era que esse vereador era analfabeto, só sabia escrever mal e mal o próprio nome.
Como fazer com que ele escrevesse o nome "Nico Coelho" na cédula que era entregue na hora pelo secretário, na frente de todo mundo e em seguida depositada na urna?
Tentaram ensinar o vereador, fizeram alguns exercícios, mas não havia jeito, o homem não aprendia, cabeça dura.
Até que um assessor encontrou a solução e disse que o tal vereador analfabeto iria de qualquer jeito votar em Nico Coelho, seu voto iria aparecer na urna. Tudo dentro da legalidade.
-Mas como tu vai fazer? Perguntou outro assessor.
-Eu garanto, retrucou o primeiro, fazendo segredo.
-Olhe lá hein, dependemos disso para ganhar.
No dia da eleição a expectativa era grande.
Chamado, o vereador se levantou sob os olhares de todos, foi até a cabina e para surpresa geral, por alguns segundos rabiscou com a caneta na cédula e depositou o papel dobrado na urna.
Fim da votação foram para a contagem dos votos.
Como esperado, faltava só um voto para Nico Coelho fazer maioria e ser eleito.
Quando se abriu a última cédula lá estava bem grande o desenho de um coelho, comendo uma cenoura e com grandes orelhas e tudo.
A oposição chiou, disse que o voto não valia e coisa e tal.
Mas no fim das discussões o desenho foi aceito e Nico Coelho foi eleito presidente da Câmara de Vereadores da Laguna.
O tal vereador podia não saber escrever, mas desenhar ele sabia muito bem.


Mais uma edição do Jornal Agora Laguna

     

Circulando desde ontem (2/10), e sempre com o maior sucesso, a edição n° 5 com 20 páginas do Jornal Agora Laguna.

Em destaque a reta final da campanha eleitoral na Laguna, trazendo o perfil dos candidatos à prefeitura.
Ainda: Hospital triplica arrecadação pela conta de luz; histórias de eleições que se perderam no tempo; as histórias dos “santinhos” que ainda resistem; e a relação de todas as seções eleitorais de nossa cidade com o total de eleitores de cada uma.
E as colunas de André Luiz, Paulo Cereja, Joel Lorenzoni, Luiz Cláudio Abreu, Elvis Palma, e "Moda e bem-estar", de Isabel Lameira.
Além dos artigos especiais “Quanto vale o seu voto? “ da doutora Elaine Cristina de Souza Freitas, Juíza Eleitoral da 20ª Zona Eleitoral da Laguna; e “A Revolução Farroupilha e o Dia do Gaúcho”, de Genuíno Eugênio Martins; e Histórias de eleições que se perderam no tempo, de Valmir Guedes Júnior.
E muito mais notícias para mantê-lo bem informado.
Exemplares do Jornal estão à venda no:
Café Matriz (Centro), Laguna Telecom (Centro), Rádio Difusora (Centro), Supermercado Tibio (Magalhães) e Tata Conveniência (Barranceira).
Ou solicite pelo fone (48) 9 9827-3496.

01 outubro 2024

A eleição do Risoto

 
Eleições municipais de 1996. Candidatos disputavam a prefeitura e as vagas no Legislativo da Laguna.
A busca pelo voto era intensa. Muitos comícios, encontros/reuniões pelos bairros e localidades do município.
Como atração principal, após os discursos, os partidos serviam grátis Risoto de Frango. Prato único.
De grátis até injeção na língua diz o ditado popular. A turma se empapuçava.
Tinha gente que no início da semana já anotava em sua agenda os locais e horários onde seriam realizados os comícios com o rega-bofe, boca grátis.
Os Risotos eram servidos em enormes panelões de alumínio.
Charge de Richard Calil Bulos (Xaxá), publicada no Jornal Tribuna Lagunense edição de 14 de setembro de 1996. Sua assinatura é espelhada (de trás pra frente), como às vezes utilizava em suas obras.
Muitos nem ligavam para sigla partidária, nem quem era o candidato. O negócio era encher o pandulho.
E foram tantos os Risotos oferecidos que faltou o galináceo no comércio local.
Isso mesmo, os poucos supermercados e armazéns então existentes zeraram seu estoque de frango. Um deles mandou buscar o produto em outra filial da rede numa cidade vizinha.
Depois de algumas semanas, a Justiça Eleitoral alertou aos partidos que era crime eleitoral servir comida grátis. Dali em diante acabou a boquinha.
Coincidência ou não, após o aviso o comércio de frango normalizou e o produto retornou aos balcões frigoríficos. 

“CÓ-CÓ-RI-CÓ”
Na época escrevi um pequeno texto sobre o assunto para meu jornal Tribuna Lagunense, cuja manchete era "CÓ-CÓ-RI-CÓ", mas me faltava a ilustração.
Encontrei o jornalista Richard Calil Bulos (Xaxá) e num cafezinho comentei sobre o assunto.
Ele abriu sua inesgotável pasta cheia de recortes e desenhos, puxou uma folha de papel e caneta, e em poucos minutos me entregou uma charge, que foi publicada na capa do jornal. É a reproduzida acima.
Maior sucesso. Sua assinatura é espelhada (de trás pra frente) como às vezes Xaxá utilizava em suas obras. O homem era fera.
São pequenas histórias de eleições e da política lagunense. 
Esta semana, reta final da campanha deste ano, trago mais alguns causos.