“Diz-me com quem andas e te direi quem és",
reza um ditado popular.
“Quem cala consente”, é outro provérbio.
“A mulher de César não basta ser honesta, tem que
parecer honesta”, é mais um deles.
“O pior cego é quem não quer ver”, alerta um
quarto ditado.
Sempre me
pergunto como reagem familiares de políticos, de administradores e detentores
de cargos por esse imenso Brasil, quando eles começam a aparecer com imensos
sinais exteriores de riqueza?
Será que a
família acredita candidamente em prêmios de loteria? Em polpudas diárias? Em
rendimentos de aplicações em fundos de desconhecidos investimentos? Em baú de
moedas de ouro no fim do arco íris? Em sacola achada com um tesouro no compartimento
secreto de um antigo casarão? No pozinho mágico da Sininho do desenho Peter
Pan? Na descoberta da pedra filosofal?
Me fale leitor
amigo deste blog, que sei trabalhador ou aposentado verdadeiro e sincero e
que faz malabarismo mensalmente para sobreviver com o parco salário de uma vida:
Me diga,
sinceramente, que desculpas arranjarias ao chegar hoje à noite na tua casa a
bordo de uma possante camionete gigante de não-sei-quantos-mil-reais tão ao
gosto de novos ricos?
E se na semana
seguinte chegasse tilintando as chaves de um luxuoso apartamento adquirido num
balneário da moda?
O que dirias à
patroa?
Oh! Mulher,
sonhei que era rei, deu leão e ganhei o milhar na cabeça?
Fui abduzido e
quando acordei na deserta praia do Gi uma sacola sem dono cheia de maços de
dinheiro repousava na areia ao meu lado?
Comprei o
automóvel e o apartamento com a restituição do imposto de renda?
Papai Noel
passou mais cedo este ano?
Um velho
barbudo me deu na rua?
Como ela
reagiria, sabendo das dificuldades vividas por vocês desde há muito, pobres,
mas limpinhos como ela tanto cansa de exclamar?
Seria tão
ingênua que concordaria com o súbito enriquecimento? Acreditaria nas tuas
palavras e seguiria em frente? Nunca saberia de nada, como algumas dizem por
aí, quando são pegas com a boca na botija?
Ou fecharia o
barraco, daria um pontapé na tua bunda e iria embora carregando os filhos, sem
antes te chamar de corrupto, safado, ladrão?
Ou aceitaria tranquilamente
a nova situação porque também seria agraciada com seu próprio carro, roupas de grife, joias, academia, plásticas, frequentaria salões de beleza e faria os passeios e viagens
que sempre sonhou?
Receberia uma
espécie de mensalão-familiar, um cala-boca pra se fingir de bobinha? Ou quem
sabe, uma sala luxuosa para seu escritório?
E em fazendo e
aceitando tudo isso, o dinheiro fácil e de origens nebulosas e lodosas não
seria também considerada coparticipante da situação criminosa perante à Justiça?
Conivente com a gatunagem? Igualmente uma
mulher-companheira-amada-amante-corrupta? Membro da quadrilha?
Como diz a
canção do Gonzaguinha: “São
perguntas tão tolas de uma pessoa, não ligue, não ouça, são pontos de interrogação”.
E quantas existem por aí, sabendo tudo mas fingindo não saber, porque também mamam pelas internas, rende, sabe como é . E enquanto o sujeito vai pagando seus casos elas também vão tendo os seus, gurizinhos que querem desfrutar do bom e do melhor.
ResponderExcluirGeraldo de Jesus
Bom dia!
ResponderExcluirMuda a bunda, mas a m... continua...
Fatima Martins
Bom dia!
ResponderExcluirSejamos francos, alguém achou que um político que gasta na cifra de milhões para ser eleito não vai cobrar o prejuízo que sofreu para comprar a consciência das pessoas?
Quantos políticos ainda perderão o patrimônio de uma vida pela sanha de Poder e quantos deles aumentarão?
Difícil defender quem se alia ao que há de pior para conseguir vencer.