sexta-feira, 6 de junho de 2014

O lagunense é f... (II)

Há algum tempo, numa roda, um sujeito, comerciante dos mais conhecidos na Laguna, ao ver chegar outro comerciante, certamente seu concorrente nos negócios, exclamou:
- Oh! fulano, pensei que já tinhas morrido!
Silêncio constrangedor de todos os presentes pela grosseria pronunciada.
O outro então, calmamente respondeu:
- Tu vais ver com’eu duro!

A cacofonia, claro, foi proposital. Dali a algumas semanas o tal sujeito que tinha pensado que o outro já tinha batido as botas, morreu de repente.
Quanto ao outro, até hoje anda por aí, nas ruas da cidade, esbanjando saúde, vivinho da silva e sempre que é solicitado conta a tal história.
- Tu vais ver com’eu duro!

É fato, aconteceu na Laguna, terra de casos raros.

***
Por conta das obras da Ponte Anita Garibaldi, feitas pelo Consórcio Camargo Corrêa, são centenas de trabalhadores morando em nossa cidade. Alguns deles fazem suas refeições no próprio restaurante situado no canteiro de obras (na antiga estação de Cabeçuda). Outros almoçam e jantam em alguns restaurantes da Laguna.
Imaginem vocês que por conta do esforço braçal, da energia gasta, a quantidade de comida posta no prato é grande.  Quase sempre o peso é livre. A turma precisa se alimentar. E bem.

Pois dia desses, no tradicional restaurante Pardhal’s, um dos Buffets – em minha opinião - mais diversificado e saboroso de nossa cidade, onde o suco e o refri chegam em segundos e o atendimento é nota 10, sem cara amarrada, um conhecido lagunense caprichou no prato, uma verdadeira montanha de comida. Se fosse pesado a balança teria marcado tranquilamente mais de um quilo e meio. O “morro” era tão grande que impressionou os presentes. A comida derramava-se pelas bordas.
Foi quando um amigo do tal sujeito, ao observar a cena à mesa, tascou:
- Pô! Isso é o que pode se chamar de “Prato Camargo Corrêa”.


Pronto! Desde o acontecido o nome pegou e um prato exagerado hoje na Laguna está batizado com este apelido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário