quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Faleceu o lagunense Celso Martins, jornalista, historiador e escritor

Faleceu nesta madrugada em Florianópolis, o lagunense Celso Martins da Silveira Júnior, aos 62 anos, vítima de infarto.
Celso nasceu na Laguna, em 23 de novembro de 1955, filho de Celso Martins da Silveira, nascido em Florianópolis, e da lagunense Dircéa Martins da Silveira.
Em 1959 foi morar com a família em Florianópolis.
Iniciou no jornalismo em 1976, atuando nos principais jornais catarinenses.

Na década de 70 foi responsável pela circulação do semanário Movimento, além de colaborar com outros órgãos da imprensa alternativa, como Voz da Unidade e Hora do Povo. Exerceu também atividades na Rádio Guarujá e TV Barriga Verde, além de repórter da sucursal do jornal A Notícia em Florianópolis (AN Capital).
Em meados dos anos 70 editou seis livretos de poemas, mimeografados: Basta, Além de gritos, berros e empurrões, 11 poemas, Alguns Novos Poemas e Outros, Sai de Baixo, e Libelo Acusatório.
Era formado em História pela Udesc.
Seu primeiro livro foi "Vida Dura", poemas, lançado em Joinville em 1981.
Em 1989 começou a pesquisar sobre Anita Garibaldi e o episódio da República Catarinense, em parceria com seu primo, o arquiteto Dagoberto Martins. Da pesquisa resultou um tabloide de 24 páginas, intitulado República Catarinense – A Revolução Juliana de 1839 em Laguna.
Em 1994, a parceria resultou no livro infanto-juvenil intitulado "Anita Garibaldi – Heroína da Liberdade" (47 páginas, ilustrações de Clovis Geyer), Editora terceiro Milênio.
Em 1999, os dois primos Celso e Dagoberto foram os autores do projeto editorial, pesquisas e textos do caderno especial Aninha virou Anita (A Notícia, 4 de agosto de 1999), transformado no mesmo ano em livro de 192 páginas, editado pelo mesmo jornal.
Em 1995 Celso Martins produziu "Os Comunas – Álvaro Ventura e o PCB Catarinense", pela Editora Paralelo 27/Fundação Franklin Cascaes.
Em 1997 escreveu o livro "Farol de Santa Marta – A Esquina do Atlântico" (Editora Garapuvu), uma grande reportagem.
Em 1999 editou e redigiu os textos do folder "Farol de Santa Marta", com fotos de Eduardo Tavares e apoio da Fundação Rasgamar.
No início do ano de 2000 fundou e dirigiu o jornal de bairro Daqui na Rede, com notícias dos bairros Sambaqui, onde morava, Barra do Sambaqui e Santo Antônio de Lisboa. 

Seus mais recentes trabalhos foram os livros “Tabuleiro das águas – Resgate histórico e cultural de Santo Amaro da Imperatriz”, “Os quatro cantos do sol – Operação Barriga Verde”, e “O mato do tigre e o campo do gato – José Fabrício e o combate do Irani”.

Seu último trabalho foi o livro “Memórias das Fortalezas da Ilha de Santa Catarina – No meio do caminho havia um Armando”, uma obra memorialística do oficial da Marinha e empresário Armando Luiz Gonzaga. O texto é de Celso que documenta também com fotos a atuação desse empresário com a preservação dos monumentos.

Seu corpo está sendo velado na capela mortuária da Igreja Nossa Senhora das Necessidades, em Santo Antônio de Lisboa, em Florianópolis, e o sepultamento ocorre às 17 horas de hoje no cemitério daquela localidade.
Sentimentos aos seus familiares, a companheira Margaret Grando, a filha Anita, e amigos.

Um comentário:

  1. Valmir, boa tarde
    Triste notícia você postou hoje no seu “Blog do Valmir”, nos informando da morte de um lagunense e boa cepa, pois, buscou ao longo da vida como comunicador (rádio, tv, jornal e como escritor)... nos informar e trazer fatos e dados sobre a Laguna, assim como, demais a outros eventos relacionados com a história da terra catarinense
    .
    Entre seus trabalho... ressalto em especial o livro “Farol de Santa Marta – A Esquina do Atlântico”, que como você comentou... é uma grande reportagem cujo foco é trazer ao público, diversos aspectos deste que ainda hoje... já centenário, presta relevantes serviços aos navegantes.
    Seguramente, Laguna ficou “menor” com desaparecimento precoce de um de seus filhos, que nos deixa numa fase da vida em que seria ainda mais produtivo para com sua terra natal.

    Meus cumprimentos à família e demais parentes, por este momento de dor que todos de certa forma um dia irão passar.

    Abraço do Adolfo Bez Filho – Joinville S/C.

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