16 julho 2013

Faltam abrigos para passageiros

Um problema que se arrasta há anos e atravessa várias administrações em nossa cidade é a falta de abrigos para passageiros.
No centro e bairros é uma carência das mais notadas e sentidas por pessoas que aguardam os coletivos.
Vereador Andrey Pestana de Farias (PSD) através do Requerimento nº 368/13, solicitou ao prefeito da Laguna a instalação de vários abrigos, principalmente nos bairros Mar Grosso, Magalhães e Navegantes. Falta também instalá-los no bairro Progresso.

O vereador Andrey frisa nas justificativas de seu pedido, que “Faz-se necessário a colocação em virtude de dar um conforto e que na espera o ser humano  não esteja sujeito as intempéries, assim protegendo-o principalmente nesta estação que tem o maior incidente de chuva. É fato que a prevenção a saúde é política de todo governante”.

Bota bancos, prefeito Everaldo
Um problema de fácil solução e que já mereceu requerimentos de três vereadores e que ainda – por incrível que pareça - não foram atendidos em seus pleitos, é quanto a inexistência de bancos no abrigo (parada) de ônibus na avenida Colombo Machado Salles, centro histórico, ao lado do Mercado Público Municipal (mais precisamente ao lado das barraquinhas).
Passageiros aguardam em pé. Uma vergonha, um descaso.

Os Requerimentos foram dos vereadores José Luiz Siqueira (PT), nº 481/13, em 05/06/2013; e o Requerimento conjunto nº 533/2013, em 19/06/2013, dos vereadores Hirã Floriano Ramos (PSD) e Thiago Alcides Duarte (PMDB).

***

Não é possível que pessoas idosas fiquem em pé, a espera dos coletivos que demandam ao Farol, Itapirubá, Magalhães e Mar Grosso. Além do mais é falta de respeito com o Estatuto do Idoso. Bota bancos, prefeito!

15 julho 2013

Lançamento do livro Noites de Inverno, de Oclândio Siqueira

Advogado e escritor Oclândio Siqueira convidando os leitores deste Blog, principalmente os que residem em Florianópolis, para o lançamento de seu livro Noites de Inverno – Uma história contada à luz de candeeiros.



Será em 1º de agosto próximo, uma quinta-feira, às 19h30m, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil OAB-SC, avenida Beira-mar Norte.
A obra conta a vinda para o Brasil de imigrantes alemães, incluindo os seus antepassados, e é fartamente ilustrada com importantes e raros documentos, além de muitas fotos antigas e históricas.

Alfredo Gentil Costa, que fez a “orelha” do livro, diz “Que Noites de Inverno é uma alentada e pesquisada história de Peter Becker e Julie Blasberg, imigrantes alemães que vieram com a família para Santa Catarina no ano de 1860, para aqui tentarem a sorte”.

Mais adiante ele escreve que “O heroísmo do casal alemão que plantou a primeira semente da família Becker em solo catarinense, demonstrado na luta penosa e diária pela subsistência, é um testemunho forte e uma homenagem a todos os colonos, alemães e de tantas outras origens, que chegaram ao Brasil naquela época, trazendo consigo muita coragem e uma inabalável tenacidade”.


E Gentil Costa finaliza: “Trata-se de uma leitura  extremamente proveitosa e fluente, não só pelas preciosas informações que nos traz, mas principalmente porque, desde a primeira página, constata-se tratar-se da homenagem sincera e tocante de um descendente aos seus ancestrais, cuja luta foi compartilhada por tantas outras famílias de imigrantes que ajudaram a construir a história de Santa Catarina e do Brasil”.

Desejamos sucesso ao Oclândio Siqueira no lançamento de seu segundo livro, ele que já nos presenteou com "em cantos da alma", em 2005.

Nota de falecimento+

Faleceu na manhã desta segunda-feira em Florianópolis, Vera Pinho Mattar, aos 88 anos, (viúva de Tuffi Mattar) e filha de Francisco (Nélia Tasso) Pinho. Deixa os filhos Nádia e Sérgio.
Sepultamento vai ocorrer às 17 horas de hoje.
Sentimentos aos familiares e amigos.

Nota de falecimento+

Faleceu nesta segunda-feira, no início da madrugada, em Criciúma, onde estava internado, o professor e ex-diretor do Colégio Comercial Lagunense -CCL, Edson Gomes Mattos, aos 76 anos.

Corpo está sendo velado na capela mortuária Santo Antônio dos Anjos (ex-cine-Roma) e às 14 horas segue para Balneário Camboriú.

Sentimentos aos familiares e amigos.

Pura vaidade de ser um político é que não é

Tem político por aí - e a gente fica sabendo pelas internas - que está encalacrado, com dívidas de milhares de reais, devendo até os fundilhos das calças.
Aliás, eis uma coisa que os meus curiosos tico e teco não entendem muito bem. Ou até entendem, mas não compreendem, sei lá.

Sujeito gasta para se eleger às vezes o dobro ou até mais que o dobro do que vai receber em vencimentos durante quatro anos.
Gasta uma caminhão, um prédio cheio de dinheiro. Por pura vaidade de se eleger é que não é. Quem investe tanto numa campanha vai buscar o retorno depois, de alguma maneira. Mesmo os chamados padrinhos de candidatos que investem, também querem algum tipo de recompensa. Ou estão rasgando dinheiro?

Bem por isso o eleitor e a imprensa que não é chapa branca devem ficar sempre atentos aos comportamentos dos eleitos,
Principalmente quem serão os beneficiários de suas ações.


O trabalho e seu fim sempre têm que ser em benefício das comunidades, visando o bem comum, em prol do cidadão. Fugir disso é trabalhar em benefício próprio. Ou de seu grupo e padrinho(s).

12 julho 2013

Prefeitura da Laguna deveria criar um departamento de paisagismo

Que a Laguna ficou feia e abandonada nos últimos anos isso é público e notório.
A cidade precisa de um banho de loja, para tornar a vida dos habitantes mais agradável e bonita aos seus olhos, principalmente após a concretização das obras do esgoto sanitário.

Turistas que visitam Laguna precisam também constatar, além das belezas naturais em que a cidade é pródiga, o esmero e tratamento que o poder público e os moradores dão a polis onde residem.
Não há, creio eu, quem não queira viver e mostrar a visitantes um lugar asseado e bonito e que receba elogios.

Prefeito Everaldo dos Santos deveria criar no organograma da prefeitura um setor de paisagismo. Este grupo ficaria encarregado, por exemplo, de pintar, florir, iluminar praças, canteiros e ruas, recuperar e manter monumentos, instalar lixeiras, cobrando, acompanhando e fiscalizando os trabalhos de outros órgãos envolvidos.
Em pouco tempo, muito trabalho e algum recurso, evidentemente, já poderíamos colher os resultados da aparência de uma nova Laguna.
Fica a sugestão.


Como é em Balneário Camboriú
Vamos citar o exemplo de Balneário Camboriú para que nossas autoridades possam se espelhar. E bons exemplos devem ser sempre copiados. Na vida, nos serviços públicos e particulares.
Para começo de conversa, vejam o enxuto organograma da prefeitura daquela cidade quanto à Secretaria de Obras, que é assim composta:

Prefeitura de Balneário Camboriú
Estrutura
Secretaria de Obras
  • Departamento de Paisagismo
  • Departamento de Limpeza Urbana
  • Departamento de Obras
  • Departamento de Sistema Viário

E é só.
Agora vamos comparar com o organograma da Secretaria de Obras da prefeitura da Laguna:

Prefeitura da Laguna
Estrutura
Secretaria de Obras
I - Departamento de Serviços e Manutenção de Próprios Públicos:
a) Coordenadoria de cemitérios;
b) Coordenadoria de Manutenção e Ampliação da Iluminação Pública;

1. Divisão de Serviços de Eletricidade;
c) Coordenadoria de Limpeza Pública e Coleta de Lixo;

1. Serviços Gerais;

II - Departamento de Transporte:
a) Coordenadoria de Controle de Frota:
1. Divisão de Registro e Escalas;


2. Divisão de Movimentação de Veículos Pesados;
b) Coordenadoria manutenção mecânica, elétrica e funilaria;
1. Divisão de serviços mecânicos;
2. Divisão de serviços de Funilaria;

III - Departamento de execução e fiscalização de obras públicas:
a) Coordenadoria de Obras e Terraplanagem;
1. Divisão de Obras Rodoviárias;
2. Divisão de Reformas e Melhorias de próprios;
3. Divisão de manutenção de calçamentos;

IV - Departamento de água e Saneamento:
a) Coordenadoria de serviços Municipal de água e Saneamento SEMAS.
1. Divisão de Drenagem pluvial;
2. Divisão de serviços de Abastecimento.

Agora me digam, tem ou não que enxugar esta máquina? Não são muitas coordenadorias, com suas respectivas divisões?

***
Dia desses, dando um passeio por Balneário Camboriú, não pude deixar de observar e fotografar um veículo pertencente àquela prefeitura, com funcionários do Departamento de Paisagismo encarregados de embelezar àquela cidade, preparando canteiros, plantando mudas, regando flores.
Vejam:


No site daquela prefeitura lê-se (os grifos em negritos são meus):

Uma cidade turística deve estar sempre pronta para conquistar definitivamente seus visitantes. Embelezar ainda mais Balneário Camboriú é a função do Departamento de Paisagismo da Secretaria de Obras.
Os jardins dos prédios públicos, praças, rótulas e canteiros, cuidadosamente mantidos sempre floridos pelo Departamento de Paisagismo, são alvos de constantes elogios. O departamento também está desenvolvendo dois importantes projetos: os serviços de paisagismo na Rodovia Interpraias e nos taludes da BR-101. A Rodovia Interpraias, um dos principais equipamentos turísticos do município está recebendo o plantio ordenado de arbustos floridos e árvores nativas, exóticas e ornamentais. Já o ajardinamento dos taludes da BR-101 pretende tornar a principal porta de entrada de Balneário Camboriú um belo cartão de visitas”.


Não me admira que Balneário Camboriú esteja sempre bonito, com praças, rótulas e canteiros continuamente floridos e recebendo elogios de moradores e visitantes.

É difícil copiar o modelo e realizar essas ações em nossa Laguna? Vejam que o exemplo dado não é de municípios das Serras catarinense ou gaúcha, não é em Gramado ou Canela. É aqui bem ao lado, numa cidade litorânea.

Pois é...

11 julho 2013

As palmeiras imperiais do Jardim Calheiros da Graça

No começo do século XX, o prefeito do Rio de Janeiro, Pereira Passos (1902-1906), promovia naquela cidade uma urbanização, saneamento e civilização da recente Capital da República. Era o chamado “bota - abaixo”.
O centro da cidade foi o local que sofreu as maiores transformações.
Avenidas foram abertas, morros desmanchados, mangues aterrados. Nem tudo deu certo, é bem verdade. Cortiços foram derrubados e sua população sem ter pra onde ir e não querendo se afastar do centro começou a subir os morros dando origem à ocupação desordenada até hoje.
Mas os maiores objetivos, que era o saneamento básico e a higiene foram conseguidos.  Pereira Passos quando estudou em Paris, tinha presenciado as reformas urbanas promovidas por Georges-Eugène Haussmann e as implantou no Rio de Janeiro.

Urbanização também na Laguna

Na Laguna não era diferente. No segundo quartel do século XIX, com a chegada de imigrantes e o início da exploração do carvão no sul do estado e construção da Estrada de Ferro Tereza Cristina, uma onda de progresso começa a varrer a cidade.
Teatro, clubes, Sociedades Musicais e carnavalescas, Grupos Escolares, jornais, biblioteca, hospital, mercado, são construídos e inaugurados. Pelo porto da cidade escoavam produtos primários e chegavam os manufaturados. O tráfego com outras praças era intenso, inclusive com o Rio de Janeiro.
“Inegavelmente, foi a época de maior luxo em nossa terra”, diz Saul Ulysséa, em sua obra A Laguna de 1880.

Pois nos primeiros anos do século XX, comerciantes, armadores e autoridades do município se reuniram para dar uma nova cara para a cidade. Foi criada, em 14 de julho de 1907, por iniciativa de Ataliba Goulart Rollin, uma “Comissão de Aformoseamento” para sugestões, projetos e arrecadação de numerários para as futuras obras.
É quando surge o jardim Calheiros da Graça e seu chafariz no antigo Campo do Manejo, a construção do cais em granito, passeios, calçamento de ruas, iluminação elétrica, etc.

O Jardim Calheiros da Graça e as palmeiras imperiais
Do Jardim Botânico de Petrópolis são encomendadas as Palmeiras Imperiais para o Jardim Calheiros da Graça.

Numa crônica de Agenor dos Santos Bessa, podemos ler que foram Ataliba Goulart Rollin e seu cunhado José Guimarães Cabral quem construíram o Jardim Calheiros da Graça as próprias expensas.

Os dois, em contatos com autoridades no Rio de Janeiro, encomendaram oito palmeiras ao Jardim Botânico de Petrópolis, no Rio de Janeiro. Ataliba Goulart Rollin era Botânico e conhecia o Jardim da Cidade dos Príncipes.

Em 1915, diz Agenor Bessa, chegaram a Laguna pelo navio Mayrink oito mudas das palmeiras que foram plantadas por Fernando Chatão, que foi o primeiro jardineiro que a então Superintendência da Laguna (hoje seria prefeitura) colocou como encarregado do nosso Jardim em cujo cargo esteve até a década de vinte.
Elas chegaram pequenas, mas se adaptaram tão bem, que em poucos anos atingiram a altura de muitos metros.
 
O Jardim Calheiros da Graça na década de vinte, ainda com o muro e cerca de proteção, que foram retirados em 1925. Observe o pequeno tamanho das palmeiras na esquina da rua Santo Antônio com XV de Novembro. À direita na foto, a bandeira do Clube Blondin tremulando em sua antiga sede.


O saudoso músico e escritor Agenor Bessa, num rasgo poético escrevia lá em sua crônica de 1982, uma verdadeira ode às palmeiras. Acompanhem, e sintam a beleza do texto:

“Aí estão as palmeiras, assistindo festas, testemunhando início e fins de gerações, chorando enterros, assistindo casamentos, ornamentando desfiles e passeatas cívicas, ouvindo retretas e concertos, assistindo procissões, festas carnavalescas, idílios amorosos!
Quantos segredos, não estarão elas guardando! Se elas falassem e rissem assim como os humanos! Que franco gargalhar quando tivessem que contar as bazófias, as mentiras, as falsas promessas apresentadas nos comícios políticos havidos durante todos esses anos de existência!
Oh! Testemunhas mudas porém vivas do rebu desta cidade que ri, que chora, que aplaude, que sofre as mais doridas injustiças! Que se humilha diante dos algozes!
Oh! Palmeiras Imperiais! Oh! Calheiros da Graça! Atrativos poderosos dos saudosistas que te contemplam embevecidos relembrando suas mocidades”.

As palmeiras imperiais precisam urgentemente de cuidados


As palmeiras imperiais do Jardim Calheiros da Graça também estão necessitando de maior atenção por parte das autoridades, a exemplo da Árvore de Anita e de outras árvores do local. Isso urgentemente.
As oito palmeiras imperiais estão lotadas de parasitas que precisam ser removidas e com enormes buracos em seus troncos, parecendo conter alguma praga.

Presidente da Fundação do Meio Ambiente da Laguna (Flama) Amenar de Oliveira, sinalizou com providências para breve.

Aguardemos.

10 julho 2013

A Árvore de Anita e o Jardim Calheiros da Graça

Lembra leitor, daquela matéria publicada aqui no dia 27 de junho último, versando sobre a Árvore de Anita e situação de outras árvores do Jardim Calheiros da Graça?
Relembre, basta clicar:

Há também outra matéria, esta feita em 03 de dezembro de 2011. Veja:


Pois a presidente da Fundação Lagunense do Meio Ambiente, Amenar Oliveira entrou em contato comigo dizendo que a “situação é realmente séria”.
Sobre o problema, a presidente diz que já enviou ofício ao Iphan solicitando o inventário arbóreo do Jardim e autorização para efetuar um trabalho de limpeza, desinfecção e revitalização da Praça e que já recebeu essa autorização.

Agora a Fundação Lagunense do Meio Ambiente da prefeitura da Laguna está elaborando o projeto, mas devido à urgência do caso, providências serão tomadas quanto à Árvore de Anita. “Não sei se ela ainda tem recuperação, mas vamos ver o que é possível fazer”, afirmou Amenar de Oliveira.

Foi sugerida pela presidente, a possibilidade de um mutirão reunindo moradores e comerciantes do entorno e imediações da Praça para participarem da limpeza e revitalização das árvores do Jardim, juntamente com funcionários da FLAMA e orientados por um biólogo.
“Pois embora a princípio não pareça, trata-se de um trabalho demorado e muito cuidadoso”, explicou Amenar de Oliveira.
 
Jardim Calheiros da Graça em cartão-postal da década de 60.
Vejamos. O problema do Jardim é antigo e a situação da chamada “Árvore de Anita” mais ainda, conforme fiz constar na matéria do Blog.
Clamo as autoridades desde muito tempo e nunca encontrei eco. Que ótimo que agora providências estão sendo tomadas nesta administração de Everaldo dos Santos em quem 16.669 eleitores lagunenses depositaram suas esperanças.

Quanto à sugestão de que os próprios moradores e comerciantes do entorno e imediações da Praça participem de um mutirão de limpeza acho complicado.
E explico: primeiro porque quase não há mais moradores no entorno e/ou são idosos; é um serviço complexo e demorado, como mencionado; segundo que é um serviço que oferece riscos, é perigoso porque demanda subir em árvores, podar galhos...
Bem diferente de recolher lixo nas pedras dos Molhes, por exemplo, que pode ser feito por escolares e por membros de clubes de serviços.

Penso que o melhor seria a participação de soldados da Polícia Ambiental, bombeiros e operários de frente de trabalho da prefeitura, com a utilização de caminhão munk com os chamados cestos (muito utilizado pela Celesc) e escadas que alcancem grandes alturas, pois serão necessários esses veículos e ferramentas para limpar as palmeiras imperiais e árvores de maior altura, que são maioria, com acompanhamento de técnicos.

Há ainda a possibilidade de contratação de empresa com funcionários para realização do serviço, desde que acompanhados por técnicos da área. Seria mais rápido, seguro e eficiente.
Penso que esta sim seria a melhor solução.

Muitas árvores estão completamente secas, oferecendo inclusive perigo aos transeuntes, crianças e idosos em sua maioria. Renovo minha sugestão de um contato através da Flama/prefeitura com o Museu Imperial, em Petrópolis, para obtenção de mudas de árvores para plantio no local.

Na matéria publicada anteriormente neste Blog esqueci-me de citar, mas penso que pequenas placas (tabuletas) com os nomes científicos das árvores e como são conhecidas popularmente, também seriam de grande valia, principalmente aos escolares, a exemplo do que é feito no Jardim Oliveira Belo, na Praça XV de Novembro, em Florianópolis.

Agradeço a atenção e preocupação da Presidente da Fundação Lagunense do Meio Ambiente Amenar de Oliveira e torço pelos trabalhos, em nome da Laguna e estarei à disposição para divulgar o que está sendo feito.




Papo-furado

Não acredito nesse papo que fulano está rompido com ciclano, que determinado político não fala mais com beltrano, que não mais se conversam, que estão brigados, de mal e não frequentam mais os mesmos lugares.
Tudo papo-furado. Os exemplos ao longo do tempo são muitos.

Basta os interesses convergirem novamente, lá na frente ou a qualquer momento, que num instante eles já estão de cama e mesa, jurando eternos amores.

Quando um político diz que rompeu politicamente com outro, tem que romper mesmo, de fato desligar-se, dar um basta, não receber mais vencimentos se for o caso. A gente sabe que isso não acontece.
Quem faz isso? Brigam, falam mal pelas esquinas, restaurantes e bares, mas depois estão todos amiguinhos.

Além do mais quando eles brigam, fiquem certos, nunca é pela cidade. O motivo principal – sempre – são lutas intestinais pelo poder.  

Ou então - quem sabe? - um ou outro passou alguém pra trás nos negócios.

09 julho 2013

Semana Cultural da Laguna deste ano tem data alterada

Tradicionalmente, desde que foi criada, em 1981, a Semana Cultural da Laguna acontecia anualmente de 23 a 29 de julho. Uma semana de programação, culminando o encerramento do evento com a data de aniversário do município, onde uma homenagem era efetuada aos pés da estátua do fundador Domingos de Brito Peixoto, com corte de bolo, fogos, banda, etc.

Este ano, a Fundação Lagunense de Cultura informa, via secretaria de Comunicação Social da prefeitura, que o período foi alterado e passou a ser de 29 de julho a 4 de agosto. Não foi dito o porquê da mudança.

Quatro de agosto foi a data em 1849, que aconteceu a morte de Anita Garibaldi, mas imagino que ninguém vai querer “comemorar” aniversário de morte, até porque o dia em homenagem à Heroína Lagunense é 30 de agosto, data de seu nascimento em 1821, conforme Lei estadual nº 15.486/2011, aprovada pela Assembleia Legislativa, projeto de autoria da deputada Ângelo Albino.

Enfim, como a programação da 32ª Semana Cultural ainda não foi divulgada, não posso publicá-la. Aguardemos.

Mas posso escrever algumas palavras sobre como eu vejo a Semana Cultural desde o seu início, num rápido retrospecto. Eis:

O surgimento da Semana Cultural

A Semana Cultural da Laguna começou em 1981, no governo do prefeito Mário José Remor. Tinha entre seus padrinhos, baluartes, os considerados intelectuais Salun Nacif e José Paulo Arantes que eram, respectivamente, presidente do Conselho de Cultura e secretário de Educação do governo municipal. Contavam também com o apoio de Manoel Américo de Barros e Abelardo Calil Bulos.
Desde que foi criada e até o governo de João Gualberto Pereira (1983-1988), a Semana Cultural fez e aconteceu. Um sucesso que atraia a população, rede escolar e muitos visitantes, além da mídia do estado que ajudava na divulgação do evento.

Tenho até hoje uma medalha da 1ª Semana Cultural, onde obtive o 3º lugar no Concurso Literário/Crônicas, com o texto “Monólogo da Volta”, que através de convênio com a Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, foi publicado na Revista Discente nº 4, editada pela Universidade. Era reitor da UFSC, o professor Ernani Bayer.

Também participaram da antologia, José Genário Machado, com “Um velho na praça pensando”; Karim Calil Bulos, com “Os dias sempre são diferentes”; Sílvia Maria Oliveira, com “Sempre vou lembrar”; Jacqueline Soares Bulos, com “Minha chegada a teu mundo” e “Numa seca manhã”; e José Carlos Ramos, com “Fé na vida”.
Prefácio da obra feito pelo saudoso professor Lauro Junkes.

Semana Cultural caiu na mesmice

Com o passar dos anos, a Semana Cultural caiu na mesmice, começou a repetir-se. As mesmas exposições, os mesmos grupos se apresentando, as mesmas pessoas... o público começou a desinteressar-se.

Além do mais, alguns governantes, no passado, poucos afeitos à cultura, em muitas Semanas Culturais apenas cumpriram o calendário, por obrigação, sem maiores novidades, sem empolgação mesmo. Saiu, inclusive, do âmbito do Conselho de Cultura e passou para a Fundação Lagunense de Cultura, surgida em 1993.

Exceção do Relicário Musical, criado com sucesso pelo secretário de Turismo Waldyzinho Sant’Anna no segundo governo de João Gualberto Pereira (1997-2000). Depois alteraram, na administração seguinte, o nome para Noite da Seresta.

Até que no governo Cadorin (2001-2004), sejamos justos, surgiu o espetáculo da “Tomada da Laguna”, que timidamente iniciado, tomou vulto, transformando-se, reunindo atores de grupos teatrais, músicos, e atores e atrizes globais, a ponto do espetáculo tornar-se caríssimo, ser o evento principal da Semana Cultural e “engolir” as outras atrações, as manifestações folclóricas e culturais de nossa terra que se realizavam na data.

O espetáculo foi tão bem recebido pela crítica e público, com uma competente mídia de divulgação, que continuou sendo promovido mesmo no governo posterior. Com outra roupagem e nome, é bem verdade, “A República em Laguna”.

E é isso. Assessores da Fundação Lagunense de Cultura em governos anteriores me disseram que as ideias e planos eram muitos, mas esbarravam sempre na falta de um maior orçamento da Fundação exclusivo para o evento.

Aliás, a Fundação Lagunense de Cultura com o tempo penso que fugiu bastante de suas atribuições originais, passando a ser utilizada quase que exclusivamente como um órgão captador de grandes recursos para o Carnaval, Tomadas e Repúblicas.

Para realização da Semana Cultural a verba era diminuta, com assessores de pires na mão, impossibilitados de maiores investimentos, solicitando ajuda de empresários lagunenses para sua realização, até na compra do bolo de aniversário da cidade. Uma humilhação.


Esperamos que a Semana Cultural da Laguna, agora em nova administração, volte a ter o brilhantismo de seus primeiros anos, enaltecendo a cultura local, nossos artistas, gastronomia e elevando Laguna ao patamar de terra da cultura.

08 julho 2013

Divagações em uma fria manhã de segunda-feira

Criei este Blog em abril de 2006. Fui pioneiro aqui na região com assuntos da Laguna. De lá pra cá foram centenas de matérias e fotos publicadas, muitas delas críticas, cobrando de autoridades constituídas providências e ações sobre os problemas abordados.

Tenho muita tranquilidade em escrever minhas opiniões porque sou apartidário e atravessei muitos governos de nossa cidade agindo assim, procurando ser isento.
Isso desde o meu extinto jornal Tribuna Lagunense, na década de 90, ou em colunas de outros jornais e em crônicas nas rádios da Laguna, onde comecei aos 14 anos com matérias lidas pelo decano do rádio lagunense João Manoel Vicente, na Rádio Garibaldi.

Com a criação deste Blog há sete anos, procuro mostrar a realidade que vejo e que pode muito bem não coincidir com a do leitor e muito menos com a realidade das autoridades.

Muitos foram os leitores que aqui deixaram comentários nesses anos todos, parabenizando e inclusive enriquecendo as matérias publicadas, trazendo mais informações e criticando também. Nem poderia ser diferente.

E-mails, telefonemas e abordagens na rua e em reuniões sociais sempre foram (e continuam sendo) constantes. O que é muito gratificante para quem escreve.

Tenho ainda em minha memória muitas pessoas que outrora apreciavam os assuntos aqui abordados e que paravam na rua para se manifestarem positivamente.

Lógico – e não sou bobo, podendo até ter a cara – que muitas dessas pessoas só o faziam porque tinham interesses nas mudanças políticas vindouras e queriam ficar bem na foto. Nos bastidores os espertinhos já negociavam cargos para si ou familiares. Como se a gente não soubesse quem é quem na Laguna.

Pois bem. As mudanças políticas aconteceram com os resultados das eleições de sete de outubro de 2012. Desde o primeiro dia deste ano uma nova administração surgiu em nossa cidade. Novos nomes em cargos – alguns não tão novos assim, sempre se repetindo e cansando a paciência de nós viventes. Fazer o quê?

Pois continuo buscando aqui da minha humilde trincheira escrever dentro das mesmas convicções e ideologias. Continuo fazendo o mesmíssimo trabalho e muitas vezes até me repetindo na amostragem de problemas e na cobrança de soluções, na exposição dos bastidores políticos, na crítica e nos elogios também. Não fui eu que mudei.

E aí algumas daquelas pessoas que lá no passado, nem tão longe assim, viam virtudes em meus escritos, hoje ficam contrariadas, acham que estou sendo pessimista demais, criticando demais, pegando pesado demais. Cedo demais. Tudo demais. Logo eu que sou considerado diplomata em meus escritos.

São umas engraçadinhas essas pessoas. Hoje falam isso, lógico, porque viraram vidraças e assumiram elas mesmos cargos na prefeitura ou empregaram seus familiares, esposas, filhos.
Alguns para chegarem lá, é bom que se diga, venderam a alma ao capeta, engolindo amargamente suas próprias opiniões e convicções, rasgando discursos, falas e escritos, pisando em semelhantes, dando rasteiras em cobras, esquecendo leais amigos e familiares.

Pois bem. O Ministério da Saúde adverte: trabalhar ou viver contrariado, pisando diariamente na própria consciência é um veneno bebido a conta-gotas.

***

Não liga não leitor, são apenas divagações que faço nesta manhã fria de segunda-feira.

Engana que eu “gostio”

Tem políticos e administradores por aí, tentando transformar obrigação em virtude. Engana quem quiser ser enganado.
Pagar salários em dia nada mais é do que óbvia obrigação. Simplesmente isso.

O contrário é jogar pra platéia.

Duas perguntas que não querem calar

Uma Portaria exonerando um funcionário público federal ou estadual com os termos: “A bem do serviço público”, enquadraria esse funcionário na Lei Complementar nº 135/2010, conhecida como Lei da Ficha Suja?
E se por ventura enquadrasse, poderia esse alguém assumir um cargo, através também de portaria assinada, em outro serviço público, seja ele no âmbito federal, estadual ou municipal?


Que os “doutos” possam responder a essas consultas.

06 julho 2013

Três cliques neste sábado de outono

Lá se vai a casa do “seu” Agenor Brum

Por muitos anos ela foi a residência do professor Agenor Brum, na rua Jacinto Tasso com Celso Ramos, esquina do Largo do Rosário, hoje Praça Jerônimo Coelho. Depois foi adquirida por uma empresa e por isso semana passada foi ao chão para construção de um prédio. (Ué não é área tombada, Iphan?).
Os dois cachorros do vizinho João Batista Machado (Bochecha) na esquina observam, meio que atordoados e sem entender a cena, a máquina pondo tudo abaixo. Lá se vão as tais das referências e memórias visuais.

*****

Para todos os gostos
Na porta da loja situada no centro da cidade, rua Barão do Rio Branco, a abundância exposta para todas as preferências em moda íntima.

***

Dupla infração
Na rua Raulino Horn, a bicicleta “estacionada” sobre a calçada, faz dupla infração com o carrão à direita em cima da faixa de segurança para pedestres, defronte ao INSS.
O que demonstra que desrespeito e ignorância independem da condição sócio-econômica do sujeito. É questão de berço.

05 julho 2013

Fica vermelha cara sem vergonha, fica vermelha

Acho uma graça quando ouço por aí, inclusive em programas de rádio, que tal político lagunense é conservador, tímido e que fica constrangido em falar em público.
Só não é nada disso nos bastidores, nos acertos políticos, na hora de indicar inúmeros parentes para cargos na prefeitura. Aí fica espertinho rapidinho e perde a timidez logo, logo. E nem fica vermelha, a cara sem-vergonha.

Usando o Santo Nome em vão

Quando ouço determinados políticos em programas de entrevistas em rádios e TVs, citando Deus pra lá e pra cá, em vão incluindo Deus em suas péssimas decisões, conchavos e mentiras, não sei por que sempre me vem à mente as palavras do Mestre Maior:

“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Mateus 7.21

Sujeito político até pode ser um bom ator, mas não será nunca um discípulo.

03 julho 2013

Frases

Alguns políticos não deixam simplesmente pistas, deixam pegadas claras e mal cheirosas!

Só para constar

De acordo com o Código Penal, é tráfico de influência solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público.

02 julho 2013

Na mosca

Nelson Rodrigues tinha uma frase - ao menos é atribuída a ele, hoje com a internet a gente não tem muita certeza - que li dia desses, citada por alguém, que acho de uma primazia. E serve pra tanta gente, tantos políticos e administradores...:
“A ocasião faz o furto, porque ladrão você já é”.

Factóide

É propaganda política mal intencionada. Um fato divulgado com sensacionalismo, verdadeiro ou não.
É uma técnica muito utilizada por políticos visando manipular a opinião pública, principalmente a população menos esclarecida.