sábado, 21 de junho de 2014

Cópias, plágios e farsas

É comum ultimamente, principalmente depois que inventaram os tais Ctrl+C, Ctrl+V, a reprodução de notas, fotografias e artigos na internet. Quando a fonte é citada, não há problema algum, penso eu. Mas há veículos de comunicações e autores que exigem autorização por escrito para tal.

Mas o que a gente mais percebe é a mera reprodução, sem menção à autoria.
Quem é da área, logo percebe quando um artigo em jornal, um editorial, não foi escrito por tal pessoa, ainda mais se a gente conhece mais de perto a tal pessoa.
Há o estilo, as frases, as palavras, enfim, todo um modo de escrever que denuncia o farsante.
E hoje, com a internet, pouca coisa escapa aos olhos dos Googles da vida.
Basta digitar um ou dois parágrafos na busca que logo vem o artigo original, o nome do autor e o veículo onde foi publicado. Fácil, fácil, não se engana mais ninguém.
E tem gente por aí que se diz jornalista que copia descaradamente, muitas vezes sem se quer se dar ao trabalho de alterar o próprio título da matéria, a manchete, ou trocar um sinônimo, um adjetivo.

Tornou-se também um péssimo hábito em programas de rádios, principalmente os jornalísticos, a mera leitura de matérias de jornais de uma cidade, da região ou do estado, sem citar a fonte.
O ouvinte menos avisado, o incauto, fica a achar que o departamento jornalístico da emissora está trabalhando arduamente para produzir as matérias lidas. Tudo não passa do famoso e antigamente chamado “Gilette-press”. Assim fica fácil e qualquer um que pelo menos saiba ler – e às vezes nem precisa tanto – pode produzir um programa dito jornalístico.

Continuemos. Um amigo meu, professor aposentado, que já pertenceu às bancas examinadoras e também foi orientador de trabalhos TCC’s, os tais trabalhos de conclusão de curso, me disse há algum tempo que a cópia, o plágio, virou uma praga.
Há muitos trabalhos originais, verdadeiras pesquisas que merecem a reprodução em livros. Outros, à lixeira.
Mas tem que ficar muito atento, ter muita leitura de bibliografias para distinguir quando parágrafos, às vezes longos trechos são copiados de outros autores por alunos malandros, que posam de inteligentes e de espertos, mas do tipo esperteza do mal.

Como são milhares de TCC’s para orientação e julgamento em todo semestre, em centenas de cursos nas mais diversas faculdades, muita coisa passa desapercebida e às vezes o aluno recebe um dez brilhante, com estrelinhas, mas injustamente, porque fruto de um trabalho de outrem copiado, plagiado. Uma farsa.

Se for descoberto há como denunciar, me disse ele, e o aluno pode até ser desmascarado e perder o diploma de conclusão de curso.

Um comentário:

  1. Prezado Valmir. Há muito venho observado este "crime" que determinados rádio-jornalistas cometem diariamente e que agora, vens a público denunciar (ou comentar).Isto é uma vergonha (no verdadeiro sentido da palavra. Parabéns pelo comentário.
    Abraços
    Flávio B. Nunes

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