(Lei Ordinária nº 1.913/17, de 10 de maio de 2017).
Passa a denominar-se Avenida Desembargador
Norberto Ulysséa Ungaretti, a Estrada Geral da Barbacena, que se inicia no Bairro
Portinho, margem com a Rodovia SC-436, e segue em direção a Barbacena no
sentido Norte, onde se encontra com a BR-101.
Quem foi
Foto: Fátima Barreto Michels |
Norberto Ulysséa Ungaretti, nascido em 15 de maio de
1936, em Laguna, foi um jurista, historiador, professor universitário, advogado
e político brasileiro.
Era filho de Gil
Ungaretti, prefeito nomeado da Laguna de 12 de outubro de 1930 a 28 de outubro
de 1930, e de Otilia Ulysséa Ungaretti. Era casado com dª Ecely e tinha cinco filhos, Norberto Jr., Henrique, Ana Isabel, Marília e Maria Helena.
Fez o curso primário no Grupo Escolar Jerônimo Coelho,
o secundário no Ginásio Lagunense e na Escola Técnica de Comércio Lagunense, formando-se
em 1960 em Direito, pela antiga Faculdade de Direito de Santa Catarina, hoje Universidade
Federal de SC.
Foi referência
de conduta na classe jurídica e teve uma vida voltada para a prática da
caridade, sendo um grande divulgador da doutrina espírita em nosso estado.
Exerceu a
advocacia em Florianópolis até seu falecimento.
Iniciou sua
carreira aos 20 anos de idade, como secretário particular do governador Jorge
Lacerda (1956-1958). Na sequência foi convidado a assumir como subchefe da Casa
Civil do governo Heriberto Hülse (1959-1961). Foi consultor jurídico e
procurador fiscal do Estado, secretário de Estado do Interior e Justiça no
governo Ivo Silveira, professor de Direito Civil no Centro de Ciências Jurídicas
da UFSC, professor e diretor da Escola Superior da Magistratura de Santa Catarina,
desembargador do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, membro do Conselho
Estadual de Cultura, presidente da comissão que elaborou o anteprojeto da Constituição
do Estado de Santa Catarina em 1967, e da Lei Orgânica dos Municípios de Santa
Catarina.
Concorreu pela União Democrática Nacional (UDN) a uma
vaga na Câmara Municipal de Florianópolis, na 5º Legislatura (1963-1967), sendo
eleito com 742 votos, o vereador mais votado na área central da capital.
Em 1965, com a renúncia de Dakir Polidoro à presidência
da Câmara Municipal, foi eleito por unanimidade para exercer a função, e
reeleito em 1966. Foi a primeira vez na história da câmara que todos os partidos
uniram-se para eleger um presidente. Em outubro de 1966, renunciou à presidência
por ter sido nomeado secretário estadual do Interior e Justiça.
Foi sócio
fundador e presidente do conselho deliberativo da Associação Catarinense para
Integração do Cego (ACIC), sócio fundador e vice-presidente do Lagoa Iate Club
-LIC, membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina e
titular da cadeira 40 da Academia Catarinense de Letras, presidente da Sociedade
Espírita Obreiros da Vida Eterna (SEOVE), entidade que mantém um asilo para
idosos carentes em Florianópolis. Foi também membro de bancas examinadoras de
concursos para docentes na UFSC e para juízes do Tribunal Regional Eleitoral e
Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina.
Durante os mais
de 40 anos em que exerceu a profissão de professor de Direito Civil da
Universidade Federal de Santa Catarina, foi sucessivamente homenageado pelas
turmas formandas como nome de turma, patrono, paraninfo ou professor homenageado.
Suas aulas eram proferidas sentado na cadeira, sem jamais fazer uso de qualquer
recurso visual como retroprojetores ou data
shows, sendo reconhecidas por grandes lições de vida e pelo dom da
oratória.
É autor de trabalhos sobre Direito e História de Santa
Catarina. Em 2002 lançou o livro “Laguna:
Um pouco do passado”, obra dedicada a sua mãe Otília Ulysséa Ingaretti.
Foi homenageado
pela Câmara Municipal de Florianópolis através do Projeto de Resolução nº
313/94, Resolução nº570/94, recebendo o título de cidadão honorário e, através
do Projeto de Resolução nº 212/85, Resolução nº 228/85, a Medalha de Mérito do
Município.
Do governo do Estado recebeu a Medalha Anita Garibaldi,
Medalha de Mérito Judiciário (concedida pelo Tribunal de Justiça de Santa
Catarina), Medalha Castorina Lobo de S.Thiago (concedida pela Assembleia
Legislativa do Estado), e Medalha do Mérito da Associação dos Magistrados Catarinenses.
Faleceu em 9 de janeiro de 2014, aos 77 anos, em Florianópolis, onde foi
sepultado.
Muito orgulhosa por ele. Um ser humano além das melhores expectativas. Agradeço o reconhecimento.
ResponderExcluirMerecido!
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