quinta-feira, 1 de junho de 2017

Rua Juiz Erwin Rubi Peressoni Teixeira

 (Lei Ordinária nº 1.914/17, de 9 de maio de 2017).

Passa a denominar-se Rua Juiz Erwin Rubi Peressoni Teixeira, a Rua Engenheiro Cândido Lucas Gaffrée, no bairro Mar Grosso, que tem seu início na Rua Abelardo Calil Bulos e seu término na Rua Dr. Aurélio Rótolo.

Quem foi


Foto: Valmir Guedes Jr.
Erwin Rubi Peressoni Teixeira nasceu na Laguna, em 11/3/1932. Filho de Clara Peressoni Teixeira e Rubi Pinho Teixeira.
Estudou no Grupo Escolar Jerônimo Coelho, posteriormente cursando o 1º e 2º ano do estudo complementar em Lages, como interno do Colégio Diocesano daquele município. Concluiu o último ano do 2º Grau no Colégio Catarinense, em Florianópolis, onde colou grau.
Em 1950 prestou vestibular e foi aprovado na antiga Faculdade de Direito, em Florianópolis. Cursa até o 2º ano depois se transferindo para a Pontifícia Universidade Católica – PUC, em Porto Alegre-RS, onde colou grau em 1955 como Bacharel em Direito.

Desde 1953, já era estagiário de direito no Escritório de Advocacia Ariosto Jagger, em Porto Alegre-RS, e onde, já como advogado, em 1955 , vinculado a tal escritório, foi assessor jurídico do município de Santa Rosa-RS.
 Em 1956, é aprovado, por concurso público, no Ministério Público de Santa Catarina, tendo sido nomeado, em 03/2/56, Promotor Público da Comarca de Bom Retiro.

 Em 20/4/1957, casa-se com D. Anny Brown Teixeira, em Porto Alegre–RS, de quem fica viúvo em 14/5/1997, união da qual nasceram os filhos Ervin Rubi Teixeira, Willian Antônio Brown Teixeira, James Brown Teixeira e Cecilia Brown Teixeira.
 Em 30/7/1958, é nomeado Promotor Público da Comarca de Braço do Norte, sendo o primeiro promotor dessa Comarca.
 Em 16/4/1959, é nomeado Promotor Público da Comarca de Turvo (também 1º Promotor da Comarca).
 Em 1960, presta concurso e é aprovado em 1º lugar na magistratura de Santa Catarina, tendo sido nomeado em 24/4/1961 como Juiz Substituto da Comarca de Tubarão.

Em 30/1/1962, é nomeado Juiz de Direito de 1ª Entrância da Comarca de Mondai.
 Em 24/3/1966, é nomeado Juiz de Direito de 2ª Entrância da Comarca de Dionísio Cerqueira.
Em 18/10/1966, é nomeado Juiz de Direito de 2ª Entrância da comarca de Urussanga.
 Em 29/3/1968, é nomeado Juiz de Direito de 3ª Entrância da comarca de Xanxerê.
 Em 29/10/1969, é nomeado Juiz de Direito de 3ª Entrância da Comarca da Laguna.
 E, finalmente, 30/9/1985, é nomeado Juiz de Direito de 4ª entrância da 3ª Vara Cível da Comarca da Capital, sucedendo seu amigo e também lagunense Juiz Márcio de Souza Batista.
Nesse período e até sua aposentadoria, também atuou como Juiz de 2º Grau no Tribunal de Justiça de Santa Catarina, substituindo o Desembargador e também lagunense Dr. Norberto Ulysséa Ungaretti.

De família tradicional, era um homem inteligente, culto, admirador de música erudita. Com seu inseparável charuto, executava ao piano trechos de tocatas de Bach.
Na década de 50, formou o Conjunto Ases da Melodia, juntamente com Francisco Pfeil Stiker, Cláudio Rodrigues de Araújo Horn, Vérgis Araújo Duarte, Títio Lívio Baião e Newton Vaz. Tocava gaita e sax. Bons e musicais tempos.

Antigomobilista, era proprietário de vários exemplares de carros antigos, entre os quais um Belcar 1966 e um Ford T 1923, o famoso Ford bigode, sua grande paixão.
Foi um dos fundadores, em 1959, da Associação Catarinense do Ministério Público – ACMP.
Em abril de 1961, foi empossado no cargo de juiz-substituto da Comarca da Laguna e em seguida assumiu a titularidade por mais de vinte anos. Foi membro da Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC).
Foi testemunha e partícipe de muitos acontecimentos de nossa terra. Nunca cerrou as portas de seu gabinete aos mais necessitados e humildes. Suas sentenças dotadas de amplo conhecimento e estribadas no profissionalismo jurídico eram confirmadas pelos tribunais superiores.

Em 1979, quando do encalhe do navio grego Malteza S, nas águas da Praia do Gi, na Laguna, ante o eminente desastre ecológico de óleo, combustível e milho a ser derramado, que comprometeria todo o eco sistema do complexo lagunar, autorizou os socorristas e técnicos a adentrarem na embarcação para resolverem o problema. Enquanto isso o Itamaraty demorava-se na burocracia.
Pela corajosa atitude, já que envolvia Direito Internacional, foi parabenizado por inúmeras autoridades e órgãos ambientais, entre eles o então senador pelo MDB de São Paulo, Franco Montoro, além do Ministério Público, Câmara de deputados e Associação de Preservação do Meio Ambiente de Santa Catarina – Aprema.
 Sua trajetória profissional sempre foi motivo de orgulho aos lagunenses.

Foi um dos signatários do pedido para o Tombamento do Centro Histórico da Laguna, em 1985.
Alguns anos depois deixou registrado publicamente, numa reunião no Clube Congresso, seu arrependimento ao apoio e pela forma como foi efetuado e conduzido o tombamento. Foi bastante aplaudido à ocasião, pela sinceridade, aliás, uma de suas qualidades natas.

Aposentou-se em 22 de fevereiro de 1990 e faleceu em 19 de janeiro de 2012, aos 79 anos, deixando uma grande lacuna em nossa cidade e para quem o conheceu e conviveu.

2 comentários:

  1. Não concordo com prestigiar um em detrimento de outro.

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  2. Os Lagunenses tem que ter em mente que o mais natural é prestigiar os seus filhos e filhas e não pessoas que pouco , quase nada ou nada fizeram pela cidade . No caso em tela, com todo o respeito , o Eng. Gafrêe levantou panos da cidade e nunca mais voltou para Laguna e, ainda , deixou laços e sementes familiares na cidade . Qual a razão então de manter seu nome ? Aliás, se fosse prefeito , iria propor aos vereadores a troca do nome de todos os logradouros com nomes de pessoas que nunca estiveram na cidade ou sabiam em que estado da república se localizava . E na cidade temos vários exemplos do fato . É só andar pela cidade e reparar . LAGUNA PARA OS LAGUNENSES E PARA QUEM , MESMO SENDO NATURAL DE OUTRO LUGAR , FEZ ALGO RELEVANTE PARA A CIDADE. Abraço e obrigado Valmir pelas palavras dirigidas ao meu pai .

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