Além da
alteração este ano do itinerário da transladação de Santo Antônio dos Anjos, outras
mudanças também causaram polêmicas.
Foto: Jeferson Baldo/Secom |
A tal “cordinha de segurança”
Outra mudança
que deu o que falar foi a implantação de uma “cordinha de segurança” ao redor
do santo.
Dentro dela,
de acordo com a decisão do esforçado e polêmico provedor Leonardo Demétrio e membros da diretoria da
Irmandade, só poderiam vir o governador e o prefeito, com suas respectivas primeiras
damas. Além, é lógico, dos padres e de membros da irmandade empurrando o carrinho-andor.
Demais autoridades, políticos, deputados, vereadores, foram proibidas terminantemente de adentrarem ao “recinto”, quebrando uma cultura enraizada há muitos anos. Medida questionável? Penso que nem tanto.
Demais autoridades, políticos, deputados, vereadores, foram proibidas terminantemente de adentrarem ao “recinto”, quebrando uma cultura enraizada há muitos anos. Medida questionável? Penso que nem tanto.
Acostumados
anualmente a serem o centro das atenções e caminharem coladinhos ao primeiro
mandatário do estado dando os costumeiros tchauzinhos para o povo, vocês imaginem a surpresa por não adentrarem na área vip?
Houve
protestos, insistências de alguns e até o famoso carteiraço, mas decisão tomada foi decisão cumprida. Há quem jure ter ouvido um sujeito de camisa na cor rosa reclamando e dizendo que era autoridade, diretor de não sei o quê na Laguna. Não teve choradinha.
Diríamos que
muitos políticos e outras autoridades ficaram na “turma da pipoca”, isso é, caminhando
fora da cordinha. Por causa desse fato houve quem, chateado, não acompanhasse a transladação. Santo Antônio dos Anjos, o homenageado, observava em silêncio as picuinhas e perdoava certos pecados humanos, principalmente os da vaidade e orgulho.
Sem cadeiras preferenciais
Havia outras surpresas. Foi quando alguns políticos ficaram sabendo que não existiam mais suas cadeiras especiais, como anualmente
acontecia para acompanharem a trezena. Foram reservadas somente quatro assentos para o governador e prefeito. Quem quisesse lugar lá na frente que adentrasse à igreja pelos corredores
laterais, como qualquer mortal cristão. Houve protestos. Uma deputada teria procurado o padre para reclamar. Foi ouvida mas não atendida. Quem sabe da próxima vez vá se queixar ao bispo?
Prefeito Mauro Candemil e Elys; governador Eduardo Pinho Moreira e Nicole recebem a benção do Santíssimo, conduzido pelo padre Itamar Faísca. Foto: Elvis Palma |
Por fim, outra
alteração foi a não realização este ano do tradicional coquetel na casa paroquial,
ao lado da matriz. Soube que o padre Lenoir Steiner Becker tomou a decisão de não realizar o fino rega-bofe,
mesmo com certas insistências de algumas senhoras da nossa sociedade.
Tickets para o churrasco
Logo após a
trezena foram entregues em mãos às autoridades presentes, tickets para saborearem o churrasco
no salão do Centro Cultural. Não tinham como recusar, o que seria evidentemente uma desfeita.
E lá foram
eles, governador, prefeito, padres, deputados, alguns vereadores, assessores e também os puxa-sacos – que estes sempre os há, em qualquer tempo e lugar - no meio da multidão, sorrindo, pedindo licença para um, abraçando outro ali, apertando a mão de um terceiro acolá, até chegar
à área designada. Ufa! Cansa, mas a eleição, vocês sabem, já é em outubro vindouro.
No meio do povo, atravessando o salão do Centro Cultural e sendo muito cumprimentados, o governador Pinho Moreira e o prefeito Mauro Candemil com suas respectivas primeiras damas. Foto: Elvis Palma |
E para substituir o tradicional coquetel? Outro coquetel, ora bolas!
Para
substituir o evento na casa paroquial, prefeitura organizou um coquetel para
autoridades no salão do prédio do Iphan. Era uma forma de compensar o primeiro que não aconteceria.
Por causa de informações desencontradas havia
políticos completamente perdidos pela praça, sem saber que direção tomar. Casa Paroquial? Iphan? Centro Cultural Santo Antônio?
Um jornalista parecia uma barata tonta pelo Jardim em busca de um saco perdido - mas poderoso - para puxar e esticar. Vai que sai uma publicidadezinha...
Enquanto isso o público no palco externo ria muito com os "causos" contados pela dª Maricotinha, a manezinha vinda lá do Ribeirão da Ilha, de Floripa. Muita piada de sexo. Coitado do seu marido Tibério. Então, então, então ...
Logo depois Juízo Final. A Banda.
Bem, só lá depois das 11 da noite foi que o governador Pinho Moreira com o prefeito e pequena comitiva se dirigiram ao coquetel no prédio do Iphan. Por causa do atraso, com o tempo passando célere nos ponteiros do relógio da matriz, uma das organizadoras teria dado alguns chiliques do alto de seus finos saltos. Tic-tac-tic-tac.
Parabéns pela festa
Um jornalista parecia uma barata tonta pelo Jardim em busca de um saco perdido - mas poderoso - para puxar e esticar. Vai que sai uma publicidadezinha...
Enquanto isso o público no palco externo ria muito com os "causos" contados pela dª Maricotinha, a manezinha vinda lá do Ribeirão da Ilha, de Floripa. Muita piada de sexo. Coitado do seu marido Tibério. Então, então, então ...
Logo depois Juízo Final. A Banda.
Fiz o registro. Arrombastes dª Maricotinha. No canto direito do palco o repórter-fotográfico Elvis Palma ri e prepara as afiadas lentes. |
Parabéns pela festa
Todas essas
mudanças, essas alterações, foram temas das conversas na sociedade - e em sociedade tudo se sabe, já dizia o famoso colunista social Ibrahim Sued - com os respectivos prós e contras.
No mais, neste dia 13 em honra ao padroeiro, fim de mais uma comemoração, os parabéns aos festeiros, aos padres Itamar e Lenoir e ao provedor Leonardo Demétrio e demais membros da Irmandade, pelo brilhantismo da festa.
No mais, neste dia 13 em honra ao padroeiro, fim de mais uma comemoração, os parabéns aos festeiros, aos padres Itamar e Lenoir e ao provedor Leonardo Demétrio e demais membros da Irmandade, pelo brilhantismo da festa.
A classe política esta um pouco desacreditada e para todos é mais fácil criticar do que ir atrás dos fatos. Não podemos generalizar. Acho que foi um ato errado ter proibido eles de vir acompanhando o santo. Até por que na hora de pedir dinheiro a igreja vai até eles em nome do Santo. Tem politico ali que independente de estar no poder ou não sempre veio a Laguna nessa data. Minha opinião foi um ato errado de quem proibiu. Luís Eduardo Ulysséa Rollin
ResponderExcluirÓtima descrição. Parecia que eu era testemunha. Ri muito. Só tu mesmo para deixar a gente por dentro dos bastidores.
ResponderExcluirEdison de Jesus
Otimo relato, perfeita interpretação de comportamentos ridículos, independente de quem for, política não deve se misturar com fé e todos são iguais, sempre achei feio aqueles políticos agarrados no pé do Santo, se alguém pede algo para a cidade em nome do Santo é canalha, e é canalha quem compra redenção, dinheiro para os municípios é um direito é obrigação e não objeto de troca. Politicos não deviam ter medo ou qualquer outro motivo para não se misturar ao povo, palhaçada numa festa cristã e pessoas brigando por privilégios, e teve birrento abandonando a procissão, disseste bem o Santo a tudo vê.
ResponderExcluirGostei da "cordinha". Acabou com aquela festa de políticos querendo se aparecer. E o coquetel era só pra uma elite, os escolhidos. Vão comer pinhão e tomar quentão como todo mundo.
ResponderExcluirGeraldo Andrade Silva