quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Estreia Babilônia, a novela

A nova novela da TV Globo, no lugar de Império, estreia mês que vem. No papel de uma das vilãs, Inês, interpretada por Adriana Esteves.

"Babilônia" (soa de alguma forma familiar para você?) é o nome da novela escrita por Gilberto Braga, João Ximenes Braga e Ricardo Linhares, que substitui "Império" no horário das 21h da TV Globo.
Com previsão de estreia para 16 de março de 2015 e direção de Dennis Carvalho.

O casal protagonista é formado por Camila Pitanga e Thiago Fragoso. A morena será moradora da comunidade e seu par romântico um advogado idealista que vai lutar contra injustiças.

Casal gay
Como não poderia deixar de ser, há o núcleo gay da novela, para combater a homofobia, dizem os diretores. Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg, vejam só, duas lendas do teatro e televisão, formarão um casal de lésbicas do folhetim: duas mulheres de 80 anos que vivem um casamento.
Outro casal gay será interpretado por Marcos Pasquim (que esteve aqui no carnaval deste ano, meio que de última hora, lembra?) e o ator Marcelo Mello Jr. Os dois farão um par romântico, com Pasquim (Carlos Alberto) fazendo de tudo para esconder sua orientação sexual, principalmente de seu filho, que será homofóbico.
Isso já foi explorado em novela anterior, não é mesmo? Nada se cria, tudo se copia.

Três vilãs
Uma das vilãs da história, Beatriz, será interpretada por Glória Pires. É uma ninfomaníaca que se livra dos homens depois de seduzi-los. Ela terá uma rivalidade ferrenha com outra malvada, Inês, vivida por Adriana Esteves. E Deborah Evelyn também dará vida a uma megera, uma mulher dominada por seu desequilíbrio emocional.

Dennis Carvalho afirmou que a intenção da novela é mostrar a honestidade dos personagens e como eles lidam com as injustiças.
"A bandeira a ser levantada pela novela será a da dignidade e a da honestidade, por meio dos personagens da Camila e do Thiago", pontuou.

Honestidade e dignidade, tão em falta hoje no país.
Babilônia.

O diretor também disse que a trama está focada na ambição do ser humano, suas fraquezas e angústias, que geram discórdias e enfrentamentos.
"A novela trata dos conflitos dramáticos de inveja, de ciúme, de conquista e de ambição dos personagens de Glória Pires, Adriana Esteves e Camila Pitanga. São estas três mulheres que carregam a história", completou.

Ainda no "time do mal", Bruno Gagliasso também vai encarnar um grande vilão, um cafetão que vai transformar a personagem de Sophie Charlotte em uma prostituta de luxo.

A novela recebeu esse nome por causa do Morro da Babilônia, que fica na Zona Sul do Rio de Janeiro, região onde é ambientada a trama.

Ninfomaníaca, cafetão, desequilibrada, prostituta, gays, homofobia, megeras, vilãs, ambição, angústia, inveja, ciúme, injustiças, honestidade, dignidade. A vida como ela é, no dizer de Nelson Rodrigues.

Como se vê, nada de inovador, nada de diferente, tal e qual a tantas outras novelas ultimamente da TV Globo. Aliás, alguém ainda assiste novelas?

Mas a vida real é mesmo sempre assim?

Por que não novelas com enredos de vida de gente que estudou com dificuldade, que se formou trabalhando de dia e pegando dois, três ônibus até tarde da noite? 
Por que não a história de um operário? Ou de um presidente de empresa que galgou degraus dentro dessa empresa? 
Por que não a história de uma médica que presta assistência a necessitados no interior do país? 
De gente que anonimamente faz caridade por esse Brasil afora? 
De uma professora de mísero salário que ajuda a formar o amanhã do país? 
De um técnico de saúde, de um enfermeiro, convivendo diariamente com inúmeras dificuldades, além da dor e morte?

Nada disso, simplesmente porque isso não dá ibope. Infelizmente.

***

Onde ficava a Babilônia?
A novela Babilônia certamente fará referência à babilônia metafórica, àquela situada na Mesopotâmia, hoje Iraque. Uma cidade onde ficava uma das sete maravilhas do mundo, Os Jardins Suspensos da Babilônia, não tem?
Digamos que hoje seria um ponto turístico obrigatório constante em qualquer folder ou vídeo de divulgação mundial.
A Torre de Babel.

Não confundir Babilônia com Torre de Babel. Esta foi muito antes e reza a lenda que era uma torre (prédio) que os homens edificavam para chegar até os céus. Mas o Deus hebraico Javé não gostou da concorrência. Desceu e, digamos que impediu a empreitada, rasgando o contrato de licitação, proibindo termos aditivos e trancando verbas, principalmente quando descobriu que havia pagamentos de comissões por fora.

Além disso misturou a linguagem da época, criando com isso uma grande confusão onde ninguém compreendia mais ninguém. 

Logo, a palavra Babel virou sinônimo de balbúrdia, onde todos davam ordens e ninguém entendia.

A cidade babilônica teve papel importante na história de toda a Mesopotâmia, era o centro político, econômico, de decisões e chegou a ser capital do império. Uma espécie de República Juliana, sabe?

Mas por culpa de péssimos governantes com o passar dos anos se transformou em ruínas, buracos, esgoto a céu aberto e matos pelas ruas. Monumentos desleixados e até o seu famoso Jardim foi abandonado. O povo reclamava mas os governantes diziam que estava tudo bem, tudo ótimo, que nunca antes tinham sido realizadas tantas obras.
Ao final a cidade foi dissolvida como província.

P S: Como diz o final da sinopse, praxe em toda obra de criação, de ficção, qualquer semelhança da cidade de Babilônia com outra qualquer será mera coincidência.

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