sábado, 3 de agosto de 2019

Três anos sem o Sino do Museu Anita Garibaldi

Foi na madrugada de 4 de agosto de 2016 que o Sino do Museu Anita Garibaldi foi furtado. Portanto, neste domingo faz três anos do ocorrido.
A data é simbólica porque também marca o falecimento de Anita Garibaldi, em 1849, aos 27 anos, em Mandriole, na Itália.
À época aventou-se a hipótese que o furto do objeto histórico do Museu teria sido encomendado por algum colecionador. Investigações foram efetuadas, mas não chegaram aos criminosos e até hoje o paradeiro do sino é um mistério. 
Em maio de 2018 aconteceu um seminário na Laguna onde se discutiu a segurança do acervo da cidade com base no caso do sino.
A coordenadora do curso da Ufsc Luciana Silveira, que na ocasião apresentou o tema “Segurança e Preservação de Acervos”, ressaltou que o roubo foi um alerta para a falta de segurança do patrimônio histórico da cidade. Ela defendeu que o papel de garantir a segurança do acervo é de todos.
Ao fim dos trabalhos, um documento foi apresentado pelo Iphan com duas opções:

O Iphan apresentou duas opções:
1 – deixar a sinaleira vazia pelo impacto visual que ela causa, de sensação de perda. Instalar na lateral da sineira uma placa com a informação sobre a história do sino, sua função no período colonial e que, atualmente, o espaço da sineira está vazio em memória do último sino roubado;

2 – mas, se realmente, a população acha necessário incluir um novo sino, que o mesmo seja uma obra composta por outro material e desenho, com data de fabricação, de maneira a deixar claro para qualquer visitante, que se trata de um novo sino em substituição ao anterior. Uma placa informativa sobre este novo objeto e o fato ocorrido sobre o roubo do sino.

Um novo sino
Estou entre os que acham que um novo sino deva ser instalado, com a devida placa informativa. Um novo sino do mesmo material, formato e tamanho não custa mais do que R$ 5 mil.
Mas a Fundação Lagunense de Cultura optou pela primeira opção e o arco-sineiro do Museu continua vazio, com uma singela placa explicativa. Penso que a decisão deva ser repensada. 
E se algum dia o sino original for recuperado, deveria ser colocado numa cúpula de vidro no interior do prédio, com toda segurança, com um painel explicativo do ocorrido, deixando a réplica no lugar.

4 comentários:

  1. Geraldo de Jesus04/08/2019, 16:04

    Também acho que deveriam botar uma replica no lugar. Fica tão feio sem.

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  2. Edison de Andrade05/08/2019, 12:31

    Tem que dar uma recompensa pra quem der qualquer informação. Ou a prefeitura contratar um detetive particular.

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  3. A plaquinha nem ao menos informou o autor da"reflexão", será por vergonha?

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  4. Os dizeres da placa foram as palavras da museológa Renata Citadin, no encerramento do Seminário sobre o Sino. Vale ressaltar que formou-se uma comissão a partir dos participantes do Seminário para repensar sobre a substituição. A Fundação chegou a articular com o curso de arquitetura da UDESC propostas para o novo sino. A proposta escolhida não apresentava um sino, mas intervenções visuais na praça, com monóculos, para visualizar a sineira com o sino antigo. Serão implantadas durante a revitalização do Museu. Com a abertura da Casa de Anita o Museu Histórico será fechado para obras e reaberto no ano que vem com novo mobiliário expositivo, iluminação e também com a intervenção escolhida

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