segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Laguna precisa de um Ouvidor-observador

Radialista João Manoel Vicente, decano do rádio sulino, e que também foi vereador em nossa cidade, além de assessor de imprensa da Câmara de Vereadores e Prefeitura, há algum tempo, numa roda de amigos, trouxe uma ideia que achei legal, anotei e trago agora para vocês.

Dizia ele então, que achava interessante o surgimento do chamado Ouvidor em prefeitura, para atendimento ao cidadão. Foi o ex-prefeito Cadorin quem primeiro criou o sistema aqui na Laguna. J. Raulino era o Ouvidor-mór, lembram? Alô? Alô?

Leio que a atual administração da Laguna Everaldo/Ivete pretende criar uma central de atendimento ao cidadão com integração de alguns setores de prestação de serviço, como os departamentos de fiscalização, Procon, protocolo, além de atendimento ao turista.
O espaço servirá como um primeiro atendimento do governo ao cidadão. Servidores serão treinados para direcionar a população aos locais corretos dentro do prédio da prefeitura.

Mas, dizia João há muitos anos, que se devia  ir adiante ao projeto, um passo a mais no sistema.

Em vez de ficar aguardando, por telefone e numa central de atendimento na prefeitura, pelas dúvidas, reclamações e sugestões dos munícipes, deveria ser criado um ouvidor-olho-vivo (observador) para sair às ruas.
Munido de uma caderneta e caneta (e hoje também com uma máquina digital) o sujeito-observador iria registrando o que encontrasse de problemas e deficiências.
Mas exclusivamente os pequenos problemas do cotidiano da cidade e de sua população e que contam muito, apesar de muitos administradores relegarem a segundos planos suas soluções.

O prefeito anterior quando se deparava com esses pequenos problemas, afirmava seguidamente pela imprensa que eram “pontuais”.
Só que de pontual em pontual a coisa vai somando e se transformando em problemas maiores. Depois fica difícil administrá-los.
E muitas vezes perdem-se eleições por conta disso.

Pequenos problemas tipo: um buraco numa via, um bueiro quebrado, a lâmpada do poste queimada, uma lixeira que falta, aquele monumento que precisa ser limpo e iluminado, a limpeza do mato num meio-fio, a falta ou reposição de uma placa de sinalização, uma faixa para pedestres apagada, a notificação a um proprietário para consertar a calçada... etc.
De posse das anotações, nosso observador semanalmente faria um sucinto relatório e encaminharia as observações ao secretário ou encarregado para as providências, com cópia para o prefeito e vice, naturalmente. Hoje com e-mails é fácil, fácil.

À medida que os problemas forem sendo solucionados são “baixados” da lista. O que não forem, ficam lá registrados, esperando soluções.
Com isso matam-se dois coelhos com uma só cajadada. Resolvem-se problemas ainda na raiz, filtrando-os antes até das reclamações na imprensa e rádio, e esvazia-se o volume de reclamações que serão atendidas numa central de atendimento ao cidadão.

Fica a sugestão, prefeito Everaldo e vice Ivete. E é “De grátis”.

Um comentário:

  1. AGILMAR MACHADO

    Caro Valmir: Não discordo das medidas supra sugeridas, mas há critério mais eficiente que já aplicávamos no município de Lages, período 1973/77 (quando oportunamente foi criada a Festa do Pinhão). É a administração descentralizada (sem admissão de mais ninguém no quadro do funcionalismo municipal). Sentimos essa necessidade para minimizar o problema de atendimentos clientelistas e absolutamente individualistas na sede municipal, para abranger cada região do município, atendendo, "in loco", as postulações mais justas e efetivamente procedentes. Jamais conheci nada que funcionasse tão eficientemente.
    Abraços e sucesso, Irmão.
    S.:F.:U.:, Agilmar

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