segunda-feira, 22 de abril de 2013

Quem duvida é louco

Em política, quem duvida é louco.
Você prezado leitor, suado contribuinte e eleitor, duvidaria, por exemplo, se o PMDB desembarcasse do governo Raimundo ano que vem, lançando candidaturas próprias ao governo do estado e ao senado?
O senador Luiz Henrique da Silveira em entrevista publicada neste fim de semana no DC duvida dessa decisão, já que todos os peemedebistas companheiros teriam que deixar os cargos comissionados (e aí, vai encarar?) e Luiz Henrique não vê isso como viável. E também diz que não seria candidato ao governo do estado. “É impossível, é ilusório”. “Este é meu último mandato eletivo”, afirma. E para presidência do senado, não vai nada?

E como fica o PSDB catarinense que nem foi citado na entrevista e nas composições futuras? Deputado Marcos Vieira diz que se não fosse o PSDB Luiz Henrique não teria sido eleito governador em 2002.

E que tal se em junho próximo o deputado Mauro Mariani fosse eleito presidente do PMDB estadual, tendo como vice outro Mauro, o lagunense Candemil? E se ano que vem Mariani se afastasse da presidência do partido e fosse candidato à vaga de senador, assumindo então Mauro Candemil a presidência da sigla?

E se a ala do PT que quer lançar candidatura própria ao governo do estado saísse vitoriosa, e Mauro Cláudio Vignatti fosse o nome de consenso na cabeça de chapa?

E se o governador Raimundo Colombo (PSD) na falta do PMDB, compusesse com o PP, tendo como seu vice ao governo do estado o deputado Esperidião Amin?

E se aqui na aldeia, ano que vem, no mesmo palanque montado para Dilma estivessem lado a lado, aos abraços, o prefeito Everaldo dos Santos e o ex-prefeito Célio Antônio?

E se o PP ocupasse a candidatura da primeira suplência ao senado (a principal seria do PT-Ideli Salvatti) com forte nominata para deputado federal e estadual?

E se a tríplice virasse quíntupla aliança? (PSD/PMDB/PSDB/PT/PP?)

E se todos vivessem em plena harmonia? Sem serem oposição, todos pertencendo à situação, sem jamais fazer política com o fígado? Todos bonzinhos em auréolas resplandecentes?
Imaginem todos os políticos convivendo numa corrente pra-frente e única, um nirvana pleno, atingindo o clímax do gozo (epa!) de uma paz onde todos fossem contemplados em suas aspirações e desejos? (E muitos cargos, evidentemente).

E se... E se...

Fazer oposição nos dias de hoje é pra gentinha ou os chamados raivinhas que vivem a olhar pelo retrovisor e a relembrar teimosamente incoerências, péssimas administrações, promessas, críticas, decisões e opiniões emitidas no passado.

Ser oposição hoje e olhar pra trás “vira mulher de Ló, estátua de sal”, como prega o senador Luiz Henrique da Silveira.
Deve-se olhar sempre pra frente, para 2014, 2018, 2022... Em planos infinitos, imortais, compondo as mais esdrúxulas alianças em nome de um todo universal, chamado, simplesmente, de governabilidade, onde entram, participam e se aglutinam os mais estranhos elementos, muitos deles já escorraçados pelo voto popular. É cobra com cobra, aranha com aranha e jacaré com jacaré.

Nada de bater em adversários, aliás, nem adversários há mais para bater. Eles surgem somente quando das campanhas, nos discursos de palanques, iludindo os otários dos eleitores que ainda crêem em mudanças e se indispõem com familiares e amigos.
Passada a refrega, o calor da campanha, tudo se ajusta num eterno jogo de faz de conta, onde o placar não sai nunca do zero-a-zero.

Em política tudo pode acontecer, questão de momento e rearranjos. Nós eleitores e contribuintes é que já estamos enjoados e desarranjados com tanto sapo para engolir. Haja Plazil. Haja Sonrisal.

Enquanto eles vão se ajeitando lá em cima em suas confabulações políticas e acertos futuros, nós a massa ignara aqui de baixo, da planície, tão descrentes e desesperançosos que estamos nos últimos anos, vamos vivendo e convivendo com uma realidade bem diferente, onde:

A Educação Ó...
A Saúde Ó...
A Segurança Ó...
E o salário Ó...Ó...Ó...

2 comentários:

  1. Valmir
    Estás com plena razão, parabéns pelo excelente artigo. Esta semana minha mulher completou sua liberdade política, agora não tenho necessidade de ir às urnas para acompanha-la. Estamos com a carta de alforria em nossas mãos. Hoje para tirar-me de casa para votar, não será qualquer um político.É com grande pesar que vejo os brasileiros conseguirem suas liberdades de escolhas somente aos 70 anos de idade.
    Um grande abraço.

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  2. Não seria "CLAUDIO" Vignatti, ao invés de Mauro Vignatti?

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