sábado, 25 de julho de 2015

Rua Ramalhete - Tavito/Azambuja


Canção inesquecível. Há também uma gravação de Biafra com o Roupa Nova, com um baita solo de guitarra do Kiko.
Outros tempos... Nostalgia pura. Foi a rua Ramalhete, mas podia ser qualquer outra rua por aí, onde caminhamos em nossas vidas.


Dia desses, Tavito no Canal Brasil contou como surgiu esta canção.
Em Belo Horizonte, existe a Rua Ramalhete, que naquela época, décadas de 60/70, era um quarteirão com umas cinquenta casas.
Foi ali que viveu sua infância e juventude, as primeiras descobertas... os namoros, os bailes, as irmãs dos amigos, enfim, “um tempo onde ainda havia o preâmbulo”, usando palavras dele.
Coisa que hoje não existe mais.

Em 1979, Tavito estava se preparando para gravar seu primeiro LP. Em vinil, evidentemente. A gravação seria numa segunda-feira.
No sábado, recebeu uma ligação de um amigo contando que estava em sua casa, visitando ele e sua mulher, uma amiga daquela época da mocidade, moradora da rua Ramalhete, a Bete.
Inspirado com a lembrança, Tavito, em poucos minutos compôs a canção, juntamente com Azambuja.

E assim surgiu “Rua Ramalhete”, que acabou entrando na gravação do disco e tornou-se grande sucesso, até hoje sendo a mais solicitada em shows, o carro-chefe.

Na citada rua, uma placa foi afixada pelos moradores em julho de 2005, agradecendo aos autores pela bela composição.

Sem querer fui me lembrar
De uma rua e seus ramalhetes,
O amor anotado em bilhetes,
Daquelas tardes.

No muro do Sacré-Coeur,
De uniforme e olhar de rapina,
Nossos bailes no clube da esquina,
Quanta saudade!

Muito prazer, vamos dançar
Que eu vou falar no seu ouvido
Coisas que vão fazer você tremer dentro do vestido,
Vamos deixar tudo rodar;
E o som dos Beatles na vitrola.

Será que algum dia eles vêm aí
Cantar as canções que a gente quer ouvir?

2 comentários:

  1. Bom dia!!!!!!!!
    Realmente, tempos bons... Adorava ouvir essa turma: Beto guedes, Milton, Vagner Tiso, o saudoso Fernando Brandt... enfim, nada se compara ao que esses caras, uma das referências em MPB (das boas) nos fazem relembrar. Ouço até hoje, claro! Afinal, raríssimas exceções, o que vemos atualmente é um emaranhado de gosto duvidoso, letras sem sentido, vocabulário paupérrimo e música de lixo!!!!!!!!!!!
    Bons tempos!!!!!!!!!!!!

    Fatima Martins

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