terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Praça Seival

Tem certas coisas que não entendo, sinceramente. É o caso da chamada Praça Seival, situada ali à entrada dos Molhes, que de praça não tem nada. Nunca teve. Aquilo lá sempre foi terra de ninguém, um lixão aberto que nem para estacionamento servia.
Mas nunca se soube de nenhuma manifestação por parte de moradores e nenhum administrador anterior deu bola pra aquilo. Há muitos anos, meia-dúzia de casuarinas foi lá plantada, uma árvore que não dá sombra e nem é nativa. Coqueiros e amendoeiras seriam melhores.
A atual administração agora está limpando o local, cortando alguns tocos de árvores, elaborando projeto, (até porque está previsto um show nacional) e a gritaria é grande por parte de alguns. Por isso não entendo.

(No governo passado, por conta da chamada revitalização da orla, novo calçadão e estreitamento de canteiro central, várias árvores tiveram que ser sacrificadas, casuarinas, mas não se viu ninguém protestando no local ou pela imprensa e rádios, por que será né mesmo?)

Aliás, há muitos anos a área Seival foi até vendida, sabiam? – com cessão da prefeitura e tudo - onde um administrador lagunense, me parece, declarou que o local não interessava ao município. Depois disseram que era área da União, de um hotel, enfim, um imbróglio sem tamanho. Os participantes estão por aí, até hoje.
“O lagunense de tanto ser esquecido - já dizia o deputado Armando Calil Bulos - aprendeu a não esquecer”. Memória de elefante. Mas é passado. Abafa.

Mais tarde o negócio foi desfeito e o local ficou abandonado até os dias atuais. Uma coluna de tijolos foi lá construída a título de quê mesmo?, no lado Norte – o que é aquilo? – alguém pode explicar?
Mas houve até lançamento de pedra fundamental da criação de um Monumento na Praça, com placa e tudo. Em 29 de julho de 1985. Tenho a foto da placa de bronze que depois na calada da noite alguém surrupiou do local.


Foi em meados da década de 80, primeiro Governo de João Gualberto Pereira/Rogério Wendhausen (1983-1988), sendo secretário de Cultura Munir Soares, presidente do Conselho de Cultura Salun Jorge Nacif, e governador Esperidião Amin Helou Filho.
O arquiteto Wolfgang Ludwig Rau elaborou um projeto – vejam a cópia cá embaixo – da recriação do Barco Seival, a ser construído ali, no local onde aconteceu a Batalha de 15 de novembro de 1839 em que as tropas farroupilhas foram vencidas pelas imperiais.

Com a réplica (Monumento) do barco Seival o local se tornaria, sem dúvida, em mais um ponto turístico. Mas o projeto nunca se concretizou. Bem poderia ser retornado.
Que tal prefeito Everaldo dos Santos?

Um comentário:

  1. Nunca deram valor pela praça, agora estão reclamando do que? Luís Eduardo Ulysséa Rollin

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