Em ofício encaminhado ao deputado Luiz
Fernando Vampiro (PMDB), o Dnit esclareceu que nunca existiram medidas
compensatórias em relação à construção da Ponte Anita Garibaldi sobre o canal
de Laranjeiras, na Cabeçuda.
Foto: Elvis Palma |
Nenhuma novidade para os leitores deste Blog.
Em algumas matérias publicadas nesta página, já havia informado que faltou
maior interesse de nossos representantes políticos à época quanto a isso,
principalmente tendo o Governo Federal como parceiro, como era amplamente alardeado
pela administração municipal anterior.
Para ver algumas das matérias aqui publicadas,
em 2012, 2015, basta clicar em:
O engenheiro lagunense André Labanowski cansou
de avisar várias de nossas autoridades e representantes políticos sobre o fato.
Alertava ele que as compensações ambientais deveriam ser inseridas quando da feitura
dos documentos de licitação. Quer dizer, é um passo anterior a tudo. Não lhe deram
ouvidos. Depois dos vencedores de uma licitação ser anunciados fica muito
difícil, quase impossível mesmo exigir compensações ambientais se elas não
estão no papel, acordadas anteriormente.
O que
são medidas compensatórias
São medidas que visam minimizar os impactos
ambientais de uma obra executada. No caso da travessia do Canal de Laranjeiras
à época se falou muito na realização, por conta das medidas, da construção do
acesso Norte, do desassoreamento da Lagoa Santo Antônio, e da instalação de
tubulões sob o aterro da ponte antiga (Henrique Lage), com vistas a oxigenar as
Lagoas de Imarui e Mirim.
Conforme ainda informou o órgão federal, o
acordado foram medidas mitigadoras, o que inclui as compensatórias no âmbito da
BR-101, no corredor entre Palhoça e a divisa com o Rio Grande do Sul. Muitas
delas ainda sendo executadas.
Os recursos na ordem de R$ 47 milhões foram
investidos em programas ambientais, como o de ordenamento territorial,
transporte de produtos perigosos, apoio às comunidades indígenas, salvamento
arqueológico e monitoramento de fauna e flora, entre outros.
O deputado Vampiro lamentou a pouca
representatividade política da região em âmbito estadual e federal, e a falta
de investimentos visando minimizar o impacto ambiental, numa obra que custou
mais de R$ 777 milhões.
“Com a compensação conseguiríamos realizar o
desassoreamento do Complexo Lagunar, uma ação que beneficiaria as oito mil
famílias que dependem quase que exclusivamente da pesca”, lamenta o deputado.
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