Muitos esquecem que em cargos comissionados, o
sujeito sempre está, nunca é.
Está secretário, está assessor, está
presidente de fundação...
Acho engraçado quando alguns pronunciam o
velho chavão do “Botei meu cargo à disposição do prefeito”.
Como assim cara-pálida? Botou coisíssima
nenhuma. Quem bota é galinha. O cargo sempre está à disposição. A qualquer
momento e lugar.
A continuidade ou não vai depender de acordos
políticos costurados, indicações, meras picuinhas daqui ou dali, ou do prefeito
acordar certa manhã de mau humor. É dele a palavra final.
Mas existem alguns arrogantes por aí,
detentores de cargos, que se acham os tais, “imexíveis”, insubstituíveis, a
dizer que seu padrinho vereador ou deputado é forte.
Na minha vida profissional, trabalhando em
grande empresa de economia mista, vi muito disso. Gente que se achava intocável.
Pois de uma hora para outra essa gente era substituída. Com padrinho a tiracolo e tudo.
E quer saber? Às vezes - inúmeras vezes - a
substituição foi para melhor. Ou você se acha o último biscoito do pacote? A última Coca-Cola do deserto, como se diz?
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