sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

A embriaguez do poder

Muitos dos problemas de uma cidade são remotos, de muitos anos, de muitas administrações que não resolveram, porque problemas estruturais, culturais ou de difíceis realizações e soluções.
Outros são muito presentes, surgidos no dia a dia da vida da cidade, da população.
Muitos desses problemas precisam de investimentos de vultosas somas, elaborados projetos e tempo para serem resolvidos. Outros bastam boa vontade, criatividade, inteligência para solucioná-los.

O poder é embriagante já disse alguém (em alguns casos o poderoso vive como de porre com o poder).
O sujeito toma-se de um bastão poderoso, passageiro, mas real. A tinta de sua caneta decide destinos, cala consciências, cria amigos e inimigos.

O poder também fecha os olhos de ver dos poderosos que se achando imunes às criticas e sugestões, costumam censurar das mais variadas formas o emissor.
Pai afasta-me de mim esse “cale-se”, já pedia e cantava o Chico.
Esquecem esses governantes que são eleitos e pagos pela população para trabalhar por ela, dar condições socioeconômicas para uma vida melhor. “Há quem muito foi dado muito será cobrado”, (Lucas XII: 47-48). Eis uma das inúmeras verdades das escrituras.

E quem não quer melhores condições de vida, ruas calçadas e limpas, lixo recolhido, energia elétrica, água e esgoto? Uma cidade apresentável, bonita e desejável e dotada de todas as condições de uma verdadeira “pólis”?
“A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte”... já cantavam Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Marcelo Brito em Os Titãs.

É o retorno puro e simples dos impostos e taxas que recolhemos.

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