sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Uma reforma polivalente

O que se nota, observando as alterações da chamada “reforma administrativa” promovida na prefeitura da Laguna nestes primeiros dias de 2016, é um rodízio de nomes em cargos, com poucas novidades.
Várias das secretarias estão sendo agrupadas, ficando o organograma com um número total de sete pastas. O que era promessa de campanha do então candidato Everaldo dos Santos lá no distante ano das eleições de 2012, lembram? Assim se passaram três anos.

Rodízio
Há comissionado, por exemplo, que nesses três últimos anos já passou pela secretaria de comunicação social, pela administração e serviços públicos e hoje está lotado na secretaria de turismo; há comissionado que já foi lotado na secretaria de obras, passou pelo planejamento e hoje está na assistência social; há quem já foi da Pesca, Desenvolvimento Rural e Aquicultura, com direito à passagem por alguns meses pela Fundação do Meio Ambiente e hoje está lotado no gabinete do prefeito. Enfim, há muitos e variados exemplos desse rodízio. Qual o critério?

Polivalência é pouco. Roda, roda peão. Bem por isso hoje em dia ao se procurar alguém na prefeitura há que se indagar primeiramente: onde está atualmente o fulano? Necessita-se de consulta ao sistema, quase sempre.
Enxugam-se as secretarias no organograma mesclando-as com outras, mas a maioria dos comissionados dessas secretarias é alocada e permanece no quadro. Questão de indicação política? É grande, por exemplo, os que estão sendo lotados como assessores no gabinete do prefeito. Numa eventual reunião com todos eles não haverá mesa e cadeira que chegue.

União híbrida
Como explicar a união de duas secretarias tão díspares como a de Obras e Saneamento com a da Pesca, Desenvolvimento Rural e Aquicultura? O que tem a ver a calça com os fundilhos, como se pergunta o caboclo? O que elas têm em comum a não ser máquinas e caminhões? É uma supersecretaria de terra e mar que mal consegue tapar os buracos e limpar o mato dos meios-fios da cidade.

Não entendi também - juro -, por que os Museus Anita Garibaldi e Casa de Anita saíram do âmbito da Fundação Lagunense de Cultura e passaram à secretaria de Turismo. Alegam pertencer ao “Trade turístico da cidade”? Museus? Então também há de se incluir o Acervo Garibaldino do Rau e os monumentos, como a estátua de Anita, da Glória, etc. 
E quais serão as atribuições daqui em diante à Fundação de Cultura? Nem o carnaval elabora mais. E até o arquivo público/Casa Candemil encontra-se fechado.

Enfim...

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