A história política da Laguna tem demonstrado
que no afã de voos mais altos, alguns que até tinham futuro na política, ficaram pelo caminho.
Apesar da fila sempre andar, na política –
assim como na vida - há o momento oportuno.
Muitas vezes o açodamento, a vaidade, a
ambição, acabam encerrando prematuramente uma carreira política que poderia ser longa e próspera.
Infelizmente grande maioria dos políticos não
aprende com os exemplos, não estuda biografias de grandes líderes, não medita
consequências de atos e decisões. Confia em seu feeling que muitas vezes falha.
É o que está acontecendo, mais uma vez, na
política lagunense. Muitos já estão se lançando pré-candidatos a
prefeito e vereador ano que vem.
Alguns somente para barganhar cargos ou obter
futuros dividendos. Tão logo acertam o desejado, desistem. Esses, a gente já os
conhece de outros carnavais. O compasso, a batida no bumbo é sempre a mesma.
Mas há os que já perderam a oportunidade no
passado. Como num jogo de xadrez. Um peão foi mexido errado numa casa, e levou ao xeque-mate algumas jogadas adiante. Já são cartas fora do baralho, pra ficar num jogo, digamos, mais em moda.
Tudo tem sua hora, e seu momento. Cada eleição
é uma eleição diferente completamente da outra. Cada uma com suas próprias nuances,
performances, acordos e possibilidades.
Em política é preciso muitas vezes um pouco de humildade,
deixar a vaidade de lado, saber esperar sua vez. O que alguns não entendem.
As eleições acontecem em 2016 e pode parecer que está tudo calmo na política lagunense. Não
se enganem. Conversas nos bastidores e planos estão sendo urdidos, às
vezes em locais que o (e)leitor nem imagina.
A todo momento surgem balões de ensaios, com
diferentes nomes e composições a prefeito e vice, sendo criados e citados pra ver a reação.
Enfim. Jornalista Cláudio Humberto contou certa vez
em sua concorrida coluna uma historinha intitulada "Política da vez",
que transcrevo abaixo, e que cai sempre como uma luva no cenário político que já
se avizinha, faltando pouco mais de um ano.
“O governador Ademar de Barros tinha uma
maneira peculiar de lidar com a sua base política, em São Paulo.
Certa vez ele recebeu um correligionário do
PSP que insistia em ser candidato a prefeito no interior, mas Ademar já havia
feito a sua escolha. Ao receber o homem, perguntou, malandro:
- Como
vai a sua campanha para vereador?
O homem não "captou" a mensagem e
lembrou que queria mesmo era ser candidato a prefeito. Ademar o despachou assim:
- No
futuro você pode ser candidato a prefeito. Mas em política tem uma coisa que se
chama vez. E esta não é a sua. Passe bem”.
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