O conhecido Hilário
Pereira, autodenominado Conde, há alguns dias propôs através das redes sociais
uma campanha para aquisição de um novo sino para o Museu Anita Garibaldi. Intenção
é substituir o que foi roubado na madrugada de 4 de agosto do ano passado.
Márcio José
Rodrigues, o pai, autoproclamado Barão, se manifestou também pelas redes,
dizendo que era uma “ideia estapafúrdia” do Hilário.
Bem. Nessa briga
da realeza, entre um Barão e um Conde, eu, um simples plebeu deveria ficar
longe, fora do castelo, sem atravessar o fosso, afinal não tenho sangue azul e
sou apenas um rapaz latino americano, sem dinheiro no banco, sem parentes e
deputado(a)s importantes.
Mas adentro a
polêmica e indago: ideia estapafúrdia por quê?
Por que não
substituir o sino, professor Márcio? Há fábricas em Minas Gerais que reproduzem
perfeitamente o original. Basta uma foto.
Pior é o vazio
que ficou no local, no arco do Museu. É uma ferida aberta, sangrando e bem à vista de todos nós
lagunenses e de quem visita o Museu.
Quando do roubo
da Taça em ouro Jules Rimet (Copa de 70), acaso ela não foi substituída por uma
réplica lá na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF)?
Sino roubado na madrugada de 4 de agosto de 2016. Foto: Elvis Palma. |
Vejamos leitor:
se um ladrão entra na sua casa e leva um aparelho de som, uma televisão comprada
com dificuldade ou presenteada ou herdada de um familiar, você ficaria sem ouvir
mais músicas? Sem assistir seus programas favoritos?
Lamentaria o
roubo, o furto, é óbvio. Bem provável que registrasse até um BO.
Mas compraria um
novo aparelho, este sem o antigo valor sentimental e histórico, mas que
serviria aos seus propósitos e de seus familiares.
E se amanhã a polícia conseguisse recuperar o antigo
sino?
Pode acontecer, nunca
se sabe, podem surgir novas pistas, o ladrão “dar com a língua nos dentes”,
aparecer em algum antiquário, alguém reconhecer o objeto em alguma casa, na capela
de algum sítio, uma fazenda...
E digo mais. Penso
que se o sino original um dia fosse encontrado, pelo seu valor histórico nem
deveria ser recolocado no local original, externo, sob o arco. Lá que ficasse a réplica.
O sino histórico deveria ser depositado no interior do Museu, dentro de uma cúpula de vidro, com toda segurança e a identificação:
“Este “sino do
povo” é a peça original e ficava no lado externo do prédio e assim e assado,
etc.
É o que penso e
tenho dito.
Não viram roubar o sino? Dizem que está por perto
ResponderExcluirJoão Carlos Nunes
Concordo plenamente com a idéia do "Conde" e assino embaixo de tudo que vc falou Valmir.
ResponderExcluirVamos adquirir um outro sino.
Saudade dos dlin dlon dlin dlon...
Grande Valmir, concordo com você, se acharem o sino que fique dentro do museu com a devida identificação, abraço. Bruno Espíndola
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